A
TORÁ
Torá em hebraico significa ensinamento, se refere
basicamente ao Pentateuco, ou seja, os cinco primeiros livros da bíblia. O nome
Torá deriva da palavra hebraica Yará, que quer dizer ensinar, instruir, apontar
para o alvo, estabelecer uma fundação. Na tradição judaica existem duas torá, a
escrita e a oral.
A Torá dos
hebreus Nos manuscritos hebraicos,estes cinco livros formam um só pergaminho
contínuo e sem divisão.Na Septuaginta (250
a.C.) aparece dividido em cinco livros,com os títulos
reconhecidos atualmente Os cinco primeiros livros da Bíblia foram escritos por Moisés. (Êxodo 31:18, Êxodo 24.12, Deut.31:24-26. eJo:5.45,46),entre 1445 e 1405 anos a.C.(antes de Cristo).
OS LIVROS DA TORÁ
1. Bereshit (Gênesis) - O nome Gênesis vem da Septuaginta (Versão dos
Setenta), antiga versão grega. Significa "princípio",
"origem" ou "nascimento". Os hebreus lhe chamavam "No princípio",
pois designavam os livros da lei de acordo com sua primeira palavra ou frase. É
o livro conta a criação e a história do mundo até Abraão e a vida dos patriarcas
(Abrão, Isaac e Jacó) até a chegada ao Egito.
Assunto: O assunto geral é "o
princípio de todas as coisas". Porém à luz do tema da Bíblia toda,seu tema
é:Deus começa a redenção escolhendo um povo.
Conteúdo: O livro do Gênesis
abrange uma época muito longa; desde as primeiras origens das coisas até ao
estabelecimento de Israel no Egito. Divide-se em duas seções claramente
distintas: a história primitiva (1-11), que é como um "pátio
anterior" para a história da redenção, e a história patriarcal (12-50),
que evoca a figura dos grandes antepassados de Israel.
2. Shemot (Êxodo) - Êxodo significa
"saída" e a Versão Grega deu ao livro esse título porque ele narra o
grande evento da história de Israel: a saída do povo de Deus do Egito.relata a
escravidão no Egito, a grande libertação e os mandamentos dados sobre o Monte
Sinai.
A data do êxodo: Não há dúvida alguma de que os
israelitas saíram do Egito no lapso compreendido entre 1450 e 1220 a.C. Israel já estava radicado em Canaã no ano de 1220 a.C,pois um monumento levantado
pelo Faraó Mereptá faz alusão ao combate entre egípcios e israelitas na
Palestina, naquela data. Não obstante, faltam evidências conclusivas quanto à
data precisa do êxodo. Há duas opiniões principais a respeito desta questão. De
acordo com a primeira, o êxodo dataria, mais ou menos, por volta do ano de 1440
a. C. Conforme a segunda opinião, ocorreu no reinado de Ramsés II, entre 1260 e 1240 a. C. Se a data anterior é correta.
Assunto: Deus redime a seu povo e o transforma em uma nação. Conteúdo: O conteúdo do livro de Êxodo é representado por meio de
três montanhas altas e um vale. Na história hebraica as montanhas são: o livramento
do Egito, a outorga da lei e a revelação do plano do tabernáculo. O vale
sombrio é o episódio do bezerro de ouro.
3.Vaykrá (Levítico) de caráter quase
exclusivamente legislativo, interrompe a narração dos acontecimentos. Na versão
grega este livro recebeu o nome de Levítico porque ele trata das leis
relacionadas com os ritos, sacrifícios e
serviço do sacerdócio levítico. Nem todos os homens da tribo de Levi
eram sacerdotes; o termo "levita" referia-se aos leigos que faziam o
trabalho manual do tabernáculo, O livro não trata destes "levitas",
porém o título não é completamente
inadequado porque todos os sacerdotes eram efetivamente da tribo de Levi. Embora
o livro de Levítico tenha sido escrito principalmente como manual dos sacerdotes,
encontra-se muitas vezes a ordenança de Deus: "Fala aos filhos de
Israel", de modo que contém muitos ensinamentos para toda a nação. As leis
que se encontram em Contém: um ritual dos sacrifícios (1 – 7).
O cerimonial de investidura dos sacerdotes, aplicados
a Aarão e seus filhos (8-10). As normas referentes ao puro e ao impuro (11 –
15), que terminam com o ritual do grande dia das Expiações .
Assunto: Santidade ao Senhor
Conteúdo: Sacrifícios
- 1—7 - Matéria dos sacrifícios – 1-5, Funções e direitos sacerdotais em
relação com os sacrifícios -6,7- O sacerdócio - 8-10, Consagração de Aarão e seus filhos - 8,9 Pecado
de Nadabe e Abiú -10, Purificação da vida em Israel - 11—15 Leis referentes ao
puro e impuro – 11
4. Bamidbar (Números) – O título vem da versão
grega. Denominou-se Números porque se registram dois recenseamentos: no
princípio e no capítulo 26. Contudo, um dos títulos hebreus, Bedmidhbar (no
deserto), reflete melhor o caráter do livro, pois relata a história das peregrinações
de Israel desde o Sinai até a chegada à margem esquerda do rio Jordão. Abarca um
espaço de quase trinta e nove anos e
forma um elo histórico entre os livros de Êxodo e de Josué.
Caráter do livro: Números é uma
miscelânea de três espécies: acontecimentos históricos da peregrinação de
Israel no deserto; leis para Israel, de caráter permanente; e regras transitórias
válidas para os hebreus até que chegassem a Canaã. A história e as leis vão misturadas
em partes aproximadamente iguais em extensão. As exigências das situações vividas
davam origem a novas leis.
Assunto: o
fracasso de Israel
Conteúdo: Preparativos para a
viagem até Canaã - 1:1—10:10
Os espias exploram a terra - 13
O censo e a organização de Israel - 1—4
A santificação do acampamento e leis
diversas - 5—8
A páscoa e as trombetas - 9:1—10:10
O descontentamento do povo e o desânimo
de Moisés - 11
As críticas de Miriã e Aarão – 12 A rebelião de Core – 16
A prova das varas – 17 Balaão - 22—25
5. Devarim (Deuteronômio) A palavra deuteronômio
provém da Versão Grega que significa "segunda lei" ou "repetição
da lei". O livro consiste em sua maior parte nos discursos de Moisés,
dirigidos ao povo na fértil planície de Moabe; Israel estava prestes a cruzar o
rio Jordão e iniciar a conquista de Canaã e Moisés estava por terminar sua
carreira,contém uma recapitulação e as últimas
recomendações de Moisés.
Importância de
Deuteronômio: Este livro desempenhou um papel
importante na história e na religião de Israel. O códig deuteronômico foi a
norma para julgar as ações dos reis de Israel- A descobri-lo no templo, sua
leitura despertou um grande avivarnen no ano 621 a. C. (II Reis 22). Foi a base
das exortações de Jeremias e Ezequiel. Os judeus escolheram a grande passagem
de 6:4, 5 co seu credo ou declaração de fé.O Novo Testamento refere-se a
Deuteronômio e cita-o mais de oitenta vezes. Parece que era um dos livros
prediletos de Jesus, pois ele o citava amiúde. Por exemplo, citou versículos de
Deuteronômio para resistir ao diabo em sua tentação. Também a profecia acerca do
profeta que seria como Moisés (18:15-19) preparou o caminho para a vinda de
Jesus Cristo.
Propósitos:Preparar o povo para a
conquista de Canaã. Deus havia sido fiel em dar a Israel vitória após vitória
sobre seus inimigos. A presença e o poder de Deus eram a garantia de que ele
lhes entregaria a terra.
Conteúdo: Deuteronômio
é muito mais que a mera repetição da lei. Explicam-se os privilégios e as
responsabilidades do povo escolhido e sua relação com o Senhor. O Senhor é o
único Deus (4:35; 6:4), o "Deus fiel, que guarda o concerto e a
misericórdia até mil gerações aos que o amam" (7:9). Israel é o povo
escolhido de Deus em virtude da aliança que fez com eles no Sinai.
A
VISÃO JUDAICA DA TORAH
A tradição judaica mais antiga
defende que a Torá existe desde antes da criação do mundo e foi usada como um
plano mestre do Criador para com o mundo, humanidade e principalmente com o povo
judeu. No entanto, a Torá como conhecemos teria sido entregue
por a quando o povo de Israel, após sair do cativeiro
no peregrinou em direção à terra de As histórias dos patriarcas,
aliados ao conjunto de leis culturais, sociais, políticas e religiosas serviram
para imprimir sobre o povo um sentido de nação e de separação de outras nações
do mundo.
De acordo com a tradição judaica,
Moisés é o autor da Torá, e até mesmo a parte que discorre sobre sua morte
(Devarim 32:50-52) teria sido fruto de uma visão antecipada dada por
Deus
PRINCIPIO DA LEI, TORAH
O princípio predominante
da lei era a teocracia. O próprio Senhor era considerado como Rei; as leis
foram por Ele dadas; o tabernáculo (e depois templo) era considerado como Sua
habitação; ali houve visíveis manifestações da Sua glória; ali revelou a Sua
vontade; era ali oferecido o pão todos os sábados; ali recebeu o Seus
ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinha relação a paz e a
guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema
autoridade (Dt 1.41,42; Js 10.40; Jz 1.1,2; 1Rs 12.24). A idolatria era uma
traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus
e Rei. A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o
tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de
Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível.
Era a "Sua santa habitação"; era o lugar em que encontrava o Seu povo
e com ele tinha comunhão, sendo portanto "o tabernáculo da
congregação". Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se
suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com
o aumentado poder da nação. Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio,
mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e
Levitas eram apartados para o Seu serviço. Este governo de Deus era reconhecido
por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições
cuidadosamente definidas, exprimindo a propriciação, consagração e comunhão. Os
direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que
na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais,
o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus
fins espirituais e morais.
13 PRINCIPIOS DA FÉ
JUDAICA.
Maimônides é reconhecido como o mais famoso dos comentaristas
judeus. Escritor aclamado, estimado filósofo, médico de renome e mestre
talmúdico - este é seu legado. Sua obra magna, Mishnê Torá, é considerada até
hoje como a mais conceituada e completa codificação da lei judaica, na qual
explica nos fundamentos da crença judaica que a Torá é verdadeira.
Se uma pessoa negar qualquer preceito ou conceito da Torá é como se ele
estivesse negando a Torá inteira, pois a Torá é uma unidade, uma só essência.
Se uma pessoa desconhece algum princípio da Torá, ele é simplesmente
considerado ignorante. Mas se alguém é ignorante em um dos Treze Princípios de
Fé de Maimônides, então ele deixou de conhecer o que é judaísmo.
Os treze princípios da fé judaica são:
1 - Creio com plena fé que D-us é o Criador de todas as
criaturas e as dirige. Só Ele fez, faz e fará tudo.
2 - Creio com plena fé que o Criador é Único. Não há unicidade
igual à d’Ele. Só ele é nosso D-us; Ele sempre existiu, existe e existirá.
3 - Creio com plena fé que o Criador não é corpo. Conceitos
físicos não se aplicam a Ele. Não há nada que se assemelhe a Ele.
4 - Creio com plena fé que o Criador é o primeiro e o último.
5 - Creio com plena fé que é adequado orar somente ao Criador.
Não se dever rezar para ninguém ou nada mais.
6 - Creio com plena fé que todas as palavras dos profetas são
autênticas.
7 - Creio com plena fé que a profecia de Moshé Rabênu é
verdadeira. Ele foi o mais importante de todos os profetas, antes e depois
dele.
8 - Creio com plena fé que toda a Torá que se encontra em nosso
poder foi dada a Moshé Rabênu.
9 - Creio com plena fé que esta Torá não será alterada e que
nunca haverá outra dada pelo Criador.
10 - Creio com plena fé que o Criador conhece todos os atos e
pensamentos do ser humano.
11 - Creio com plena fé que o Criador recompensa aqueles que
cumprem Seus preceitos e pune quem os transgride.
12 - Creio com plena fé na vinda de Mashiach. Mesmo que demore,
esperarei por sua vinda a cada dia.
13 - Creio com plena fé na Ressurreição dos Mortos que ocorrerá
quando for do agrado do Criador. OS 613 MANDAMENTOS DA TORÁ,LEI
Separei alguns dos 613 mandamentos que
são:
1
Saber que existe Deus
2
Não distrair a mente com outros
deuses além Dele
3
Saber que Ele é um
4
Amar a Ele
5
Temer a Ele
6
Santificar Seu nome
7
Não profanar Seu nome
8
Não destruir objetos associados
ao Seu nome
9
Ouvir ao profeta fala em Seu
nome
10
Não desmerecer o profeta
11
Imitar Seu jeito
12
Ser fiel a aqueles que conhecem
Ele
13
Amar outros judeus
14
Amar convertidos
15
Não odiar um judeu
16
Reprovar um pecador
17
Não embaraçar outros
18
Não oprimir os fracos
19
Não falar depreciativamente dos
outros
20
Não vingar-se
21
Não guardar rancor
22
Aprender a Torá
23
Honrar aqueles que ensinam e
conhecem a Torá
24
Não praticar idolatria
25
Não seguir os caprichos do
coração ou o que os seus olhos vêem
26
Não blasfemar
27
Não venerar ídolos da maneira
que eles são venerados
28
Não venerar ídolos nas quatro
maneiras que nós veneramos a Deus
29
Não fazer um ídolo para si mesmo
30
Não fazer um ídolo para outros
31
Não fazer formas humanas nem com
propósitos decorativos
32
Não tornar uma cidade idólatra
33
Incendiar uma cidade que passou
a praticar idolatria
34
Não reconstruí-la como cidade
35
Não tirar proveito dela
36
Não ser missionário para outros
venerem ídolos
37
Não amar o missionário
38
Não deixar de odiar o
missionário
39
Não salvar o missionário
40
Não dizer nada em sua defesa
41
Não evitar que ele seja
incriminado
42
Não profetizar em nome da
idolatria
43
Não ouvir um falso profeta
44
Não profetizar em falso em nome
de Deus
45
Não ter medo de matar o falso
profeta
46
Não jurar em nome de um ídolo
47
Não praticar o (mediunismo)
48
Não praticar yidoni (vidência)
49
O culto do Dia do Arrependimento
50
A oferta adicional da Festa de
Tabernáculos