quarta-feira, 18 de junho de 2014

A multiplicação do azeite

1. O milagre da multiplicação do azeite da viúva


INTRODUÇÃO: uma viúva de um discípulo de Eliseu estava em apuros financeiros, e os credores estavam batendo em sua porta constantemente, e ela não tinha com o que pagar as suas dívidas, e a ameaça de seus credores era de levarem os dois filhos dela como escravos para que a dívida fosse paga. Agora:
O que podemos aprender com esta história?
1-QUE TE HEI DE FAZER?
Elizeu ao ser chamado pela viúva faz esta pergunta a ela. Essa pergunta Deus faz a nós, hoje, Ele quer que venhamos expressar o que se passa no nosso coração, o que desejamos, o que necessitamos, pois devido a liberdade que o livre arbítrio nos dá, decidimos o que queremos para nossas vidas.
Essa mulher tinha a necessidade de sanar as suas dívidas. Temos que expressar para Deus a verdadeira necessidade que temos.
“Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.” Mc10.51.
2-DIZE-ME QUE É O QUE TENS EM CASAPossuímos dons, talentos, e Deus quer nos capacitar e aprimorar mais, o Senhor quer nos usar, quer fazer de nós vasos de benção nas mãos Dele. Esta mulher tinha uma botija de azeite. Devemos valorizar o que temos, e fazer das oportunidades a alavanca para o sucesso. Sempre teremos algo para fazer, algo para oferecer, um escape, uma saída, por mais difícil que possa parecer.
3-NÃO TEM NADA EM CASA
Qual tem sido a nossa resposta a Deus. Temos valorizado tudo o que Ele tem nos dado? Devemos deixar o pessimismo, a incredulidade, o negativismo. Sempre existe um escape, um livramento, uma alternativa para sairmos de uma situação difícil. Esta mulher tinha uma botija de azeite. Deus sabe o que precisamos em nossas vidas, conhece a verdadeira necessidade que temos, e nós mesmos, muitas vezes estamos perturbados e não sabemos direito o que precisamos realmente.
4-PEDE EMPRESTADAS VASILHAS VAZIASDevemos nos ajudar uns aos outros, emprestar e não ter orgulho de pedir: seja um conselho, uma ajuda, uma oração, o ombro amigo para chorar. O orgulho de nos acharmos superiores, ou melhores, ou querer manter uma máscara demonstrando que esta tudo bem, que não nos falta nada, quando que na verdade estamos feridos por dentro, magoados, chateados, precisando de uma cura, de uma libertação, de uma transformação, de um milagre. Devemos expressar a nossa necessidade. Esta mulher teve que pedir a ajuda de seus vizinhos, teve que bater nas portas das casas para pegar vasilhas obedecendo a instrução do profeta.
5-FECHA A PORTA SOBRE TI
Há momentos que temos que nos resguardar, nos calar, nos aquietar, e aguardar o milagre, a transformação. Há tempo para nos expressar, mas também há tempo para nos calar, para ficarmos quietos, somente orando, meditando, buscando a Deus em secreto. Quando o milagre estava acontecendo, foi sem exibicionismo, foi com a porta fechada da sua casa.
6-E ELA AS ENCHIA
Precisamos agir com fé, pois a fé sem obras, sem atitudes, sem ação, é morta. A mulher pegou as vasilhas e começou a enchê-las a partir da botija de azeite que ela tinha em sua casa. Ela foi que encheu as vasilhas e não o profeta. Este somente deu a orientação. Da mesma forma, Deus nos orienta, conforme as nossas forças e os nossos recursos, a agirmos e buscarmos a solução para os nossos problemas. Mas nós que temos que correr atrás, que buscar, que agir.
7-CHEGA-ME AQUI MAIS UMA VASILHA
Os filhos da viúva já haviam percorrido todas as casas próximas e pegado todas as vasilhas que haviam para levar para a sua mãe encher de azeite. Elas estavam todas cheias de azeite, e ainda não havia acabado o azeite da botija que eles tinham em sua casa.
8-VIVEI DO RESTO
Com as vasilhas que foram cheias de azeite dava para pagar a dívida com o credor e ainda sobraria recursos para que ela e seus dois filhos pudessem viver bem. Jesus pagou a dívida que tínhamos para com Deus por causa do pecado, e esta é a melhor e maior benção que poderíamos receber em nossas vidas. Mas Deus tem muito mais a nos dar.
CONCLUSÃO: as soluções para os problemas e as dificuldades que temos em nossas vidas estão sempre ao nosso lado. Temos talentos, dons, habilidades, e Deus vai usar o que temos para que nos tornemos vitoriosos, bem sucedidos, felizes e realizados.

2. ELISEU: sucessor de Elias; profeta do norte (Israel); pré-anunciou o castigo (assírios – 722 a.C)

3. FATO narrado

4. O AZEITE NA BÍBLIA

Iluminar; alimentar; ungir (reis, profetas, sacerdotes – símbolo de autoridade, força e honrra); símbolo do Espírito (Is 61:1-3)

5. Linha interpretativa

I – CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE

1. PERFIL DA MULHER

a)Sem nome (v. 1), viúva (v. 1), pobre, falida, coagida a oferecer os filhos como pagamento de dívidas, sem perspectiva, PORÉM, CLAMOU...

b) Uma mulher que foi influenciada pelo marido que tiver aliança com Deus (v. 1)

2. O azeite do espírito é para os insatisfeitos; a igreja tem sido marcada pela incredulidade, carnalidade, acomodação, indiferença, desapego à Palavra, insensibilidade – mas vive como se tudo fosse bem, não tem consciência de que precisa urgentemente do azeite do Espírito...

II – CONSCIÊNCIA DA POSSIBILIDADE

1. POSSIBILIDADE POR CAUSA DO QUE SE TEM

a) A pergunta de Eliseu demonstra que ela seria abençoada a partir do que  tinha em casa (v. 2)

b) Todo crente só pode ficar cheio do Espírito porque já tem o Espírito

· Mt 25 – virgens néscias não tinham o Espírito pois não conheciam o Senhor

· I Co 12:13 – “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”

· Rom 8:9 – “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”

2. POSSIBILIDADE POR CAUSA DA PALAVRA

a) Elizeu dá à viúva uma promessa de provisão (v. 3-4)

b) Jesus nos deu uma palavra de promessa sobre o Espírito Santo

* Jo 7:37b-39 “se alguém tem sede, venha a mim e beba; quem crer em mim,

crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva; isto ele disse com respeito ao Espírito.....”

· Jô 14:16-18 “eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, afim de que esteja para sempre convosco; o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós; não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”

· Lc 11:13 “se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos quanto mais o Pai Celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem?”

3. A.: “recebestes o Espírito Santo pelas obras da lei ou pela pregação da Fé...”? O Espírito Santo não é uma exclusividade pentecostal, não é privilégio de um seleto grupo de crentes, Ele se derrama sobre qualquer botija, independente do rótulo....

III – DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER

1. UMA OBEDIÊNCIA SEM QUESTIONAMENTO (v. 3-5)

“Será que os vizinhos têm vasilha? Se têm, vão emprestar? Para que tanta vasilha? Para que envolver os filhos? Para que fechar a porta?

2. A OBEDIÊNCIA É O PRÉ-REQUISITO DA UNÇÃO

a) Lc 24:49 “eis que eu envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”

b) At 5:32 “...o Espírito Santo que Deus outorgou aos que lhe obedecem”

3. O ESPÍRITO SANTO SE DERRAMA SOBRE QUEM ESTÁ DISPOSTO A CUMPRIR SUA AGENDA

a) Filipe troca o avivamento samaritano pelo caminho solitário de Jerusalém para Gaza... disse o Espírito a Filipe: aproxima-te desse carro e acompanha-o... (At 8:29)

b) Paulo e Barnabé – trocam o conforto e a estabilidade da equipe pastoral da Igreja P. de Antioquia, para serem missionários...”disse o Espírito Santo – separai-me agora, Paulo e Barnabé para a obra que os tenho chamado” (At 13:2)

c) Paulo e Silas – foram impedidos, pelo Espírito, de pregar na Bitínia; depois receberam a visão de pregar na Macedônia.... e obedeceram (At 16:6-10)

d) Paulo – recebe do Espírito a tarefa de seguir para Jerusalém com uma grande certeza – “o Espírito Santo me assegura que de cidade em cidade me esperam cadeias e tribulações...” (At 20:23)

e) Rom 8:13 - “se viverdes segundo a carne, caminhais para morte; mas, se pelo Espíríto, mortificardes os feitos do corpo, certamente, viverei”

f) Gl 5:16 – “andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne”

4. A.: unção não para emoção.., ostentação, divisão. Unção é para levar nosso pensamento cativo ao Senhor..... e equipar para a missão...

CONCLUSÃO

1.O Espírito só pode encher VASILHAS VAZIAS 9v. 2)

7 Passos para alcançar sua Vitória

7 passos para alcançar sua vitória

Texto: 2 Reis 4.1-7
INTRODUÇÃO:
Muitas pessoas buscam em Deus solução para seus problemas, já ouvimos dizer o grande ditado: "Não diga para Deus o tamanho do seu problema, mas diga para o problema o tamanho do seu Deus". Porém, de uma forma ou de outra, nos deparamos com problemas em nossa caminhada, e ao elevar nossos olhos diante destes "montes", buscamos corretamente o socorro apenas no Senhor. Apesar de sabermos que Deus pode resolver qualquer problema, muitas vezes ficamos esperando no Senhor, mas ignorantes da atitude que devemos tomar junto a Deus para que a solução venha mais rápido sobre nossa vida.
Veremos nesta mensagem, como proceder para alcançar de forma eficiente a vitória em nossas vidas.

1- IDENTIFIQUE O PROBLEMA: verso 1

Você poderia dizer: "O problema é financeiro", porém identificar é algo um pouco mais profundo. Entenda porque você está sem dinheiro; qual foi o erro que você cometeu, ou a situação que enfrentou para passar por esta situação. "Renove-o entendimento, para experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Rm 12.2.

O problema da viúva era: Apesar de crentes, eles tinham dívidas e compromissos financeiros, mas com a morte de seu marido, a única forma de pagar era com a vida de seus dois filhos. Obs: Deus visita a maldade dos pais nos filhos. Muitas vezes nossos filhos pagam pelo erro que
cometemos. Ela sabia muito bem o problema que estava enfrentando, e sabia também o que haveria de enfrentar pela frente, porém mesmo assim confiou no Senhor.
2- SEJA SINCERO COM DEUS E CONSIGO MESMO: verso 2

Eliseu não tinha imediatamente a solução para o problema da viúva, e ele respondeu a ela com uma pergunta: "Que te hei de fazer?". Em outras palavras Eliseu estava dizendo: "Meu Deus, o que eu vou fazer agora?". Com uma oração sincera, como que falando sozinho, Eliseu apresenta a situação a Deus, pois ao ver o problema da viúva, não visualizou uma solução imediata para a mesma. É uma atitude sábia agir com sinceridade diante de Deus. Não é errado ter dúvida, não é errado ter este tipo de insegurança, desde que nos apeguemos ao Senhor buscando resposta e segurança no mesmo.
3- OFEREÇA PARA DEUS O QUE VOCÊ TEM EM MÃOS: verso 2b

A viúva não tinha muito nas mãos. Apenas uma botija com azeite. Diante da pergunta do profeta, ela poderia responder: "Não tenho nada, senhor". Talvez ela pudesse pensar: "Ah, não vou dizer que tenho só o azeite, pois não valerá de nada" Seria um lamentável engano; devemos valorizar o que Deus tem nos dado, por menor que pareça para nós. Com pequenas coisas em mãos, os servos de Deus fizeram maravilhas tremendas:

I Samuel 17:40
 - Davi ao enfrentar Golias, tinha na mão, uma funda e algumas pedras, com elas, venceu o gigante Golias, que durante muitos dias, afrontava o povo de Deus.

Juízes 7:16 - Gideão tinha uma trombeta e foi ela, que usou para conclamar o exército de Israel, para a batalha.

Juízes 15:15 - Sansão tinha um osso e com ele feriu mais de mil filisteus.

Neemias 2:1-2 - Neemias tinha um copo e com ele, aproximou se do rei e conseguiu permissão para reconstruir Jerusalém.

II Reis 2:08 - Elias tinha um manto e com ele abriu caminho no rio Jordão.

Atos 4:36 - Barnabé tinha um terreno, que vendeu para ajudar aos pobres.

Atos 9:36 - Dorcas tinha uma agulha, que usou para fazer roupas, para os necessitados.

João 6:9 - Um rapaz, tinha cinco pães e dois peixinhos, que serviu para alimentar uma multidão.

E você amado, O que têm nas mãos?
4- APRENDA A RECEBER AJUDA DOS OUTROS: verso 3
ILUSTRAÇÃO HELICÓPTERO: "Houve uma grande enchente na cidade, e todas as casas foram encobertas pela água. Um crente subiu no alto de uma torre e orou a Deus pedindo salvação, temendo a morte. Veio um espírita em um barco e ofereceu ajuda, mas ele disse: Deus me ajudará! Depois veio um ateu, em uma lancha, mas ele rejeitou a ajuda, esperando em Deus. Por final veio um muçulmano em um helicóptero mas ele negou ajuda. Por fim o crente morreu afogado. Ao chegar no céu ele perguntou a Deus: Senhor, fui fiel a ti, onde estava a ajuda??? Deus disse: Homem, eu mandei até helicóptero para te ajudar e você desprezou!"

Devemos aprender a entender os sinais de Deus, e saber que ele usa tudo e todos, para nos ajudar a sair de uma provação. Muitas vezes, um colega de trabalho ou até um estranho na rua nos dá a resposta que esperamos de Deus, e desprezamos.
ILUSTRAÇÃO; DA SENHORA COM FOME"Uma senhora cristã estava pas sando necessidades e todos os dias orava bem alto, em sua casa, para que Deus mandasse alimento. Uns jovens brincalhões compraram alimentos para aquela anciã e ao entregar disseram: Foi o diabo que mandou para a senhora! Ela disse: Glórias a Deus, pois Deus usa até o diabo, para servir ao crente fiel!"
5- NÃO PERCA SUA INTIMIDADE: verso 4

Não é porque os vizinhos ajudaram a viúva, que eles poderiam se meter na vida pessoal dela.
É natural durante um problema, acabarmos expondo nossa necessidade para todos ao nosso redor; não diga seu problema para aqueles que não podem te ajudar. Não é uma atitude sábia, chegar na igreja com a aparência de sofredor, de coitadinho. Crente que se faz de vítima no meio dos irmãos, impede a bênção de Deus sobre sua vida. Durante o momento da multiplicação, a viúva estava sozinha, trancada em seu quarto. Observe que nem o profeta ficou com ela naquele momento.

Outra coisa que aprendemos é que ela não dependeu do profeta para multiplicar o azeite. Deus usou suas próprias mãos, que maravilha!
6- ESTEJA PRONTO PARA RECEBER MAIS DE DEUS: verso 6

A viúva queria continuar enchendo as vasilhas, porém não havia mais vasilha para encher. Tem crente que se contenta com pouco. "Eu só queria um fusquinha mesmo, para me locomover..."Para alcançar as preciosas vitórias de Deus, que é dono do ouro e da prata, é necessário ter fé; ter um espírito empreendedor e conquistador, sempre pronto a novos desafios.
7- ENTENDA PORQUE DEUS TE ABENÇOOU: verso 7

Deus não cura uma doença só por curar... pois afinal, mais cedo ou mais tarde a morte virá mesmo. Deus não faz um milagre só por fazer. A fidelidade a Deus também consiste em voltar a Deus com a bênção, e perguntar: Que queres que eu faça agora que adquiri minha vitória. Abraão recebeu Isaque, mas Deus o pediu em sacrifício. Abraão foi provado; será que você vai passar pela prova da fidelidade a Deus, após alcançar sua vitória?
CONCLUSÃO:
Certamente Deus tem uma vitória garantida para a vida de todo crente fiel que espera Nele. Esteja orando ao Senhor, pedindo que as janelas se abram sobre sua vida, e receba a providência de Deus. Mas, que este estudo seja uma clara orientação de como proceder, quando finalmente Deus vier com a providência sobre sua vida

A SOCIOLOGIA

SOCIOLOGIA:

A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários
Ciência que estuda o comportamento da sociedade em geral e busca uma perfeita organização na vida social. Nestes artigos relacionamos o que ela representa, o que busca compreender e a base de seu surgimento; como também a lista de alguns sociólogos e um pouco de suas respectivas teorias, e como a sociologia influência outras ciências explicando procedimentos observados na sociedade, fazendo parte de estudos de ciências como: filosofia, antropologia, economia e psicologia. 
O que é Sociologia? 
No contexto atual de importantes e aceleradas transformações que atravessam as sociedades, a sociologia, na qualidade de disciplina científica,estuda sistematicamente as relações sociais que se desenvolvem entre os indivíduos, os grupos e as instituições sociais. Elaboram-se modos de conhecimento sobre as sociedades contemporâneas, analisando-se, em especial, os múltiplos processos de relacionamento humano, as formas de organização social e as dinâmicas da mudança social.
Face à complexidade da própria realidade social, a sociologia especializa-se em diferentes domínios como, por exemplo, o político, o território e o ambiente, a educação, a família e a saúde, o trabalho e as organizações, a comunicação e a cultura, o desenvolvimento, a saúde e as religiões. Equacionam-se sociologicamente questões como o Estado e políticas sociais, o desenvolvimento econômico e social, a governabilidade, participação política e cidadania, os movimentos e lutas sociais, o ambiente, emprego e qualificações profissionais, as desigualdades sociais, a ciência e educação, a incerteza e risco sociais, a população, urbanização e movimentos migratórios, a etnicidade, o gênero, sexualidade e afeitos, o consumo nas modernas economias, as práticas culturais, os novos modelos familiares, as identidades sociais, as novas pandemias ou ainda os fenômenos ligados à exclusão social.
A Sociologia pertence a um grupo do que se convencionou chamar por Ciências Sociais. Ao lado de Ciências como a Economia, Antropologia, Ciência Política, História, dentre outras, procura pesquisar e estudar o comportamento social humano em suas mais variadas formas de organização e conflito, que genericamente, poderíamos dizer que seja esse o seu objeto de foco. Não há uma divisão exata entre o objeto destas Ciências, os complexos fenômenos da vida em grupo, em sociedade; freqüentemente utiliza-se de conceitos que perpassam por todas elas. No entanto, cada uma possui métodos e busca objetos específicos.
Há milhares de anos procura-se compreender a vida em grupo. Várias foram as maneiras inventadas pela raça humana. Desde a fantasia e a imaginação, fruto de uma postura mítica, passando pela Filosofia e pela dogmática religiosa. Não é raro encontrarmos, ainda hoje, presente em determinados grupos sociais, heranças destas posturas milenares que visavam mais propor ou impor normas para uma sociedade ideal, do que a pesquisa e o estudo propriamente ditos.
Depois de tantas tentativas de compreender a realidade surge, no século 19, a Sociologia. Credita-se a Augusto Comte (1798-1857) a invenção e o uso pela primeira vez da palavra, em seu curso de Filosofia Positiva, em 1839. No entanto, foi com Émile Durkheim (1858-1917) que a sociologia ganha o “status” de Ciência, academicamente reconhecida.
Hoje, poderíamos dizer que existem duas grandes escolas do pensamento sociológico: O Estrutural-Funcionalismo e a do Conflito.
Desta forma, hoje, o grande desafio da Sociologia, além da objetividade científica em seus estudos, é o de contribuir para reinventarmos a civilização,pois esta, desigual e injusta que está posta, é insustentável.
Introdução
Nos meios de comunicação temos colhido informações que nos falam de crianças carentes passando fome e frio, de famílias sem-teto, de desempregados, de má distribuição da renda, etc., deixando-nos aturdidos com tanta “Injustiça Social”.

Na verdade, Injustiça Social nada mais é do que o fato de existir na sociedade situações que favoreçam apenas uma porcentagem (geralmente menor) da população enquanto outra parte fica sem acesso aos meios, essenciais ou não, para o homem.

Ao fazermos a pesquisa, vimos o quanto é abrangente o assunto que nos ficou encarregado. Por isso, no decorrer do trabalho, citaremos alguns dos pontos que faz parte da Injustiça Social.
 
Fome


Entre as calamidades que, periodicamente, assolam a Terra, destaca-se a fome como remanescente do primarismo evolutivo na área social em que se encontra a criatura humana.

Em uma sociedade civilizada, na qual alguém morre pela fome, o respeito à vida e à dignidade humana desapareceram por completo.

A fome sempre desempenhou papel principal na cultura dos povos, tornando-se célebres por sua hediondez os períodos em que se manifestou no Egito e na Idade Média, várias vezes durante as guerras, particularmente a dos Cem Anos, e que se vem repetindo nos países pobres da África, da Ásia e das Américas, nos tempos modernos.

Numa sociedade justa não poderia manifestar-se com a rudeza destruidora o fantasma da fome, porque o mínimo direito que tem o cidadão é o de alimentar-se.

Mais cruel ainda se apresenta o fenômeno da fome, quando se a pode prever, e, naturalmente evitar, ou, pelo menos, tomarem-se medidas que lhe diminuam a gravidade, atenuando as conseqüências terríveis do rastro de destruição que deixa.

Não apenas é hedionda a morte pela fome, como também são os efeitos lamentáveis dela decorrentes, quais a carência de nutrição do organismo, expressando-se através de problema mental, emocional e orgânico.

O indivíduo com fome torna-se violento e agride, qual ocorre com o animal que sai, esfaimado, à caça, sendo pior naquele que vê a família em estertor agônico, entre a alucinação e o crime, por absoluta falta de pão.

São diversos os fatores que respondem pela fome no mundo, entre os quais: a superfície arável do planeta, que é insuficiente para atender as necessidades humanas; o poder aquisitivo diminuto ou quase nulo do povo; o aumento demográfico sempre surpreendente; o pequeno rendimento de produção por hectare; a dificuldade de transporte para os alimentos; as variações climáticas; os hábitos irregulares e de má formação para a alimentação; e, sobretudo, a avareza humana, o desinteresse dos governos quando insensíveis e gananciosos.

Demonstração de impiedade incomum é a presença da fome na Terra, porquanto o excesso que é desperdiçado daria para minimizar o fantasma do desespero de milhões de criaturas relegadas ao abandono e à morte.

As providências de emergência são úteis, sem dúvida, tendo, porém, um caráter mais de libertação de consciência de culpa, do que mesmo de socorro às multidões desorientadas, cujas fácies desfiguradas assustam os que dormem dementados pelo poder e dissociados da responsabilidade de cumprir com os deveres para com aqueles que os elegeram para as altas funções administrativas, nesse momento temendo que os famintos os derrubem da posição que desfrutam...

Com exceção dos ditadores, que sempre governaram com a criminosa adaga da discriminação, reservando celeiros abastecidos para os soldados que os preservam no comando, tornando-se execráveis, os Chefes de Estados Democráticos têm o dever de evitar a fome ou de recorrer a métodos e técnicas que lhe diminuam os efeitos danosos.

Uma sociedade justa é aquela que vela pelos seus membros mais necessitados, contribuindo com os recursos para elevar os seus cidadãos, oferecendo-lhes as condições a que fazem jus, desde a conquista dos direitos humanos após a Revolução Francesa de 1789, quando a hediondez e a perversidade governamental cederam lugar à liberdade, à fraternidade e à igualdade.

Permanecem, no entanto, ainda hoje, várias condições equivalentes àquelas que os filósofos da Revolução tentaram reverter, e para cujo desiderato alguns deles deram o sangue e a vida, sonhando com o dia em que todos os seres humanos pudessem usufruir, pelo menos, alimentos, habitação, educação, trabalho, saúde, recreação, que ainda lhes são negados.

Em uma sociedade livre e competitiva, não se deve apenas dar alimentos durante as situações calamitosas, mas sim, criar condições para que eles existam e sejam conquistados dignamente, ao invés de oferecidos como esmolas ou ações caridosas, em cujas oportunidades as mesmas se transformam em bandeiras políticas ou estribilhos de exaltação religiosa, exibindo os miseráveis à compaixão social, quando todos merecem, em vez disso, respeito e oportunidade.

A indústria da fome, por outro lado, tem sido mantida para auxiliar indivíduos ignóbeis, que dela se utilizam para ilusórias promessas eleitoreiras periódicas, quando se afirma que será prontamente eliminada.

Conseguidos os fins almejados, porém, a máquina do desinteresse pelo povo continua mantendo-a, a fim de estar ultrajante e mais grave em próxima oportunidade.

Paradoxalmente, os arsenais bélicos dos países desenvolvidos acumulam armas de alto poder destrutivo, que consomem bilhões de dólares anualmente, objetivando a destruição e a morte, quando esse dinheiro poderia ser utilizado para a preservação e o enobrecimento de milhões de vidas, eliminando a fome e as doenças que as espreitam.

Por outro lado, armazéns e silos espalhados pelo mundo inteiro estão abarrotados de grãos, aguardando a aceleração e alta de preços, muitos deles produzindo elevadas despesas, enquanto parte das suas reservas apodrecem ou são devoradas pelas pragas, estimulando as multidões esfaimadas a apelarem para o saque, para a desordem, para a violência alucinada. Em algumas circunstâncias e lugares, são estimuladas por outros interesses, igualmente sórdidos, face à ultrajante medida dos governantes que não tomam providências preventivas nem organizam frentes de trabalho, com a abertura de poços e açudes para reverter a situação na primeira oportunidade, pagando condignamente o esforço rude dos trabalhadores com salários justos e através desses alimentos esquecidos.

Desigualdade no Mercado de Trabalho 

Os dados sobre a desigualdade no mercado de trabalho brasileiro confirmam a persistência de velha chaga social. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado na terça-feira, negros e pardos têm menos oportunidades que os brancos.

Os dados sobre a desigualdade no mercado de trabalho brasileiro confirmam a persistência de velha chaga social. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado na terça-feira, negros e pardos têm menos oportunidades que os brancos. As atividades por eles exercidas exigem menor qualificação. Em conseqüência, os salários são mais baixos. Os números mostram retrato de corpo inteiro da enorme injustiça existente no país. Os negros e pardos somam quase metade da população. Nada menos que 46%. Mas o rendimento médio dos que encontram Sudeste. Na região mais desenvolvida do Brasil, os brancos receberam a média mensal de 4,5 salários mínimos em 2001; os negros, 2,3; os pardos, 2,2.

A pesquisa apresenta dado capaz de explicar a disparidade da remuneração. O grupo étnico menos privilegiado encontra ocupação na agricultura, construção civil e prestação de serviços, sobretudo domésticos. São atividades que requerem limitada escolaridade e pouca qualificação.

Forma-se um círculo vicioso. Os não-brancos ganham menos porque trabalham em atividades que remuneram mal. Eles trabalham em atividades que remuneram mal porque lhes faltam condições de disputar empregos que pagam salários mais altos. Sem renda suficiente, ficam impossibilitados de buscar melhor qualificação e, com isso, ascender socialmente. O desnível decorre muito mais da pobreza que da cor.Eis, aí, sem dúvida, o nó que precisa ser desatado para diminuir a injustiça reinante na sociedade brasileira há 500 anos. Políticas compensatórias são bem-vindas no curto prazo. Elas mantêm as crianças nas salas de aula e evitam a entrada precoce de jovens no mercado de trabalho. Mas não constituem a resposta definitiva para o problema. Impõe-se oferecer as condições que permitam à população negra e parda disputar com a branca melhores postos no mercado de trabalho.

O desafio passa necessariamente pela excelência da escola pública. Só com acesso ao ensino de alto nível, à tecnologia de ponta, à leitura diversificada, é possível tornar democrática a disputa pelos bons empregos. Em suma: fortalecendo o elo fraco da corrente, abre-se a possibilidade de diminuir o fosso que separa pobres e ricos.

A Questão da Reforma Agrária: Um velho desafio brasileiro 

A má distribuição de terra no Brasil tem razões históricas, e a luta pela reforma agrária envolve aspectos econômicos, políticos e sociais. A questão fundiária atinge os interesses de um quarto da população brasileira que tira seu sustento do campo, entre grandes e pequenos agricultores, pecuaristas, trabalhadores rurais e os sem-terra. Montar uma nova estrutura fundiária que seja socialmente justa e economicamente viável é dos maiores desafios do Brasil. Na opinião de alguns estudiosos, a questão agrária está para a República assim como a escravidão estava para a Monarquia. De certa forma, o país se libertou quando tornou livre os escravos. Quando não precisar mais discutir a propriedade da terra, terá alcançado nova libertação.

Com seu privilégio territorial, o Brasil jamais deveria ter o campo conflagrado. Existem mais de 371 milhões de hectares prontos para a agricultura no país, uma área enorme, que equivale aos territórios de Argentina, França, Alemanha e Uruguai somados. Mas só uma porção relativamente pequena dessa terra tem algum tipo de plantação. Cerca da metade destina-se à criação de gado. O que sobra é o que os especialistas chamam de terra ociosa. Nela não se produz 1 litro de leite, uma saca de soja, 1 quilo de batata ou um cacho de uva. Por trás de tanta terra à toa esconde-se outro problema agrário brasileiro. Até a década passada, quase metade da terra cultivável ainda estava nas mãos de 1% dos fazendeiros, enquanto uma parcela ínfima, menos de 3%, pertencia a 3,1 milhões de produtores rurais.

"O problema agrário no país está na concentração de terra, uma das mais altas do mundo, e no latifúndio que nada produz", afirma o professor José Vicente Tavares dos Santos, pró-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em comparação com os vizinhos latino-americanos, o Brasil é um campeão em concentração de terra. Não sai da liderança nem se comparado com países onde a questão é explosiva, como Índia ou Paquistão. Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem os conflitos, que nos últimos vinte anos fizeram centenas de mortos.

O problema agrário brasileiro começou em 1850, quando acabou o tráfico de escravos e o Império, sob pressão dos fazendeiros, resolveu mudar o regime de propriedade. Até então, ocupava-se a terra e pedia-se ao imperador um título de posse. Dali em diante, com a ameaça de os escravos virarem proprietários rurais, deixando de se constituir num quintal de mão-de-obra quase gratuita, o regime passou a ser o da compra, e não mais de posse."Enquanto o trabalho era escravo, a terra era livre. Quando o trabalho ficou livre, a terra virou escrava", diz o professor José de Souza Martins, da Universidade de São Paulo. Na época, os Estados Unidos também discutiam a propriedade da terra. Só que fizeram exatamente o inverso. Em vez de impedir o acesso à terra, abriram o oeste do país para quem quisesse ocupá-lo - só ficavam excluídos os senhores de escravos do sul. Assim, criou-se uma potência agrícola, um mercado consumidor e uma cultura mais democrática, pois fundada numa sociedade de milhões de proprietários.

Ainda que os pequenos proprietários não conseguissem produzir para o mercado, mas apenas o suficiente para seu sustento, já seria uma saída pelo menos para a miséria urbana. "Até ser um Jeca Tatu é melhor do que viver na favela", diz o professor Martins. Além disso, os assentamentos podem ser uma solução para a tremenda migração que existe no país. Qualquer fluxo migratório tem, por trás, um problema agrário. Há os mais evidentes, como os gaúchos que foram para Rondônia na década de 70 ou os nordestinos que buscam emprego em São Paulo. Há os mais invisíveis, como no interior paulista, na região de Ribeirão Preto, a chamada Califórnia brasileira, onde 50.000 bóias-frias trabalham no corte de cana das usinas de álcool e açúcar durante nove meses. Nos outros três meses, voltam para a sua região de origem - a maioria vem do paupérrimo Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais.

A política de assentamento não é uma alternativa barata. O governo gasta até 30.000 reais com cada família que ganha um pedaço de terra. A criação de um emprego no comércio custa 40.000 reais. Na indústria, 80.000. Só que esses gastos são da iniciativa privada, enquanto, no campo, teriam de vir do governo. É investimento estatal puro, mesmo que o retorno, no caso, seja alto. De cada 30.000 reais investidos, estima-se que 23.000 voltem a seus cofres após alguns anos, na forma de impostos e mesmo de pagamentos de empréstimos adiantados. Para promover a reforma agrária em larga escala, é preciso dinheiro que não acaba mais. Seria errado, contudo, em nome da impossibilidade de fazer o máximo, recusar-se a fazer até o mínimo. O preço dessa recusa está aí, à vista de todos: a urbanização selvagem, a criminalidade em alta, a degradação das grandes cidades.

Conclusão

Todos nós sabemos que a justiça é feita pelos homens e por isso mesmo, ela ainda está repleta de interesses parciais e de visões do que se entende hoje por certo ou errado. Digo hoje porque se compararmos nossas leis com as da Idade Média, concluiremos serem essas últimas, bárbaras e monstruosas, mas naquela época eram consideradas justas e naturais. Por mais que tentássemos deixá-las isentas das nossas paixões, nossas Leis ainda estariam imperfeitas porque o homem não pode compreender toda a Justiça e ainda assim teríamos os excluídos, os que ela não conseguiria acabar, os “injustiçados”.

Ao contrário da Lei humana, existe a deixada por Jesus, que se encaixa em qualquer condição do entendimento humano, em qualquer tempo ou lugar, pois fundamenta-se na consciência de cada pessoa, naquilo que cada um que de melhor, “desejar aos outros o que nós desejaríamos para nós mesmos”. Nesta acepção de Justiça, some o caráter coletivo e prevalece o caráter individual, pois ficamos cada um de nós responsáveis por aplicá-la no nosso cotidiano. Ainda não a conseguimos porque somos seres extremamente egoístas, pensando somente em nós, desejando o melhor para nós e os outros que cuidem de si mesmos, relembrando o jargão popular do “cada um por si”.

Se verificarmos que a responsabilidade é individual e que o conjunto dos pequenos é que faz o grande, reconheceremos que não existe “Injustiça Social”, mas sim o nosso “Imenso Egoísmo”.
 

Jovens e Instituições Sociais

Dirigido pela professora Efigênia, que trabalha no ramo da Sociologia, este trabalho tem como objetivo assimilar os conteúdos trabalhados em sala de aula com a vida cotidiana de nós, jovens.
O tema proposto

Elaborar um álbum relacionando a juventude com as Instituições Sociais, explicando sobre as perspectivas e polêmicas referentes a cada uma delas”. Para a execução de tal, lançamos mão de um material que veio a aparecer em um ótimo momento.
As informações aqui contidas são inteiramente baseadas em nossas fontes de pesquisa, bem como no aproveitamento das aulas teóricas. Coube a nós pesquisar, ler e repassar o que foi lido a este material.
Esperamos que seja prazeroso o desfrute deste, por vocês, caros leitores, a quem dedicamos com muito carinho esta nossa obra.

Família
Atualmente, o jovem vem se destacando nas relações familiares. Os filhos promovem revoluções dentro de casa e, mesmo menores de idade, têm voz ativa onde vivem. Tudo isso porque a atual juventude é mais bem informada do que as gerações passadas, graças à liberalização educacional. Assim, os jovens estão promovendo mudanças comportamentais positivas para a família e para a sociedade.
Geralmente, quando um membro jovem da família começa a colocar suas idéias em prática dentro de casa, cria-se uma resistência por parte dos pais, que gradativamente vai diminuindo, até cederem aos argumentos dos filhos.
Igreja
“Os jovens estão fazendo a trilha inversa à de seus pais: retomaram o gosto por ir à igreja e hoje fazem dela um ponto de encontro”; assim começa a reportagem que fala sobre os jovens em relação à igreja. A mudança na forma de como são feitos os cultos religiosos, como, por exemplo, os estilos musicais aderidos à música religiosa, conquistaram a juventude, que se faz mais presente nos cultos. Há também uma boa porcentagem de jovens que acreditam em um Deus, apesar de não terem uma religião.
Em relação a essas mudanças havia uma forte resistência por parte da Igreja Católica, que é uma instituição altamente conservadora, mas que já foi bem diluída e hoje há uma aceitação maior das mudanças - que foram para melhor.
Estado
Diante de um país cheio de injustiça, pobreza e outros adjetivos mais, e vendo também que nada está sendo feito para mudar este quadro, realmente, como afirma o artigo, dá vontade de ter vivido nos tempos da ditadura militar. Não pelos movimentos estudantis em si, mas sim pela disposição que se dispunham os jovens daquela época para mudar o país – o que hoje está em falta. Os jovens devem cumprir suas lições de casa (deveres) e também se organizar, como ocorreu naquela época, para exigir os direitos de todo cidadão.
Mas para isso é preciso que nós, jovens, mudemos nossos hábitos e mentalidades. Ler mais faz parte dessa mudança. Somos um povo que não tem o hábito de ler (brasileiros lêem, em média, dois livros por ano, enquanto na França, lê-se, em média, nove). O jovem tem em mente que de tudo o que tinha de se fazer pelo país já foi feito por seus pais, o que não é verdade. Nossos pais fizeram a parte deles, lutando pelas eleições diretas. Cabe agora a nós, lutar pela democracia ao pé da letra, acabar com as diferenças em nosso país para que em um futuro - não muito próximo, infelizmente - nossos descendentes possam viver em um mundo mais justo, digno, amigável.
Escola
O jovem dedica boa parte de sua atenção para esta Instituição Social, pois são necessárias cada vez mais informações para se ter melhores chances no mercado de trabalho e é papel da escola orientar os jovens na busca dessas informações.
Há muita polêmica entre os jovens sobre a escolha do curso e, conseqüentemente, da carreira a qual seguir. Isso se deve ao crescente número de cursos novos, oferecidos pelas universidades. O tema é geralmente abordado tardiamente nas escolas de Ensino Fundamental (somente no terceiro ano do segundo grau) e, para piorar a indecisão do jovem, os pais não sabem como agir: uns pressionam; outros argumentar que não querem interferir na decisão do filho. Aí, eles deixam de orientar o jovem.
Ler e obter informações são o melhor método para abrir o caminho do jovem até a universidade. Outra coisa que ajuda também é visitar universidades, saber o perfil dos cursos de mais interesse, assistir alguma aula e conversar com profissionais da área.
Trabalho
Em um país onde o desemprego ainda é grande, muitos jovens sonham com uma boa carreira profissional e buscam caminhos para chegar até lá. Apesar de haver aqueles que trabalham pela necessidade, existem também jovens que começam a trabalhar desde cedo visando suas independências. Não são poucos os casos de adolescentes que já começaram com seu próprio negócio, como mostra a reportagem. Muitos deles desenvolveram-se bem nas simulações empresariais que as escolas especializadas no ramo propõem (Junior Achievement) e já engrenaram seu próprio negócio.
Pena ser para poucos este tipo de oportunidades (e também sorte). Geralmente, quem consegue engrenar-se, cedo, com seu próprio negócio são os jovens de classe média-alta, em que os pais têm condições de mantê-los em escolas do ramo e bancar o capital inicial para a produção.
Lazer
Entre a maior parte dos jovens o meio de lazer predileto são as lan houses, casas de jogos de computadores conectados em rede. São poucos aqueles que nunca foram pelo menos uma vez em uma dessas casas. Os mais assíduos comparecem, em média, três vezes por semana e passam duas horas e meia em frente ao computador. As atrações são muitas, desde jogos, acesso à internet, blogs, comunicadores instantâneos, até lanchonetes dentro desses estabelecimentos. A intenção é fazer com que a pessoa fique o máximo de tempo lá.
Pesquisas mostram que os videogames podem ter efeitos benéficos aos jovens, como desenvolvimento da coordenação visual e motora, além do espírito de equipe e promoção de interação social. Porém, muito tempo em frente ao computador pode causar problemas de saúde. Também existem alguns jogos não recomendados para todas as faixas etárias por serem muito violentos. Especialistas recomendam que os pais visitem essas casas onde seus filhos costumam freqüentar para controlar o tipo de jogo que eles jogam e até mesmo o tempo que eles podem passar se divertindo em frente ao computador.

Conclusão
A posição do jovem dentro da sociedade brasileira não é das piores – com suas exceções, é claro. O passar dos anos tem mostrado uma grande conscientização, em relação às instituições mais próximas ao jovem, tais como família, escola e trabalho. Porém, nossa fonte de pesquisa mostrou um descaso com aquela instituição que tem a função de promover o bem de todos: o Estado. A falta de mobilização social contra os governos tem feito com que a política em nosso país não evolua.
Questões de fé e religião são essenciais na vida dos jovens, o que talvez seja uma grande surpresa, ou uma prova de que poder escolher é o melhor caminho. Digo isto comparando a instituição Igreja atual com épocas remotas e antigas. A Igreja Católica praticava uma “ditadura religiosa”, totalitária, que punia aqueles que burlassem seus dogmas. Já não tão remotamente assim, aqui nos anos 60, onde surgiram os movimentos hipes, a religião passou a ser deixada de lado por nossos avôs e até pais. Esta época serviu para que todas as Instituições Religiosas evoluíssem em prol da conquista do público jovem, que hoje fazem dos cultos seus pontos de encontros.
A tecnologia tem estado ao lado dos jovens em todo momento, inclusive no lazer. Comunicação instantânea, interação social. As máquinas têm seus poderes benéficos na vida do adolescente.
Valorização do estudo, a preocupação com a carreira, prática do bem. Quem sabe esta é a fórmula para se mudar um país e poder, um dia, descansar ao lado de quem a gente gosta.
Referências Bibliográficas 

Revista Veja edição especial – Jovem, nº32. Editora Abril. Junho de 2004.
Apostila escolar: Agrupamentos sociais, Instituições sociais e Cultura.
Autoria: Hugo L. Campos Ferreira
COLETIVIDADE:
A fé em deus é comum a vários indivíduos, a maior parte da população mundial crê em deus da forma como a bíblia retrata a ele e a seus feitos.
Esse fato se não o mais comum entre todos os indivíduos do mundo, com certeza é um dos mais comuns.
A fé em deus está espalhada por todo o planeta, em todos os continentes, em todos os lugares há pessoas que acreditam em deus.
A grande maioria compartilha de costumes comuns, como comemorar feriados sacros, não cometer atos que são proibidos por deus, participar de missas, rezar, ler a bíblia, etc.
EXTERIORIDADE:
A fé em deus é exterior, pois todos têm a mesma forma de ver deus, alguns podem ter formas especiais de ver deus, mas ele sempre é bom, justo, sempre ajuda a quem dele necessita.
Esse modo de ver deus já está formado muito antes do indivíduo nascer, ele apenas é influenciado pela sociedade, que já crê no deus bondoso e justo.
COERÇÃO:
Há uma grande coerção na questão fé em deus, pois desde que o indivíduo nasce sua família já o impõe deus, há uma pressão muito grande para que ele siga aquele caminho, o indivíduo não pode ter sua escolha individual, pois já lhe foi imposto a fé em deus.
A coerção geralmente é imposta através do medo, as famílias impõem a fé em deus ao indivíduo e a si própria pelo medo de serem renegados no reino dos céus e terem de passar o resto da eternidade sofrendo no inferno.
Quando alguém resolve desviar-se deste caminho de fé e seguir o caminho da razão, ou outro caminho qualquer, ele sofre sanções sociais, ele é discriminado, passa a ser visto como uma ameaça à moral e aos bons costumes, passa a ser visto como se tivesse cometido um crime brutal.
Autoria: Fernando Delabio
TESES DE PIERRE BOURDIEU
I – INTRODUÇÃO
Pierre Bourdieu, Sociólogo francês nascido no ano de 1930, na vila de Denguin, Distrito de Pyrénees, falecido em janeiro de 2002, em Paris, catedrático de sociologia no Colège de France, exerceu grande influência no ramo da sociologia em todo o mundo. Conhecido pelo seu rigor intelectual, destacou em seus estudos as relações sociais e as diversas formas de dominação existente nelas.
II – DESENVOLVIMENTO
Segundo Pierre Bourdieu, os atores sociais interagem por meio de jogos, sem normas explícitas, nos quais as pessoas fazem suas escolhas de vida influenciadas pelo seu habitus, ou seja, no caminho percorrido para o alcance de seus objetivos o indivíduo é dominado pela situação econômica, política, cultural e social onde atua. Nem sempre a escolha é a mais adequada do ponto de vista individual, porém, se analisada no âmbito do seguimento social de onde se origina, essa lhe trará maior proveito dentro do grupo. 
Sob a égide dessas idéias, Bourdieu, apresenta uma de suas teses qual seja, a do poder simbólico, uma vez que, aparentemente o ator social pode escolher livremente a ação a ser tomada, porém, ele tende a optar por aquilo que será mais apreciado do ponto de vista do contexto onde se situa o processo de sua existência.      
Ainda, acerca da formação da identidade individual, o sociólogo demonstra que origina do habitus os elementos para a formação do capital cultural, capital social, capital econômico e que, também, daí se surgem as desigualdades para o desenvolvimento do indivíduo, uma vez que as oportunidades oferecidas nesses campos não são igualitárias, obrigando os atores sociais a utilizarem diferentes estratégias na condução de seu “jogo”. 
Para Bourdieu, o sistema educacional contribui para a existência das desigualdades quando, no processo de seleção escolar, marginaliza aqueles pertencentes as classes populares e, ainda, reforça as desigualdades entre os gêneros quando conduz as ações e os comportamentos mais adequados ao ser feminino e o ser masculino.           
Pierre Bourdieu trata especificamente da dominação do masculino sobre o feminino em sua obra “A dominação Masculina” (1998), onde demonstra que o fato está presente no processo evolutivo histórico do ser humano. Para o autor, a dominação do homem sobre a mulher é exercida por meio de uma violência simbólica, compartilhada inconscientemente entre dominador e dominado, determinado pelos esquemas práticos do habitus, conforme explicitado no trecho transcrito a seguir:
[...] O efeito da dominação simbólica (seja ela de etnia, de gênero, de cultura, de língua etc) se exerce não na lógica pura das consciências cognoscentes, mas através dos esquemas de percepção, de avaliação e de ação que são constitutivos dos ‘habitus’ e que fundamentam, aquém das decisões da consciência e dos controles da vontade, uma relação de conhecimento profundamente obscura a ela mesma. Assim a lógica paradoxal da dominação masculina e da submissão feminina, que se pode dizer ser, ao mesmo tempo e sem contradição, espontânea e extorquida, só pode ser compreendida se nos mantivermos atentos aos efeitos duradouros que a ordem social exerce sobre as mulheres (e os homens), ou seja, às disposições espontaneamente harmonizadas com esta ordem que as impõem.  [...] (Bourdieu, 2002, p. 49/50).
Ainda no contexto da obra “A dominação Masculina” Bourdieu, discorre sobre a utilização das trocas simbólicas nas relações:
[...] É na lógica da economia das trocas simbólicas – e, mais, precisamente, na construção social das relações de parentesco e do casamento, em que se determina às mulheres seu estatuto social de objetos de troca, definidos segundo os interesses masculinos, e destinados assim a contribuir para a reprodução do capital simbólico dos homens -, que reside a explicação do primado concedido à masculinidade nas taxinomias culturais. O tabu do incesto, em que Lévi-Strauss vê o ato fundador da sociedade, na medida em que implica o imperativo de troca compreendido como igual comunicação entre os homens, é correlativo da instituição da violência pela qual as mulheres são negadas como sujeitos da troca e da aliança que se instauram através delas, mas reduzindo-as à condição de objetos, ou melhor, de instrumentos simbólicos da política masculina: destinadas a circular como signos fiduciários e a instituir assim relações entre os homens, elas ficam reduzidas à condição de instrumentos de produção ou de reprodução do capital simbólico e social. [...]
Pierre Bourdieu descreve a violência simbólica como um ato sutil, que oculta relações de poder que alcançam não apenas as relações entre os gêneros, mas, toda a estrutura social.          
Nesse aspecto o autor desenvolveu, em seus mais recentes trabalhos, análise sobre os meios de comunicação, especialmente da televisão, falando sobre a mercantilização generalizada da cultura e demonstrando sua responsabilidade na perpetuação da ordem simbólica, comprovando que aqueles que dela participam são tão manipulados quanto manipuladores. Mostra também que a televisão exerce uma das formas mais nocivas de violência simbólica, pois, conta com a cumplicidade silenciosa dos que a recebem e dos que a praticam.
 Em entrevista publicada na Folha de São de Paulo de 07 de fevereiro de 1999, Pierre Bourdieu discorre acerca das idéias lançadas em sua obra “Sobre a Televisão” (1997):
[...] A análise critica do papel da televisão é um elemento capital da luta contra a imposição da visão dominante do mundo social e do seu devir. O mais importante consiste na influência que a televisão exerce sobre a totalidade do jornalismo e através dele, sobre o conjunto da produção cultural. A lógica do comércio, simbolizada pelos índices de audiência, do sucesso comercial, da venda e do marketing, como meio específico para atingir esses fins puramente temporais, impôs-se em primeiro lugar ao campo filosófico, com os “novos filósofos”, e ao campo literário com os grandes best sellers internacionais e o que Pascale Casanova chamou de world fiction, ou seja, em especial os romances acadêmicos à David Lodge ou Umberto Eco; mas ela atingiu também o campo jurídico; com os processos sensacionalistas arbitrados pela mídia, e no próprio campo científico, com a intrusão da notoriedade jornalística na avaliação dos cientistas e das suas obras. [...]
III – CONCLUSÃO
As teses desenvolvidas por Pierre Bourdieu, remetem à reflexão sobre a ordem constituída e aceita por todos como legítima e conclama os grupos sociais à mobilização no sentido de buscarem o reconhecimento dos mecanismos que levam a aceitação do domínio do outro sobre o outro e, promover a ruptura do círculo vicioso que perpetuam a aceitação das diferenças como algo natural, sejam elas, sociais, econômicas, políticas ou de gêneros.
BIBLIOGRAFIA
BOURDIEU, Pierre. A dominação Masculina. Trad. Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro 2º ed. Bertrand Brasil. 2002. 
REVISTA FAMECOS. Porto Alegre. n. 10, jan/jun. 1999. Semestral.
A jornalista Cláudia R. do Carmo, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, comenta  a crítica do autor sobre o domínio da televisão:
[...] A crítica elementar feita à televisão, segundo Bourdieu (1197), tende a ocultar os mecanismos anônimos, invisíveis, através dos quais se exercem censuras de toda ordem, o que faz, da televisão, um formidável instrumento de manutenção da ordem simbólica. Quanto mais se avança na análise deste meio, melhor é possível compreender, na opinião do autor, que aqueles que dela participam são tão manipulados quanto manipuladores. Manipulam tanto melhor, quanto mais manipulados são eles próprios e mais inconscientes de sê-lo. O autor propõe para a análise da televisão, que se desmonte uma série de mecanismos que permitem que ela exerça uma forma particularmente perniciosa  de violência simbólica, ou seja a violência que se exerce com a cumplicidade tácita dos que a sofrem e também dos que a exercem.[...]
 Autoria: Marli Rodovalho
AGREGADOS: Constituem uma reunião de pessoas frouxamente aglomeradas que, apesar da proximidade física, tem um mínimo de comunicação e de relações sociais. Apresentam as seguintes características: anonimato, não-organizada, limitado contato social, insignificante modificação no comportamento dos componentes, são territoriais e temporários. Os principais agregados são:
Manifestações publicas: (agregados de pessoas reunidas deliberadamente com determinado objetivo);
Agregados residenciais: (apesar dos seus componentes estarem próximos, mantêm-se relativamente estranhos; não há, entre eles, contato e interação e também não possuem organização);
Agregados funcionais: (constituem uma zona territorial onde os indivíduos tem funções especificas);
Multidões: (agregados pacíficos ou tumultuosos de pessoas ocupando determinado espaço físico).
A sociedade, como toda a realidade, é necessariamente dinâmica, está sempre em processo. Indivíduos, grupos, categorias, agregados, subculturas, estratos sociais agem e reagem continuamente uns sobre os outros. Em outras palavras, estão sempre em interação. Por isto, a análise científica da sociedade requer não apenas a classificação das suas partes – posições, papéis, grupos, agregados, categorias, camadas, subculturas -, a fim de que seja possível a compreensão do funcionamento do todo, mas, também, a classificação dos seus processos.
Processo social é qualquer ação entre dois ou mais agente sociais – indivíduos, grupos, agregados etc. -, contribuindo para aproximá-los ou afastá-los uns dos outros. Por esta razão, os processos sociais são classificados em coesivos ou positivos, os que contribuem para aproximar os agentes sociais, de um lado, e, de outro, disjuntivos ou negativos, os que contribuem para afastar os agentes sociais.
O processo social mais importante é a interação. Todos os processos sociais são diferentes tipos de interação. Por isto, a interação é o processo social geral. A interação é o processo de influência recíproca ou unilateral entre dois ou mais agentes sociais. A influência entre os agentes sociais é recíproca quando os agentes estão fisicamente próximos entre si, em contato direto, ou quando há, de qualquer modo, a possibilidade de reação por parte de todos os agentes envolvidos no processo: quando converso com uma pessoa, seja em contato face a face, seja por telefone, ou mesmo quando me comunico com alguém através de carta, por exemplo. A influência é unilateral quando algum dos agentes em interação está presente no processo apenas de forma indireta e, desse modo, pode influenciar, mas não pode ser influenciado pelo outro. Quando, por exemplo, leio algum livro, sou influenciado, mas, em geral, não influencio o seu autor, seja porque eu não tenha como entrar em contato com ele seja porque ele esteja morto. O mesmo tende a acontecer quando vejo um filme ou assisto televisão. A unilateralidade predominante na interação feita com a intermediação dos modernos meios de comunicação de massa – cinema, rádio, televisão, jornal – é um eficientíssimo e, por isto mesmo, perigoso instrumento de dominação e manipulação das massas, através da transmissão de crenças e valores, bem como, em conseqüência, da formação de opiniões e atitudes”.
“Interação social é a ação social, mutuamente orientada, de dois ou mais indivíduos em contato. Distingue-se da mera interestimulação em virtude de envolver significados e expectativas em relação às ações de outras pessoas. Podemos dizer que a interação é a reciprocidade de ações sociais”.
“Nas sociedades estratificadas, a interação das camadas sociais entre si tende a ser só aparentemente solidária. Em tais sociedades, as relações entre as camadas sociais são antes um processo caracterizado pela desigualdade de poder, assim como pela diferença de interesses. Desse modo, dominação, de um lado, e submissão, de outro, são características preponderantes no processo de interação das classes umas com as outras, e o pacto social tende a resultar de arranjos temporários dos interesses e do poder relativo de barganha das diversas classes”.
Contato social, aspecto primário e fundamental, do qual dependem os outros processos ou relações sociais.
Comunicação, forma importante de interação, fundamental para o ser social e para a cultura.
Cooperação, requisito indispensável para a manutenção e continuidade dos grupos e sociedades.
Competição e conflito, fatores dissociativos, que alteram as relações entre indivíduos e grupos, no seio da sociedade ou entre sociedades.
Adaptação, acomodação e assimilação, fatores associativos que sucessivamente propiciam um certo grau de adesão e conformidade às normas estabelecidas; a diminuição do conflito e o estabelecimento de um modus vivendi; a integração sócio-cultural entre indivíduos e grupos, no âmbito de uma sociedade”.
O símbolo está presente em todos os momentos de nossa vida, pois ele não se limita à palavra. A palavra é o símbolo por excelência mas não é a sua única expressão. A linguagem verbal, no entanto, é o mais importante instrumento de socialização. O símbolo verbal permite ao homem conduzir suas ações segundo situações, objetos e pessoas fisicamente distantes, assim como de acordo com acontecimentos passados ou hipoteticamente futuros; permite a transmissão de conhecimentos, técnicas e idéias em geral; permite, enfim, a elaboração de um universo de idéias paralelo e tão real quanto o ambiente e as pessoas. Por isto é tão rica de possibilidades a comunicação entre os homens. É, portanto, compreensível que o símbolo, sobretudo o verbal, seja tão importante para o processo de socialização e, em conseqüência, para a continuidade dos sistemas sociais.
Embora a socialização seja mais intensa durante a infância e a adolescência, é, no entanto, um processo permanente, porque, mudando de grupo e de posição social, os indivíduos têm de se adaptar a novas situações sociais e essa adaptação é feita através da aprendizagem de novos modos padronizados de agir e mesmo de pensar. Ademais, todas as sociedades estão sempre se transformando, mudando os padrões de organização. As sociedades simples, como as sociedades indígenas, se transformam mais lentamente; as sociedades complexas, como as sociedades do tipo urbano-industrial, se transformam com mais rapidez. De qualquer modo, qualquer que seja o tipo de sociedade, ela está sempre em mudança. Isto requer do indivíduo, para que ele possa se adaptar às transformações do seu ambiente social, a assimilação dos novos padrões de comportamento desenvolvidos na sociedade.
É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também para continuidade dos sistemas sociais”.
“Ao nos referirmos às relações sociais, devemos compreendê-las em seus aspectos dinâmicos. Os indivíduos, através das relações sociais, podem aproximar-se ou afastar-se, dando origem a formas de associação ou dissociação. A este aspecto dinâmico damos o nome de processo social”.
No processo social, podemos ver um aspecto primário, fundamental, que é o contato social. Essa denominação de primário ou fundamental deriva do fato de que dependerão do contato todos os outros processos ou relações sociais. Podemos dizer que o contato é a fase inicial da interestimulação, e que as modificações resultantes são denominadas de interação. É importante fazer uma distinção, no que se refere aos contatos, entre os meios físicos e o significado, isto é, a transmissão de idéias, valores e atitudes. Os meios físicos são apenas os instrumentos: o aperto de mão, o sinal de cabeça, o assobio, o piscar de olhos (meios físicos, porque fundamentados em percepções sensitivas, através dos sentidos da visão, olfato, audição e tato) significam algo, pois são atribuídos significados específicos, convencionais, a esses elementos. Verificamos que o importante no contato social não é apenas o estímulo-reação, mas a interpretação, o aspecto social do contato que está baseado na comunicação de significados”.
Podem ser apontadas como causas do isolamento, enquanto processo social consistente na falta de contato ou de comunicação entre grupos ou indivíduos: a) fatores segregadores de caráter geofísico (montanhas, vales, florestas, pântanos, rios, oceanos), quando os meios de comunicação e os transportes de que dispõe a comunidade são rudimentares; b) prisões solitárias, no sistema penitenciário; c) voluntariedade no isolamento como no caso dos eremitas; d) diferenças biológicas tais como raça, sexo, idade; e) defeitos físicos podem provocar o isolamento funcional; f) diferenças culturais podem resultar no isolamento psíquico como o que ocorre entre o cientista e o analfabeto; g) fatores culturais como a língua, costumes provocam o isolamento habitudinal.
Como conseqüências do isolamento há: se o indivíduo é isolado nos primeiros anos de vida, anteriormente ao processo de socialização, ou seja, a criança afastada inteiramente do convívio de outros seres humanos, tornar-se-á o chamado homo ferus, como o caso das “meninas-lobo”; se o isolamento não é total, decorre a mentalidade retardada; se o indivíduo for isolado depois de socializado, ocorre a diminuição das funções mentais, podendo chegar à loucura, sendo constatadas em prisioneiros e também entre eremitas; já quanto ao grupo o isolamento praticamente nada altera, em relação aos seus costumes, posto que deveras cristalizados ao longo do processo histórico compartilhado.


Grupos Sociais

A própria natureza humana exige que os homens se agrupem. A vida em sociedade é condição necessária à sobrevivência da espécie humana.
Desde o início, os homens têm vivido juntos, formando agrupamentos, como as famílias, por exemplo. Para o sociólogo Karl Mannheim, os contatos e os processos sociais que aproximam ou afastam os indivíduos provocam o surgimento de formas diversas de agrupamentos sociais, de acordo com o estágio de integração social. Tais formas são os grupos sociais e os agregados sociais.
Vamos analisar inicialmente os grupos sociais: aqueles que, devido aos contatos sociais mais duradouros, resultam em formas mais estáveis de integração social. Nos grupos sociais há normas, hábitos e costumes próprios, divisão de funções e posições sociais definidas. Como exemplos temos: a família, a escola, a Igreja, o clube, o Estado etc.
Grupo social é a reunião de duas ou mais pessoas, associadas pela interação, e, por isso, capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum. 
O indivíduo, ao longo de sua vida, participa de vários grupos sociais.
Os principais são:
• Grupo familial - família;
• Grupo vicinal - vizinhança;
• Grupo educativo - escola;
• Grupo religioso - Igreja;
• Grupo de lazer - clube, associação;
• Grupo profissional - empresa;
• Grupo político - Estado, partidos políticos.
As principais características de um grupo social são:
 Pluralidade de indivíduos - há sempre mais de um indivíduo no grupo;
 Interação social - no grupo, os indivíduos comunicam-se uns com os outros;
 Organização - todo grupo, para funcionar bem precisa de uma certa ordem interna;
 Objetividade e exterioridade - os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir;
 Conteúdo intencional ou objetivo comum - os membros de um grupo unem-se em torno de certos princípios ou valores, para atingir um objetivo de todo o grupo; a importância dos valores pode ser percebida pelo fato de que o grupo geralmente se divide quando ocorre um conflito de valores; um partido político, por exemplo, pode dividir-se quando uma parte de seus membros passa a discordar de seus princípios básicos;
 Consciência grupal ou sentimento de "nós" - são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhar uma série de idéias, de pensamentos, de modos de agir; um exemplo disso é o torcedor que, quando fala da vitória de seu time, diz: "Nós ganhamos";

 Continuidade - as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais organizados; para isso, é necessário que elas tenham uma certa duração; como exemplo, temos a família, a escola, a Igreja etc.; há; porém, grupos de duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, como, por exemplo, o mutirão.
Tomando por base a classificação dos contatos em primários e secundários, os grupos sociais podem ser classificados em:
 Grupos primários - são aqueles em que predominam os contatos primários, isto é, os contatos mais pessoais, diretos, como a família, os vizinhos, o grupo de brinquedos etc.;
 Grupos secundários - são os grupos sociais mais complexos, como as igrejas e o Estado, em que predominam os contatos secundários; os contatos sociais, neste caso, realizam-se de maneira pessoal e direta mas sem intimidade -, ou de maneira indireta, através de cartas, telegramas,telefone,etc.;
 Grupos intermediários - são aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais (primários e secundários).Um exemplo deste tipo de grupo é a escola.

BIBLIOGRAFIA

CIES – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E ESTUDOS DE SOCIOLOGIA
Departamento de Direito
Disciplina: Sociologia Geral e Jurídica