sexta-feira, 27 de novembro de 2015

HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

                                        HISTÓRIA DA PSICOLOGIA

Psicologia – Psiqué (mente) + logia (estudo) = estudo da mente e dos processos mentais, comportamentos, desejos, percepção, motivação. Estes estudos eram feitos por filósofos, que tentavam entender a mente humana através da observação do comportamento.
Nos últimos 25 anos do século XIX, a Psicologia evoluía como uma disciplina científica distinta, com seus próprios métodos e linhas de estudo, e não mais um ramo da Filosofia, como era vista até então.
O rumo da nova ciência foi influenciado pelo psicólogo alemão Wilhelm Wundt, que tinha idéias precisas em relação à forma da nova ciência, estabelecendo as metas, objetos de estudo, os métodos e os tópicos de pesquisa. Porém, vários outros psicólogos surgiram e formaram grupos de estudos, gerando assim, as correntes de pensamentos, as quais nem sempre concordavam entre si.
Para que uma teoria ou evento seja considerado científico, é necessária sua reprodução em ambiente controlado, e que seus resultados sejam previsíveis. Após várias reproduções, um evento ou teoria que seja “previsível”, torna-se um fato científico. Assim, não basta um simples acontecimento isolado, para que seja feita uma avaliação psicológica.
Correntes de Pensamento
Mecanicismo (séc. XVII) – doutrina para a qual os processos naturais são determinados mecanicamente e passíveis de explicação pelas leis da física e da química, tendo como metáfora, o relógio, que representa o funcionamento do universo. Por essa teoria, surge a idéia do determinismo, que é a crença de que qualquer ação é determinada pelos eventos do passado. Surge, também, a noção de reducionismo, que é a idéia de que, para entender uma idéia ou fato complexo, bastaria reduzi-los a idéias ou fatos mais simples, como desmontar um relógio, para entender seu funcionamento.
Esta corrente de pensamento tinha seguidores ilustres como o filósofo inglês 
Empirismo (séc. XVII) – busca do conhecimento mediante a observação da natureza e a atribuição de todo conhecimento à experiência, ou seja, só se obtém conhecimento, através da vivência daquilo que se estuda.

                   O que é psicologia?
Você sabe o que quer dizer Psicologia? O que faz um psicólogo ou psicóloga?
Podemos começar definindo a palavra psicologia. A definição de psicologia poderia ser dada por sua origem grega:  Ψυχολογία = Psyche + logia. Psyche quer dizer alma ou mente e também era o nome da Deusa “Psiquê”, que na mitologia grega era esposa de Eros, o nosso famoso cupido. Note que a primeira letra, Ψ (psi), é o símbolo da Psicologia, a figura acima.
Logia vem de logos, que quer dizer: discurso, conhecimento, ciência. Deste modo Psicologia é a ciência da alma e da mente. É a ciência que estuda a mente e o comportamento.
A psicologia é tanto um campo de estudos acadêmicos (em Universidades e faculdades) como um campo de aplicação dos conhecimentos: consultórios, hospitais, clínicas de saúde mental, em empresas e organizações.
Deste modo, a psicologia é uma ciência (campo de conhecimentos) e uma profissão, que foi regulamentada no Brasil em 1962.
O objetivo principal dos psicólogos e psicólogas é entender e explicar o pensamento, a emoção e o comportamento das pessoas. Quanto à área de aplicação da psicologia, podemos dizer que qualquer lugar onde se encontre uma pessoa, poderíamos ter um psicólogo atuando – dada a definição anterior. Clínicas, hospitais, escolas, empresas, indústrias, laboratórios são áreas nas quais os psicólogos trabalham. Veja mais abaixo em Psicologia e Profissão.

Breve história da psicologia
Resumo da História da Psicologia com as Principais Abordagens
Em certo sentido, pode-se dizer que a psicologia existiu desde o nascimento da filosofia grega. Obras de Platão e Aristóteles já contém estudos sobre a alma humana. Assim, ao longo da filosofia como um todo, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e moderna, encontramos livros relacionados aos temas da psicologia: estudos sobre os humores, temperamentos, sofrimentos, ética.
Mas existe um autor que é considerado o pai da moderna psicologia: seu nome é Wundt. Ele é considerado o fundador da psicologia enquanto ciência por ter criado o primeiro laboratório de psicologia, em Leipiz, na Alemanha em 1879.
Wundt abriu dois grandes campos de pesquisa para a psicologia: a pesquisa experimental (em laboratório) e a psicologia social ou psicologia dos povos – em alemão Völkerpsychologie.
Abordagens da psicologia
Até os dias atuais, os psicólogos contemporâneos dividem a psicologia em 3 grandes abordagens: a psicanálise, o behaviorismo (comportamentalismo) e humanismo. Falaremos com mais detalhes na Lição 4, sobre a biografia dos mais famosos psicólogos.

3 forças da psicologia

Perspectivas da Psicologia moderna (3 grandes forças)
Existem 3 grandes abordagens dentro da psicologia: a psicanálise, o behaviorismo (comportamentalismo) e o humanismo. Sem elas, não podemos contar a história da psicologia nem explicar “o que é psicologia”. Além destas 3 forças, que serão explicadas abaixo, existem outras abordagens da psicologia como a 
A psicanálise
O pai da psicanálise foi Sigmund Freud, neurólogo austríaco nascido em 1859. A idéia central da psicanálise (análise da psique) é a idéia de inconsciente. Embora seja um conceito complexo, podemos entendê-lo como uma “parte” de nossa mente que o eu, a consciência, não controla.
Com a idéia de inconsciente, Freud explicou os sonhos, sintomas, atos falhos, piadas e doenças psíquicas. De suas amplas pesquisa que procuraram abordar a psique, surgiu o ditado “Freud explica”
Outros teóricos como Alfred Adler, C. J. Jung e Reich discordaram em alguns pontos da teoria de Freud e criaram suas próprias linhas de pesquisa. Mas como todas não abandonam a idéia de inconsciente, podemos dizer que todas surgiram a partir da psicanálise.

O behaviorismo
O termo behaviorismo vem do inglês behavior, comportamento. Em português, podemos dizer tanto behaviorismo como comportamentalismo.
O comportamentalismo define a psicologia como a ciência que estuda o comportamento. Autores como Pavlov, Watson e B. F Skinner deram grandes contribuições para o desenvolvimento desta abordagem da psicologia.
Pavlov estudava o comportamento de salivação de cães. Em seu laboratório de pesquisa, ele criou um experimento que o tornou mundialmente famoso: Toda vez que ele dava comida ao cão ele tocava uma sineta. Depois de certo tempo, apenas tocando a sineta, o cão salivava. Ou seja, ele provou o condicionamento animal, que explica a causa de certas fobias em humanos.
Skinner aprofundou as pesquisas da área, inaugurando o que chamou de behaviorismo radical. Fazendo uso também de experimentos com animais, ele desenvolveu o conceito de condionamento operante.
A grosso modo, podemos resumir este conceito da seguinte forma: o comportamento tem probabilidade de acontecer dada sua relação com os fenômenos anteriores e posteriores.
Em outras palavras: um comportamento vai ser controlado pelo que aconteceu antes e pelo que pode acontecer depois. Por exemplo, posso adorar comer chocolate. Mas se antes de comer chocolate, eu tiver comido muito chocolate, se você me oferecer – mesmo gostando muito de chocolate – provavelmente eu não vou aceitar.
O humanismo
Na década de 1950, houve uma forte reação contra estas duas abordagens da psicologia: a psicanálise e o behaviorismo. Esta reação ficou conhecida como humanismo ou psicologia humanista e tem dois importantes teóricos: Carl Rogers e Abraham Maslow.
Em 1962, Maslow publicou o livro Toward a Psychology of being, em que defendia a existência de uma 3 força dentro da Psicologia: o humanismo.
Um dos conceitos mais conhecidos de Maslow é a de hierarquia de necessidades. Maslow desenhou uma pirâmide, muito utilizada nos estudos de motivação, sobre a ordem de prioridades de satisfação do homem.
Em outras palavras, primeiro buscamos satisfazer a) necessidades fisiológicas – como fome e sono; b) segurança – emprego, família, saúde; c) amizade, relacionamentos amorosos; d) necessidades de estima e; e) realização pessoal.

Psicologia e Profissão

A psicologia possui um vasto campo de atuação. Se você deseja cursar a faculdade de psicologia ou se você deseja simplesmente saber mais sobre as áreas de atuação, esta lição é para você. Veja também sobre 
No curso de psicologia estudamos diversos assuntos, desde matérias iniciais e gerais como História da Filosofia, Anatomia, Sociologia e Antropologia até matérias específicas sobre as 3 forças da psicologia e disciplinas práticas.
Como a psicologia se relaciona com os campos citados acima, especialmente a biologia, filosofia e sociologia, é uma área que exige constante atualização.
Abaixo, descrevo as áreas de atuação do profissional de psicologia. Lembre-se que o  está em constante atualização, por isto cadastre seu email para receber todas as atualizações em primeira mão.
Compreende a maior área de atuação dos profissionais da psicologia e é também a área que as pessoas mais conhecem e associam com os psicólogos. Geralmente, pensa-se na profissão de psicologia: um consultório com divã.
A psicologia clínica vai sofrer influência das 3 grandes forças da psicologia e de outras áreas mais recentes como a Psicologia Transpessoal e PNL (programação neuro-linguística), bem como da medicina (psiquiatria) e de terapias corporais.
Os psicólogos nesta área buscam tratar o sofrimento mental e psíquico dos pacientes, diagnosticando as doenças mentais e realizando uma intervenção de acordo com as necessidades de cada caso.
Psicologia Online
A  tem por objetivo o atendimento a uma queixa específica de forma breve, escolhendo um determinado problema mais urgente, e focando esforços na sua resolução.
É a mais nova forma de atuação da psicologia. A orientação psicológica online é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia. Clique aqui para ler a Resolução CFP N°012/2005
 (Infância e adolescência)
Estudo e pesquisa do desenvolvimento mental e emocional de crianças e adolescentes. Mas não só: são também estudados as mudanças provocadas pela meia idade e pelo advento da terceira idade.
Estudo e intervenção dos indivíduos em contextos grupais. Ou seja, como o indivíduo se relaciona com grupos (família, escola, amigos, multidões).
Nesta área, o psicólogo pode trabalhar em comunidades, grupos de auto-ajuda e no governo.
Foi uma das primeiras áreas de atuação dos psicólogos no início do século XX. Muitos testes de personalidade surgiram através das necessidades das empresas na hora de selecionar e contratar funcionários.
O profissional que trabalha em Organizações e Empresas pode prestar serviços de Recrutamento e Seleção de Pessoal, sendo o único profissional capacitado a aplicar, corrigir e analisar testes psicológicos.
Estuda os padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos, que fazem com que cada pessoa seja única e diferente de todas as demais. Influencia fortemente as práticas da Psicologia Clínica.)
Continue aprendendo mais sobre Psicologia –  Biografia de Psicólogos Famosos




Arquivado em: Psicologia
Por Edvaldo de Oliveira Leme, R.N.C., A.D.O.N./L.T.C.

No ano de 2011, a psicologia como uma disciplina formal completou mais de 100 anos. Ao invés de um ou dois movimentos dominantes, partes de muitos movimentos passados – behaviorismo, teoria psicanalítica, humanismo, e a perspectiva cognitiva – são, hoje, estudados e expandidos por psicólogos. Também, psicólogos tem recentemente tentado entender o fenômeno psicológico no contexto da evolução ou no contexto de diferentes culturas. Dado a história da psicologia, não deveria vir como surpresa, que correntemente, não existe uma abordagem dominante em uso. Psicologia tem sido sempre um assunto que envolve muitas raízes, muitas outras áreas e abordagens, e pelo menos, aparentemente, está destinada a continuar dessa maneira.
Nas páginas que seguem, listei em ordem cronológica, as informações por mim compiladas. Sempre que possível, e disponível na literatura de referencia, eu inseri dias e meses para uma melhor aproximação. Porém, a maioria dos textos que revi sobre a história da psicologia não conta com o benefício de tal precisão, aliás, muitas vezes tive que satisfazer-me com o notório “ c.” , ou utilizar-me apenas da descrição do século em que algo ocorreu. O leitor notará que será difícil saber em qual dia ou mês um dado evento ocorreu, isto se dá pela falta de informações disponíveis.
Fica aqui meu convite aos leitores deste trabalho, a enviar-me suas sugestões, novas inclusões à linha do tempo. Gentilmente peço aos leitores que se utilizem de meu e-mail: lemernc@yahoo.com para estabelecer comunicação comigo, enviar críticas, sugestões e novo material a ser incluído nas próximas edições. Saibam que esta linha do tempo tornou-se uma agradável compulsão que não combaterei com qualquer tipo de terapia, pois, estou de total, apaixonado pela psicologia e sua história.

Com esta historiografia eu tenho a intenção de prover uma boa visão a respeito das importantes publicações e eventos que marcaram a história da psicologia, assim como, outros eventos que aconteceram na história da humanidade que possuem elos, mesmo que remotos, à história da psicologia. Foram incluídas informações nas áreas teologia, filosofia, medicina, fisiologia e tudo aquilo que o autor julgou pertinente para apoiar a construção de uma linha do tempo sobre esta importante disciplina.

Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, em uma incansável busca por dados históricos que pudessem contribuir com o enriquecimento deste trabalho. Quando possível menção da fonte foi adicionada, principalmente aos textos mais extensivos.

Ao trabalhar neste projeto, o autor logo se conscientizou de que, primeiramente, a pesquisa da história da psicologia é apaixonante, e em segundo, porém, não último lugar, ele jamais conseguiria chegar a um produto final, pois, a história não parece possuir um começo, e certamente, não pode possivelmente existir um fim.

Muito como a história da humanidade, esta historiografia continuará a se expandir indefinidamente. O autor continuará a adicionar informações importantes e pertinentes ao entendimento psicologia, e a publicará neste meio de divulgação accessíveis à maioria, pois, o conhecimento é um patrimônio da humanidade.

"Psicologia tem um longo passado, porém, uma curta história"

Esta frase dita por um experimentalista alemão chamado Hermann Ebbinghaus, sugere uma idéia chave a respeito da história da psicologia: embora a psicologia seja relativamente nova como uma disciplina acadêmica, estudiosos tem indagado sobre os questionamentos que psicólogos vem formulando há muitos anos.

De acordo com o historiador de psicologia  Morton Hunt, um experimento  realizado pelo Rei do Egito, aproximadamente 700 anos antes de Jesus Cristo, pode ser considerado como sendo o primeiro experimento em psicologia (Hunt, 1993, p1). O rei quis testar se os egípcios eram em fato o povo mais antigo a habitar a terra. Sua idéia foi, se crianças crescessem em completo isolamento deste o período da infância e não fossem dadas instruções em linguagem de qualquer tipo, então, a linguagem que eles, inevitavelmente, e espontaneamente falariam, seria  a linguagem original da civilização humana, preferivelmente a linguagem egípcia, pois ele julgava a civilização egípcia, como sendo a primeira civilização. O experimento, em si, foi imperfeito, porém, o rei merece algum crédito pela sua idéia de que os pensamentos e linguagem provem da mente e também pelo fato de ele ter tido a ambição de testar tal idéia.

Tipicamente, historiadores apontam para as escrituras dos antigos Filósofos Gregos, como Sócrates, Platão, e Aristóteles como os primeiros trabalhos significantes e que contem conteúdo relacionado com a psicologia. Os filósofos gregos consideravam importantes perguntas como, por exemplo, o que é livre arbítrio, como a mente trabalha, qual é o relacionamento do indivíduo com sua sociedade. Por centenas de anos, filósofos continuaram a ponderar sobre estas perguntas, e eventualmente, sobre a própria psicologia.

A psicologia evoluiu muito desde seus primórdios, e poder correlacionar sua história com outros grandes eventos da humanida, nos propicia a oportunidade de um entendimento mais profundo das influências sofrida pela psicologia que tiveram sua etiologia, muitas vezes, em áreas de conhecimento e eventos aparentemente não realacionados. Assim, aqui fica meu convite para esta facinante viagem pela linha do tempo da psicologia.

Psicanálise                                                                                                                       
Sigmund Freud

O segundo maior movimento na Europa naquela época, foi a teoria psicanalítico. Esta teoria, desenvolvida pelo psicanalista Austríaco Sigmund Freud, revolucionou a psicologia e outros aspectos do pensamento moderno. Muito oposto ao behaviorismo, a psicanálise enfocou nos fatores internos do homem, e propôs uma maneira totalmente diferente de explicá-los. A teoria desenvolvida por Freud era um tanto extensiva e intricada, porém, o ponto principal é que o inconsciente é responsável pela maioria dos pensamentos e comportamentos e distúrbios mentais em todas as pessoas. Esta poderosa força chamada inconsciente, foi a idéia revolucionária – foi o conceito de que grande parte  da atividade dentro da psique humana reside completamente fora do consciente.  Esta idéia de Freud e muitas outras foram extremamente controversas naquela época. As pessoas as consideravam pouco confortáveis, e especialmente os behavioristas consideram as idéias de Freud questionáveis, sendo que eles estavam do lado extremo oposto, estudando apenas aquilo que eles podiam observar – as idéias de Freud abordavam algo que, por definição, não podia  medir, ou não tinha consciência daquilo. Mesmo assim,  a teoria psicanalítica de Freud ganhou grande número de seguidores que seguiam muitas das suas idéias, e até hoje,  muito de sua idéias são acreditadas pelos psicólogos e pela população em geral.

Império Babilônico- Antigo Testamento-Ceteban

                                                                     IMPÉRIO BABILÔNICO
1 –INTRODUÇÃO:
 O presente trabalho trata-se da pesquisa sobre o império Babilônico e a tentativa de traçar as principais informações sobre o surgimento, principais governantes, queda, ascensão  e influencia do império nos dias bíblicos e atuais. Há muito que se falar sobre este império, não tendo o presente trabalho conteúdo suficiente para pormenorizar e esgotar tudo o que se pode saber sobre o referido império. A metodologia utilizada foi a de pesquisa no texto bíblico, livros relacionados com o assunto e conteúdo on line – Internet. As dificuldades encontradas na pesquisa, referem-se á dificuldade de peneirar as diversas informações contraditórias sobre o império Babilônico, tanto em conteúdo editado quanto em conteúdo disponível na internet.                                                Localizado na Mesopotâmia, região situada entre os rios Tigres e Eufrates, de onde se originou seu nome Mesopotâmia significa entre rios, no território do atual Iraque. Nessa região surgiram as primeiras civilizações urbanas. No início do IV milênio a.C, vários grupos populacionais ocupavam a região. Pastores do deserto, pescadores de pântanos e agricultores das planícies mantinham contato com povos de áreas montanhosas distantes em busca de matérias-primas que não existiam no sul da região Iniciou-se, assim, um processo de diferenciação social, onde um grupo conquistou o monopólio sobre a produção da riqueza daquela sociedade.

2-SURGIMENTO
Em 3700 a.C, surge Babilônia, não como império, mas como um pequeno estabelecimento urbano, ao longo das margens ocidentais do rio Eufrates. No terceiro milênio a.C, Babilônia ainda era uma pequena cidade. Sob o comando de Hamurabi, um dos seus reis mais ilustres, Babilônia se tornou uma potencia, mas a unidade política era frágil, com cidades-estados independentes, fazendo com que a cidade fosse invadida por vários povos, sofrendo sucessivas destruições e reconstruções, mas manteve sua supremacia cultural e religiosa, graças ao culto ao deus Marduk, que era o deus protetor da Babilônia.
3 - RELIGIÃO

A religião Babilônica era politeísta, onde cada cidade-estado possuía seu próprio panteão. Havia um complexo sistema religioso traduzido pelas representações coletivas do sagrado formulado pela comunidade babilônica, onde, como em toda mesopotâmia tudo era sagrado.
As divindades babilônicas possuíam além do nome, estado civil, função e estavam sempre ligadas á cidade-estado onde exerciam seu poder e proteção. Todas as divindades eram divididas hierarquicamente, com campos de atuação definidas, privilégios, poderes e saberes estipulados a cada uma delas.

4 - PRINCIPAIS GOVERNANTES
4.1. Hamurabi
Rei do período Babilônio antigo, seu reinado estendeu-se do ano 1.792 a.C até o ano 1.750 a.C Provavelmente o maior rei da mesopotâmia. Quando ele subiu ao trono, Babel era uma cidade próspera bem organizada, porém não podia se comparar às três potências de Assur, Larsa e Echunna.  Sua grande obra prima foi o longo trabalho de unificação nunca antes tentado. Sob seu domínio estavam os sumérios, acadianos, amorritas, cananeus, assírios, além das tribos da montanha e desertos. Os povos acadianos deram a nomenclatura de “Rei das Quatro Partes Mundo”. Em conformidade com o modelo sumério, recusou a distinção de deus, aceitando somente o título de “Sol de Babel”. Unificou os povos sob o seu comando em praticamente todos os aspectos. Nomeou governadores seus em cada província e trabalho de forma a se falar um só idioma entre o povo, que anteriormente falava vários dialetos locais. Toda a propriedade pertencia ao rei que lhe pagava tributo. Designou feudos para a aristocracia que em pagamento lhe fornecia soldados para o exército. Aos soldados, distribuía as terras dos países vencidos, o que lhe garantia fidelidade e honra por parte dos soldados. Cobrava impostos dos templos assim como cobrava de todo o povo. Unificou o povo também no plano religioso. Definiu as divindades não pela força, mas pela organização dos milhares de deuses semitas e sumérios que ocasionalmente se contradiziam entre si, sendo que muitos deles eram os mesmos que apareciam sob nomes e títulos diferentes e diferentes lugares.
Outro fato importante atribuído a Hamurabi foi o compendio de leis e normas de condutas conhecido ocidentalmente como Código de Hamurabi. Com exceção da parte conhecida como lei de talião, a que Moisés mais tarde se referencia quando falar de “olho por olho, dente por dente”, o código de Hamurabi é marcado por certa moralidade, onde os fracos recebem freqüentemente indulgencias.
Hamurabi deixou o reino em perfeita ordem com finanças prósperas e contínua expansão, fazendo de Babel a capital cultural de toda a Ásia menor.

3.2. Nabonidas
Chegou ao poder em 556 a.C., e por uma razão desconhecida deixa a Babilônica e passa a viver por dez anos na península Arábica, deixando em seu lugar o príncipe herdeiro Bel-Shar-Usur. Esta atitude deixa o clero babilônico de Marduk escandalizado, pois sem a presença de um rei seria impossível a celebração da festa de ano novo, onde era assegurado as bênçãos divinas para o país.  Amante da arqueologia escavou em Harram, Larsa,Ur e Sippar a procura de indícios dos antiqüíssimos templos sumérios e acadianos. Ao encontrá-los fazia copias e datava os mesmos de forma especulativa, sem nenhuma comprovação científica. 
Adorava o deus Sin, deus de Harram, o que trazia grande irritação ao clero de Marduk rebelando-se abertamente contra ele. Essa rebelião fez com que ele partisse para um oásis na Arábia e por vários anos dedicou-se a organizar as terras onde permaneceu, dentre elas, Jatrib, atual Medina.
Em 547 a.C, quando o rei Persa Ciro II toma posse do reino da Lídia, tendo controle total de todo o oeste de Anatólia, Nabônidas retorna a Babilônia para organizar a defesa da cidade. Mesmo tomando essa providência, as tropas persas conseguem penetrar em Babilônia em 539 a.C. Este evento é conhecido não só através da história geral, como através da narrativa bíblica, quando no livro do profeta Daniel, capítulo cinco, encontramos a história do rei Belsazar (Bel-Shar-Usur), promovendo uma festa com os vasos sagrados tomados do templo em Jerusalém, por Nabucodonosor II, tendo sido o rei Belsazar morto naquela mesma noite. A rapidez com a qual desaparece então o Império Babilônio mostra, sobretudo, que Nabônidas não tinha conseguido unir todos os seus súditos em torno de sua concepção do Império.

3.3. Nabopolassar  
Nabopolassar talvez fosse um general enviado a Babel para substituir outro general e chegando a Babel, se auto-proclamou rei. Teria sido dessa forma que um caldeu, mas precisamente um arameu e não um assírio teria chegado ao trono.
De 625 a.C. a 623 a.C., eclodiu uma guerra entre a Assíria e a Babilônia onde Nabopolassar ao fim venceu o inimigo em Nippur, forçando-o a desocupar para sempre aquela parte do mundo.  Neste momento Nabopolassar, faz uma aliança com Ciaxares, que ocupara o Elam para destruir a Assíria. Em 615 a.C. Ciaxares ataca Arrapkha destruindo-a totalmente. No ano seguinte, Assur é totalmente destruída. Em 613 a.C, o exército assírio consegue, pela última vez, derrotar os babilônios sobre o Eufrates. Em 612 a.C Khalcu e Nínive são aniquiladas para sempre num apocalíptico banho de sangue e o rei Sinchar-ichucun perde a vida entre as ruínas do seu palácio em chamas. Estes fatos podem ser encontrados em dois textos bíblicos:

3.4. Nabucodonozor I
Não deve ser confundido com o outro, conhecido de todos, que é o segundo. Este grande personagem (1128-1106 a.e.c.) empunha as armas por volta de 1115 a.C, partindo para a rebelião.  Deu uma falsa liberdade as cidades de Namri que se achava sob o domínio de Elam.
Expandiu seu domínio até Asíria, repelindo seus inimigos, incluindo os egípcios. Após a morte de Nabucodonozor, seguiu-se um período de desordens. O jovem príncipe obedeceu de bom grado à ordem paterna conquistando Carchemich, onde esperou que o exército de Necau desencadeasse o contra-ataque. Em 605 a.C., foi obrigado a interromper a perseguição aos inimigos por causa da noticia da morte de seu pai. Por conta disso, confiou assim a missão a seus generais, retornando a Babel, onde assumiu as insígnias reais e logo voltou a tomar posse, como rei, daquela parte do mundo que lhe competia. O seu reinado inicia-se assim sob os auspícios de uma fulgurante vitória. Seguiram-se muitas outras ao longo de todos os quarenta anos de governo. Este período de tempo transformará Nabucodonosor, depois de Sargão, Naram-Sin e Hammurabi, no maior rei da Babilônia.

5. ASCENSÃO
Somente no século VII a.C., a queda dos assirios em 612 a.c., mediante as investidas dos caldeus e medos possibilitou o reavivamento do Império Babilônico. Durante o governo de do Caldeu Nabucodonosor, a civilização babilônica viveu um período marcado por grandes conquistas militares e a execução de diversas obras públicas. Foi nessa época que os famosos Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos, que figuram entre uma das principais construções arquitetônicas do Mundo Antigo.
Além disso, foi no governo de Nabucodonosor que os hebreus  foram escravizados pelos babilônios. Esse episódio é marcado dentro da história judaica como o período do Cativeiro da Babilônia. Após a morte de Nabucodonosor, os persas  realizaram a invasão da Babilônia.
Os caldeus, povos de origem semita, derrotaram os  e fizeram da Babilônia novamente a capital da Mesopotâmia.
Babilônia com a queda de Nínive tornou-se poderosa, virando a metrópole do oriente, com o progresso econômico foram erguidos templos, palácios, muralhas e os famosos jardins suspensos.
No centro da cidade foi erguida uma grande torre do templo, chamada “Zigurat”, que servia de posto de observação dos astros, pelos sacerdotes caldeus.
Assim nasceu o Império Neobabilônico, mais grandioso que o de Hamurábi, e mais de mil anos depois. Durante o reinado de Nabucodonosor (604 a.C. – 561  a.C.), o Segundo Império Babilônico viveu o seu apogeu. Foi a época das grandes construções públicas, como os templos para vários deuses, especialmente o de Marduk, as grandes muralhas da cidade e os palácios, a exemplo dos "Jardins Suspensos da Babilônia”, considerados pelos  gregos como uma das maiores “maravilhas do mundo”.
Nabucodonosor também expandiu seu império, dominando boa parte da (Esdras, 20-1), que foram transferidos como escravos para a capital (“Cativeiro da Babilônia”).
6– QUEDA

         Uma sucessiva mudança de personagens no trono do império babilônico nos levará até Belsazar que está intimamente ligado a história bíblica.  Neto de Nabucodonosor, Belsazar vem em seu reinado o cumprimento da profecia de Jeremias que enfatizava seu fim, após um longo período de conquistas.
"Assim me disse o SENHOR: '… E, agora, eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, … E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.'" (Jeremias 27:6-7) .
Belsazar fez um grande banquete, e convidou homens importantes de todo o seu reino, açompanhado de suas mulheres e concubinas.  Cercada por um muro de 100 metros de altura, a cidade encontrava-se cercada pelos inimigos. Havia na mente de Belsazar uma falsa ilusão de que a cidade era inexpugnável, e o banquete foi dado em honra aos seus deuses, que, pensava ele, o estavam protegendo.
Depois de provar o vinho, Belsazar mandou que se buscassem os utensílios de ouro que haviam sido trazidos do templo em Jerusalém por Nabucodonosor    (2 Crônicas 36:18).  E todos beberam vinho neles e deram louvores aos seus deuses que eram imagens de ouro, prata, cobre, ferro, madeira e pedra.
Neste momento de afronta ao Deus de Israel, eis que surge na parede uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real; e o rei via a parte da mão que estava escrevendo. O rei então grita para fosse levado à sua presença os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; quando chegaram, ele prometeu que quem lesse o que estava escrito e declarasse a sua interpretação seria premiado com roupa de púrpura, uma cadeia de ouro ao pescoço, e seria, no reino, o terceiro dominador (viria depois do seu pai e ele próprio). Mas ninguém entre eles foi capaz de ler, nem interpretar o que estava escrito.
Daniel, o profeta cativo de Israel, foi chamado na esperança ele ainda pudesse resolver o mistério. Antes de interpretar a escrita, Daniel lembra a Belsazar que  Deus, o altíssimo havia permitido a Nabucodonosor todo o seu reino, o poder e a glória que possuía. Por ter se ensoberbecido, fora derribado do seu trono real, perdera a sua glória e fora afastado para viver como animal e por último só voltara à posição anterior quando reconheceu que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre os reinos dos homens e a quem quer constitui sobre eles.
Daniel repreendeu Belsazar por ter trazido os utensílios do templo para usá-los, com todos os seus convidados, para beber vinho e honrar os seus ídolos, não glorificando a Deus em cuja mão estava a sua vida e todos os seus caminhos, sabendo já de tudo o que havia acontecido com Nabucodonosor.
A interpretação da escrita na parede dizia que Deus havia contado o reino de Belsazar e terminado com ele. Belsazar havia sido pesado e achado em falta e por último, seu reino seria dividido entre os medos e os persas.
Na mesma hora em que estava sendo realizado o banquete, o exército de Ciro, o persa, que a rodeava, estava avançando por debaixo dos muros da Babilônia, tendo desviado as águas do canal que passava para dentro da cidade. Assim terminava o grande império babilônico.

Referências
Pequena enciclopédia Bíblica, O.S.Boyer Editora Vida
http://povosdaantiguidade.blogspot.com.br/
http://pensandosobre.webnode.com.br/
www.abiblia.org › Perguntas e respostas