HERMENEUTICA
BIBLICA- 03-08-2015
O que é
Hermenêutica:
Hermenêutica é uma palavra com origem grega e
significa a arte ou técnica de interpretar e explicar um texto ou
discurso.
O seu sentido original estava relacionado com a Bíblia, sendo que neste
caso consistia na compreensão das Escrituras, para compreender o sentido das
palavras de Deus. Hermenêutica também está presente na filosofia e na área
jurídica, cada uma com seu significado.
Segundo a filosofia, a hermenêutica aborda duas vertentes: a epistemológica,
com a interpretação de textos e a ontológica, que remete para a
interpretação de uma realidade.
Etimologicamente, a palavra está relacionada com o deus grego Hermes,
que era um dos deuses da oratória.
Hermenêutica Bíblica
Hermenêutica na Bíblia é a arte que estuda as escrituras, o que cada
palavra, frase e capítulos significam.
Existem muitos textos na Bíblia difíceis de compreender, por isso a
hermenêutica faz-se essencial para as pessoas que não têm muito conhecimento
das palavras e dos símbolos.
Hermenêutica na Filosofia
Na filosofia, hermenêutica é a ciência que estuda a arte e a teoria da
interpretação, e surgiu na Grécia Antiga. A hermenêutica estuda diversos
assuntos em diversas áreas, como literatura, religião e direito.
Na filosofia, hermenêutica é fundamentada por Hans-Georg Gadamer, que
escreveu um livro sobre como explicar e analisar textos de forma coerente,
através de métodos especiais. Para Gadamer, a hermenêutica é uma forma de
compreender as ciências espirituais e a história, através de uma interpretação
da tradição.
Hermenêutica Jurídica
Na área jurídica, hermenêutica é a ciência que criou as regras e métodos
para interpretação das normas jurídicas, fazendo com que elas sejam conhecidas
com seu sentido exato e esperadas pelos órgãos que a criaram.
Toda norma jurídica deve ser aplicada em razão do todo do sistema
jurídico vigente, e não depende da interpretação de cada um, ela deve estar
vinculada aos mandamentos legais de uma sociedade.
O significado de Hermenêutica está
na categoria: Geral
O que é Exegese:
Exegese é uma análise, interpretação ou explicação detalhada e
cuidadosa de uma obra, um texto, uma palavra ou expressão.
Etimologicamente, este termo se originou a partir do grego exégésis,
que significa “interpretação”, “tradução” ou “levar para fora (expor) os
fatos”.
Normalmente, a exegese é utilizada para a interpretação e explicação
crítica de obras artísticas, jurídicas e literárias, principalmente os textos
de cunho religioso.
Os exegetas, nome dado para as pessoas que fazem exegeses,
devem ser proficientes em uma grande variedade de disciplinas que estimulam a
análise crítica, como o criticismo textual, estudo de antecedentes históricos e
culturais, investigação da origem do texto, entre outras características
gramaticais e sintáticas da obra original.
Exegese bíblica
Na bíblia, a exegese é o estudo da interpretação gramatical e
sistemática das Escrituras Sagradas.
Para que uma pessoa possa estar apta a fazer uma exegese bíblica, esta
deve ser especialista nos idiomas originais bíblicos, como o grego e o
hebraico.
O oposto da exegese bíblica é a eisegese, quando a
interpretação é feita exclusivamente baseada em teorias subjetivas, sem uma
pesquisa ou análise profunda e real do texto.
Exegese jurídica
A exegese jurídica se baseia na chamada Escola de Exegese, uma corrente
de pensamento juspositivista, ou seja, que tenta explicar o fenômeno jurídico a
partir de normas e leis estabelecidas pelas autoridades de determinada
sociedade.
Exegese e Hermenêutica
A hermenêutica é considerada por muitos como um sinônimo da exegese,
pois também consiste na arte ou técnica de interpretar e explicar um texto.
Saiba mais sobre o significado de Hermenêutica.
Na realidade, a principal diferença entre a exegese e a hermenêutica são
as regras e técnicas específicas que cada sistema de interpretação possui.
Ver também o significado de Homilética.
O QUE É HERMENÊUTICA BÍBLICA(APOSTILA PARA ESTUDO).
22/05/2011 22:23
O QUE É HERMENÊUTICA
BÍBLICA.
Hermenêutica Bíblica
O que é Hemerneutica?
Hermenêutica: sf
Interpretação do sentido das palavras, das leis, dos textos, etc. - s.f. Arte
de interpretar os livros sagrados e os textos antigos: hermenêutica sagrada. / Teoria
da interpretação de vários sinais como símbolos de uma cultura. / Arte de
interpretar leis.
(
fonte>http://www.guia.heu.nom.br/_derived/dicionário.htm_cmp_c-pia-de-met-lico110_bnr.gif)
O termo "hermenêutica"
deriva do grego hermeneuein,
"interpretar". A Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e
interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de regras que permitem
determinar o sentido literal da Palavra de Deus. Tenha uma vida afinada com o
espírito Santo, pois Ele é o melhor interprete da Bíblia 0 (Jô 16:13; 14:26; I
Co 2:9 e 10; I Jô 2:20 e 27);
hermenêutica evangélica é vítima
de um dos elementos principais da Reforma: o direito que cada um tem de ir
direto à Bíblia e dali tirar sua própria conclusão, pesquisá-la e alimentar-se
espiritualmente. O que daí decorre é uma espécie de desordem hermenêutica:
tantos quantos são os estudantes, tantas as atualizações bíblicas multiplicadas
por cada um desses indivíduos. Não é à toa que, sendo a Bíblia o livro
principal para os evangélicos, é, ao mesmo tempo, o ponto de convergência e
desunião entre eles. Não que essa desunião ocorra entre pessoas de facções
diferentes. Se fosse apenas isso, justificar-se-ia, de alguma forma, essas
dessemelhanças, mas o fato é que elas ocorrem dentro de uma mesma comunidade.
A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO
a. O próprio Pedro admitiu que
há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes
torcem para sua própria perdição"(2 Pedro 3:15 e 16).
b. A arma principal do soldado
cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou ignora o seu legítimo
uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).
c. As circunstâncias variadas
que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu
estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios
hermenêuticos.
1. A
REGRA FUNDAMENTAL
A Escritura é explicada
pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..
2. PRIMEIRA
REGRA
Enquanto for possível, é
necessário tomar as palavras no seu sentido usual e ordinário..
Plenitude e adoração ______________________________________________01
3. SEGUNDA
REGRA
É absolutamente necessário
tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase..
Esta regra tem importância
especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em
sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém, também,
deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que
o conjunto do versículo indica.
4. TERCEIRA
REGRA
É necessário tomar as
palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos que precedem e
seguem o texto que se estuda.
5. QUARTA
REGRA
É preciso tomar em
consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as
palavras ou expressões obscuras..
6. QUINTA
REGRA
É indispensável consultar
as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I
Cor 2:13). (I Cor 2:13).
7. SEXTA
REGRA
Um texto não pode
significar aquilo que nunca poderia Ter significado para seu autor ou seus
leitores.
8. SÉTIMA
REGRA
Sempre quando
compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de vida
específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra
de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.
EXEGESE
É o estudo cuidadoso e
sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi
pretendido. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários
originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das
palavras da Bíblia.
Plenitude e adoração ______________________________________________02
a. Sentido histórico: a
época e a cultura do autor e dos seus leitores: fatores geográficos,
topográficos e políticos, a ocasião da produção do livro. A questão mais
importante do contexto histórico tem a ver com a ocasião e o propósito de cada
livro.
b. Sentido literário: (significa
Exato, Rigoroso ...) as palavras somente fazem sentido dentro das frases, e
estas em relação às frases anteriores e posteriores. Devemos procurar descobrir
a linha de pensamento do autor. O que o autor está dizendo e por que o diz
exatamente aqui?
1) O sentido Figurado, esta
linguagem, chamada de figurada ou representativa, pode ser entendida pelo
contexto ou pela comparação de outra passagem no mesmo assunto.(ex: a arvore
que não dá frutos será cortada)
2) O sentido alegórico, onde
se restitui o conteúdo espiritual escondido sob a letra, onde se revela que os
textos sagrados dizem uma coisa diferente da que dizem à primeira vista.(ex
,parábolas)
3) O sentido tropológico, ou
moral, impõe-se a partir do momento em que a Bíblia é escolhida como livro de
vida, quer dizer, escrito para a conversão do coração.
Critica Histórica
É o campo de estudo da
Escrituras, que estuda a autoria de um livro, a data de sua composição, o
porque foi escrito, as circunstancias históricos que cercaram sua composição
literária, sua unidade e autenticidade.
Orientações básicas para o
entendimento das Escrituras:
Ser salvo: „Ora,
o homem natural não compreende as coisas do espírito de Deus, porque lhe
parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.´´ (1 Co 2:14).
Ler (estudar, conferir)
diariamente: (At 17:11).
Interpretar literalmente: (
em harmonia com contexto e passagens correlatas). „‟Sabendo primeiramente isto:
que nenhuma profecia da escritura é de particular interpretação´´. (2 Pe 1:20).
Saber dividir as
Escrituras: ( que dispensação? Dirigido a quem? Dito por quem? Etc.(2 Tm :15).
Comparar Escritura com
Escritura: (1 Co 2:13).
Aplicar (por em prática);
e pregar: (At 8:35).
Plenitude e adoração ______________________________________________03
Ponderando e aprofundando
Para ler a Bíblia é fundamental
ter claro o objetivo: „‟ouvir
o mesmo Deus que falou ontem fala hoje´´, na
diversidade da vida humana, nas experiências múltiplas das pessoas, das
comunidades e dos grupos.
Sugestões para a leitura
da Bíblia:
a. Escolher um texto para ler,
estabelecer o inicio e o fim do texto. A delimitação, inicialmente, pode
basear-se na subdivisão em capítulos e versículos da Bíblia.
b. Considerar que a escolha de
um texto, bem como todo o processo exegético, depende do lugar social e
histórico do leitor e de suas opções de vida.
c. Ler e reler o texto. Não ter
logo a preocupação de interpretar o sentido. Familiarizar-se com o texto,
sinalizar o que chamou a atenção, anotar dúvidas e questionamentos. Importante:
Não basta apenas ler o texto escolhido para o estudo. É fundamental ler todo o
livro no qual o texto está inserido para saber o lugar que o texto em estudo
ocupa no conjunto da obra.
d. Comparar duas ou três
traduções. Através da discussão com outras pessoas procurar o porque das
diferenças entre as várias traduções. Quem puder, pesquisar as palavras
diferentes no texto hebraico ou grego, conforme for o caso. ]
e. Respeitar o que o texto diz,
sem forçá-lo a dizer o que queremos ouvir.
f. Ter o cuidado para não passar
imediatamente do texto bíblico para as situações concretas de hoje, correndo o
risco de tirar conclusões precipitadas.
g. Procurar obter informações
complementares sobre a geografia, as rotas comerciais, a economia, a
agricultura, a história, a vida, a língua e os costumes do povo da Bíblia. Em
geral, as Bíblias trazem notas introdutórias sobre cada livro. As informações
contidas nessas notas podem nos ajudar a situar o texto no tempo e no espaço.
h. Tomar consciência de que o
texto nasce da diversidade, da fragilidade da experiência de pessoas de carne e
osso, em suas relações concretas marcadas pelas diferenças de grupo social,
raça, sexo, crença.
i. Ter presente que a memória
bíblica nem sempre guarda a marca concreta das pessoas com seu corpo, seu nome,
sua voz, sua atuação. Isso exige ler o texto e ir além dele. Uma atenção
especial deve ser dada às omissões e aos silêncios.
j. Ler a Bíblia a partir da
realidade dos pobres e da luta pela vida. Deixar-se questionar pelas situações
desumanas que ameaçam a natureza, atingindo especialmente o ser humano que se
encontra ameaçando em seu direito mais elementar: o direito de viver. Ver quais
as perguntas que o texto escolhido faz para sua realidade e as perguntas que a
sua realidade faz para o texto.
k. Lembrar-se que a Bíblia é o
livro da comunidade. Por isso, é importante fazer leitura e estudo em conjunto,
respeitando e acreditando na sua comunidade, no seu grupo de estudo. Um método
é apenas uma ferramenta para facilitar a leitura da Bíblia. Seguir os passos propostos
ajuda a pessoa à não se perder no caminho. No entanto, com o tempo, através do
estudo e da convivência com o povo, cada um vai encontrando o seu próprio jeito
de estudar e saborear um texto bíblico.
Plenitude e adoração ______________________________________________04
MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
1. Método Analítico.
É o método utilizado nos estudos
pormenorizados com anotação de detalhes, por insignificantes que pareçam com a
finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos
básicos deste método são:
a. Observação: É o passo que nos leva a extrair
do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a
importância das declarações e o contexto.
b. Interpretação: É o passo que nos leva a buscar a
explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para
entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida
dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do
espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves ,
avaliando os fatos, investigando os pontos e fazer a contextualização (trazer a
mensagem a nossa época ou ao nosso contexto).
c. Correlação; É o passo que nos leva a comparar
narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas
distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por
exemplo à mesma narrativa descrita em Mc 10:46 e Lc 18:35, onde o primeiro
descreve „‟saindo de Jericó´´ e o segundo „‟chegando em Jericó´´ .
d. Aplicação: É
o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da
verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se
aprendeu. Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com
alguém ou mesmo o de adoração a Deus.
2. Método Sintético.
É o método utilizado nos estudos
que abordam cada livro como uma unidade inteira e procura o seu sentido como um
todo, de forma global. Neste caso determina-se a ênfase principal do livro ou
seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a
palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar
a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo
assunto. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé
e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. ( De acordo com
a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).
Método Biográfico de
estudo da Bíblia
Esta espécie de estudo bíblico é
muito atraente, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas
que o espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Sobre
alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como
Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, „‟A
vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João´´, „‟Moisés durante o
Êxodo´´, ou „‟Que diz o Novo Testamento sobre
Abraão´´. Lute sempre para
manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.
Plenitude e adoração ______________________________________________05
a. Estudo Biográfico
Básico.
PASSO UM – Escolha
a pessoa que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo (por exemplo,
„‟Vida de JOSÉ antes de ser governador´´). Usando uma concordância ou um índice
enciclopédico, localize as referências que tem relação com a pessoa do estudo.
Leia-as várias vezes e faça resumo de cada uma delas.
1) O Observações – Anote
todo e qualquer pormenor que notar sobre essa pessoa. Quem era? O que fazia?
Onde morava? Quando viveu? Por que fez o que faz? Como levou a efeito? Anote
minúcias sobre ela e seu caráter.
2) Dificuldades – Escreva
o que você não entende acerca dessa pessoa e de acontecimentos de sua vida.
3) Aplicações possíveis – Anote
várias destas durante o transcurso do seu estudo, e escreva uma „‟ A ´´ na
mensagem. Ao concluir o seu estudo, você voltará a estas aplicações possíveis e
escolherá aquela que o espírito Santo destacar.
PASSO DOIS – Com
divisão em parágrafos, escreva um breve esboço da vida da pessoa. Inclua os
acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem
interpretação. Quando possível, mantenha o material em ordem cronológica.
b. Estudo Biográfico
Avançado.
Os seguintes passos podem ser
acrescentados quando você achar que o ajudarão em seus estudos biográficos. São
facultativos e só devem ser incluídos progressivamente, à medida que você ganhe
confiança e prática. Traz o fundo histórico da pessoa. Use um dicionário
bíblico para ampliar este passo somente quando necessário. As seguintes
perguntas haverão de estimular o seu pensamento.
1) –
Quando viveu a pessoa? Quais eram as condições políticas, sociais, religiosas e
econômicas da sua época?
2) –
Onde a pessoa nasceu? Quem foram seus pais? Houve alguma coisa de incomum em
torno do seu nascimento e da sua infância?
3) Qual
a sua vocação? Era mestre, agricultor, ou tinha alguma outra ocupação? Isto
influenciou o seu ministério posterior? Como?
4) Quem
foi seu cônjuge/ Tiveram filhos/ Como eram eles? Ajudaram ou estorvaram a sua
vida e o seu ministério?
5) Faça
um gráfico das viagens da pessoa. Aonde ela foi? Por que? Que fez?
6) Como
a pessoa morreu? Houve alguma coisa extraordinária em sua vida?
Plenitude e adoração ______________________________________________06
Método de Estudo Indutivo
Examinemos este método sob
três ângulos:
1. O método indutivo se baseia
na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina as Escrituras com
sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é
tão complicada que quem saiba
ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem
cada dia as escrituras „‟se estas coisas eram assim´´. (At 17:10,11)
2. É obvio, que obras literárias
tem „‟partes´´ que se
formam no „‟todo´´. Existe
uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem
na obra completa.
3. A unidade literária menor,
que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras
em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções,
seções em divisões, e por fim, a obra completa.
Regras Fundamentais de
Interpretação
1) Primeira regra – É preciso, o
quanto possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.
Porém, tenha-se sempre presente
a verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido
literal.
Exemplo: Gn 6:12 = A palavra
CARNE ( no sentido usual e comum significa pessoa)
A palavra CARNE (no sentido
literal significa tecido muscular)
2) Segunda Regra – É de todo
necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Exemplos:
a) FÉ em Gl 1:23 = significa
crença, ou seja, doutrina do Evangelho.
FÉ em Rm 14:23 – significa
convicção.
b) GRAÇA em Ef 2:8 = significa
misericórdia, bondade de Deus
GRAÇA em At 14:3 = significa
pregação do Evangelho.
c) CARNE em Ef 2:3 = significa
desejos sensuais.
CARNE em I Tm 3:16 = significa
forma humana.
CARNE em Gn 6:12 = significa
pessoas.
d) MUNDO em Jô 3:16 = significa
pessoas.
MUNDO em Sl 24:1 = significa
mundo físico.
MUNDO em I Jô 2:15 = significa
sistema dominado por Satanás.
Plenitude e adoração ______________________________________________07
3) Terceira Regra - É necessário tomar as palavras no
sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que
estão depois do texto que se está estudando.
4) Quarta Regra – É preciso levar em consideração o
objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou
expressões obscuras. O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire,
sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta
em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da
Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Pv 1:1-4.
5) Quinta Regra – É necessário consultar as
passagens paralelas, “ explicando
cousas espirituais pelas espirituais” ( I Co 2:13 ). Passagens paralelas são as que
fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um
modo ou outro de um mesmo assunto.
Existe paralelo de palavras,
paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.
a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e
encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha
palavra idêntica e assim, entendemos os seus significados. Ex.: ( Gl 6:17 )
parl.” ( I Co 4:10 ).
b) Paralelos de idéias – Para conseguir idéia completa e
exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível,
consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e
fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto
obscuro ou discutível. Ex: ´´ ´. ( Mt 16:16 ) Quem é esta pedra? Se pegarmos em
I Pd 2:4, a idéia paralela: a pedra é Cristo.
Outro exemplo: Em Gl 6:15, Que
significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de II Co 5:17,
verificamos que a nova criatura é a pessoa que ´´ está em Cristo
FIGURAS DE RETÓRICA
CONTIDAS NA BÍBLIA
Os textos Sagrados contém
inúmeras figuras, a seguir algumas:
1. Metáfora. a-
Metáfora: é o emprego de palavra fora do seu sentido normal, por efeito de
analogia (comparação).
b-As metáforas comunicam indiretamente.
As metáforas e contos são ferramentas importantes na educação. A humanidade, em
sua fase oral, utilizava os contos, as parábolas, as metáforas, para ensinar às
gerações mais jovens,
Ex: A Amazônia é o pulmão do
mundo.´´ Eu Sou a Videira Verdadeira´´, Jesus se caracterizou com o que ´
próprio e essencial da videira ( pé de uva ); e ao dizer aos discípulos: ´´ Vós
sois as varas ´´, caracterizou-os com o que é próprio das varas.
Plenitude e adoração ______________________________________________08
Outros exemplos: ´´Eu Sou o
Caminho´´, ´´Eu Sou o Pão Vivo´´, ´´Judá é Leãozinho´´, ´´ Tu és minha Rocha´´,
etc.
Como se cria uma metáfora
para mudança pessoal
José Carlos Mazilli in
"Manual de Programação Neurolingüística", (São Paulo: Edição do
Autor, 1996) descreve da seguinte maneira a criação de uma metáfora:
1. O primeiro passo para se
criar uma metáfora é saber o estado
atual e o estado desejado do ouvinte. A metáfora será a
história ou a jornada de um ponto para o outro.
2. Decodifique os elementos de
ambos os estados: pessoas, lugares, objetos, atividades, tempo, sem perder de
vista os sistemas representacionais e submodalidades de cada um desses elementos.
3. Escolha um contexto adequado
para a história. De preferência um que seja interessante, e substitua os
elementos do problema por outros elementos, porém mantendo a relação entre
eles.
4. Crie a trama da história de
maneira que ela tenha a mesma forma do estado
atual e conduza-a, através da
estratégia de ligação, até a solução do problema (o estado desejado) sem passar
pelo hemisfério esquerdo, indo direto ao inconsciente.
2. SINÉDOQUE
= o verbo significa: abranger, compreender .
é o emprego do mais pelo menos:
o todo pela parte ou vice-versa. Diante de uma coisa ora nos impressiona mais o
todo ora a parte e assim designamos uma, pela outra e damos extensões
diferentes à mesma coisa. Ex: Completou
vinte primaveras (= Vinte anos) :
"A Terra inteira chorou a morte do Papa." “Então saíam a ter com ele
Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão” (Mt 3:5). Faz-se
uso desta figura quando se toma à parte pelo todo “No suor do teu rosto comerás
o teu pão” (Gn 3:20) ou o todo pela parte “És pó e ao pó tornarás” (Gn 3:19) o
plural pelo singular, o gênero pela espécie, ou vice-versa.
Fonte:
http://www.brazilianportugues.com/index.php?idcanal=306
3. Metonímia.
É a substituição de um nome por
outro, havendo entre eles algum relacionamento de semelhança.Exemplos: Do
efeito pela causa: “Duas nações há no teu ventre”. Os progenitores por suas
descendências. Já o Senhor Jesus, emprega a causa pelo efeito:
Plenitude e adoração ______________________________________________09
´´Eles têm Moisés e os profetas;
ouçam-nos´´, em lugar de dizer que têm os escritos de Moisés e dos profetas.
(Lc 16:29) Jesus emprega o
símbolo pela realidade que o mesmo indica: ´´Se eu não te lavar, não tem parte
comigo.´´ Lavar é o símbolo da regeneração.
O autor pela obra
Gosto de ler Jorge Amado.
Estou escutando Matos
Nascimento.
- Causa pelo efeito ou
vice-versa
Sou alérgico a cigarro. efeito =
fumaça causa = cigarro
Eles ganham a vida com suor.
causa = trabalho efeito = suor
O continente pelo conteúdo ou
vice-versa
Bebi duas caixas de leite.
continente = caixas conteúdo = leite
Passem-me a manteiga.
(manteigueira) conteúdo = manteiga continente = manteigueira
O lugar pelo produto
Vamos tomar champanha. (Vinho
produzido em Champanha (França))
O inventor pelo invento
Vou comprar um ford. (Ford foi o
inventor do carro)
O concreto pelo abstrato ou
vice-versa
Plenitude e adoração ______________________________________________10
a) Este aluno tem ótima cabeça.
abstrato = inteligência concreto = cabeça
A juventude brasileira é maravilhosa.
abstrato = juventude concreto = pessoas jovens
Símbolo pela coisa simbolizada
a) Ele carrega a cruz. cruz =
símbolo do cristianismo
b) O rei perdeu a coroa. coroa =
símbolo do poder, da realeza
Aquele homem não tira os
chinelos. chinelos = símbolo da preguiça
Fonte:
http://geocities.yahoo.com.br/mitologica_2000/lin-metonimia.htm
4. Prosopopéia.
Consiste em atribuir linguagem,
sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais. Ex´´ (
I Co 15:55 ) Paulo trata a morte como se fosse uma pessoa. ( Is 55:12 ) (Sl
85:10,11).
5. Ironia.
ironia é a afirmação de algo
diferente do que se deseja comunicar, geralmente o contrário, na qual o emissor
deixa transparecer a contrariedade por meio do contexto do discurso, ou através
da alguma diferenciação editorial, ou entoativa ou gestual. O que diferencia a
ironia do enunciado falso simples é a sinalização da contrariedade, geralmente
sutil, através do contexto, edição, entoação ou gesto ou de outro sinal. A
função da ironia geralmente é crítica e impressionista.ex. (I Rs 18:27).
Fnt:
http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/ironia.htm
6. Hipérbole.
Chama-se hipérbole o arranjo
lingüístico que visa à expressão exagerada da natureza das coisas. O recurso,
naturalmente usado pelos poetas, constitui uma figura de linguagem. A presença
da hipérbole no texto é, portanto, uma marca de subjetividade.
Fnt:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/noutraspalavras/ult2675u22.shtml
Plenitude e adoração ______________________________________________11
Ex: "Até bebê de colo sabe
que juro alto é inimigo da atividade econômica..." ´´ ´ (Nm 13:33),(Jô
21:25). (Sl 119:136).
7. Alegoria.
É uma figura retórica que
geralmente consta de várias metáforas unidas, representando cada uma delas
realidades correspondentes.
Ex.: ´´Eu Sou o Pão Vivo que
desceu do céu, se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei
pela vida do mundo, é a minha carne... Quem comer a minha carne e beber o meu
sangue tem vida eterna´´, etc. Esta alegoria tem sua interpretação nesta mesma
passagem das Escrituras. (Jô 6:51-65). Outro exemplo é quando Paulo, para falar
dos dois concertos usa a aplicação alegórica de Sara e Agar.
8. Fábula.
O que é e de onde vem a fábula?
FÁBULA = Pequena
narrativa em que se aproveita a ficção alegórica para sugerir uma verdade ou
reflexão de ordem moral, com intervenção de pessoa, animais e até entidades
inanimadas. (Moderno Dicionário de L. Portuguesa – Michaelis)
Características das Fábulas : A
fábula trata de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos,
a esperteza, a ganância, a gratidão, o ser bondoso, o não ser tolo
Muitas vezes, no finalzinho das
fábulas aparece uma frase destacada chamada de MORAL DA HISTÓRIA, com
provérbio ou não; outras vezes essa moral está implícita.
. Ex.: ´´O cardo que está no
Líbano, mandou dizer ao cedro que lá está: Dá tua filha por mulher a meu filho;
mas os animais do campo, que estavam no Líbano, passaram e pesaram o cardo.´´
(II Rs 14:9). Com esta fábula Jeoás, rei de Israel, responde a proposta de
guerra feita por Amazias, rei de Judá.
9. Enigma.
É a enunciação de uma idéia em
linguagem difícil de entender. Não é do domínio geral das Escrituras. A penas
temos enigma propriamente dito no caso de Sanção com os filisteus. “Do comedor
saiu comida e do forte saiu doçura.” (Jz 14:14)
10. Tipo.
É a representação de pessoas ou
transação futura na esfera espiritual ou religiosa por meio de transações,
pessoas ou coisas do mundo material que tenham com elas certas correlações de
analogias ou mesmo de contraste. Ex.: Jonas no ventre do grande peixe, foi
usado como tipo por Jesus para representar a sua morte e ressurreição. (Mt
12:40). O primeiro Adão é um tipo para Cristo o último Adão. (I Co 15:45).
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12. parábola.
È uma narração alegórica que
contém alguns preceito moral. É um conto,uma história que através de um
palavreado simbólico , serve para projetar uma verdade, seja ela de ordem moral
seja espiritual, Jesus usou muito desse recurso em sua doutrinação: Nm-23.18;Jz9.8;IISm12.1-10;Mt
13.3-9;13.24;(Lc 15), etc
Devemos fazer uma pequena
distinção entre fábula e parábola
Podemos dizer que parábola é uma
comparação,de coisas materiais c/ as espirituais
Fnt: Dicionário bíblico-David
Conrado Sabbag
PRINCÍPIO HISTÓRICOS DE
INTERPRETAÇÃO.
A Bíblia é acima de tudo um
livro histórico como fatos. Ela registra a história de Deus, da criação, do
homem, da queda e do propósito redentor de Deus. No Antigo Testamento sobressai
a história de Israel, como povo escolhido e vocacionado por
Deus, para uma missão especial
no mundo. Já no Novo Testamento registra a história de Cristo, seu ministério,
morte e ressurreição e glorificação. Registra também a história da marcha
triunfante da igreja, deste o seu nascimento, até o seu avanço por todas as
partes conhecidas da época. Portanto, vejamos agora as cinco regras principais
para a interpretação histórica das escrituras:
5. descobrir quem é que
fala.
Outra questão a considerar
é: Quem é que fala? A consideração desta questão é importante devido
ao fato de que os autores bíblicos freqüentemente apresenta, outros como as
pessoas que falam. Por isso, é de grande valor que o estudante da Bíblia
distinga claramente entre as palavras do autor e as palavras de outras pessoas
que estão registradas. Por exemplo é muito difícil determinar se as palavras
encontradas em João 3:16-21 foram ditadas pelo próprio Jesus a Nicodemos, ou se
foram uma explicação dada pelo apóstolo João, autor do citado evangelho. Já nos
profetas, as mudanças rápidas do humano para o divino são, em geral,
facialmente conhecidas, pela mudança da terceira pessoa para a primeira pessoa
gramatical.
É impossível entender um
autor e interpretar corretamente suas palavras sem que ele seja visto à luz de
suas circunstâncias históricas.
Particularmente quanto aos
escritores bíblicos, eles estiveram sujeitos a circunstâncias geográficas,
políticas, e religiosas; fatos que influíram sensivelmente nos seus escritores.
1. Circunstâncias
geográficas.
Algum conhecimento de geografia
bíblica ajudará o estudante localizar montanhas e vales, lagos e rios, cidades
e vilas, estradas e planícies. Por exemplo: Moisés escreveu os seus livros na
peregrinação no deserto, Josué escreveu o seu livro em pleno campo de batalha,
Daniel quando estava cativo ba Babilônia. Já o apostolo Paulo, escreveu grande
número de suas cartas em cadeias e fora de sua prática.
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2-Circunstâncias
políticas.
As circunstâncias políticas de
um povo também deixam profunda impressão sobre a sua literatura. A Bíblia
contém ampla evidencia disto, o que obriga o interprete das Escrituras a ter
algum conhecimento da organização política das nações no textobíblico. Qual o
leitor da Bíblia, que ignorando as circunstâncias políticas sob as quais se
achava o apostolo Paulo, pode compreender I Co 12:3? “Portanto, vos quero fazer
compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e
ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo”. Hoje é fácil para alguém confessar
que Jesus é o Senhor. Porém, nos dias de Paulo era diferente. A situação
política e as leis do império romano diziam que só César era Senhor, como
titulo divino, atribuído a ele. Por isso qualquer pessoa que atrevesse
proclamar “senhor” a outra pessoa que não César, seria morta. Por isso, tendo
em vista essa circunstância política particular, documenta o apostolo Paulo que
ninguém poder dizer que Jesus é o Senhor a menos que tenha coragem da parte do
Espírito Santo para fazê-lo.
As várias circunstâncias
Religiosas:
É de se esperar que o leitor da
Bíblia se lembre que a vida espiritual de Israel sempre esteve em altos e
baixos, desde o período dos juizes até a sua total distensão no primeiro século
da nossa era. Como por exemplo esconder o zelo de Elias em meio à extrema
idolatria da casa de Israel, e, abafar os gemidos e lágrimas de Jeremias em
face da obstinada rebeldia dos moradores de Jerusalém dos seus dias?
Lembre-se:: Os fatos ou
acontecimentos históricos se tornam símbolos de verdades espirituais, somente
se as Escrituras assim os designarem.
Um exemplo do uso dessa regra
está em I Co 10:1-4 onde registra um dos melhores exemplos do uso feito pela
Bíblia de um acontecimento histórico como símbolo de uma verdade espiritual.
Declara o apostolo Paulo na passagem em apresso: “Ora, irmãos, não quero que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram
pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram
de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo”.
Note que o texto bíblico aplica
cada símbolo ao fato e pessoa simbolizados:
1-A passagem dos israelitas pelo
mar, fala do batismo figurado.
2-A pedra da qual Israel bebeu
era Cristo.
Fazer o texto dizer mais que
Paulo realmente queria que ele dissesse só contribui para prejuízo. Por
exemplo, dizer que o Mar Vermelho simboliza o sangue de Jesus, que oferece
caminho para entrar na Canaã celestial, é fazer interpretação imprópria da
passagem supracitada.
Princípios Básicos de
interpretação: Aqui se encontram dez princípios que devem ser seguidos na
interpretação bíblica:
1° - denomina-se princípio da
unidade escriturística. Sob a inspiração divina a Bíblia
Plenitude e adoração ______________________________________________14
ensina apenas uma teologia. Não
pode haver diferença doutrinária entre um livro e outro da Bíblia.
2° - Deixe a Bíblia interpretar
a própria Bíblia. Este princípio vem da Reforma Protestante. O sentido mais
claro e mais fácil de uma passagem explica outra com sentido mais difícil e
mais obscuro. Este princípio é uma ilação do anterior.
3° - Jamais esquecer a Regra
Áurea da Interpretação, chamada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve
ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos
isolados.
4° - Sempre ter em vista o
contexto. Ler o que está antes e o que vem depois para concluir aquilo que o
autor tinha em mente.
5° - Primeiro procura-se o
sentido literal, a menos que as evidências demonstrem que este é figurado.
6° - Ler o texto em todas as
traduções possíveis - antigas e modernas. Muitas vezes uma destas traduções nos
traz luz sobre o que o autor queria dizer.
7° - Apenas um sentido deve ser
procurado em cada texto.
8° - O trabalho de interpretação
é científico, por isso deve ser feito com isenção de ânimo e desprendido de
qualquer preconceito. (o que poderíamos chamar de "achismos").
9° - Fazer algumas perguntas relacionadas
com a passagem para chegar a conclusões circunstanciais. Por exemplo:
a) - Quem
escreveu? b) - Qual o tempo e o lugar em que
escreveu? c) - Por que escreveu? d) - A quem se dirigia o escritor? e) - O que o autor queria dizer?
10° - Feita a exegese, se o
resultado obtido contrariar os princípios fundamentais da Bíblia, ele deve ser
colocado de lado e o trabalho exegético recomeçado novamente.
Lembre-se:
Você precisa compreender
gramaticalmente a Bíblia antes de compreendê-la teologicamente.
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NOÇÕES DE HEBRAISMO.
Por hebraísmo entendemos certas
expressões e maneiras peculiares do idioma hebreu que ocorreu em nossas
traduções da Bíblia, que originalmente foi escrita em hebraico e em grego.
Exemplo:
a-A palavra “filho” usa-se, às vezes, como em quase
todos os idiomas, para designar um descendente mais ou menos remoto. Assim é
que os sacerdotes, por exemplo, se chamavam filhos de Levi, Mefibosete se chama
filho de Saul, embora, em realidade fosse seu neto; do mesmo modo Zacarias se
chama filho de Ido, sendo seu pai Berequias, filho de Ido. E assim como „filho” se usa para designar um
descendente qualquer, do mesmo modo da palavra “pai” se usa às vezes para
designar um ascendente qualquer. Às vezes “irmão” se usa também quando somente
se trata de um parentesco mais ou menos próximo; assim, por exemplo, chama-se Ló
irmão de Abraão, embora em realidade fosse seu sobrinho. (Gn 14: 12-16).
Sempre lembre as 10 regras
básicas abaixo:
1-Algumas profecias foram
condicionais (Ex: 1 Cr 7:14);
2-Profetas falam do futuro como
se fosse presente ou passado;
3-“Lei dos Picos”: um trecho
pode dar a visão de 2 picos e esconder 1 vale entre eles (Ex: Is 61:1-2; Jl
2:228-32);
4-Lei do Duplo Cumprimento:
profecias podem ser cumpridas duplamente, a 1ª vez num sentido “menor” e
incompleto (Ex: a destruição de Jerusalém no ano 70) e a 2ª vez num sentido
“maior” e completo (Ex: a Grande Tribulação);
5-Lei da 1ª Referência: o
sentido símbolo, na Bíblia, é constantemente o da sua 1ª ocorrência (Ex:
fermento é sempre mal, pecado, hipocrisia, e isto explicam a parábola do
fermento, em Mt 13);
1-Lei da Recapitulação:
passagens sucessivas podem ser recapitulações, repetições de um mesmo fato sob
diferentes ênfases e pontos de vista (Ex: os 4 evangelhos; os relatos da
criação Gn 1:2-31 e 2:4-25; os 7 selos + 7 trombetas + 7 taças de Apocalipse.,
etc.);
1-Nunca alicerce uma doutrina
apenas sobre símbolos, tipos, parábolas, etc. E não procure explicar todos os
seus detalhes, mas só os principais. E use-os não para inventar, mas sim para
ilustrar doutrinas, já bem estabelecidas em trechos claros, literais,
explícitos.
1-Sempre use os textos
explícitos claros, para explicar os implícitos escuros.
2-Tudo o que foi cumprido até
hoje o foi literalmente. Por que supor que não mais o será?
3-Siga estas regras e siga o
principio, sem se curvar demais aos comentários teológicos dos que se julgam
sábios aos seus próprios olhos manto do passado e, ainda mais, de hoje.
Eis algumas perguntas que
se deve ter em mente ao ler cada parágrafo da bíblia:
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a- Quem está falando estas
palavras neste verso? É Deus Pai/ Filho/ Espírito Santo? É um profeta de Deus
profetizando em nome de Deus? É um anjo de Deus? É um crente, sincero mas não
inspirado? É um descrente? É um demônio?
b- Para quem as palavras deste
parágrafo foram ditas? Para judeus na Dispensação da Lei? Para crentes da
dispensação da Igreja? Para a Tribulação? Para o Milênio?
c- No capitulo de hoje, qual
versículo mais tocou meu coração, minha vida? Sublinhe-o.
d-.Qual é a idéia principal do
capitulo?
e- O que o capitulo ensina a
respeito de Cristo/ (Ele sempre será o centro de tudo.)
f- Há um exemplo que devo
seguir?
g- Há um erro que devo evitar?
h- Há alguma tarefa que devo
realizar?
i- Há alguma promessa da qual me
devo apropriar (isto é, crer)?
j- Há algum pecado que devo
confessar?
C. Sempre Tenha um Plano
de Estudo Definido.
A. Estude uma palavra, o mais
profundamente que puder. Usando uma concordância, procure uma palavra e veja as
várias maneiras como é usada na Bíblia. Por exemplo: a palavra coração dá um
estudo muito interessante. Podemos
notar dez tipos de corações.
Leia estes versículos e diga os tipos de corações que achar:
Referência Texto Tipo de
coração:
Mt 5:8 limpo. Tg 4:8 Purificado. Mc10:5 duro. Lc 24:25 E tardo
Sl 57:7 (para servir e louvar)Jr
17:9 EnganosoJr 20:9 Ardente
Ez 18:31 Novo
Preparando uma mensagem:
* Descubra a idéia principal do
capitulo, Dê ao capitulo um título, usando suas próprias palavras. Nunca leia e
estude aleatoriamente (“onde a minha mão abrir”), ou só assuntos sensacionais,
ou só “devocionais”
* Faça
um esboço do capítulo, da maneira que achar que ele se desenvolve em torno da
idéia principal.
* Descubra
e sublinhe o versículo-chave do capitulo.
* Faça uma lista do que o capitulo
ensina sobre Cristo.
* Faça uma lista das maneiras em
que o capitulo se aplica à sua vida.
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CONCLUSÃO
Ao longo dos séculos, a Bíblia
tem sofrido mais na boca dos seus expositores do que nas mãos dos seus
opositores, devido ao uso de métodos equivocados no seu estudo e interpretação.
As palavras da Bíblia, interpretadas no sentido original, são palavras de Deus.
Porém, interpretadas conforme a nossa vontade, podem tornar-se perigosas. Portanto,
quando você estudar a Bíblia, deixe-a falar por si mesma. Não lhe acrescente
nem lhe subtraia nada. Que o Senhor Deus te use grandemente amém
BIBLIOGRAFIA
Fonte:
http://www.brazilianportugues.com/index.php?idcanal=306
Fnt: Dicionário bíblico-David
Conrado Sabbag
Fnt:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/noutraspalavras/ult2675u22.shtml
Fnt:
http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/ironia.htm
Fonte:
http://geocities.yahoo.com.br/mitologica_2000/lin-metonimia.htm
(
fonte>http://www.guia.heu.nom.br/_derived/dicionário.htm_cmp_c-pia-de-met-lico110_bnr.gif)
Moderno Dicionário de L.
Portuguesa – Michaelis)
Leia mais: http://exegeserbiblica.webnode.com.br/news/hermen%C3%AAutica/
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