Os Mártires dos Apóstolos
Veremos hoje a forma como cada um dos apóstolos morreram. Foram decapitados, crucificados e um até morreu naturalmente, mas esses homens pagaram um preço alto pelo amor a Cristo e a Sua mensagem.
Vale lembrar que mesmo o que morreu "de velho", passou por inúmeros tormentos (inclusive sendo exilado em uma ilha) por causa do evangelho.
Vejamos então o modo como cada um dos apóstolos morreu:
ANDRÉ
Irmão de Pedro, predicou o evangelho à muitas nações da Ásia; mas ao chegar a Edessa foi apreendido e crucificado numa cruz cujos extremos foram fixados transversalmente no chão. Daí a origem do termo "Cruz de Santo André".
BARTOLOMEU
Predicou em vários países, e tendo traduzido o Evangelho de Mateus na linguagem da Índia, o propagou naquele país. Finalmente foi cruelmente açoitado e logo crucificado pelos agitados idólatras.
FILIPE
Nasceu em Betsaida da Galiléia, e foi chamado primeiro pelo nome de "discípulo". Trabalhou diligentemente na Ásia Superior, e sofreu o martírio em Heliópolis, na Frigia. Foi acoitado, encarcerado e depois crucificado, em 54 d.C
JOÃO
O "discípulo amado" era irmão de Tiago, filho de Zebedeu. As igrejas de Esmirna, Sardes, Pérgamo, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira foram fundadas por ele. Foi enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeirão de óleo fervendo. Escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciano o exilou posteriormente na ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Nerva, o sucessor de Domiciano, o libertou. Foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.
JUDAS LEBEU
Irmão de Tiago (fiho de Alfeu), era comumente chamado Tadeu. Foi crucificado em Edessa em 72 d.C.
MATEUS
Sua profissão era arrecadador de impostos, e tinha nascido em Nazaré. Escreveu seu evangelho em hebraico, que foi depois traduzido ao grego por Tiago, filho de Alfeu. Os cenários de seus trabalhos foram Partia e a Etiópia, país no que sofreu o martírio, sendo morto com uma lança na cidade de Nadaba no ano 60 d.C.
MATIAS
Dele se sabe menos que da maioria dos discípulos; foi escolhido para encher a vaga deixada por Judas Iscariotes. Foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado.
PEDRO
Entre muitos outros, o bem-aventurado apóstolo Pedro foi condenado a morte e crucificado, como alguns escrevem, em Roma; embora outros tenham dúvidas a esse respeito. Hegéssipo diz que Nero buscou razões contra Pedro para dá-lhe morte; e que quando o povo percebeu, rogaram-lhe insistentemente que fugisse da cidade. Pedro, ante a insistência deles, foi finalmente persuadido e se dispôs a fugir. Porém, chegando até a porta, viu o Senhor Cristo acudindo a ele e, adorando-o, lhe disse: "Senhor, aonde vais?" Então Cristo o respondeu: "Vou ser de novo crucificado". Com isto, Pedro, percebendo que se referia a seu próprio sofrimento, voltou à cidade. Jerônimo diz que foi crucificado de cabeça para abaixo, com os pés para cima, a petição dele, porque era indigno de ser crucificado da mesma forma que seu Senhor.
SIMÃO, O ZELOTE
Apelidado de zelote, predicou o Evangelho na Mauritânia, África, e também na Grã Bretanha, país no qual foi crucificado em 74 d.C.
TIAGO, FILHO DE ALFEU
Alguns supõem que se tratava do irmão de Jesus por parte de uma anterior mulher de José. Isto é muito duvidoso, e concorda demasiado com a superstição de que Maria jamais teve outros filhos além de nosso Salvador. Foi escolhido para supervisar as igrejas de Jerusalém, e foi o autor da Epístola ligada a Tiago. Com a idade de noventa e nove anos foi espancado e apedrejado pelos judeus, e finalmente abriram-lhe o crânio com um cacetete.
TIAGO, FILHO DE ZEBEDEU
Tiago, filho de Zebedeu, irmão mais velho de João e parente de nosso Senhor, porque sua mãe Salomé era prima irmã de Maria. Não passaram dez anos depois da morte de Estevão e ocorreu o segundo martírio. Aconteceu que tão pronto como Herodes Agripa foi designado governador da Judéia que, com o propósito de congraçar-se com os judeus, suscitou uma intensa perseguição contra os cristãos, decidindo dar um golpe eficaz, e lançando-se contra seus dirigentes. Não se deveria passar o relato que deu um eminente escritor primitivo, Clemente de Alexandria. Ele nos diz que quando Tiago estava sendo conduzido ao lugar de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento, caindo a seus pés para pedi-lhe perdão, professando-se cristão e decidindo que Tiago não receberia sozinho a coroa do martírio. Por isso, ambos foram decapitados juntos. Assim recebeu, resoluto e bem disposto, o primeiro mártir apostólico aquele cálice que ele tinha dito ao Salvador que estava disposto a beber. Estes acontecimentos foram em 44 d.C.
TOMÉ
Chamado Dídimo, predicou o Evangelho em Partia e na Índia, onde por ter provocado a fúria dos sacerdotes pagãos, foi martirizado, sendo atravessado com uma lança.
Veremos hoje a forma como cada um dos apóstolos morreram. Foram decapitados, crucificados e um até morreu naturalmente, mas esses homens pagaram um preço alto pelo amor a Cristo e a Sua mensagem.
Vale lembrar que mesmo o que morreu "de velho", passou por inúmeros tormentos (inclusive sendo exilado em uma ilha) por causa do evangelho.
Vejamos então o modo como cada um dos apóstolos morreu:
ANDRÉ
Irmão de Pedro, predicou o evangelho à muitas nações da Ásia; mas ao chegar a Edessa foi apreendido e crucificado numa cruz cujos extremos foram fixados transversalmente no chão. Daí a origem do termo "Cruz de Santo André".
BARTOLOMEU
Predicou em vários países, e tendo traduzido o Evangelho de Mateus na linguagem da Índia, o propagou naquele país. Finalmente foi cruelmente açoitado e logo crucificado pelos agitados idólatras.
FILIPE
Nasceu em Betsaida da Galiléia, e foi chamado primeiro pelo nome de "discípulo". Trabalhou diligentemente na Ásia Superior, e sofreu o martírio em Heliópolis, na Frigia. Foi acoitado, encarcerado e depois crucificado, em 54 d.C
JOÃO
O "discípulo amado" era irmão de Tiago, filho de Zebedeu. As igrejas de Esmirna, Sardes, Pérgamo, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira foram fundadas por ele. Foi enviado de Éfeso a Roma, onde se afirma que foi lançado num caldeirão de óleo fervendo. Escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciano o exilou posteriormente na ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Nerva, o sucessor de Domiciano, o libertou. Foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.
JUDAS LEBEU
Irmão de Tiago (fiho de Alfeu), era comumente chamado Tadeu. Foi crucificado em Edessa em 72 d.C.
MATEUS
Sua profissão era arrecadador de impostos, e tinha nascido em Nazaré. Escreveu seu evangelho em hebraico, que foi depois traduzido ao grego por Tiago, filho de Alfeu. Os cenários de seus trabalhos foram Partia e a Etiópia, país no que sofreu o martírio, sendo morto com uma lança na cidade de Nadaba no ano 60 d.C.
MATIAS
Dele se sabe menos que da maioria dos discípulos; foi escolhido para encher a vaga deixada por Judas Iscariotes. Foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado.
PEDRO
Entre muitos outros, o bem-aventurado apóstolo Pedro foi condenado a morte e crucificado, como alguns escrevem, em Roma; embora outros tenham dúvidas a esse respeito. Hegéssipo diz que Nero buscou razões contra Pedro para dá-lhe morte; e que quando o povo percebeu, rogaram-lhe insistentemente que fugisse da cidade. Pedro, ante a insistência deles, foi finalmente persuadido e se dispôs a fugir. Porém, chegando até a porta, viu o Senhor Cristo acudindo a ele e, adorando-o, lhe disse: "Senhor, aonde vais?" Então Cristo o respondeu: "Vou ser de novo crucificado". Com isto, Pedro, percebendo que se referia a seu próprio sofrimento, voltou à cidade. Jerônimo diz que foi crucificado de cabeça para abaixo, com os pés para cima, a petição dele, porque era indigno de ser crucificado da mesma forma que seu Senhor.
SIMÃO, O ZELOTE
Apelidado de zelote, predicou o Evangelho na Mauritânia, África, e também na Grã Bretanha, país no qual foi crucificado em 74 d.C.
TIAGO, FILHO DE ALFEU
Alguns supõem que se tratava do irmão de Jesus por parte de uma anterior mulher de José. Isto é muito duvidoso, e concorda demasiado com a superstição de que Maria jamais teve outros filhos além de nosso Salvador. Foi escolhido para supervisar as igrejas de Jerusalém, e foi o autor da Epístola ligada a Tiago. Com a idade de noventa e nove anos foi espancado e apedrejado pelos judeus, e finalmente abriram-lhe o crânio com um cacetete.
TIAGO, FILHO DE ZEBEDEU
Tiago, filho de Zebedeu, irmão mais velho de João e parente de nosso Senhor, porque sua mãe Salomé era prima irmã de Maria. Não passaram dez anos depois da morte de Estevão e ocorreu o segundo martírio. Aconteceu que tão pronto como Herodes Agripa foi designado governador da Judéia que, com o propósito de congraçar-se com os judeus, suscitou uma intensa perseguição contra os cristãos, decidindo dar um golpe eficaz, e lançando-se contra seus dirigentes. Não se deveria passar o relato que deu um eminente escritor primitivo, Clemente de Alexandria. Ele nos diz que quando Tiago estava sendo conduzido ao lugar de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento, caindo a seus pés para pedi-lhe perdão, professando-se cristão e decidindo que Tiago não receberia sozinho a coroa do martírio. Por isso, ambos foram decapitados juntos. Assim recebeu, resoluto e bem disposto, o primeiro mártir apostólico aquele cálice que ele tinha dito ao Salvador que estava disposto a beber. Estes acontecimentos foram em 44 d.C.
TOMÉ
Chamado Dídimo, predicou o Evangelho em Partia e na Índia, onde por ter provocado a fúria dos sacerdotes pagãos, foi martirizado, sendo atravessado com uma lança.
Fonte:
O livro dos mártires
Os apóstolos
Veremos a seguir uma síntese
da vida dos doze discípulos de Jesus, contendo, suas cidades, localidades de
origens, profissão que exerciam antes de serem escolhidos por Jesus, pontos de
suas personalidades, alguns fatos de seus ministérios e, como se deu a morte de
cada um. A formação apresentada da ordem dos nomes dos discípulos, é a que
encontramos em Mateus, capítulo 10, do versículo 1 ao 4.
“Tendo chamado os seus doze
discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e
para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Ora, os nomes dos doze
apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus,
o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas
Iscariotes, que foi quem o traiu.
1. SIMÃO PEDRO - Nasceu em
Betsaida, mas residia em Cafarnaum, na Galiléia; Era pescador de profissão; Foi
o primeiro líder da igreja cristã. Escreveu as epístolas que levam seu nome;
Tinha pouco estudo, impulsivo, amoroso, tímido, explosivo e entendia com
dificuldade os ensinamentos; Morreu em Roma, crucificado de cabeça para baixo;
Pedro Foi mártir na cidade de
Roma em cerca de 64 d.C., durante a perseguição dos cristãos pelo imperador
Nero
2. ANDRÉ - Também era de
Betsaida; Era sócio de seu irmão Pedro na indústria da pesca;Foi um homem
zeloso, sincero e dedicado em sua tarefa de apóstolo;Foi quem apresentou Pedro
à Jesus. Um dos primeiros discípulos e também o primeiro missionário no
estrangeiro; Morreu martirizado na Acássia, onde pregou. Foi crucificado em uma
cruz em forma de “X’’.
3. TIAGO - Era de Betsaida,
onde trabalhava com a pesca; Tinha personalidade forte e ambiciosa; Foi um dos
mais íntimos discípulos de Jesus. Pregou na Judéia; Tornou-se o primeiro mártir
entre os apóstolos, morrendo pela espada de Herodes Agripa I.
4. JOÃO - Também era de
Betsaida e trabalhava com seu irmão Pedro na pesca; A princípio era de espírito
exaltado e indisciplinado; Fazia parte, também do rol dos discípulos mais
chegados ao Mestre. Trabalhou pregando em Jerusalém. Escreveu o evangelho e as
epístolas que levam seu nome, e também o Apocalipse. Terminou seu ministério em
Éfeso e Ásia Menor; Morreu de morte natural, provavelmente com 100 anos de
idade, o único que não foi martirizado.
5. FILIPE - Nascido em
Betsaida, provavelmente exercia a profissão de pescador; Possuía uma personalidade
tímida e inicialmente um pouco incrédulo; Teve um brilhante ministério na Ásia
Menor, trabalhou também na Frigia; Foi sepultado em Hierápolis, desconhece-se,
porém, o motivo de sua morte, provavelmente foi um mártir.
6. BARTOLOMEU - Era de Caná
da Galiléia, sua profissão é desconhecida; Foi uma pessoa em quem não se via
dolo, fraude, era honesto (Jo 1:47); Acredita-se que tenha trabalhado na Índia
e na Grande Armênia;De acordo com o martirológio romano, ele foi esfolado vivo
pelos Bárbaros e recebeu o golpe de misericórdia através da decapitação.
7. TOMÉ - Originário da
Galiléia, onde era pescador por profissão; Foi uma pessoa determinada, mas no
momento propício não creu na ressurreição de Jesus; Trabalhou pregando o
evangelho na Síria, na Pártia, na Pérsia e na Índia; Sobre sua morte há duas
versões, uma diz que foi traspassado por uma flecha enquanto orava, e a outra,
é de que foi torturado próximo a Madras.
8. MATEUS - Era de
Cafarnaum, onde trabalhava como cobrador de impostos (publicano). Podemos
observar sua humildade quando seu nome aparece na lista dos Apóstolos após Tomé
(Mt 10:3), em outras listas aparece antes de Tomé. O fato de ter abandonado a
sua profissão que apesar de ser mui desprezada, também, demonstrava sua
humildade. Recebeu poderes apostólicos de milagres e sinais. Esteve no cenáculo
em Jerusalém (At 1:13 e 14) após a ascensão de Jesus ao céu. Escreveu o
evangelho que leva o seu nome. Ao que se presume trabalhou em prol do evangelho
na Judéia, no Egito, na Etiópia e na Pártia. A igreja ocidental o alista entre
os mártires.
9. TIAGO, de Alfeu -
Originário da Galiléia, sua profissão é desconhecida; Era o mais jovens dos
apóstolos; Escreveu a epístolas que leva o seu nome, pregou na Palestina e no
Egito;Há duas versões sobre sua morte, uma é que os judeus o expulsaram do templo
e o apedrejaram, morrendo por fim através de um golpe de paulada; a segunda
hipótese é de que foi crucificado no Egito.
10. JUDAS, o Tadeu - Nascido
na Galiléia, a sua profissão também é desconhecida; Era bastante temeroso e um
pouco incrédulo; Escreveu a epístola que leva o seu nome, pregou em Edessa na
Síria, na Arábia e na Mesopotâmia; Morreu martirizado na Pérsia.
11. SIMÃO, o Zelote -
Originário da Galiléia, a sua profissão está também entre as desconhecidas; Era
uma pessoa zelosa e cuidadosa em sua vida e ministério; Pregou o evangelho na
Pérsia; Morreu crucificado.
12. JUDAS ISCARIOTES -
Nasceu na Judéia, provavelmente em Queriote-Hesrom; Sua profissão é
desconhecida, mas é provável que tivesse uma formação administrativa, que fez
com que exercesse o cargo de tesoureiro do grupo; Era egoísta, ambicioso e
possuía um espírito egocêntrico; Suicidou-se após ter traído Jesus.
Creio que após estudarmos um
pouco sobre a vida dos apóstolos, podemos aprender o quanto eram pessoas com
muitas falhas na maneira de viver, em suas personalidades, como eram homens
arrogantes, brabos, com espírito de dúvida muitas vezes. Observamos que durante
o período em que Jesus ensinava entre os homens, muitas vezes eles entediam
menos do que outras pessoas. Apesar de todas as suas falhas e problemas, após
receberem o Espírito Santo, vemos que atuavam em um único objetivo, coesos,
unidos e, já então com suas deficiências aperfeiçoadas em Cristo, pregavam o
evangelho por toda a Terra. O que mais me impressiona é o fato de amarem tanto
a Palavra, que levavam a mensagem de salvação sem temer a morte. As maneiras em
que foram mortos, as dificuldades que enfrentaram, faz-me parar para analisar o
quanto eu seria capaz de enfrentar e passar por amor à obra de Deus. Eles
enfrentaram as mortes mais esdrúxulas, impostas, pelos que amavam assim fazer,
com os que ameaçavam suas vidas extravagantes. Porém eles foram
importantíssimos para que o evangelho se espalhasse de forma organizada,
orientada, dentro dos padrões por Cristo ensinados. Então eu te pergunto, o
quanto você ama a Cristo? O que você é capaz de enfrentar por amor à Palavra de
Deus? Que assim como João esteve na ilha de Patmos preso por pregar a Palavra,
que cada um de nós tenhamos a convicção de que quando estamos no centro da vontade
de Deus, mesmo numa ilha aprisionado, mesmo num deserto, saibamos que Deus tem
coisas maravilhosas e profundas para nos revelar, assim como foi com João.
OS APÓSTOLOS
No começo do seu ministério
Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam esses
homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de
haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a
igreja muito depois de haverem morrido.
Por conseguinte, a seleção
dos Doze foi de grande responsabilidade. "Naqueles dias retirou-se para o
monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou
a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o
nome de apóstolo" (Lc 6.12-13).
A maioria dos apóstolos era
da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o
centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como
"Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum,
elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23).
Não obstante, Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes
capaz de transmitir com clareza a fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá
testemunho do poder transformador do Senhorio de Jesus.
Nenhum dos escritores dos
Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas
pistas que nos ajudam a fazer "conjeturas razoáveis" sobre como
pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado
em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se
levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto
quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter
sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Cristo.
Os doze apóstolos foram:
1) André;
2) Bartolomeu (Natanael);
3) Tiago (Filho de Alfeu);
4) Tiago (Filho de Zebedeu);
5) João;
6) Judas (não o iscariotes);
7) Judas Iscariotes;
8) Mateus;
9) Filipe;
10) Simão Pedro;
11) Simão Zelote;
12) Tomé;
13) Matias (Substituindo a
Judas)
Resumo sobre a vida dos Apóstolos:
1) André
No dia seguinte àquele em
que João Batista viu o ES descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus
discípulos, e disse: "Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1.36). Movidos de
curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a
presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: "Rabi, onde
assistes?" Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite
com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1.38-40). André foi logo à
procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: "Achamos o
Messias..." (Jo 1.41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor.
André é tradução do grego
Andreas, que significa "varonil". Outras pistas do Evangelhos indicam
que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos
de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um
próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca.
Eram Pescadores.
André nasceu em Betsaida,
nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o
primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais
tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar
da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem
discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente
acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que
Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela
primeira vez.
André e outro discípulo
chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este
motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da
fé cristã.
Diz a tradição que André
viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto
intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 dC) diz
que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz
ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de "X", símbolo
religioso conhecido como Cruz de Sto André.
2) Bartolomeu (Natanael)
Falta-nos informação sobre a
identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos
apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu
nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Crêem alguns estudiosos
que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael.
A palavra aramaica bar
significa "filho", por isso o nome Bartolomeu significa literalmente,
"filho de Talmai". A Bíblia não identifica quem foi Talmai.
Supondo que Bartolomeu e
Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias
informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de
"israelita em quem não há dolo" (Jo 1.47). Diz a tradição que ele
serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo.
3) Tiago - Filho de Alfeu
Os Evangelhos fazem apenas
referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos
estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai
de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14). Outros crêem que este Tiago se
identificava como "Tiago, o Menor", mas não temos prova alguma de que
esses dois nomes se referiam ao mesmo homem (Mc 15.40). Se o filho de Alfeu
era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor, talvez ele tenha sido primo de
Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este
discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia
explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi
traído. (Mc 14.43-45; Lc 22.47-48). Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí
foi crucificado. Mas não há informações concretas sobre sua vida, ministério
posterior e morte.
4) Tiago - Filho de Zebedeu
Depois que Jesus convocou a
Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia
da Galiléia e convidou a "Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que
estavam no barco consertando as redes" (Mc 1.19). Tiago e seu irmão
responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a
sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele fosse executado
ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44 dC,
quando ele seria ainda bem moço.
Os Evangelhos nunca
mencionam Tiago sozinho; sempre falam de "Tiago e João". Até no
registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como "Tiago, irmão
de João" (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos
estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de
"filhos do trovão" (Mc 3.17).
A perseguição que tirou a
vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-25). Herodes
Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como Tiago.
"Entretanto a Palavra do Senhor crescia e se multiplicava" (At
12.24).
As tradições afirmam que ele
foi o primeiro missionário cristão na Espanha.
5) João
Felizmente, temos
considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que
ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz também que Tiago e João
trabalhavam com "os empregados" de seu pai (Mc 1.20).
Alguns eruditos especulam
que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15.40).
Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25),
João pode ter sido primo de Jesus.
Jesus encontrou a João e a
seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que
se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de
peixes - milagre que os convenceram do poder de Jesus. "E, arrastando eles
os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram" (Lc 5.11) Simão Pedro
foi com eles.
João parece ter sido um
jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos
discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de "filhos do trovão" (Mc
3.17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo.
Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria
das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João
entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista
(Gl 2.9).
Muitas vezes João deixou
transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou
transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. "E nós
lho proibimos", disse ele a Jesus, "porque não seguia conosco"
(Mc 9.38). Jesus replicou: "Não lho proibais... pois quem não é contra a
nós, é por nós" (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João
sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus
na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41).
Mas a ousadia de João
foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que
João era " conhecido do sumo sacerdote". Isto o tornaria facilmente
vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não
obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz,
e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os
discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente
dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro
entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8).
Se João escreveu, deveras, o
quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do
NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que
esses livros não são de sua autoria.
Diz a tradição que ele
cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela
morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se
que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para
sepultamento
6) Judas - Não o Iscariotes
João refere-se a um dos
discípulos como "Judas, não o Iscariotes" (Jo 14.22). Não é fácil
determinar a identidade desse homem.
O NT refere-se a diversos
homens com o nome de Judas - Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55;
Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente,
João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente
porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama.
Mateus e Marcos referem-se a
esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como "Judas,
filho de Tiago" (Lc 6.16; At 1.13).
Não sabemos ao certo quem
era o pai de Tadeu.
O Historiador Eusébio diz
que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de
orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão
de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia. Diz outra
tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na
Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas.
7) Judas Iscariotes
Todos os Evangelhos colocam
Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma
isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus.
A Palavra aramaica
Iscariotes literalmente significa "homem de Queriote". Queriote era
uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era
filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre
os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia
desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa
atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem
exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores.
Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt
4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma
ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma
mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas
reclamou: "Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e
não se deu aos pobres?" (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que
Judas disse isto "não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era
ladrão."
Enquanto os discípulos
participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que
estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a
Judas: "O que pretendes fazer, faze-o depressa" (Jo 13.27). Todavia,
os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João
relata que "como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus
lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa..." (Jo
13.28-29).
Judas traiu o Senhor Jesus,
influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo
remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e
enforcou-se. (Mt 27.5)
8) Mateus
Nos tempos de Jesus, o
governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra
transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares,
os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses
tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais
alto do que a lei permitia. Os coletores licenciados muitas vezes contratavam
oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro
trabalho de coletar. Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma
fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses
publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda
estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade
de, também, cobrar impostos dos pescadores.
Normalmente um publicano
cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre
artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam
no mar da Galiléia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades
situadas no outro lado do lago.
O judeus consideravam impuro
o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu
não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os
judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei
títere judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal,
e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se
associaria com publicanos (Mt 9.10-13).
Mas os judeus dividiam os
cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos gabbai, que
lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de
recenseamento. O Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem
eles desprezados como traidores do seu próprio povo. Mateus pertencia a esta
classe.
O Evangelho de Mateus diz-nos
que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em
sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: "Segue-me!" Ele
deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9).
Evidentemente, Mateus era um
homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. "E numerosos
publicanos e outros estavam com eles à mesa" (Lc 5.29). O simples fato de
Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico.
Por causa da natureza de seu
trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de
papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 dC, indicam que os
publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos.
Mateus pode ter tido algum
grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser
"filho de Alfeu" (Mt 10.3; Mc 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi
para referir-se a Mateus (Lc 5.27-29). Daí alguns estudiosos crerem que o nome
de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu
um novo nome, que significa "dádiva de Deus". Outros sugerem que
Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi.
De todos os evangelhos, o de
Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do
segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do qu de qualquer
outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do
NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam. O relato de Mateus
desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o
Messias prometido.
Não sabemos o que aconteceu
com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John
Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia
e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC. Não podemos julgar se esta
informação é digna de confiança.
9) Filipe
O Evangelho de João é o
único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado
Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado
do Jordão (Jo 1.28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe
individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe
apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou
Bartolomeu) para seguí-lo.
Ao se reunirem 5 mil pessoas
para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a
multidão. "Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada
um o seu pedaço", disse ele (Jo 6.7). Noutra ocasião, um grupo de gregos
dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a
ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12.20-22).
Enquanto os discípulos
tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: "Senhor, mostra-nos o
Pai, e isso nos basta" (Jo 14.8). Jesus respondeu que nele eles já tinham
visto o Pai.
Esses três breves lampejos
são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições
a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou
na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até
na Índia. Nada de concreto portanto.
10) Simão Pedro
Era um homem de contrastes.
Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: "Mas vós, quem dizeis que eu
sou?" Ele respondeu de imediato: "Tu és o Cristo, o filho do Deus
vivo" (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: "E Pedro
chamando-o à parte, começou a reprová-lo..." Era característico de Pedro
passar de um extremo ao outro.
Ao tentar Jesus lavar-lhe os
pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: "Nunca me lavarás os
pés." Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: "Senhor, não somente os
meus pés, mas também as mãos e a cabeça" (Jo 13.8,9).
Na última noite que passaram
juntos, ele disse a Jesus: "Ainda que todos se escandalizem, eu
jamais!" (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente
negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71).
Este temperamento volátil,
imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o Espírito Santo
o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um "homem-rocha"
(Pedro significa "rocha") em todo o sentido.
Os escritores do NT usaram
quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At
15.14), que pode significar "ouvir". O Segundo era Simão, a forma
grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa
"rocha". O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa
"Pedra" ou "rocha"; os escritores do NT se referem ao
discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três.
Quando Jesus encontrou este
homem pela primeira vez, ele disse: "Tu és Simão, o filho de João; tu
serás chamado Cefas" (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no
mar da Galiléia (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus
maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia
(Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1.40-42)
Enquanto Jesus pendia na
cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que
"permaneceram a contemplar de longe estas coisas" (Lc 23.49). Em 1Pe
5.1, ele escreveu: "...eu, presbítero como eles, e testemunha dos
sofrimentos de Cristo..."
Pedro encabeça a lista dos
apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores
do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como
João ou Mateus, mas emergiu como o líder mais influente da igreja primitiva.
Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a
Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos
procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os
primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na
Porta Formosa (At 3.1-11).
O livro de Atos acentua as
viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia
(Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma.
Pedro sentiu-se livre para
servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos
judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da
igreja e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro
foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.
A tradição diz que a
Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi
sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano
muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos
cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos
tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja
primitiva.
Pedro, primeiro papa?
11) Simão Zelote
Mateus refere-se a um
discípulo chamado "Simão, o Cananeu", enquanto Lucas e o livro de
Atos referem-se a "Simão, o Zelote". esses nomes referem-se à mesma
pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa "zeloso";
"cananeu" é transliteração da palavra aramaica kanna'ah, que também
significa "zeloso"; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita
judaica conhecida como zelotes.
A Bíblia não indica quando
Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o
chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas
Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22).
Temos diversos relatos
conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar
a uma conclusão.
12) Tomé
O Evangelho de João dá-nos
um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos
Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo
(Jo 20.24). A palavra grega para "gêmeos" assim como a palavra
hebraica t'hom significa "gêmeo". A Vulgata Latina empregava Dídimo
como nome próprio.
Não sabemos quem pode ter
sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de
como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo, que ele
juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que
Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a
profissão de pescador quando jovem.
Diz a tradição que Tomé
finalmente tornou-se missionário na Índia. Afirma-se que ele foi martirizado
ali e sepultado em Mylapore, hoje subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado
pelo próprio título da igreja Mar toma ou "Mestre Tome".
13) Matias - Substituto de Judas Iscariotes
Após a morte de Judas, Pedro
propôs que os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O
discurso de Pedro esboçava certas qualificações para o novo apóstolo ( At
1.15-22). O apóstolo tinha de conhecer a Jesus "começando no batismo de
João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas". Tinha de ser
também, "testemunha conosco de sua ressurreição" (At 1.22).
Os apóstolos encontraram
dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias
(At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre
Matias.
O nome Matias é uma variante
do hebraico Matatias, que significa "dom de Deus". Infelizmente, a
Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.
Fonte: O Mundo do Novo Testamento - Editora Vida