Estudos sistemáticos
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
NEEMIAS O CONSTRUTOR
Introdução
Nos mais antigos manuscritos hebraicos, o livro de Neemias
era uma continuação do livro de Esdras. Seu estilo
autobiográfico indica que Neemias pode ter sido o autor. Ele
cobre a história dos judeus desde aproximadamente 446 até
405 a.C.—o último período coberto pelos livros históricos do
Velho Testamento.
Neemias era um judeu que ocupava o cargo de confiança de
“copeiro” de Artaxerxes, rei da Pérsia, o que significa que ele
protegia a comida e a bebida do rei para que não fossem
envenenadas. (Ver Neemias 1.) Artaxerxes permitiu que ele
fosse a Jerusalém e ajudasse a reconstruir a muralha da cidade.
(Ver Neemias 2:1–6:15.) Ele serviu como governador de
Jerusalém por doze anos, então voltou à Babilônia, onde
permaneceu por algum tempo antes de voltar novamente a
Jerusalém. (Ver Neemias 5:14–15; 13:6; 13:7–31.)
Neemias mostrou o mais alto nível de dedicação e coragem na
questão prática da reconstrução das muralhas de Jerusalém e
na questão espiritual da reconstrução da vida religiosa do
povo. (Ver também Guia para Estudo das Escrituras, “Neemias”,
p. 150.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• O Senhor abençoa todos os que se arrependem e fielmente
se achegam a Ele. (Ver Neemias 1:5–11; 4; 8–9.)
• Devemos participar ativamente numa boa causa e opor-nos
ao mal. (Ver Neemias 2:12–20; 4; 13:4–30; ver também D&C
58:26–28.)
• O estudo das escrituras ajuda-nos a desenvolver fé,
coragem e paz interior. (Ver Neemias 8–10.)
• Profanamos o Dia do Senhor quando fazemos compras ou
vendemos nesse dia santificado. (Ver Neemias 13:15–18.)
Sugestões Didáticas
II Crônicas 36; Esdras 1–10; Neemias 1–13. O
Senhor abençoa todos os que se arrependem e
fielmente se achegam a Ele. (30–40 minutos)
Leve para a sala de aula algo quebrado e pergunte aos alunos
como eles decidem quais objetos quebrados consertar e quais
jogar fora. Peça-lhes que leiam Neemias 1:1–3 e procurem o
que Neemias descobriu que estava quebrado. Pergunte:
• Por que valia a pena consertar as muralhas de Jerusalém?
• Como as muralhas eram um símbolo da nação judaica na
época?
• Como as muralhas simbolizam as condições atuais das
pessoas que não possuem os ensinamentos de Jesus Cristo?
Examine com os alunos os motivos pelos quais Judá foi levada
em cativeiro pela Babilônia. (Ver II Crônicas 36:14–21.) As
pessoas atualmente muitas vezes se encontram numa situação
espiritual semelhante à dos judeus: em perigo de serem
levadas cativas devido à iniqüidade. Como o Senhor é
misericordioso, Ele dá a Seus filhos muitas oportunidades
para que retornem a Ele. Pergunte como os antigos judeus
receberam oportunidades física e espiritual para retornar. (Ver
Esdras 1.)
Esdras e Neemias lideraram um grupo de judeus de volta para
Jerusalém quando o Senhor lhes permitiu que o fizessem. Essa
experiência forneceu um padrão para todos os que buscam
voltar ao Senhor.
As seguintes seções dos livros de Esdras e Neemias poderiam
ser lidas e discutidas para mostrar que os judeus fizeram, não
apenas para reconstruir o templo e as muralhas de Jerusalém,
mas também para reconstruir sua vida espiritual:
• Esdras 3:1–7. Antes de completar o templo, o povo
reconstruiu o altar e começou a oferecer sacrifícios de
animais. Pergunte: Que papel esse sacrifício teve em prever
o Cristo? Depois da Expiação, que sacrifícios passaram a ser
exigidos? (Ver 3 Néfi 9:19–20.)
• Esdras 4; Neemias 2:19; 4; 6. Observe as diferentes maneiras
pelas quais os inimigos tentaram interromper o trabalho.
(Ver em especial Esdras 4:4–6; Neemias 2:19; 4:1–3, 7–12;
6:1–13.) Pergunte: Como esses antigos exemplos de
oposição são semelhantes às maneiras pelas quais as
pessoas tentam desmotivar aqueles que se estão achegando
a Cristo em nossos dias?
• Esdras 5:1–2; Neemias 1; 2:17–20; 4; 6; 8–10. Leia os
seguintes versículos, procurando o que ajudou os judeus a
serem bem-sucedidos: Esdras 5:1–2; Neemias 1:4–11; 2:18;
4:4–5, 9, 14, 19–23; 6:3, 9, 12. Lembre-se de que quando as
pessoas concluíram o templo e as muralhas, sentiram maior
crescimento espiritual ouvindo humildemente o que Esdras
lhes ensinou das escrituras (ver Esdras 8) e depois
mudando sua vida. (Ver Esdras 9–10.)
Ajude os alunos a compreenderem que, embora possa ser
difícil, é possível retornar ao Senhor e refazer um
relacionamento desfeito com Ele. Leia a seguinte história
contada pelo Presidente Boyd K. Packer:
“Por vários anos, eu me distraía e relaxava entalhando
e pintando pássaros, chegando às vezes a passar um
ano inteiro numa única peça. (…) Certa vez, eu tinha
acabado de terminar uma escultura, e a levava no
banco traseiro de um carro dirigido pelo Élder A.
Theodore Tuttle. Ele pisou subitamente no freio e a
escultura foi lançada ao chão e ficou danificada.
O LIVRO DE NEEMIAS
149
LIVRO DE JÓ
Introdução
Jó é o primeiro dos livros de poesia ou escritos do Velho
Testamento (ver “Como Está Organizado o Velho
Testamento?”, na p. 8.) A maior parte do livro (Jó 3–42:6) está
escrito em linguagem poética, e o conteúdo literário do livro
de Jó é considerado brilhante. O livro de Jó contém as
perguntas, dúvidas e temores de um homem sofredor. Ele
pode ajudar a fortalecer-nos nos momentos de provação e
tribulação, lembrando-nos os propósitos de Deus para nosso
sofrimento.
O livro de Jó aborda duas questões fundamentais da vida:
• Por que os justos sofrem?
• O que motiva os justos a escolherem a retidão?
O livro de Jó pode ser dividido em três partes:
• O prólogo (capítulos 1–2) descreve o cenário e apresenta a
situação.
• O poema (capítulos 3:1–42:6) reconta as conversas entre Jó e
seus amigos sobre a razão pela qual Jó tinha de passar por
tanto sofrimento.
• O epílogo (42:7–17) relata a bênção final do Senhor.
Para mais informações, ver Guia para Estudo das Escrituras,
“Jó”, p. 117.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Satanás é real. Ele está aqui na Terra e pode tentar-nos, mas
se resistirmos a sua influência e seguirmos o Salvador, ele
não tem poder sobre nós. (Ver Jó 1:7, 12–22; 2:2, 6–10; ver
também D&C 10:22–27, 43.)
• A compreensão do plano de salvação e do sacrifício
expiatório de Jesus Cristo pode ajudar-nos a entender e
suportar melhor as provações e aflições da mortalidade.
(Ver Jó 1:21–22; 2:10; 5:6–11; 7:1–5; 19:25–26; 38:4–7; 42:1–6.)
• Devemos ter integridade em todos os momentos. Isso
significa vivermos à altura de nossos padrões e mantermos
nossa fé no Senhor, não importa o que venha a acontecer.
(Ver Jó 2:7–10; 13:15; 19:25–26; 27:1–6; ver também Mosias
23:21–22; D&C 124:15, 20.)
• Devemos ajudar a elevar, consolar e fortalecer os que
sofrem. (Ver Jó 2:11–13; 6:14; 30:25; ver também Mosias
18:8–9.)
• Ao aceitarmos as ações disciplinares do Senhor, podemos
melhorar e alcançar maior felicidade. (Ver Jó 5:17–18; 34:31;
ver também Salmos 94:12; Hebreus 12:6; D&C 136:31.)
• Na mortalidade, os justos às vezes sofrem grandes aflições,
enquanto os iníquos parecem prosperar. Grandes bênçãos
advêm aos que conseguirem suportar suas aflições, e os
iníquos receberão sua justa recompensa. (Ver Jó 6:24; 10:15;
12:6; 20:4–5; 21:7–14; 24:13–24; 27:8–23; 28:12–13; 42:5–17;
ver também Salmos 7:7–20; Malaquias 3:14–18; D&C
101:4–5; 122:5–7.)
• Graças à Ressurreição de Jesus Cristo, viveremos
novamente depois de morrermos. (Ver Jó 19:25–27; ver
também I Coríntios 15:21–22; Alma 11:42–44.)
• Se fizermos o que é certo, nossas tribulações se tornarão em
grandes bênçãos. (Ver Jó 19:26–27; 23:10–12; 42:9–17; ver
também D&C 98:1–3.)
• O conhecimento e o poder de Deus são eternos. A mente
mortal e finita não pode compreender a mente infinita de
Deus. (Ver Jó 38:1–42:3.)
Sugestões Didáticas
Jó 1–42. Na mortalidade, os justos às vezes sofrem
grandes aflições. Grandes bênçãos advêm aos que
conseguirem suportar suas aflições. (75–90 minutos)
Leve um pedaço de carvão para a sala de aula ou copie os
seguintes desenhos no quadro-negro ou em uma transparência
para retroprojetor. Escreva as legendas durante o debate.
Pergunte aos alunos o que é preciso para se criar um diamante
a partir do carvão. Preencha a parte do meio do desenho
enquanto eles respondem. Pergunte:
• Todos os carvões se transformam em diamantes?
• Por que não? (Alguns carvões não são submetidos ao calor,
pressão e tempo necessários, ou não os suportam.)
Escreva as palavras Humanidade e Divindade embaixo das
palavras carvão e diamante no desenho. Pergunte aos alunos:
• Se é necessário calor, pressão e tempo para fazer diamantes
a partir do carvão, o que é necessário para que um mortal
imperfeito se torne semelhante a Deus?
• Todas as pessoas se tornarão semelhantes a Deus?
• Por que não?
Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Presidente
Brigham Young:
Carvão Calor, tempo
e pressão
Diamante
(Humanidade) (Provações e adversidade) (Divindade)
O LIVRO DE JÓ
15
2-CRÔNICAS DE ISRAEL
Introdução
Ver a introdução de I Crônicas 1–29.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os templos são casas sagradas do Senhor. (Ver II Crônicas
3:1; 7:1–3; ver também D&C 109:1–5; 110:1–10.)
• Estamos na Terra para aprender a amar, obedecer e servir
ao Senhor. Para isso precisamos:
a. Aceitar quando os líderes do Senhor nos corrigem. (Ver II
Crônicas 15:1–15; 19:1–11; 30; 36:11–20.)
b. Tornar-nos humildes perante o Senhor. (Ver II Crônicas
32:26; 33:12–13.)
c. Aprender, obedecer e ensinar a palavra de Deus. (Ver II
Crônicas 34:14–21, 29–33; ver também Esdras 7:10; Alma
17:2–3.)
d. Fazer e cumprir convênios com o Senhor. (Ver II Crônicas
34:31; ver também Neemias 10:29; D&C 136:4.)
• Embora o povo de Judá tivesse pecado e fosse punido com
setenta anos de cativeiro na Babilônia, Deus não os rejeitou.
Depois de terem sido suficientemente castigados, Ele os
restaurou à sua terra prometida. (Ver II Crônicas 36:14–23.)
Sugestões Didáticas
II Crônicas 3:1. O Monte Moriá era um lugar que se tornou
sagrado por causa do Senhor. (10–15 minutos)
Pergunte aos alunos:
• Quais são alguns dos lugares que consideramos sagrados?
• O que torna um lugar sagrado?
Se for possível, mostre aos alunos uma fotografia do monte do
templo em Jerusalém e peça-lhes que vejam o mapa 5 do Guia
para Estudo das Escrituras, que mostra a cidade de Jerusalém na
época de Jesus. Peça aos alunos que leiam Gênesis 22:1–2; II
Samuel 5:6–7; e II Crônicas 3:1 e discuta o que essas passagens
ensinam sobre aquele importante monte.
Peça aos alunos que leiam Ezequiel 37:21–28 e procurem o que
diz sobre um futuro templo ali. (Ver o comentário referente a
Ezequiel 37:26–28 em Velho Testamento: I Reis–Malaquias, p.
284.) Pergunte por que um lugar como Moriá, o monte do
templo, teria um papel tão importante na história e profecia de
Israel. Leia a seguinte declaração do Profeta Joseph Smith:
II Crônicas 5; 7:1–3. Os templos são casas sagradas do
Senhor. (20–25 minutos)
Se for possível, mostre aos alunos a planta de um edifício.
Pergunte:
• Por que e como são usadas as plantas?
• Se pudessem desenhar a casa de seus sonhos, qual seria o
maior cômodo dela? Por quê?
• De que modo o desenho da casa do Senhor seria diferente
do da sua casa?
Examine I Reis 6 e II Crônicas 2–4 com os alunos e discuta o
custo e o trabalho exigidos para a construção do Templo de
Salomão. Pergunte por que Davi e Salomão tiveram tanto
trabalho para construir um belo edifício para ser a casa do
Senhor. Mostre a fotografia de alguns de nossos templos
modernos e discuta por que desejamos oferecer o melhor que
temos para o Senhor. Leia a seguinte declaração do Élder
James E. Talmage, um antigo membro do Quórum dos Doze:
Peça aos alunos que leiam II Crônicas 5:11–14 e 7:1–3 e
pergunte como o Senhor mostrou Sua aceitação do templo.
Leia Doutrina e Convênios 109:1–5, 12–13, 37 e discuta como
as manifestações espirituais pedidas em oração na dedicação
do Templo de Kirtland foram semelhantes às que aconteceram
na dedicação do Templo de Salomão. Você pode escolher
alguns versículos da oração dedicatória do Templo de Kirtland
que mostrem as bênçãos de termos um templo. (Ver em
especial D&C 109:12–59; ver também D&C 110:1–10.) Preste
seu testemunho da importância dos templos em nossos dias.
“Lembremo-nos de que seja a dádiva oferecida por um
homem ou uma nação, o melhor que temos, se ofertado
voluntariamente e com pura intenção, sempre é
excelente à vista de Deus, embora pareça pouco em
comparação com outras coisas.” (The House of the Lord,
ed. rev., 1976, p. 3.)
“Judá há de voltar, Jerusalém há de ser reedificada
junto com o templo, e deve sair água de sob o templo, e
as águas do Mar Morto serão purificadas. Precisar-se-á
de algum tempo para se reconstruírem as muralhas da
cidade, o templo, etc, e tudo isso acontecerá antes da
vinda do Filho do Homem”. (Ensinamentos do Profeta
Joseph Smith, p. 278.)
O SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS
146
CRÔNICAS DE ISRAEL
Introdução
Os livros de I e II Crônicas eram originalmente um único livro,
mas quase sempre aparecem como dois livros nas traduções
que surgiram desde a época da Septuaginta grega. Eles foram
concluídos por volta da época em que Ciro promulgou um
decreto permitindo que os judeus retornassem do cativeiro na
Babilônia (cerca de 538 a. C.) e são, em parte, uma continuação
pós-exílio das histórias dos livros de Samuel e Reis. A autoria
de Crônicas é incerta. Os livros de Esdras e Neemias são
continuações históricas dos livros de Crônicas.
O propósito de Crônicas era ajudar os exilados que
retornavam, a lembrarem-se de seu relacionamento com o
Senhor e com a antiga nação unida de Israel. As genealogias
de I Crônicas 1–9 e o relato das vitórias do reino de Davi em I
Crônicas 10–29 relembram Israel da mão do Senhor
protegendo e guiando Seu povo.
Quase metade do texto de Crônicas foi tirado dos livros de
Samuel e Reis, mas o autor incluiu apenas o material que
achou que ajudaria as pessoas a se verem como o povo
escolhido de Deus. Quase tudo o que denegriria essa imagem,
como o pecado de Davi contra Urias e a rebelião de Absalão,
foi omitido. Em II Crônicas 1–9 o escritor enfatizou a glória do
templo que Salomão construiu e a importância da adoração no
templo. Nada foi escrito sobre as esposas estrangeiras de
Salomão e sua idolatria.
A história dos reis de Judá, particularmente em II Crônicas
10–32, ilustra que ter um rei ou mesmo um templo não é
garantia da proteção e bênção divinas. Só quando o rei e o
povo são obedientes às leis de Deus é que as promessas do
convênio abraâmico são cumpridas.
Os exilados que retornavam não receberam o status de nação
independente com seu próprio rei. Ainda estavam sob
autoridade da Pérsia. Para os judeus que retornavam do exílio,
o serviço no templo e a obediência à lei foram enfatizados
como fonte de bênçãos divinas. Essa ênfase conseguiu curar
Israel de um pecado que o tinha atormentado desde sua
libertação do Egito. Desde a época do exílio, Israel jamais
sucumbiu novamente à idolatria pagã. Com o tempo, porém,
outro tipo de idolatria substituiu a idolatria pagã. A própria
“Lei” se tornou tão importante para alguns judeus, que na
época do ministério mortal do Salvador, eles adoravam a “lei”
mas rejeitavam o autor da lei, Jesus Cristo.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os profetas do Senhor freqüentemente nos lembram e nos
incentivam a viver o evangelho. (Ver I Crônicas 1–29.)
• Estamos na Terra para aprender a amar, obedecer e servir
ao Senhor. Para isso precisamos:
a. Arrepender-nos, ser corajosos na retidão e colocar nossa
confiança no Senhor. (Ver I Crônicas 5:18–26; 10:13–14;
28:20; ver também II Crônicas 20:14–17; Alma 53:20–21.)
b. Louvar e agradecer continuamente ao Senhor por tudo
que Ele nos dá e faz por nós. (Ver I Crônicas 16:7–19,
23–36; ver também Esdras 3:10–11; D&C 59:7.)
c. Buscar o Senhor de todo o coração e mente. (Ver I
Crônicas 28:9; ver também II Crônicas 7:14; 15:12–15.)
• ABíblia não contém tudo o que Deus revelou a Seus profetas.
(Ver I Crônicas 29:29; ver também II Crônicas 9:29; 12:15.)
Sugestões Didáticas
I Crônicas 1–29. Os profetas do Senhor freqüentemente
nos lembram e nos incentivam a viver o evangelho. (15–20
minutos)
No quadro-negro escreva a declaração a prática leva à perfeição e
pergunte aos alunos se concordam com isso. Embaixo disso
escreva a prática de princípios corretos nos torna perfeitos e
pergunte qual declaração é mais correta e por quê. (Não
podemos tornar-nos perfeitos praticando princípios errados.)
Explique aos alunos que a segunda declaração ajuda-nos a
compreender por que nossos líderes da Igreja freqüentemente
nos aconselham repetidas vezes sobre os mesmos assuntos. Peça
aos alunos que citem alguns assuntos sobre os quais os líderes
da Igreja falam freqüentemente. Pergunte por que acham que
esses princípios são ensinados com tanta freqüência.
Diga aos alunos que algumas pessoas se perguntam por que o
autor de I e II Crônicas repete tantas vezes o que foi ensinado
anteriormente no Velho Testamento. Explique aos alunos que
ele reuniu grande parte desse material de outros livros,
principalmente dos livros de Samuel e Reis. Segue-se uma
tabela que mostra onde podem ser encontradas e comparadas
algumas passagens paralelas.
I Crônicas Evento Paralelos
1:1–4 As gerações de Gênesis 5:1–32
Adão a Jafé
1:5–28 As gerações de Jafé Gênesis 10:2–31;
a Abraão 11:10–26
1:29–31 Posteridade de Ismael Gênesis 25:12–16
1:32–33 Filhos de Quetura Gênesis 25:1–4
1:34–54 Posteridade de Esaú Gênesis 36:10–43
2:1–2 Filhos de Israel (Jacó) Gênesis 35:22–26
2:3–17 Posteridade de Judá Gênesis 38:2–7,
29–30; Rute 4:18–22;
Mateus 1:3–6
O PRIMEIRO LIVRO DAS CRÔNICAS
144
2-REIS DE ISRAEL
Conforme declarado na introdução do livro de I Reis, no texto
hebraico os livros I e II Reis eram um único livro. Em II Reis
encontra-se um registro de eventos dos reinos divididos de
Israel e Judá, de aproximadamente 850 a.C. até 560 a.C. Ele
conta sobre os profetas Elias, Eliseu e Isaías e termina com os
trágicos relatos da destruição do reino setentrional de Israel
pelos assírios e do reino meridional de Judá pelos babilônios.
Os relatos de destruição e cativeiro cumpriram as
admoestações proféticas de Moisés (ver Deuteronômio
8:10–20) e Samuel (ver I Samuel 12:14–15, 24–25).
Ao ler II Reis, procure as causas da derrota do reino de Israel
pelos assírios. Pondere também por que o reino de Judá
sobreviveu cem anos mais do que o reino de Israel, embora
enfrentassem os mesmos inimigos. Pesquise por que Judá
finalmente foi derrotado pela Babilônia e o que poderia ter
evitado sua destruição.
Uma lista completa dos reis de Israel e Judá pode ser útil
durante o estudo de II Reis. (Ver Guia para Estudo das
Escrituras, “cronologia”, pp. 49–52; ver também “Reis e
Profetas de Israel e Judá, pp. 219–222; as tabelas de Velho
Testamento: I Reis–Malaquias, pp. 35, 39, 43.)
II Reis 1–13
Introdução
Elias e Eliseu foram profetas notáveis que serviram numa
época em que os reinos de Israel e Judá estavam
profundamente envolvidos com a idolatria. Os dois realizaram
grandes milagres, mas relativamente poucos israelitas foram
convertidos ao Deus vivo durante seu ministério. Os milagres
não convertem as pessoas que não têm fé. Eles fortalecem as
pessoas que possuem fé. (Ver D&C 35:8–11; 63:7–12.)
Ao ler II Reis 1–13, descubra como os antigos israelitas se
sentiam a respeito do ministério de Elias e Eliseu. Pondere por
que profetas são freqüentemente rejeitados pelas pessoas de
sua própria época e o que podemos aprender sobre a
importância de darmos ouvido aos profetas vivos.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• As profecias do Senhor são sempre cumpridas. (Ver II Reis
1:9–17; 4:14–17; 5:1–14; 7:1–2, 12–17; 8:1–15; 9; ver também
D&C 1:37–38.)
• Aqueles que seguem conselhos inspirados são abençoados,
às vezes até com milagres. (Ver II Reis 2:1–15; 4; 5:1–14;
6:1–7; ver também D&C 21:1–9.)
• O Senhor “veste” Seus servos escolhidos com autoridade e
poder. (Ver II Reis 2:7–15.)
• Seres transladados são pessoas que foram transformadas na
mortalidade de modo a ficarem temporariamente imunes à
dor física e à morte. Sua morte e ressurreição serão
instantâneas. (Ver II Reis 2:11; ver também 3 Néfi 28:4–9,
36–40.)
• Os líderes iníquos freqüentemente induzem seu povo a
pecar. (Ver II Reis 3:1–3; 10–13.)
• O poder do sacerdócio não pode ser usado em proveito
próprio. (Ver II Reis 5:20–27; ver também I Samuel 8:1–5.)
Sugestões Didáticas
II Reis 1–4. O Senhor “veste” Seus servos escolhidos com
autoridade e poder. Com essa autoridade e poder eles
podem fazer muitas obras vigorosas e ensinar o que o
Senhor deseja que saibamos. (50–55 minutos)
Mostre a fotografia do Presidente da Igreja e pergunte aos
alunos se eles se preocupam com o futuro da Igreja, caso o
profeta morra. Leia a seguinte declaração do Presidente
Gordon B. Hinckley, que na época era Primeiro Conselheiro na
Primeira Presidência:
Pergunte aos alunos como saberemos quem será o próximo
Presidente da Igreja. Explique aos alunos que após a morte do
Profeta Joseph Smith, o Senhor providenciou uma testemunha
especial para suceder Joseph como o Presidente da Igreja. (Ver
História da Igreja na Plenitude dos Tempos, manual do aluno de
Religião 341–343, pp. 291–293.) Hoje, depois da morte do
Presidente da Igreja, o membro sênior do Quórum dos Doze
Apóstolos se torna o novo profeta.
Peça aos alunos que leiam II Reis 2:1–15 e digam o que o
Senhor fez para que Eliseu e os filhos dos profetas soubessem
que Eliseu deveria ser o sucessor de Elias. Faça aos alunos as
seguintes perguntas:
• O que Eliseu quis dizer quando pediu “uma porção
dobrada do espírito [de Elias]”? (Ver Deuteronômio 21:17.)
• O que simbolizava o manto de Elias? (Ver o comentário
referente a II Reis 2:14 em Velho Testamento: I Reis–Malaquias,
p. 64.)
• Por que era importante mostrar aos filhos dos profetas que
“o espírito de Elias [repousava] sobre Eliseu”? (II Reis 2:15)
A vida dos profetas antigos muitas vezes prenunciavam a vida
e a missão do Salvador. Estude os seguintes milagres de Eliseu
e peça aos alunos que descubram as semelhanças entre esses
milagres e os que foram realizados por Jesus Cristo:
“Esta é a obra de Deus, o Pai Eterno, que vive e reina
no universo. É a obra do Senhor Jesus Cristo, nosso
Salvador e Redentor, o Filho Vivo do Deus Vivo. Ela foi
estabelecida na Terra com divina autoridade, com um
profeta e outros líderes chamados pela voz de revelação
e treinados por longos anos de serviço. Nunca falhará.
Continuará a ter sucesso.” (A Liahona, janeiro de 1993, p.
64.)
O SEGUNDO LIVRO DOS REIS
1-REIS DE ISRAEL
No texto hebraico, I e II Reis são um só livro chamado Reis. A
divisão desse livro em dois foi feita na Septuaginta (a tradução
grega do Velho Testamento) e seguida na maioria das versões
posteriores da Bíblia. Esses dois livros são uma continuação de
I e II Samuel (os subtítulos mostram que eles são “geralmente
chamados” de terceiro e quarto livro dos Reis) e contêm a
história dos reis de Israel desde o ministério de Samuel (cerca
de 1095 a.C.) até o cativeiro na Babilônia (cerca de 587 a.C.).
Seja quem for que tenha escrito Reis compilou a história de
registros que já não existem mais, como o “o livro dos atos de
Salomão” (I Reis 11:41) e o livro das crônicas dos reis de Israel
e Judá. (Ver I Reis 14:19, 29; ver também Guia para Estudo das
Escrituras, “Reis”, p. 180.)
A primeira metade de I Reis conta a história de Salomão—
primeiramente como líder de Israel numa época de sucesso
sem precedentes, e mais tarde como um líder espiritualmente
decaído, que conduziu seu povo para o mesmo caminho. No
final do reinado de Salomão, Israel passou por um período de
declínio temporal e espiritual que resultou na divisão do reino
um ano depois de sua morte. Ao ler esse livro, identifique e
pondere os motivos da trágica queda de Salomão e Israel.
A segunda metade de I Reis conta sobre o reino dividido de
Israel. Relata um pouco da história política, mas trata mais da
história de como os líderes políticos guardaram os convênios
que Deus fez com Israel. O maior enfoque está nos reis que
foram mais notáveis em cumprir ou não cumprir os convênios
e nos profetas que pregaram para eles. Podemos aprender
tanto com os bons quanto com os maus exemplos contidos em
I Reis.
I Reis 1–10
Introdução
Os primeiros dez capítulos de I Reis descrevem como
Salomão, o filho de Davi, usufruiu as recompensas das vitórias
militares de seu pai. Ele herdou paz, prosperidade e
segurança, e deu continuidade ao que poderia ser chamado de
a “Idade de Ouro” de Israel. Salomão pessoalmente recebeu a
promessa de sabedoria, riquezas, honra e uma vida longa, e
teve todas essas coisas. Homens e mulheres de todos os níveis
da sociedade e de muitas nações o procuraram por sua
sabedoria.
Podemos considerar a maior realização de Salomão a
construção e a dedicação de um templo de Deus. Foram
necessários aproximadamente 200.000 homens trabalhando
por sete anos para concluir a obra. Manifestações maravilhosas
aconteceram em sua dedicação.
Salomão posteriormente afastou-se do Senhor. Ao estudar
esses capítulos, observe por que ele foi bem-sucedido no início
de sua vida, tanto espiritual quanto temporalmente. Compareos
com os anos finais de sua vida e as ações que resultaram na
queda dele e de seu povo.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os chamados para servir no reino de Deus vêm por
inspiração por intermédio das devidas autoridades. (Ver I
Reis 1:5–10, 28–31.)
• O Senhor fica satisfeito quando desejamos sinceramente a
retidão e nos abençoará de modo condizente. (Ver I Reis
2:1–4; 3:5–15; 4:29–30; 10:14–23; ver também Alma 29:4.)
• O Senhor ordena Seu povo a construir templos porque eles
são essenciais ao grande plano de felicidade e são locais
onde Deus derrama Suas bênçãos sobre Seu povo. (Ver I
Reis 5; 6:14–38; 7:13–51; D&C 132:19–20.)
Sugestões Didáticas
I Reis 3. Recebemos de acordo com nossos desejos,
sejam eles bons ou maus. Devemos fazer com que
nossos desejos estejam em harmonia com a vontade do
Senhor. (25–35 minutos)
Pergunte aos alunos:
• O que vocês pediriam se o Senhor ou um mensageiro Seu
viesse até vocês e dissesse que poderiam ter o que
desejassem? Por quê?
• Leia I Reis 3:3–5. Quem recebeu uma oferta assim?
• Quem fez essa oferta a Salomão?
• Leia I Reis 3:6–9. O que Salomão pediu ao Senhor?
Escreva um coração entendido ou sabedoria no quadro-negro e
discuta por que foi isso que Salomão quis. Peça aos alunos que
identifiquem palavras e frases que mostrem a atitude de
Salomão na época. Compare sua confissão de ser um “menino
pequeno” com Mateus 18:1–5; Mosias 3:19 ou 3 Néfi 11:37–38.
Peça-lhes que leiam I Reis 3:10–14 e pergunte por que o
pedido de Salomão agradou ao Senhor.
Peça aos alunos que ponderem como o pedido de Salomão se
compara ao que ele poderia ter pedido. Pergunte:
• Como acham que o Senhor Se sente a respeito dos pedidos
pessoais que vocês fazem a Ele?
• Além de sabedoria, o que mais o Senhor concedeu a
Salomão?
Escreva no quadro-negro riquezas, honra e longa vida, se for
obediente. Se tiver tempo, leia e discuta o bastante conhecido
exemplo de sabedoria divina de Salomão que se encontra em I
Reis 3:16–28.
Leia a seguinte declaração do Élder Neal A. Maxwell:
“O que insistentemente desejamos no decorrer da vida
é o que acabaremos nos tornando e o que receberemos
na eternidade. ‘Pois eu, [disse o Senhor] julgarei todos
os homens segundo suas obras, segundo o desejo de
seu coração.’” (D&C 137:9; ver também Jeremias 17:10)
(A Liahona, janeiro de 1997, p. 21.)
O PRIMEIRO LIVRO DOS REIS
132
2-SHEMUEL-ALEF(SAMUEL)
O segundo livro de Samuel recebe o nome do profeta Samuel,
embora ele não seja mencionado no livro. Devemos lembrar
que originalmente I e II Samuel eram um único livro. (Ver a
introdução a I Samuel, p. 119.) Ele conta do empenho do rei
Davi em unir a nação e levar Israel ao auge de seu poderio.
Ele também destaca os traços de caráter que permitiram que
Davi fosse bem-sucedido.
No início de sua vida, Davi era puro e humilde. Infelizmente,
II Samuel relata uma virada trágica em sua vida. Por que o
jovem e inocente Davi se tornou alguém que, conforme
comentou o Élder Neal A. Maxwell, “foi tolerante com suas
fraquezas, como só um rei pode fazer”? (We Will Prove Them
Herewith, p. 71) Procure caminhos alternativos que ele poderia
ter tomado no curso de sua vida. (Para mais informações, ver
a introdução a II Samuel 1–12 e 13–14, em Velho Testamento:
Gênesis–II Samuel, pp. 287, 295; ver também Guia para Estudo
das Escrituras, “Davi”, p. 55)
II Samuel 1–10
Introdução
Os dez primeiros capítulos de II Samuel relatam a ascensão de
Davi ao pináculo de seu poder e popularidade. Ao estudar
esses capítulos, procure o relacionamento que Davi tinha com
o Senhor e como ele invocava os poderes do céu para ajudá-lo
a ter sucesso.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• O Senhor promete recompensar tantos os justos e os iníquos
de acordo com suas ações. (Ver II Samuel 3:1, 27–39, 4:1–5:3,
19–25; ver também Alma 41:3–15.)
• Quando confiamos no Senhor, cumprimos mais do que jamais
poderíamos fazer por nós mesmos. (Ver II Samuel 5:17–25, 8.)
• Desagradamos ao Senhor quando tratamos com leviandade
as coisas sagradas—tanto em atitude quanto em ação—(Ver
II Samuel 6; ver também D&C 63:64; 84:24–25, 54–58.)
Sugestões Didáticas
II Samuel 1–4. A sabedoria e integridade de Davi
ajudaram-no a unir Israel e Judá. (20–25 minutos)
Para ajudar os alunos a examinarem II Samuel 1–4, separe-os
em grupos de 2 a 4 pessoas. Peça a cada grupo que leia
rapidamente esses capítulos e invente um questionário que
combine as pessoas com algo que tenham feito: Na primeira
coluna, eles devem relacionar as pessoas encontradas nesses
capítulos, e na segunda coluna, devem escrever uma
declaração com algo realizado para cada uma das pessoas. Dêlhes
uma cópia do seguinte exemplo:
Peça aos grupos que troquem os questionários e depois
respondam-nos em seus grupos. Quando todos tiverem
terminado seus questionários, peça aos alunos que comparem
a sabedoria e integridade de Davi com as das outras pessoas
desses capítulos. Pergunte o que Davi fez de admirável nesses
capítulos e expliquem por que consideram esse fato tão
notável.
II Samuel 5: 8. Quando confiamos no Senhor podemos
realizar muito mais do que conseguiríamos fazer
sozinhos. (10–15 minutos)
Peça aos alunos que se imaginem numa guerra, e que seus
inimigos estão marchando contra eles. Mostre uma gravura de
algo como um satélite de espionagem, um avião de
reconhecimento ou um balão de ar quente e pergunte como
isso os ajudaria na batalha que se aproxima. Peça-lhes que
leiam II Samuel 5:17–25 e descubram o que Davi fez que foi
como se tivesse uma visão aérea do inimigo.
Ajude os alunos a compreenderem como a constante confiança
que Davi depositava no Senhor resultou na vitória em suas
batalhas contra os inimigos de Israel. Os israelitas venceram as
duas batalhas contra os filisteus porque antes de cada conflito
Davi pediu instruções ao Senhor. (Ver II Samuel 5:19, 23.)
Peça aos alunos que leiam rapidamente II Samuel 8 e
relacionem algumas das nações que Davi derrotou. (Filisteus,
moabitas, sírios ou arameus, amonitas, amalequitas e
edomeus.) Peça-lhes que leiam os versículos 6 e 14 e marquem
a frase que explica por que Davi foi tão bem-sucedido. Discuta
o que podemos aprender com o exemplo de Davi, salientando
como podemos ter muito mais sucesso se consultarmos
fervorosamente o Senhor ao enfrentarmos os problemas da
vida.
Quem Fez o Quê?
______ Davi A. (Alguma coisa sobre Asael)
______ Abisai B. (Alguma coisa sobre Is-Bosete)
______ Recabe C. (Alguma coisa sobre Abner)
______ Abner D. (Alguma coisa sobre Recabe)
______ Joabe E. (Alguma coisa sobre Baaná)
______ Um Amalequita F. (Alguma coisa sobre Davi)
______ Asael G. (Alguma coisa sobre Joabe)
______ Baaná H. (Alguma coisa sobre o Amalequita)
______ Is-Bosete I. (Alguma coisa sobre Abisai)
O SEGUNDO LIVRO DE SAMUEL
127
1-SHEMUEL-BET(SAMUEL)
Tanto I Samuel quanto II Samuel recebem o nome do profeta
Samuel, que é o personagem mais importante de I Samuel. Ele
pode ter escrito um relato do qual foi tirado a primeira parte
de I Samuel, mas não pode tê-lo escrito todo porque há um
relato de sua morte no capítulo 25. Além dos escritos de
Samuel, o autor desconhecido parece ter usado os escritos dos
profetas Natã e Gade. (Ver I Samuel 10:25; I Crônicas 29:29.)
Na Bíblia hebraica, os livros de I Samuel e II Samuel estão
reunidos em um único livro chamado “Samuel”. A versão
grega da Bíblia separou-o em dois livros, e essa tradição
continua até o presente. Um subtítulo da versão do rei Jaime
chama I Samuel de “O Primeiro Livro dos Reis”. Trata-se de
um título adequado, porque ele conta a respeito da unção do
primeiro rei de Israel: Saul.
O livro de I Samuel cobre a época do nascimento de Samuel
até a morte de Saul, que ocorreu aproximadamente em 1010
a.C. Nessa época, as tribos de Israel tornaram-se parcialmente
unidas pela primeira vez desde a época de Moisés e Josué.
Essa união ocorreu no governo dos primeiros reis de Israel,
que foram ungidos por Samuel.
Para uma análise mais detalhada de I Samuel, ver Guia para
Estudo das Escrituras, “Samuel, Profeta do Velho Testamento”,
pp. 192–193.)
I Samuel 1–11
Introdução
Em I Samuel 1–11 há um relato da morte de Eli e da
subseqüente transferência da cadeira de juiz de Eli, o primeiro
dos juízes de Israel que também era sacerdote, para Samuel, o
menino-profeta que seria o último juiz de Israel. Samuel, como
ocorreu com Sansão antes dele, era um filho da promessa,
nascido pela providência divina de uma mãe que era estéril.
Samuel e Sansão eram ambos nazireus. Samuel, contudo, pela
fé, foi capaz de subjugar os filisteus, algo que o fisicamente
forte porém espiritualmente infiel Sansão não foi capaz de
fazer. Esses capítulos também contam sobre o desejo de Israel
de acabar com o governo dos juízes e estabelecer um reino
terreno, rejeitando assim, na verdade, seu verdadeiro Rei, o
Deus do Céu, Jesus Cristo.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Milagres podem acontecer para aqueles que pedem com fé.
(Ver I Samuel 1:1–17; ver também Mórmon 9:15–20.)
• Os pais têm a responsabilidade de ensinar seus filhos a
amarem a Deus e a absterem-se de cometer o mal. (Ver I
Samuel 2:27–34; 3:13; ver também D&C 68:25–32.)
• O Senhor nos chama de muitas formas, e aprender a
reconhecer Sua voz é essencial para nosso crescimento
espiritual nesta vida. (Ver I Samuel 3:1–10.)
• Só podemos receber plenamente os poderes do céu em
nosso benefício se formos justos. (Ver I Samuel 4–7; ver
também D&C 121:34–44.)
• Quando rejeitamos os conselhos inspirados do profeta ou
de outros líderes da Igreja, estamos na verdade rejeitando a
Deus. (Ver I Samuel 8:7; ver também D&C 1:37–38.)
• Os chamados do Senhor são revelados àqueles que
possuem autoridade. As pesssoas que possuem autoridade
então chamam, apresentam para voto de apoio, designam e
treinam aqueles que o Senhor escolheu. (Ver I Samuel 9–10.)
Sugestões Didáticas
A apresentação 17 do Vídeo do Velho Testamento, “Por
Este Menino Orava Eu”, usa uma história moderna
para ilustrar o chamado divino dos pais. (Ver Guia de Vídeo do
Velho Testamento, para sugestões didáticas.)
I Samuel 1–3. Os pais têm a responsabilidade de ensinar
seus filhos a amar ao Senhor e abster-se do mal. (35–45
minutos)
Pergunte aos alunos o que eles acreditam ser a coisa de que o
mundo mais necessita. Permita que discutam suas idéias por
um ou dois minutos, depois leia a seguinte declaração do
Presidente David O. McKay:
Pergunte aos alunos por que eles acham que isso seria verdade.
Peça aos alunos que leiam I Samuel 1–2 e anotem as
qualidades e ações que demonstram que Ana foi uma mãe
sábia e exemplar. (Ver I Samuel 1:10–11, 15–18, 20, 24–28;
2:1–10.) Peça-lhes que relatem o que escreveram. Você pode
também usar o comentário referente a I Samuel 1–2 em Velho
Testamento: Gênesis–II Samuel (pp. 267–268.) Pergunte:
• O que Ana queria acima de tudo?
• Por que vocês acham que ela desejava tanto ter filhos?
• Qual é a importância de termos filhos no plano de
felicidade do Pai Celestial?
• Depois de sermos abençoados com filhos, qual é nossa
responsabilidade como pais? (Ver D&C 68:25–31.)
Peça aos alunos que leiam I Samuel 2:12–17, 22 e pergunte:
• Que pecados os filhos de Eli cometeram como sacerdotes no
tabernáculo?
• Leia I Samuel 2:22–25 e 3:12–13. O que Eli fez com respeito
às ações de seus filhos?
• Leia o que o Senhor disse a Eli em I Samuel 2:27–36 e
3:12–14. O que Eli fez de errado?
“Se me perguntassem qual era a coisa de que o mundo
mais necessitava, eu diria sem hesitar: mães sábias (…)
e pais exemplares.” (Citado em Richard L. Evans’ Quote
Book, 1971, p. 20.)
O PRIMEIRO LIVRO DE SAMUEL
119
LIVRO RUTE
Introdução
A história de Rute aconteceu durante o período dos juízes em
Israel, numa época em que havia paz entre os israelitas e os
moabitas. (Ver Guia para Estudo das Escrituras, “Moabe”, p.
142.) Os eventos aconteceram em Moabe e na região de Israel
ocupada pela tribo de Judá.
Ao contrário do livro de Juízes, que contém muitas histórias
tristes de apostasia em Israel, a história de Rute é um feliz
relato de fé, devoção e caridade cristã. Ela nos lembra que a
bondade individual pode existir mesmo em um mundo
iníquo.
A história de Rute incentiva-nos a tomarmos boas decisões e a
enfrentarmos as dificuldades com coragem. Se o fizermos, as
coisas acabarão contribuindo para o nosso bem. Existe
também um tema subjacente de redenção na história. Rute era
uma estrangeira. Era pobre, viúva e não tinha filhos. Por
intermédio de Boaz, que a “redimiu” (ver Rute 4:4–10), Rute
foi plenamente aceita como israelita, tornou-se dona de certa
riqueza, entrou novamente no convênio do casamento e teve
filhos. Tendo em mente esse tema de redenção, é interessante
notar que Jesus Cristo foi um de seus descendentes. (Ver
Mateus 1:5–16.)
A irmã Aileen H. Clyde, ex-conselheira na Presidência Geral
da Sociedade de Socorro, observou uma importante aplicação
prática para nossos dias da história de Rute: “Rute, com
confiança, enfrentou sofrimentos que não nos são estranhos
atualmente—a morte de um ente querido, a solidão num local
estranho e a necessidade de trabalhar muito para sobreviver.
Seu empenho, ao tomar cada pequena decisão, repercutiu
posteriormente num acontecimento grandioso, e é para mim
um exemplo de que devemos dar grande importância à vida
diária e às decisões que tomamos ao procurarmos seguir a
Deus”. (“Confiança por meio da Conversão”, A Liahona,
janeiro de 1993, p. 96.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• O Pai Celestial aceitará todas as nações que se achegarem a
Ele e guardarem Seus mandamentos. (Ver Rute 1:16–17;
2:11–12; 3:13–17; ver também Atos 10:34–35.)
• O Senhor abençoa aqueles que, com amor, cuidam de seus
pais e parentes idosos. (Ver Rute 1:16–19; 4:1–8.)
Sugestões Didáticas
Rute 1–2. Aqueles que dedicam sua vida ao Senhor
mostram esse compromisso agindo com humildade,
coragem e bondade para com os outros. (15–25 minutos)
Para ajudar os alunos a conhecerem melhor a história de Rute
1–2, escreva os seguintes nomes no quadro-negro: Rute,
Elimeleque, Malom, Quiliom, Noemi, Orfa e Boaz. Peça aos alunos
que leiam rapidamente Rute 1–2 e digam quem era cada
pessoa. Escreva uma descrição resumida ao lado de cada nome
no quadro-negro. Use o comentário referente a Rute 1–4 em
Velho Testamento: Gênesis–II Samuel (pp. 261–265) para ajudar,
se necessário.
Peça a duas alunas que representem os personagens de Rute e
Orfa diante da classe. Peça-lhes que representem uma
conversa que imaginem que teria ocorrido entre essas duas
concunhadas ao decidirem se iriam para uma terra
desconhecida com sua sogra. Peça ao restante da classe que
pensem no que diriam se fossem Rute ou Orfa. Pergunte:
• O que motivou Rute a seguir Noemi?
• Qual a fonte real da devoção de Rute?
Peça aos alunos que mostrem referências das escrituras que
comprovem suas respostas.
Pergunte aos alunos:
• Por que deve ter sido difícil para Rute fazer o que fez?
• Como era sua vida em Israel? (Ela era pobre e tinha que
colher sobras no campo para alimentar-se.)
• Em Rute 2, o que aprendemos a respeito de Rute vendo o
que ela fez para sustentar a si mesma e sua sogra?
• O que ficamos sabendo sobre o tipo de homem que era
Boaz?
Peça aos alunos que comparem Rute com os conversos da
Igreja hoje em dia. Faça aos alunos as seguintes perguntas:
• Quais são algumas das dificuldades que os conversos
enfrentam hoje em dia ao aceitarem o evangelho?
Monte
Carmelo
Monte Tabor
Monte Gilboa
Belém
Monte
Nebo
MOABE
O LIVRO DE RUTE
117
JUIZES
Introdução
O livro de Juízes contém os relatos da história de Israel desde
a morte de Josué até o início da monarquia com o rei Saul. (Ver
I Samuel 8:1–9.) Embora seja difícil determinar exatamente a
época dos juízes, estima-se que ela tenha começado por volta
de 1250 e 1000 a.C. Um dos motivos da dificuldade de se fazer
uma cronologia do livro de Juízes é que as tribos foram
espalhadas para tomar posse de suas terras (ver Josué 13–17),
e a lealdade tribal tomou o lugar da unidade nacional. Cada
juiz mencionado geralmente representava apenas uma tribo ou
região da terra prometida. Sendo assim, alguns deles podem
ter governado na mesma época. Esses juízes eram escolhidos
por Deus ou pelo povo que lideravam. Eles eram mais
generais militares do que especialistas na lei, devido a sua
responsabilidade de livrar seu povo dos inimigos. A seguinte
tabela contém uma visão geral dos juízes de Israel daquele
período.
A desunião de Israel deixou o povo mais vulnerável a seus
inimigos. No entanto, pior que sua desunião foi sua falha em
cumprir seguidamente seus convênios com o Senhor, o que os
levou a um contínuo ciclo de apostasia e arrependimento. (Ver
a sugestão didática de Juízes 1–3, p. 113.) Juízes 1–16 conta a
história desse ciclo na vida de vários juízes que livraram
Israel. Os capítulos 17–21 contam várias histórias que ilustram
a depravação da Israel apóstata quando “não havia rei em
Israel; porém cada homem fazia o que parecia reto aos seus
olhos”. (Juízes 21:25)
O livro de Juízes, como o livro de Josué, também mostra que o
Senhor tem poder para livrar Seu povo. Isso é particularmente
evidente nas histórias dos diversos juízes.
• Eúde era de Benjamim, a menor das tribos de Israel.
• Débora foi a primeira mulher a liderar Israel em batalha, e
talvez igualmente heróica tenha sido a história de Jael, a
mulher que matou o líder do inimigo de Israel.
• O exército de Gideão foi reduzido a trezentos homens antes
de derrotarem um exército midianita de mil homens.
• Jefté era filho de uma meretriz.
• Sansão nasceu milagrosamente de uma mulher que era
estéril.
Em todos os casos, era evidente que a mão do Senhor estava
atuando na libertação de Seu povo por intermédio desses
líderes. Vemos, portanto, que mesmo que esse tenha sido um
período lamentável da história israelita, havia, não obstante,
alguns homens e mulheres notáveis. Podemos aprender
importantes lições com aqueles que exerceram fé e coragem.
Podemos também aprender observando os maus exemplos
daqueles que se esqueceram do Senhor e vivenciaram
conseqüências desastrosas.
Para mais informações sobre o livro de Juízes, ver Guia para
Estudo das Escrituras, “Juízes, Livro dos”, p. 122, e a introdução
a Juízes 1–12 em Velho Testamento: Gênesis–II Samuel, p. 251.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• A falha em cumprir os convênios que fizemos com o Senhor
resulta em sofrimento, dor e a perda das bênçãos
prometidas. (Ver Juízes 1:18–3:7; 8:32–35; 10:6–9.)
• Quando as pessoas se arrependem e clamam ao Senhor, Ele
irá, no momento certo, livrá-los de seus problemas. (Juízes
3:9, 15; 10:10–16; 11:32–33.)
• Pessoas comuns podem fazer coisas extraordinárias quando
estão dispostas a seguir as orientações do Senhor e receber
Sua força. (Ver Juízes 4:1–16; 6:11–16; 7:1–22.)
• Nascer em uma família justa ou ser preordenado a uma
grande missão não garantem a retidão pessoal. A
obediência ao Senhor é mais importante do que os talentos
ou outras vantagens que possamos ter. (Ver Juízes 13–16;
ver também Alma 2:26–31; Mórmon 5:16–18.)
Juiz e Tribo Opressor de Israel
Otniel de Judá (ver Juízes 3:9) Cusã-Risataim, rei da
Mesopotânia
Eúde de Benjamim (ver 3:15) Eglom, rei de Moabe
Sangar (ver 3:31; tribo desconhecida) Filisteus
Débora de Efraim, a única juíza conhecida, Jabim, rei de Canaã
e Baraque de Naftali (ver 4:4–6) e Sísera, capitão de Jabim
Gideão de Manassés (ver 6:11) Midianitas e amalequitas
Abimeleque, filho de Gideão, nomeou-se rei e governou por pouco tempo
em Siquém (ver capítulo 9)
Tola de Issacar (ver 10:1) Desconhecido
Jair de Manassés (ver 10:3) Desconhecido
Jefté de Manassés (ver 11:11) Amonitas
Ibzã de Judá (ver 12:8) Desconhecido
Elom de Zebulom (ver 12:11) Desconhecido
Abdom de Efraim (ver 12:13) Desconhecido
Sansão de Dã (ver 15:20) Filisteus
Dois outros juízes, Eli e Samuel, são identificados em I Samuel. Samuel
foi o último juiz antes do reinado do rei Saul.
O LIVRO DE JUÍZES
112
JOSUÉ O SENHOR SALVA
Introdução
O livro de Josué tem o nome de seu principal profeta e
personagem. Josué provavelmente escreveu ou supervisionou
a maior parte da elaboração deste livro, mas não pode tê-lo
escrito inteiramente pois ele conta a respeito de sua morte e
sepultamento. Em hebraico, Josué significa “O Senhor salva”
ou “o Senhor concede vitória”. A forma grega desse nome é
Jesus.
O livro de Josué conta como o Senhor ajudou os israelitas a
tomarem posse da terra prometida. O relato da conquista
deixa claro que o Senhor possibilitou-lhes suas vitórias. Em
muitos aspectos, a história de Josué é um símbolo do futuro
Josué, Jesus Cristo, que triunfou sobre Seus inimigos, inclusive
o diabo, que é “o inimigo de toda a retidão” (Morôni 9:6), e
conduz-nos para a terra prometida do reino celestial, depois
de terminarmos nossa jornada pelo deserto da vida.
Este livro testifica que o Senhor cumpre Suas promessas. O
Senhor tinha feito o convênio de que os descendentes de
Abraão tomariam posse da terra de Canaã. Embora os
israelitas jamais tenham possuído toda a terra prometida a
Abraão devido a desobediência deles, a época de Josué foi a
primeira vez em que os descendentes de Abraão realmente
governaram a terra de Canaã.
O livro de Josué pode ser organizado em três partes principais:
1. A conquista de Canaã. (Capítulos 1–12)
2. A divisão da terra entre as tribos de Israel. (Capítulos
13–22)
3. As instruções e testemunho finais de Josué antes de sua
morte. (Capítulos 23–24)
Para mais informações, ver Guia para Estudo das Escrituras,
“Josué”, p. 120.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Se formos fiéis, o Senhor irá ajudar-nos a vencer nossas
dificuldades, muitas vezes de modo milagroso, e abençoarnos
para fazermos tudo o que Ele nos pedir. (Ver Josué
1:1–9; 3–4; 6:1–20; 8:1–22; 10:5–21, 40–42; 11:1–10, 15–16;
21:43–45; 23:1–11; 24:1–24.)
• O estudo diário das escrituras ajuda-nos a compreender e
viver o evangelho de modo que possamos receber as
bênçãos do Senhor. (Ver Josué 1:7–8; 8:32–35; ver também
D&C 33:16–17.)
• O Senhor magnifica Seus líderes à vista do povo. (Ver Josué
1:16–18; 4:14.)
• A obediência e a pureza pessoal aumentam nossa fé e
ajudam-nos a invocar os poderes do céu para ajudar-nos a
vencer as dificuldades que enfrentamos. (Ver Josué 6:1–20;
7:1–26; 10:8–16, 11–12.)
• Nossas ações afetam a vida das pessoas a nossa volta tanto
para o bem quanto para o mal. (Ver Josué 7:1–5, 10–21.)
• O Senhor às vezes impede que as pessoas prossigam com
sua iniqüidade, destruindo-as quando se tornam “maduras
em iniqüidade”. (Ver Josué 8:1–29; 10–11; ver também
Deuteronômio 20:16–18; 1 Néfi 17:32–35; Moisés 8:20–22,
28–30.)
• O Senhor sempre cumpre Suas promessas. (Ver Josué 21:45;
22:1–4; ver também D&C 1:37–38; 82:10.)
• Deus concedeu o arbítrio a Seus filhos, e eles são livres para
escolher amar e servir ao Senhor ou aos deuses falsos do
mundo. (Ver Josué 22:5; 23:11–16; 24:14–25; ver também
Alma 5:38–42; D&C 1:16.)
Sugestões Didáticas
A apresentação 16 do Vídeo do Velho Testamento, “‘Não
Terás Outros Deuses Diante de Mim’”, usa a analogia
do monóxido de carbono para mostrar os efeitos da idolatria.
(Ver sugestões didáticas em Guia de Vídeo do Velho Testamento.)
Josué 1. O estudo diário das escrituras ajuda-nos a
compreender e viver o evangelho de modo que possamos
receber as bênçãos do Senhor. (30–40 minutos)
Para preparar os alunos para o estudo de Josué 1, leia a
seguinte carta imaginária de Josué pedindo conselho:
A quem possa interessar:
Meu nome é Josué. Fui designado como o novo líder dos filhos de
Israel em lugar de nosso grande líder Moisés, que nos conduziu para
fora do Egito e agora partiu de nosso meio. Sinto-me muito humilde
com este chamado e considero-me totalmente incapaz para tentar
ocupar o lugar de um profeta tão maravilhoso. Que conselho você me
pode dar sobre como ter êxito neste novo cargo para o qual fui
chamado? O povo prometeu seguir-me da mesma forma que
seguiram Moisés.
Sinceramente, Josué.
Leia Josué 1 com os alunos e descubram o conselho que o
Senhor deu a Josué. Com a classe, faça uma lista do que o
Senhor disse que ajudaria Josué a ser um líder bem-sucedido
em Israel. Preste atenção em particular à instrução de ser forte
e muito corajoso. (Ver vv. 6–7, 18.) Pergunte aos alunos o que
eles acham que isso significa. Leia a seguinte declaração do
Presidente Gordon B. Hinckley:
“Este é o Seu trabalho. Nunca se esqueçam disso.
Abracem-no com entusiasmo e amor.
Não tenhamos medo. Jesus é nosso líder, nossa força,
nosso rei.
O LIVRO DE JOSUÉ
107
DEUTERONÔMIO
Introdução
Deuteronômio é uma palavra formada do grego deutero,
“segundo”, e nomos, “lei”, significando, portanto, “a segunda
lei” ou “a repetição da lei”. O cristianismo adotou esse título
descritivo da Septuaginta (a primeira tradução grega do Velho
Testamento) em vez do nome judaico do livro, Eileh
Hadvareem, que são as duas primeiras palavras do livro em
hebraico, traduzidas como “estas são as palavras”.
O livro de Deuteronômio é chamado de a segunda lei porque
contém um resumo feito por Moisés da lei mosaica. (Ver Guia
para Estudo das Escrituras, “Deuteronômio”, p. 57.)
Ao estudar Deuteronômio, preste especial atenção às
referências remissivas de outros livros de Moisés, onde se
encontram os relatos anteriores desses eventos. A comparação
desses relatos muitas vezes fornece novas informações e
explicações.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Precisamos de lembretes dos convênios que fizemos e
incentivo para cumpri-los. (Ver Deuteronômio 1–33.)
• O casamento dentro dos convênios faz com que nós e
nossos filhos permaneçamos fiéis aos princípios do
evangelho. (Ver Deuteronômio 7:3–4.)
• As provações podem ajudar-nos a amadurecermos
espiritualmente. (Ver Deuteronômio 8; 10:12–17.)
• O Senhor nos ordenou que pagássemos os dízimos e
ofertas. (Ver Deuteronômio 14:22–29; 15:7–11.)
• Devemos buscar a verdade em Deus e Seus profetas, não
com cartomantes ou outras práticas ocultas. (Ver
Deuteronômio 18:9–22; ver também D&C 1:37–38.)
• A obediência aos mandamentos de Deus traz bênçãos; a
desobediência resulta em sofrimento. (Ver Deuteronômio
28:1–45; 30:15–20.)
• O Senhor abençoa Seus filhos por meio dos convênios que
faz com eles. (Ver Deuteronômio 29:1, 9–14, 21, 25; 31:16, 20.)
• As escrituras nos ensinam como adorar devidamente a
Deus. (Deuteronômio 31:9–13; 33:9–10.)
Sugestões Didáticas
A apresentação 15 do Vídeo do Velho Testamento, “A Casa
de Israel”, usa um cronograma histórico para mostrar
uma visão geral da casa de Israel. (Ver sugestões didáticas em
Guia de Vídeo do Velho Testamento.)
Deuteronômio 1:1. Precisamos ser lembrados de nossos
convênios do evangelho. (5–10 minutos)
Crie uma série de instruções detalhadas para ler em classe
sobre como desenhar um objeto que os alunos não conheçam.
Suas instruções devem conter tamanho número de detalhes
que as tornem confusas, caso sejam lidas rapidamente. Como
resultado, os alunos precisarão pedir que você repita as
instruções, para compreenderem plenamente o que devem
fazer. Não é necessário que terminem o projeto, mas apenas
que sintam a necessidade de ouvirem as instruções serem
repetidas. Limite essa parte da atividade a dois ou três
minutos.
Depois de vários alunos pedirem esclarecimentos, discuta por
que precisamos ouvir novamente as instruções. Leia as
informações contidas na introdução ao livro de Deuteronômio,
neste manual, e no verbete “Deuteronômio”, no Guia para
Estudo das Escrituras. Pergunte:
• Como o livro de Deuteronômio se assemelha à atividade
que acabamos de realizar?
• Por que acham que Moisés lembrou o povo de sua história,
a lei e as promessas que o Senhor lhes fizera?
Debata perguntas como estas:
• Quão freqüentemente somos aconselhados a ser honestos, a
orar diariamente ou a amar nosso próximo?
• Por que acham que precisamos ser lembrados dessas coisas
tão freqüentemente?
Incentive os alunos a receberem os lembretes com gratidão, em
vez de irritação ou tédio.
Deuteronômio 1–3. Encarar a morte ajuda-nos a lembrarnos
da importância de nossos convênios do evangelho.
(15–20 minutos)
Depois de passar quarenta anos liderando-os pelo deserto,
Moisés sabia que logo teria de deixar os filhos de Israel. Seus
Mar Mediterrâneo
MANASSÉS
Jericó GADE
Jerusalém Monte Nebo
RÚBEN
CANAÃ
MOABE Mar Salgado
(Mar Morto)
O LIVRO DE DEUTERONÔMIO
102
NUMEROS
O livro de Números é o relato das escrituras da história dos
israelitas enquanto viajavam no deserto que fica entre o monte
Sinai e a borda oriental de sua terra prometida. Ele cobre mais
de trinta e oito de seus quarenta anos no deserto e explica por
que o Senhor os deixou no deserto por tanto tempo. Nele
aprendemos como o Senhor age em relação a Seus filhos e
como podemos receber as bênçãos que Ele nos prometeu.
O livro chama-se “Números” porque contém relatos de duas
ocasiões em que Moisés “numerou”, ou contou, o povo de
Israel. (Ver Guia para Estudo das Escrituras, “Números”, p. 154.)
Os dois recenseamentos contaram os homens capazes
preparados para a batalha. Israel receberia a terra prometida,
mas precisava reivindicá-la pelo derramamento de sangue. Os
contados no primeiro recenseamento (ver Números 1–4)
fracassaram tragicamente em seu dever, devido à
desobediência. Foi somente na época do segundo
recenseamento (ver Números 26) que Israel estava
suficientemente fiel para ter êxito.
O livro de Números pode ser dividido em três seções:
1. Os capítulos 1–10 contêm instruções e preparativos para a
marcha saindo do Sinai.
2. Os capítulos 11–21 contêm a história da jornada de Israel
pelo deserto.
3. Os capítulos 22–36 contêm um relato do que aconteceu na
margem oriental do rio Jordão.
Números 1–10
Introdução
Além de “numerar”, ou seja, realizar o recenseamento dos
filhos de Israel, Números 1–10 contém instruções adicionais
que se tornariam parte da lei de Moisés e a ordem em que os
israelitas deveriam acampar e marchar. Esses capítulos
também contam como a tribo de Levi foi escolhida para servir
no tabernáculo e como o acampamento de Israel começou sua
marcha do Sinai em direção à terra prometida.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• O Senhor, Sua obra e Seu reino devem ser o centro de nossa
vida. (Ver Números 2.)
• Só aqueles que foram chamados e ordenados por Deus por
meio de Seus representantes podem realizar ordenanças
aceitáveis. (Ver Números 3:5–13.)
• O verdadeiro arrependimento exige confissão, restituição e
abandono do pecado. (Ver Números 5:5–7; ver também
D&C 58:43.)
• Podemos consagrar-nos ao Senhor por meio de convênios.
(Ver Números 6.)
• O Senhor guia e abençoa Seus filhos obedientes. (Ver
Números 9:15–23.)
Sugestões Didáticas
Números 1–4. A organização do acampamento de Israel
lembrava-lhes de que o Senhor, Sua obra e Seu reino
deveriam estar no centro de sua vida. (30–40 minutos)
Arrume sua sala de aula como o seguinte desenho
“Organização do Acampamento”, referente ao acampamento
de Israel. Coloque um cobertor no meio da sala para
representar o tabernáculo ou desenhe no quadro-negro. Nas
classes com menos de doze alunos cada aluno pode
representar mais de uma tribo. Coloque sinais nas devidas
paredes, indicando o norte, sul, leste e oeste.
Quando os alunos entrarem na sala de aula, dê-lhes boasvindas
ao “acampamento de Israel” entregue um cartão para
cada um com o nome de uma das tribos de Israel. Instrua-os a
sentarem-se com os outros alunos designados à mesma tribo e
a lerem Números 2 juntos. Peça-lhes que descubram onde
ficava a sua tribo no acampamento e que se sentem no lugar
correspondente na sala de aula. Quando todos os alunos
estiverem em seus lugares, explique-lhes que os Israelitas
viajavam pelo deserto do Sinai. Peça-lhes que leiam Números
1 e descubram quantas pessoas estavam na tribo que eles
representam e pergunte a vários alunos:
• Como vocês teriam se sentido se fossem responsáveis pelo
bem-estar de tantas pessoas no meio do deserto?
• Como essa responsabilidade mudaria seu modo de orar e
de buscar a ajuda do Senhor?
Faça as seguintes perguntas ao discutir a organização do
acampamento:
• Qual era o centro do acampamento? (Ver Números 2:2.)
A Organização do Acampamento
Norte
Acampamento de Dã: 157.600
Naftáli Dã Aser
Oeste
Acampamento
de Efraim:
108.100
Manassés
Efraim
Benjamim
Sul
Acampamento de Rúben: 151.450
Simeão Rúben Gade
Leste
Acampamento
de Judá:
166.400
Zebulom
Judá
Issacar
Levi: Filhos de
Merari
Levi:
Filhos
de
Gérson
Levi: Filhos
de Coate
Levi:
Moisés,
Aarão e
Filhos de
Aarão
O Tabernáculo
e a Tenda da
Congregação
O LIVRO DE NÚMEROS
94
LEVITICOS
Como os filhos de Israel não estavam espiritualmente
preparados para receber o Sacerdócio de Melquisedeque e
suas ordenanças, o Senhor os organizou sob o Sacerdócio
Aarônico ou levítico e deu-lhes a lei de Moisés. (Ver Êxodo
32:19; TJS, Êxodo 34:1.) O livro de Levítico, que significa,
“referente aos levitas”, era semelhante a um manual sobre a
maneira de exercer o Sacerdócio Levítico e ministrar as
ordenanças de sacrifícios da lei de Moisés. Ele inclui detalhes
sobre como realizar as ordenanças associadas ao tabernáculo,
que foi erguido e dedicado enquanto Israel vagava errante
pelo deserto. O livro de Levítico também contém algumas
instruções especiais que se aplicam a todas as pessoas.
O processo de santificação é um tema importante no livro de
Levítico. É interessante notar que a palavra santo, ou uma
palavra semelhante como santificar, aparece mais de 150 vezes
em Levítico. Para tornar-nos santos, precisamos primeiro
tornar-nos limpos: livres dos efeitos do pecado e justificados
perante Deus. Mas a santidade é mais do que estar limpo. Ela
inclui o processo de santificação, ou seja, o desenvolvimento
de um caráter divino. A organização geral do livro de Levítico
apresenta um padrão semelhante ao desenvolvimento
espiritual.
• Levítico 1–16 ensina a respeito de tornar-nos limpos e justos
perante Deus por meio da realização de sacrifícios
adequados e pela manifestação de obediência em “ritos e
ordenanças” diários. (Ver Mosias 13:29–30.)
• Levítico 17–27 ensina a respeito dos padrões mosaicos de
santidade que separavam Israel de todos os outros povos.
(Ver Êxodo 19:5–6.) Para mais informações e uma explicação
mais detalhada de Levítico, consulte o Guia para Estudo das
Escrituras, “Levítico”, p. 128.
Levítico 1–16
Introdução
A lei de Moisés foi um “aio, para (…) conduzir [os filhos de
Israel] a Cristo”. (Gálatas 3:24; ver 2 Néfi 25:24.) Levítico 1–16
contém instruções a respeito de alguns dos ritos e ordenanças
da lei que ensinavam princípios do evangelho.
• Os capítulos 1–7 descrevem diversos tipos de sacrifícios que
as pessoas deviam fazer. Esses sacrifícios representavam o
Salvador e Seu sacrifício expiatório.
• Os capítulos 8–10 explicam as exigências feitas aos
sacerdotes para que fossem dignos de realizar os sacrifícios.
• Os capítulos 11–15 explicam várias leis a respeito do que era
limpo e do que era imundo, salientando a importância
disso. Essas leis demonstravam a necessidade de sermos
limpos como indivíduos (ver capítulo 11), como famílias
(ver capítulo 12) e como povo (ver capítulos 13–15.)
• O capítulo 16 é o ponto culminante de todas as leis a
respeito da pureza. Ele dá instruções a respeito do grande
sacrifício purificador que era oferecido todos os anos no Dia
da Expiação.
Ao estudar esses capítulos, procure por que a lei de Moisés é
chamada de uma lei rígida de ritos e ordenanças (ver Mosias
13:29–30), uma lei de mandamentos carnais (ver D&C 84:27), e
um aio (ver Gálatas 3:24.) Observe em particular como o
significado pleno da lei de Moisés era apontar para o grande e
último sacrifício do Filho de Deus. (Ver Alma 34:13–14.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os sacrifícios e ofertas descritos na lei de Moisés
simbolizavam a Expiação de Jesus Cristo. (Ver Levítico 1–7;
ver também Moisés 5:5–8.)
• Para arrepender-se plenamente, uma pessoa precisa sentir
verdadeiro pesar, confessar seus pecados e reparar os erros
que cometeu. (Ver Levítico 1:1–4; 5:5; 6:4–7; ver também
Isaías 1:16–19.)
• As ordenanças do sacerdócio precisam ser realizadas
exatamente como o Senhor as descreveu e por aqueles que
são dignos e ordenados para fazê-lo. (Ver Levítico 8:6–13;
10:1–11.)
• Para achegar-nos a Jesus Cristo precisamos afastar-nos de
tudo o que o Senhor declarou ser imundo. (Ver Levítico
11:44–47; 12–15; ver também Morôni 10:32.)
• A fé que exercemos em Jesus Cristo e no poder de Sua
Expiação ajuda-nos a tornar-nos limpos do pecado e vencer
nosso desejo de pecar. (Ver Levítico 16.)
Sugestões Didáticas
A apresentação 14 do Vídeo do Velho Testamento, “A Lei
de Moisés”, sugere maneiras de ensinar a lei de Moisés.
Ela não foi feita para ser mostrada aos alunos. (Ver Guia de
Vídeo do Velho Testamento, para sugestões didáticas.)
Levítico 1–27. A lei de Moisés ajudava a ensinar os
princípios básicos do evangelho de Jesus Cristo.
Ela centralizava-se em quatro princípios principais: o
sacrifício, a pureza, a separação das coisas do mundo, e
a lembrança. (40–50 minutos)
Leve os ingredientes de uma receita para a sala de aula. Sem
mostrar a receita, peça a um aluno que misture os ingredientes
e faça algo gostoso para a classe. Depois de o aluno debater-se
com o projeto por alguns minutos, discuta como é difícil ou
impossível trabalhar sem uma receita ou um manual de
instruções. Pergunte:
• Quais são algumas das conseqüências de não seguirmos as
instruções?
• Quais são alguns dos benefícios das receitas ou dos
manuais de instruções?
O LIVRO DE LEVÍTICO
87
LEVITICOS
Como os filhos de Israel não estavam espiritualmente
preparados para receber o Sacerdócio de Melquisedeque e
suas ordenanças, o Senhor os organizou sob o Sacerdócio
Aarônico ou levítico e deu-lhes a lei de Moisés. (Ver Êxodo
32:19; TJS, Êxodo 34:1.) O livro de Levítico, que significa,
“referente aos levitas”, era semelhante a um manual sobre a
maneira de exercer o Sacerdócio Levítico e ministrar as
ordenanças de sacrifícios da lei de Moisés. Ele inclui detalhes
sobre como realizar as ordenanças associadas ao tabernáculo,
que foi erguido e dedicado enquanto Israel vagava errante
pelo deserto. O livro de Levítico também contém algumas
instruções especiais que se aplicam a todas as pessoas.
O processo de santificação é um tema importante no livro de
Levítico. É interessante notar que a palavra santo, ou uma
palavra semelhante como santificar, aparece mais de 150 vezes
em Levítico. Para tornar-nos santos, precisamos primeiro
tornar-nos limpos: livres dos efeitos do pecado e justificados
perante Deus. Mas a santidade é mais do que estar limpo. Ela
inclui o processo de santificação, ou seja, o desenvolvimento
de um caráter divino. A organização geral do livro de Levítico
apresenta um padrão semelhante ao desenvolvimento
espiritual.
• Levítico 1–16 ensina a respeito de tornar-nos limpos e justos
perante Deus por meio da realização de sacrifícios
adequados e pela manifestação de obediência em “ritos e
ordenanças” diários. (Ver Mosias 13:29–30.)
• Levítico 17–27 ensina a respeito dos padrões mosaicos de
santidade que separavam Israel de todos os outros povos.
(Ver Êxodo 19:5–6.) Para mais informações e uma explicação
mais detalhada de Levítico, consulte o Guia para Estudo das
Escrituras, “Levítico”, p. 128.
Levítico 1–16
Introdução
A lei de Moisés foi um “aio, para (…) conduzir [os filhos de
Israel] a Cristo”. (Gálatas 3:24; ver 2 Néfi 25:24.) Levítico 1–16
contém instruções a respeito de alguns dos ritos e ordenanças
da lei que ensinavam princípios do evangelho.
• Os capítulos 1–7 descrevem diversos tipos de sacrifícios que
as pessoas deviam fazer. Esses sacrifícios representavam o
Salvador e Seu sacrifício expiatório.
• Os capítulos 8–10 explicam as exigências feitas aos
sacerdotes para que fossem dignos de realizar os sacrifícios.
• Os capítulos 11–15 explicam várias leis a respeito do que era
limpo e do que era imundo, salientando a importância
disso. Essas leis demonstravam a necessidade de sermos
limpos como indivíduos (ver capítulo 11), como famílias
(ver capítulo 12) e como povo (ver capítulos 13–15.)
• O capítulo 16 é o ponto culminante de todas as leis a
respeito da pureza. Ele dá instruções a respeito do grande
sacrifício purificador que era oferecido todos os anos no Dia
da Expiação.
Ao estudar esses capítulos, procure por que a lei de Moisés é
chamada de uma lei rígida de ritos e ordenanças (ver Mosias
13:29–30), uma lei de mandamentos carnais (ver D&C 84:27), e
um aio (ver Gálatas 3:24.) Observe em particular como o
significado pleno da lei de Moisés era apontar para o grande e
último sacrifício do Filho de Deus. (Ver Alma 34:13–14.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os sacrifícios e ofertas descritos na lei de Moisés
simbolizavam a Expiação de Jesus Cristo. (Ver Levítico 1–7;
ver também Moisés 5:5–8.)
• Para arrepender-se plenamente, uma pessoa precisa sentir
verdadeiro pesar, confessar seus pecados e reparar os erros
que cometeu. (Ver Levítico 1:1–4; 5:5; 6:4–7; ver também
Isaías 1:16–19.)
• As ordenanças do sacerdócio precisam ser realizadas
exatamente como o Senhor as descreveu e por aqueles que
são dignos e ordenados para fazê-lo. (Ver Levítico 8:6–13;
10:1–11.)
• Para achegar-nos a Jesus Cristo precisamos afastar-nos de
tudo o que o Senhor declarou ser imundo. (Ver Levítico
11:44–47; 12–15; ver também Morôni 10:32.)
• A fé que exercemos em Jesus Cristo e no poder de Sua
Expiação ajuda-nos a tornar-nos limpos do pecado e vencer
nosso desejo de pecar. (Ver Levítico 16.)
Sugestões Didáticas
A apresentação 14 do Vídeo do Velho Testamento, “A Lei
de Moisés”, sugere maneiras de ensinar a lei de Moisés.
Ela não foi feita para ser mostrada aos alunos. (Ver Guia de
Vídeo do Velho Testamento, para sugestões didáticas.)
Levítico 1–27. A lei de Moisés ajudava a ensinar os
princípios básicos do evangelho de Jesus Cristo.
Ela centralizava-se em quatro princípios principais: o
sacrifício, a pureza, a separação das coisas do mundo, e
a lembrança. (40–50 minutos)
Leve os ingredientes de uma receita para a sala de aula. Sem
mostrar a receita, peça a um aluno que misture os ingredientes
e faça algo gostoso para a classe. Depois de o aluno debater-se
com o projeto por alguns minutos, discuta como é difícil ou
impossível trabalhar sem uma receita ou um manual de
instruções. Pergunte:
• Quais são algumas das conseqüências de não seguirmos as
instruções?
• Quais são alguns dos benefícios das receitas ou dos
manuais de instruções?
O LIVRO DE LEVÍTICO
87
LIVRO DO EXODO (VAICRA-SAIDA)
Êxodo é o segundo dos cinco livros de Moisés. A palavra grega
exodus significa “saída” ou “partida” (ver Guia para Estudo das
Escrituras, “Êxodo”, pp. 82–83) e refere-se ao livramento de
Israel do cativeiro egípcio, efetuado pelo Senhor.
No início de Êxodo, há uma nova dinastia governando o Egito.
Essa dinastia “não conhecera a José” (Êxodo 1:8) e escravizou
os israelitas (ver Êxodo 1:8–11.) Êxodo contém o relato do
modo milagroso com que o Senhor livrou Seu povo do
cativeiro, sob a liderança inspirada do profeta Moisés. (Ver
Êxodo 12:51; Deuteronômio 26:8.) Ele também descreve o
período em que Israel vagou pelo deserto, o recebimento da lei
de Moisés e a construção do tabernáculo.
Êxodo 1–4
Introdução
Os primeiros quatro capítulos de Êxodo apresenta o profeta
Moisés e explica alguns detalhes de seu nascimento, como ele
tornou-se membro da família do Faraó e seu chamado como
profeta. Esses capítulos nos lembram que o Senhor chama e
prepara profetas, revela-Se a eles e dá-lhes os dons necessários
para que cumpram efetivamente seu trabalho.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Satanás não pode impedir a obra de Deus, o qual zela por
Seu povo e o fortalece em suas aflições, ouve suas orações e
cumpre todas as Suas promessas. (Ver Êxodo 1:7–22; 2:1–10,
23-25; 3:7–10; ver também Gênesis 50:24; Êxodo 12:51; 1
Néfi 22:22–25; D&C 3:1–3.)
• Devemos temer (honrar, obedecer e respeitar) a Deus mais
do que o homem. (Ver Êxodo 1:15–22; ver também D&C
3:7–8.)
• As mulheres têm um papel vital no cumprimento do plano
de felicidade do Pai. (Ver Êxodo 1–2.)
• O Senhor prepara e chama Seus servos para falar Suas
palavras e fazer Suas obras. (Ver Êxodo 2-4; ver também
João 15:16; D&C 1:38.)
• Os profetas do Senhor foram preordenados a realizar
determinadas missões na Terra. (Ver Êxodo 3:7–10; ver
também Jeremias 1:5; 2 Néfi 3:9–10, 17.)
• Os locais em que o Senhor habita são santos e devem ser
tratados com respeito e reverência. (Ver Êxodo 3:5; ver
também D&C 110:7–8.)
Sugestões Didáticas
Êxodo 1–4. O Êxodo pode ser visto como um
símbolo da jornada do homem pela mortalidade e
de volta à presença de Deus. (20–30 minutos)
Nota: Você pode usar toda esta sugestão didática para
apresentar uma visão do livro de Êxodo ou usar parte dela ao
ensinar Êxodo 1–4 e outros blocos de escrituras. Lembre os
alunos de usarem as referências da Tradução de Joseph Smith
que se encontram no Guia para Estudo das Escrituras.
Escreva a palavra Êxodo no quadro-negro e pergunte aos
alunos o que eles acham que está relatado nesse livro.
Incentive-os a procurarem o significado da palavra Êxodo no
Guia para Estudo das Escrituras. Diga aos alunos que o livro de
Êxodo conta a história da “saída” dos israelitas do Egito e sua
jornada pelo deserto até chegarem à terra prometida.
Escreva no quadro-negro A Vida É uma Jornada e examine com
os alunos o plano de salvação do Pai Celestial, ajudando-os a
vê-lo como uma jornada. (Ver o desenho da “Visão Geral do
Plano de Salvação. Sugestão 2”, p. 18.) Você também pode
entregar-lhes folhas de papel e pedir-lhes que desenhem uma
breve representação de sua própria jornada da vida.
Diga aos alunos que o êxodo dos filhos de Israel do Egito para
a terra prometida pode ser visto como uma ilustração ou
símbolo da jornada da humanidade de volta para o Pai
Celestial. Identifique os quatro estágios principais da jornada
de Israel, lendo as escrituras indicadas ao lado de cada um dos
seguintes títulos:
• Cativeiro (ver Êxodo 1:13–14)
• Libertação (ver Êxodo 3:7–8)
• Jornada pelo deserto (ver Êxodo 17:1; 19:1–2)
• Entrada na terra prometida (ver Êxodo 33:1–3)
Faça uma tabela como a seguinte, escrevendo apenas as
referências das escrituras. Leia as referências com a classe e
discuta-as ou designe um estágio a cada aluno ou grupo de
alunos e peça-lhes que relatem o que aprenderam. Preencha a
tabela com os conceitos abordados.
A Jornada Física de A Jornada Espiritual
Israel até a de Israel até o
Terra Prometida Reino Celestial
CATIVEIRO
Êxodo 1:13–14 (Israel estava em 2 Néfi 1:13; Mosias 3:19
cativeiro no Egito.) (O homem natural é escravo do
pecado.)
Êxodo 5:1–2 (Israel sujeitava-se Alma 12:11 (Devido ao pecado
ao Faraó.) tornamo-nos sujeitos a Satanás.)
O LIVRO DE ÊXODO
64
LIVRO DE GÊNESIS (BERESHIT)
OS LIVROS DE GÊNESIS, MOISÉS E ABRAÃO
20
Abraão 3
Introdução
Jeová ordenou que Abraão fosse ao Egito para ensinar o
evangelho. Algum tempo antes de Abraão chegar ao Egito (ver
Abraão 3:15), o Senhor ensinou-lhe as verdades contidas em
Abraão 3–5.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
•O espírito de todos os homens é eterno. Os espíritos foram
organizados pelo Pai Celestial e viveram com Ele antes de
nascerem aqui na Terra. (Ver Abraão 3:18–23.)
• Jesus Cristo tinha mais inteligência, ou “luz e verdade”
(D&C 93:36), do que todos os outros filhos espirituais do
Pai Celestial, o que O tornou “semelhante a Deus”. (Abraão
3:24; ver vv. 19, 22–24).
• Jesus Cristo foi escolhido para ser o Salvador e Redentor
dos filhos espirituais do Pai Celestial, que concordaram em
seguir o plano do Pai vindo para a Terra. (Ver Abraão
3:24–28.)
• O Profeta Joseph Smith disse: “Todo homem que recebe o
chamado para exercer seu ministério a favor dos habitantes
do mundo foi ordenado precisamente para esse propósito
no grande conselho dos céus, antes que este mundo
existisse”. (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 357; ver
Abraão 3:22–23; ver também D&C 138:55–56.) Todos
precisamos provar-nos fiéis a esses chamados aqui na Terra.
(Ver Abraão 3:25; ver também Alma 13:3–5, 8–10; D&C
121:34–40.)
Sugestões Didáticas
Abraão 3:22–28 (Conhecimento de Escritura,
Abraão 3:22–23.) O conhecimento de quem somos
e por que estamos aqui pode dar-nos mais forças para
enfrentarmos os problemas e termos alegria na vida.
(35–40 minutos)
Nota: Embora você tenha discutido a vida pré-mortal quando
ensinou o plano de salvação, ela deve ser abordada novamente
como parte do livro de Abraão, principalmente a referência de
conhecimento de escritura. O seguinte exercício é uma
atividade que ajudará os alunos a conhecer uns aos outros e
pode ajudar a iniciar um debate sobre Abraão 3.
Escreva Quem Sou Eu? Por Que Estou Aqui? no quadro-negro.
Peça aos alunos que respondam às perguntas escrevendo uma
apresentação de si mesmos para o restante da classe.
Incentive-os a serem criativos e divertidos em suas respostas.
Você pode pedir que façam uma lista de descrições de si
mesmos que responda à primeira pergunta, dizendo que são
uma filha, um amigo, um aluno, um músico, um lavador de
pratos, uma secretária da classe das lauréis.
Depois que os alunos tiverem se apresentado, diga-lhes que o
profeta Abraão aprendeu algumas respostas extremamente
importantes dessas mesmas perguntas. Peça aos alunos que
leiam Abraão 3:22–28 e escrevam as respostas das perguntas
escritas no quadro-negro, indicando os versículos onde
encontraram essas respostas. Faça uma lista das respostas
embaixo de cada pergunta no quadro-negro.
Faça aos alunos as seguintes perguntas:
• Como se sentem a respeito da experiência que teve Abraão?
• Como o conhecimento que Abraão adquiriu nessa revelação
afetou sua vida?
• De que forma sabermos que estivemos naquele conselho no
céu influencia nossas decisões na mortalidade?
O Presidente Ezra Taft Benson disse: “O maior teste da vida é a
obediência a Deus. (Conference Report, abril de 1988, p. 3; ou
Ensign, maio de 1988, p. 4.) Escreva essa declaração no quadronegro
e ajude os alunos a decorarem-na rapidamente. Você
pode fazer um cartaz com essa declaração e colocá-lo na sala
de aula. Ajude os alunos a compreenderem que embora
Abraão tivesse sido escolhido para certos propósitos (ver
Abraão 3:23), ainda assim ele tinha que “provar” a si mesmo
por meio da obediência. (Ver versículo 25.)
Leia a seguinte declaração do Presidente Benson:
Preste seu testemunho de que o conhecimento de quem somos
e por que estamos aqui pode dar-nos forças nos momentos de
tentação e ajudar-nos a ser obedientes a Deus e a provar-nos
fiéis.
“Por quase seis mil anos, Deus guardou vocês para
nascerem nos últimos dias antes da Segunda Vinda.
Todas as dispensações anteriores do evangelho
terminaram em apostasia, mas isso não acontecerá com
a nossa. (…) Deus reservou para a disputa final alguns
de Seus filhos mais fortes, que irão ajudar a fazer com
que o reino triunfe. E é para isso que vocês vieram, pois
vocês são a geração que terá de preparar-se para
encontrar-se com Deus. (…) Não se enganem a esse
respeito: vocês são uma geração escolhida. Nunca foi
esperado tanto dos fiéis em um período de tempo tão
curto quanto o que se espera de nós. (…) Precisamos
tomar muitas decisões individuais a cada dia, as quais
demonstram de que lado estamos. O resultado final já
está determinado: as forças da justiça vencerão no fim.
Falta saber onde cada um de nós estará
individualmente, hoje e no futuro, em relação a essa
batalha, qual será a nossa posição e estatura. Será que
permaneceremos fiéis a nossa missão pré-ordenada
para estes últimos dias?” (Citado por Marvin J. Ashton,
Conference Report, setembro-outubro 1989, p. 48;
INT:ANTIGO TESTAMENTO
Introdução
O Élder Boyd K. Packer disse aos professores do Sistema
Educacional da Igreja:
“É muito proveitoso apresentar uma breve, porém
cuidadosamente organizada, visão geral do curso inteiro bem
no seu início (…)
Essas primeiras aulas, um investimento de tempo tão pequeno
comparativamente falando, possibilitam que os alunos se
localizem ao longo do caminho. Eles podem sentir como será o
curso. Eles irão reter muito mais se souberem como todas as
peças se encaixam, e a luz do aprendizado brilhará muito mais
forte. A visão geral cria uma base de trabalho e vale muito
mais do que o tempo e o esforço que nela foram investidos.”
(The Great Plan of Happiness, discurso para educadores
religiosos, 10 de agosto de 1993, p. 2.)
Despenda algum tempo para desenvolver e ensinar uma
introdução e uma visão geral do Velho Testamento. Ajude seus
alunos a compreenderem a importância do Velho Testamento e
a ansiarem por conhecer as histórias, verdades e pontos de
vista que irão ler e aprender durante o ano letivo. Fortaleça
seu próprio entendimento, bem como o dos alunos, da missão
divina de Jesus Cristo.
O que É o Velho Testamento?
O Velho Testamento é um registro da interação entre Deus e
Seus filhos desde a Criação até aproximadamente 400 a.C. A
palavra que foi traduzida como testamento também pode ser
traduzida como convênio. Um convênio é um relacionamento
especial que uma pessoa ou grupo de pessoas pode estabelecer
com o Senhor. O Senhor determina os termos para as
recompensas (bênçãos, salvação, exaltação) e os esforços
(obediência às regras e mandamentos). Um convênio é
cumprido quando as pessoas guardam suas promessas e
perseveram até o fim com fé, ao passo que o Senhor concede
bênçãos durante a mortalidade e salvação e exaltação depois
que tiver sido cumprido. O Velho Testamento contém
convênios e doutrinas que o Senhor concedeu a Seus filhos a
fim de prepará-los para a vinda do Messias e ensiná-los a
voltar a viver em Sua presença.
O Velho Testamento é uma voz inspirada do passado com
mensagens vitais para os nossos dias. Ele também contém as
raízes históricas e doutrinárias das quais todas as nossas
escrituras derivam e estabelece um alicerce para o
entendimento de quem somos hoje e no que acreditamos. Com
a ajuda da revelação moderna, podemos compreender mais
corretamente e apreciar o Velho Testamento.
Por que Devemos Estudar o Velho
Testamento?
O Presidente Marion G. Romney, Segundo Conselheiro na
Primeira Presidência, disse:
“A mensagem do Velho Testamento é a mensagem de Cristo,
Sua vinda e Sua expiação.(…)Não creio que exista uma
explicação relevante do Velho Testamento que seja mais
simples ou clara do que a de [2 Néfi 25–33]. Parece-me que um
estudo cuidadoso e fervoroso desses capítulos é um fator
essencial para todo aquele que deseje compreender e ensinar a
mensagem do Velho Testamento. Nesses capítulos, Néfi
separou as coisas importantes das que têm pouca importância.
Ele também explicou como esses ensinamentos são
importantes para nós que vivemos nos últimos dias. [Ver 2
Néfi 25:23–26.] (…)
“(…) A mensagem do Velho Testamento é a mensagem da
salvação e os mandamentos que precisamos obedecer a fim de
partilharmos da salvação oferecida”. (“The Message of the Old
Testament”, A Symposium on the Old Testament, 1979, pp. 5–6.)
Profetas antigos e modernos salientaram o valor do Velho
Testamento no processo de ajudar os homens a conhecerem
Deus. O Apóstolo Paulo escreveu para Timóteo, dizendo: “E
desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras (…)”. (II
Timóteo 3:15) As escrituras que Timóteo tinha à sua disposição
continham os escritos que hoje se encontram no Velho
Testamento. Observem o que Paulo disse a respeito dessas
santas escrituras:
• Elas podem tornar um homem “sábio para a salvação”. (II
Timóteo 3:15)
• Elas são “divinamente inspirada[s]”. (V. 16)
• Elas são “proveitosa[s] para ensinar, para redargüir, para
corrigir, para instruir em justiça”. (V. 16)
• Ajudam o justo a tornar-se perfeito e “perfeitamente
instruído para toda a boa obra”. (V. 17)
Uma parte significativa do Livro de Mórmon contém
escrituras e referências do Velho Testamento. O profeta Néfi
ensinou a seu povo muitas verdades tiradas das placas de
latão. Essas placas continham os escritos que hoje se
encontram no Velho Testamento, inclusive os escritos de
Moisés e Isaías. Ele disse que usou esses escritos para:
• Ajudá-los a saber “o que o Senhor havia feito em outras
terras entre os povos antigos”. (1 Néfi 19:22)
• “Melhor persuadi-los a acreditar no Senhor, seu Redentor”.
(V. 23)
• Aplicar as escrituras a eles mesmos, para seu proveito e
instrução. (Ver v. 23.)
INTRODUÇÃO AO VELHO TESTAMENTO
7
LIVRO DE EZEQUIEL
Ezequiel foi levado para a Babilônia por volta de 597 a.C.,
quando o rei Jeoiaquim foi deposto por Nabucodonosor e
levado para o cativeiro. (Ver II Reis 24:6–16.) Foi ali que
Ezequiel recebeu seu chamado como profeta e trabalhou entre
os cativos. (Ver Ezequiel 1:1–3.) Em 587 a.C., os babilônios
destruíram Jerusalém e levaram a maioria de seus habitantes
para a Babilônia. (Ver Ezequiel 24:21–27; II Reis 25.) Ezequiel
continuou a profetizar entre os exilados por pelo menos onze
anos depois dessa ocasião. (Ver Ezequiel 29:17.)
Por meio de Ezequiel, o Senhor transmitiu à rebelde Israel
uma mensagem de advertência, de castigo e de misericórdia,
não deixando dúvida de Sua ira e de Seu desejo de que eles se
arrependessem. O livro de Ezequiel ensina que Deus está no
controle e deseja que todos os Seus filhos se acheguem a Ele.
Ele inclui pelo menos sessenta e cinco referências (com
algumas pequenas variações) à frase “e sabereis que eu sou o
Senhor”. Segue-se uma visão geral do livro de Ezequiel:
1. Introdução: Chamado e comissionamento de Ezequiel. (Ver
Ezequiel 1–3.)
2. Profecias contra Judá e Jerusalém, terminando na queda e
captura de Jerusalém pela Babilônia. (Ver Ezequiel 4–24.)
3. Profecias contra as nações vizinhas de Amom, Moabe,
Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito. (Ver Ezequiel 25–32.)
4. Profecias sobre a restauração de Israel antes da volta do
Salvador à Terra. (Ver Ezequiel 33–39.)
5. Visões de um futuro templo em Jerusalém e a forma de
adoração nele. (Ver Ezequiel 40–48.)
Ezequiel 1–3
Introdução
Ezequiel 1–3 é um registro de uma visão concedida ao profeta.
Enquanto Jeremias estava pregando sobre a iminente
destruição aos habitantes de Jerusalém, Ezequiel estava
transmitindo a mesma mensagem na Babilônia, alertando o
povo de Judá a abandonar a iniqüidade, caso contrário seriam
destruídos.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Os líderes do sacerdócio, em especial os profetas, são como
vigias. Eles vigiam e alertam as pessoas de perigos
iminentes. (Ver Ezequiel 3:17–21; 33:1–9; ver também Jacó
1:19–2:11.)
Sugestões Didáticas
Ezequiel 3:17–21. Nossos líderes do sacerdócio são como
vigias. Eles protegem aqueles a quem servem vigiando e
alertando-os de perigos iminentes. (35–45 minutos)
Peça aos alunos que imaginem estar vivendo numa cidade
antiga cercada por uma grande muralha. Pergunte:
• Qual seria o principal propósito da muralha?
• Como a muralha ofereceria proteção?
• Que proteção adicional haveria se a muralha tivesse uma
torre com um vigia trabalhando em tempo integral?
• Que qualificações deveria ter o vigia? (Por exemplo: Estar
sempre alerta, ter boa visão, ter uma voz forte, ter a
capacidade de comunicar-se claramente, e ter maturidade
para avaliar o que constituiria um perigo e o que teria
pequenas conseqüências. Faça uma lista das respostas no
quadro-negro.)
Peça aos alunos que leiam Ezequiel 3:16–17 e identifiquem
quem o Senhor designou como Seu vigia. Leia Ezequiel 1:1–3;
2:1–8 e 3:4–11 e procure o chamado de Ezequiel e algumas de
suas qualificações. Peça aos alunos que estudem Ezequiel
3:18–21 e discutam as responsabilidades de Ezequiel como
vigia da casa de Israel fazendo perguntas como estas:
• No versículo 18, o que o Senhor disse que Ezequiel teria de
dizer ao povo?
O LIVRO DE EZEQUIEL
LIVRO DE JEREMIAS
Jeremias era um levita de Anatote, uma cidade que fica a
alguns quilômetros a nordeste de Jerusalém, no território da
tribo de Benjamim. Ele trabalhou em seu chamado como
profeta desde o reinado do rei Josias até o do rei Zedequias,
num total de quase quarenta anos. Ele foi contemporâneo dos
profetas Habacuque, Sofonias, Leí e outros. (Ver a tabela “Reis
e Profetas de Israel e Judá”, pp. 219–222). Jeremias predisse e
presenciou a queda do reino de Judá e sua conquista pela
Babilônia.
O escritor SUD Sidney B. Sperry escreveu: “Jeremias (…) viu a
idolatria, a adoração nos altos e as práticas das religiões pagãs
se espalharem entre seu povo. Havia ídolos pagãos no templo
[Jeremias 32:34], crianças eram sacrificadas a Baal-Moloque
(7:31; 19:5; 32:35), e Baal era particularmente invocado como a
mais comum deidade pagã. (…) A corrupção da adoração
religiosa no país foi acompanhada de todo tipo de imoralidade
e iniqüidade, contra os quais o profeta testificou
continuamente. Os pobres foram esquecidos. Jeremias viu-se
cercado por todos os lados por quase total apostasia”. (The
Voice of Israel’s Prophets, 1952, p. 153.)
Jeremias, como Mórmon, foi chamado para trabalhar entre um
povo em relação ao qual pouca esperança havia, porque se
recusavam a arrepender-se. “Portanto assim diz o SENHOR:
Eis que trarei mal sobre eles, de que não poderão escapar; e
clamarão a mim, mas eu não os ouvirei.” (Jeremias 11:11; ver
também Mórmon 2:15.)
À medida que o mundo se torna cada vez mais iníquo e a
Segunda Vinda se aproxima, as profecias referentes a nossos
dias têm uma mensagem semelhante: Sigam o profeta e se
arrependam ou serão destruídos. (Ver Apocalipse 9:20–21; 16:9,
11; D&C 1:11–16; 43:22–27.)
Os profetas Leí e Néfi do Livro de Mórmon tiveram acesso a
algumas das profecias de Jeremias, que foram registradas nas
placas de latão. (Ver 1 Néfi 1:4; 5:13.)
Jeremias 1–19
Introdução
Em Jeremias 1–19, o profeta estabeleceu os alicerces dos
capítulos proféticos e históricos subseqüentes. Esses primeiros
capítulos falam do chamado e preparação de Jeremias e suas
contundentes denúncias da iniqüidade de Israel.
Jeremias não apenas contendeu com um povo rebelde mas
também com muitos falsos profetas que abertamente se
opunham à palavra do Senhor. Ao ler esses capítulos, observe
como Jeremias tentou continuamente salvar seu povo, mesmo
sabendo que eles não se arrependeriam. Pondere o que
podemos aprender com seus esforços incansáveis. (Compare
com Mórmon 3:12.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Vivemos com o Pai Celestial antes de virmos para a Terra.
Ele preordenou muitos a cumprirem designações especiais
na Terra. (Ver Jeremias 1:4–5; ver também Alma 13:3; D&C
138:53–56; Abraão 3:22–23.)
• O Senhor apóia Seus servos, mesmo que o povo os rejeite.
(Ver Jeremias 1:6–10, 17–19; 15:15–21; 20:7–13; 26:12–15, 24;
ver também Isaías 54:17; D&C 109:24–29.)
• Freqüentemente os nossos pecados nos punem, tanto
quanto somos punidos por causa deles. (Ver Jeremias 2:19.)
• Aqueles que abandonam o Senhor e buscam a sabedoria e
os prazeres do mundo descobrirão que sua própria
sabedoria não os poderá salvar e seus pecados os
condenarão. (Ver Jeremias 2:13–19.)
• Quanto mais permanecermos no pecado, mais difícil se
torna o arrependimento. A capacidade de arrependimento
pode ser retirada daqueles que persistirem no pecado. (Ver
Jeremias 11:1–11, 21–23; 13:23; 14:10–12; ver também
Helamã 13:38; D&C 101:7.)
• O Senhor abençoa e faz prosperar aqueles que santificam o
Dia do Senhor. (Ver Jeremias 17:21–27.)
Sugestões Didáticas
Jeremias 1:1–11. Na vida pré-mortal, o Pai Celestial
preordenou Jeremias para ser um profeta. (20–25 minutos)
Escreva Jerusalém—cerca de 600 a.C. no quadro-negro. Embaixo,
escreva Leí e _________________. Peça aos alunos que leiam 1
Néfi 1:4. Pergunte o que Néfi disse sobre o número de profetas
que estavam em Jerusalém na mesma época em que Leí esteve
ali. Peça-lhes que leiam 1 Néfi 7:14 e identifiquem o profeta
mencionado por Néfi. Escreva Jeremias no espaço em branco
no quadro-negro.
Peça aos alunos que leiam Jeremias 1:5 e digam o que
aprenderam sobre o chamado de Jeremias como profeta.
Pergunte:
• Quem o chamou para ser um profeta?
• Quando ele foi chamado?
Diga aos alunos que a maioria das pessoas não sabem que
existíamos antes de virmos para a Terra. Leia a seguinte
declaração do Profeta Joseph Smith:
Pergunte aos alunos como podemos descobrir para o que
fomos preordenados a fazer. (Por exemplo, eles podem viver
“Todo homem que recebe o chamado para exercer seu
ministério em favor dos habitantes do mundo, foi
ordenado precisamente para esse propósito no grande
conselho dos céus, antes que este mundo existisse.
Suponho que eu tenha sido ordenado a este ofício
naquele grande conselho.” (Ensinamentos do Profeta
Joseph Smith, p. 357.)
O LIVRO DE JEREMIAS
177
ISAIAS LIVRO
Isaías era o filho de Amós e foi profeta de Jerusalém por
quarenta anos, de 740 a 701 a.C. Ele teve grande influência
religiosa e política durante o reinado de Ezequias, de quem era
o principal conselheiro. Isaías é o mais citado de todos os
profetas, tendo sido freqüentemente citado por Jesus, Paulo,
Pedro e João do que qualquer dos outros profetas do Velho
Testamento.
Existem pelo menos três razões pelas quais o livro de Isaías
tem grande importância para nós. Primeiro, o Salvador deunos
o mandamento de estudarmos diligentemente as palavras
de Isaías. (Ver 3 Néfi 23:1.) Segundo, as escrituras citam Isaías
mais do que qualquer outro profeta. Dezenove dos sessenta e
seis capítulos de Isaías são citados em sua totalidade no Livro
de Mórmon e, com exceção de dois versículos, dois outros
capítulos são citados na íntegra. Dos 1292 versículos de Isaías,
cerca de 430 são citados no Livro de Mórmon, alguns deles
mais de uma vez (totalizando quase 600). Se todas as citações
de Isaías encontradas no Livro de Mórmon fossem transferidas
para um único livro, denominado livro de Isaías, ele seria o
quarto maior livro do Livro de Mórmon, como mostra a
seguinte tabela:
Isaías também é citado 137 vezes no Novo Testamento e 106
vezes em Doutrina e Convênios. Como outros profetas são
freqüentemente citados ou mencionados no livro de Isaías, as
escrituras geralmente são a melhor fonte para ajudar a
compreender Isaías. Por exemplo: Mais da metade dos
versículos de Isaías citados no Livro de Mórmon diferem da
versão do rei Jaime da Bíblia. Essas diferenças ajudam a
esclarecer ou dão outras explicações sobre o significado de
Isaías.
O terceiro motivo pelo qual a mensagem de Isaías é tão
importante para nós é que ela se centraliza na redenção por
intermédio de Jesus Cristo, que foi visto pelo profeta. (Ver
Isaías 6:5; 2 Néfi 11:2.) Néfi decidiu citar os escritos de Isaías
para “melhor persuadir [seu povo] a acreditar no Senhor, seu
Redentor”. (1 Néfi 19:23) Monte S. Nyman, um estudioso SUD,
escreveu: “Dos 425 versículos distintos de Isaías que são
citados no Livro de Mórmon, 391 dizem algo sobre os
atributos ou missão de Jesus Cristo”. (Great Are the Words of
Isaiah, 1980, p. 7.) Uma das maiores funções de um profeta é
prestar testemunho de Cristo (ver Jacó 7:11), e é extremamente
importante estudarmos os ensinamentos dos profetas que
falaram de Cristo. O nome de Isaías, de modo muito
adequado, significa “Jeová salva”.
Para mais informações sobre o profeta Isaías e o livro de Isaías,
ver Guia para Estudo das Escrituras, “Isaías”, pp. 106–107.) Para
encontrar auxílios específicos para compreender o livro de
Isaías, ver a seção especial E de Velho Testamento: I
Reis–Malaquias, pp. 131–135.)
Isaías 1–12
Introdução
Quando Isaías iniciou seu ministério (cerca de 740 a.C.) tanto
Israel quanto Judá estavam sendo ameaçados por inimigos
externos. Seu maior problema, porém, era sua falta de retidão
interna. Isaías transmitiu a mensagem de repreensão do
Senhor ao povo de Judá. Mas sua mensagem também incluía
uma promessa de esperança: Se o povo se arrependesse, se
reconciliaria com o Senhor. Ao ler Isaías 1–12, procure
maneiras pelas quais a mensagem de Isaías para Judá poderia
ser aplicada a nós. (Ver 1 Néfi 19:23.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Isaías profetizou acerca da vida e missão de Jesus Cristo.
(Ver Isaías 2:3–12; 6:8; 7:14–16; 9:1–7; ver também 1 Néfi
19:23; Jacó 7:11.)
• O Senhor possibilitou que nos tornássemos completamente
limpos e perdoados de nossos pecados, se nos
arrependermos e guardarmos Seus mandamentos. (Ver
Isaías 1:16–18.)
• O Senhor ensina a Seu povo o caminho da retidão na casa
do Senhor (o templo). O recebimento das ordenanças do
templo e o cumprimento dos convênios que fazemos ali
ajuda-nos a estabelecer Sião e a preparar-nos para encontrar
o Senhor em Sua vinda. (Ver Isaías 2:2–5.)
• O Livro de Mórmon e a Igreja são “estandartes” que
anunciam ao mundo a Restauração do evangelho. (Ver
Isaías 5:26; 11:10–12; ver também 2 Néfi 29:2.)
Sugestões Didáticas
Isaías 1–12. Os profetas dizem o que precisamos
saber e fazer para ter a vida eterna. (20–25 minutos)
O Presidente Ezra Taft Benson, quando era Presidente do
Quórum dos Doze Apóstolos, disse:
2000
1500
1000
500
0
1971
766
695
±600 546 497
433
372
227 199 166
49 30 27 18 15
Alma
Mosias
3 Néfi
Isaías
1 Néfi
Helamã
Éter
2 Néfi
Mórmon
Jacó
Morôni
4 Néfi
Ômni
Enos
Palavras de
Mórmon
Jarom
Número de versículos por livro
Versículos de Isaías no Livro de Mórmon
O LIVRO DE ISAÍAS
164
ECLESIASTES
Introdução
Eclesiastes significa “aquele que convoca uma assembléia”. Às
vezes é traduzido como “pregador”. O livro de Eclesiastes,
juntamente com Jó e Provérbios, é chamado às vezes de
“literatura de sabedoria” e inclui ensinamentos que mostram a
superioridade da sabedoria sobre a insensatez. Além disso,
Eclesiastes é o quarto livro da seção do Velho Testamento
chamada de poéticos. (Ver “Bíblia” no Guia para Estudo das
Escrituras, pp. 30–31.)
O tema central do livro de Eclesiastes é a proposta de que a
vida é vã se não for centralizada em Deus. Conforme escreveu
o pregador: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a
Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever
de todo o homem”. (Eclesiastes 12:13)
Para uma visão geral mais detalhada desse livro, ver Guia para
Estudo das Escrituras, “Eclesiastes”, p. 63, ver também
“Eclesiastes. A Mensagem do Pregador” em Velho Testamento: I
Reis–Malaquias, p. 19.)
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• Encontramos paz e felicidade duradoura no evangelho de
Jesus Cristo, não nas realizações ou posses terrenas. (Ver
Eclesiastes 1:1–3, 12–18; 2:1–11; 12:13–14.)
• O plano de salvação determina um tempo ou seqüência
adequada para todos os propósitos de Deus. Encontramos
alegria ao seguirmos o Seu plano. (Ver Eclesiastes 3:10–11.)
Sugestões Didáticas
Eclesiastes 1–12. Se não vivermos próximos do Senhor,
nossa vida será vazia. (30–35 minutos)
Leia a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball:
Discuta brevemente com os alunos estas três idéias, usando as
seguintes perguntas:
1. Pensem nas diversas decisões que as pessoas tomam
quando acreditam que não serão responsáveis perante Deus
por suas ações ou que não serão julgadas pelas suas
escolhas.
• Você acha que as escolhas que elas fazem lhes trarão
felicidade duradoura?
• Existem motivos melhores para escolher fazer o certo
além de simplesmente evitar o castigo de Deus?
2. Imaginem que não haja vida após a morte e que nossa
experiência de vida termine quando morremos.
• O que poderia acontecer com as pessoas que lhes
pareçam ser injustas, desleais ou incoerentes?
• Como a compreensão do plano de salvação nos ajuda a
lidar com essas coisas?
3. Pensem em algumas de suas posses materiais favoritas.
• Acreditam que as posses materiais possam trazer
felicidade?
• Geralmente, quanto tempo dura a felicidade baseada em
posses terrenas?
Explique aos alunos que as perguntas que você fez são o
mesmo tipo de perguntas discutidas em Eclesiastes. Diga aos
alunos que o autor de Eclesiastes escreveu a maior parte de
seu livro como se acreditasse que a vida fosse tudo que existe.
Ele usou a palavra vaidade por todo o livro para descrever
aquilo que é sem sentido, temporário ou insatisfatório. Ao
escrever por esse ponto de vista, ele mostrou como a vida seria
frustrante sem o evangelho. Seu estilo ajuda-nos a mostrar que
a vida tem pouco significado ou felicidade, a menos que
sirvamos a Deus e nos prepararemos para o julgamento que
sem dúvida virá para todos os filhos de Deus.
Embora Eclesiastes seja dividido em capítulos, na verdade
trata-se de um único sermão. Para ajudar os alunos a
compreenderem sua mensagem, estude o livro
seqüencialmente.
Peça aos alunos que leiam Eclesiastes 2:1–10 e procurem o que
o autor buscou para tentar encontrar algum sentimento de
alegria ou felicidade duradouro. Pergunte-lhes como se
sentem sobre as coisas que ele buscou. Leia Eclesiastes 1:1–3,
14–15; 2:11, 17–18. Pergunte:
• Como a expressão “debaixo do sol” é uma boa descrição
das coisas terrenas?
• Vocês concordam com sua conclusão de que a vida é cheia
de vaidades: coisas que não proporcionam paz e alegria
duradouras?
Peça aos alunos que leiam a introdução de Eclesiastes 3 em
seu guia de estudo do aluno. Pergunte: Que consolo sentem ao
ler o que é ensinado em Eclesiastes 3:1–8?
“A menos que nosso modo de vida nos aproxime de
nosso Pai Celestial e nosso próximo, haverá um imenso
vazio em nossa vida.” (“The Abundant Life”, Ensign,
julho de 1978, p. 4.)
ECLESIASTES OU O PREGADOR
162
LIVRO DE SALMOS
Antes de estudar o livro dos Salmos, leia a seção especial G,
“Estilos Literários Hebraicos”, em Velho Testamento: Gênesis–II
Samuel, pp. 303–306.) Uma compreensão da natureza da poesia
hebraica irá ampliar imensamente seu apreço pelos salmos. Os
salmos são uma coleção de poemas ou hinos hebraicos, alguns
dos quais eram usados nas cerimônias sagradas formais
(liturgia) no tabernáculo e no templo. Alguns foram escritos
em louvor a Deus; outros eram orações. Alguns foram
evidentemente cantados com o acompanhamento de
instrumentos musicais, enquanto que outros foram cânticos
rituais sem acompanhamento. (Ver Guia para Estudo das
Escrituras, “Salmo”, p. 190; ver também “Quem Escreveu os
Salmos?” em Velho Testamento: Gênesis–II Samuel, pp. 310.)
O título Salmos vem da Septuaginta (a tradução grega da
Bíblia) e significa “hinos”. O nome hebraico para Salmos é
Tequilim, que significa “louvores” ou “hinos de louvor”. Os
salmos foram os hinos da igreja entre os hebreus. Isso explica
por que esse livro é citado mais vezes no Novo Testamento do
que qualquer outro livro do Velho Testamento.
Tradicionalmente, os hebreus dividiam os 150 salmos em cinco
livros distintos. Na Bíblia atual, eles estão divididos da
seguinte forma:
1. Salmos 1–41
2. Salmos 42–72
3. Salmos 73–89
4. Salmos 90–106
5. Salmos 107–150
No final de cada divisão, a interrupção está marcada com uma
doxologia, ou declaração formal do poder e glória de Deus.
(Ver Salmos 41:13; 72:19; 89:52; 106:48.) O Salmo 150 por si só é
uma doxologia, usando a palavra hebraica Aleluia, “Louvado
seja o Senhor”, no início e no final, bem como a palavra louvai
repetida onze vezes. É uma conclusão adequada dos Tequilim,
ou hinos de louvor.
Alguns Importantes Princípios do Evangelho a
Serem Procurados
• O Senhor freqüentemente dá as seguintes bênçãos aos que
colocam sua fé Nele e confiam Nele:
a. Ele irá proteger-nos, defender-nos e livrar-nos. (Ver
Salmos 4:1, 3, 5–6; 5:1–3, 11–12; 7:1–2, 10; 18:1–6, 30–32;
20:6–9; 23:4–5; 37:39–40; 56; 71:1–5; 143:9–12; 145:18–20;
ver também Mosias 7:33.)
b. Ele irá liderar-nos com Sua luz. (Ver Salmos 4:5–6; 18:28;
27:1; 37:3–6. 143: 6–10; ver também João 8:12.)
c. Ele lhes concederá misericórdia e perdão. (Ver Salmos
6:1–9; 13:5; 23:3, 6; 25:1–13; 51; 103:17–18; ver também
Alma 12:33–34; 34:15–18.)
d. Ele compreenderá e nos fortalecerá quando sofrermos.
(Ver Salmos 6:2–10; 22:1–5; 23; 25:15–22; 28:6–9; 38:8–15;
40:1–4, 11–13, 16; 57:1–3; 61; 63:1–8; 69:1–20, 29–36; 86;
130; 142; 146:5–9.)
e. Eles serão coroados com honra e glória. (Ver Salmos 8;
24:3–6; 73:24; 82:6; 84:11–12; 106:1–5; ver também 1 Pedro
5:1–4; D&C 76:92–95; 109:76.)
• Muitos dos Salmos contêm profecias messiânicas ou
descrições da vida e ministério de Jesus Cristo. (Ver Salmos
22; 110; 118.)
• O pecado traz sofrimento e desespero, ao passo que a
obediência e o cumprimento de convênios nos
proporcionam paz na mente e coração. (Ver Salmos 23–25;
34; 51.)
• Podemos adorar a Deus por meio de música sacra, que
pode edificar-nos e ajudar-nos a sentir o Espírito.
Sugestões Didáticas
Salmos 23; 42; 51; 73; 137; 145. Os Salmos expressam
uma ampla gama de emoções humanas. (15–20 minutos)
Você pode tocar para os alunos algumas músicas gravadas de
vários tipos (como uma canção triste, uma música alegre, uma
marcha militar ou um hino sacro.) Em cada música, pergunte
aos alunos:
• Que emoção vocês acham que a música está tentando
expressar?
• Como vocês se sentem ao ouvi-la?
O LIVRO DOS SALMOS
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