Estudos sistemáticos
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
DISCIPULADO
DISCIPULADO SEM FRONTEIRAS
Orientando Vidas em Amor
APOSTILA 4 – PRINCÍPIOS CRISTÃOS
AULA 16 – PRINCÍPIO BÍBLICO DA ADORAÇÃO & LOUVOR (PARTE 1)
NOTA: NESTE ESTUDO, IREMOS ADOTAR UMA POSTURA CRÍTICA, DE MODO A SERMOS
IMPARCIAIS COM OS ASSUNTOS ADORAÇÃO E LOUVOR, QUANTO ÀS DIFERENÇAS
DENOMINACIONAIS,PRIMEIRAMENTE DEMONSTRANDO,DEPOIS,DIFERENCIANDO OS TERMOS.
Solicitamos aos amados irmãos, que adotem a mesma postura, se despindo de qualquer
preconceito ou idéia formada, adotando uma atitude dos cristãos de Beréia que analisavam tudo à luz da
Bíblia, para depois chegarmos a uma conclusão bíblica, sadia e verdadeira. (At.17:11).
Nesta Parte 1, abordaremos inicialmente a questão da realidade da adoração e louvor em
muitas igrejas-empresas atuais, envolvendo a questão da adoração e louvor.
Iremos aprofundar o assunto nas próximas aulas deste estudo; esperamos que sigam a seqüência
lógica que preparamos, para que possam realmente entender o âmago da questão.
Este estudo não é direcionado a nenhum ministério, cantor ou mídia em particular; visamos
retratar a realidade eclesial atual.
1) A REALIDADE DA ADORAÇÃO E LOUVOR EM MUITAS “IGREJAS-EMPRESAS-CRISTÃS”:
A geração atual tem destruído todos os valores morais, começando pela família, o que
gerou uma série de desajustes individuais e caos social. As diversas manifestações artísticas
mostram como está o ser humano na atualidade: vazio, sem conteúdo significativo, perdido
dentro de si mesmo.
Este século é marcado pela velocidade dos acontecimentos, pela massificação de idéias e de
comportamentos, e pelo materialismo consumista. Observamos que há uma necessidade do "novo" a
cada dia para preencher o vazio interior, e é preciso que este "novo" seja facilmente assimilado, a fim de
ser [imediatamente] aceito.
Muitos ditos evangélicos acabam rebaixando-se ao padrões degenerados deste mundo
perdido, não se elevando ao santos padrões de Deus, acabam usando a linguagem do mundo, os
hábitos dos mundo, querendo levar o que há no mundo, para profanar a igreja, que seduzida e
enganada também acabará amando ao mundo, então o amor do Pai não estará nela! (1 Jo. 2:15).
Observamos, atualmente, que muitas igrejas têm substituído antigos hinos por estilos populares
qual modelo de músicas mundanas, geralmente usados como meio para atrair pessoas. Prova disso é
que não é difícil encontrar uma igreja evangélica que não use a “bateria e a guitarra” para cantar
músicas em diversos estilos: baião, samba, rock, pop, sertanejo, blues e até heavy metal.
No Brasil é bastante evidente o contraste entre os conjuntos evangélicos tradicionais e os
recentes grupos musicais jovens que têm usado estilos muito populares na composição da
música evangélica jovem.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS MÚSICAS DE LOUVOR CONTEMPORÂNEAS:
1. Não há quase discernimento sobre o que é sagrado e mundano.
2. Uso de estilos de músicas do mundo para uso na igreja, com o intuito de tornar o
“evangelho” mais acessível e fácil ao nível do gosto popular.
3. Pregação de um Falso conceito de evangelho da prosperidade, onde pregam que Jesus
nos livra da obediência à lei de Deus em vez de nos dar a vitória sobre o pecado.
4. Músicas baseadas nas emoções, subjetivas, com ritmos que servem ao sentimental.
* Será que as muitas conversões nas igrejas baseadas em emoções e sem a aceitação
racional da doutrina permanecerão diante das tribulações que os cristãos haverão de passar?
Uma aparente resposta da maioria dos evangélicos em relação à música, é a urgência com que o
evangelho deve ser pregado aos que não conhecem a Cristo, e a melhor forma é envolvê-las com
músicas evangélicas nos estilos das seculares.
O grande problema não resolvido é a invasão de formas seculares na expressão musical já
experimentada pelas igrejas e muitos músicos e líderes de grupos de louvor vivem mudando os
estilos musicais usados nas igrejas para conservarem-se atualizados em relação às últimas
tendências da música popular secular; ou seja, “o mundo está entrando na igreja”!
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DISCIPULADO SEM FRONTEIRAS
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* Será que Satanás não está usando de astúcia para influenciar a música usada na igreja?
* Será que a criatividade oferecida pelas novas formas não pode levar a uma perda
significativa de identidade espiritual com Deus?
A liturgia onde Deus é o referencial; onde o racional bíblico envolve o espiritual, fundamentado na
Palavra de Deus, tornando as pessoas alegres, mas reverentes, de forma a santificar o corpo, regenerar
a alma e justificar o espírito humano parece dar lugar àquela onde o cantor é o referencial, onde o
emocional envolve o corporal de forma formal ou teatral, fundamentada no impulso humano de agir de
forma barulhenta, ruidosa, e irreverente...
O DURO DISCURSO DA MORAL MUSICAL:
É impressionante como facilmente as pessoas se aborrecem quando se discute gosto
musical. Qualquer crítica à forma da adoração das pessoas é encarada como ofensa pessoal.
Muitas pessoas têm um profundo conhecimento sobre as Escrituras Sagradas, são cheias de
explanações teológicas, teorias, com um belíssimo e formal linguajar, no entanto, não conhecem o
glorioso Deus intimamente e já não conseguem prestar a ele uma adoração verdadeira.
Em muitas igrejas a adoração a Deus se torna algo vão porque não tem fruto, isto é, não há
resultado de crescimento espiritual e sim, apenas uma adoração vazia, embora muitas vezes,
aprovada pelos homens, mas não goza da aprovação de Deus.
O problema maior não são as músicas que cantamos, mas a vida que levamos; Em muitas
ocasiões nossa vida não sustenta as palavras que cantamos, ou o sermão que pregamos, onde às
vezes falamos a Deus aquilo que achamos que ele quer ouvir, e não o que está em nosso coração.
Às vezes, quando cantamos, oramos ou pregamos, estamos fazendo promessas a Deus sem
perceber. Contudo, muitas dessas promessas nunca serão cumpridas. Quantas delas já foram
esquecidas? Parece espiritualidade, mas não há profundidade ou poder. Isso acontece quando
cantamos o hino "Tudo entregarei" ou “me acordo de madrugada para orar”, mas nossas vidas
sequer estão perto disto.
* Será que não é hipocrisia e cinismo freqüentar os cultos para mostrar ser decente e santo,
quando o coração está vazio e longe de Deus? Por isso, as músicas de muitas igrejas se tornam para
Deus como mero ruído, barulho, ostentação e hipocrisia.
* Será que Deus ouvirá canções de louvor e adoração vazias, e que se importará com a
criatividade das melodias se os corações não estiverem sinceros e retos diante Dele?
* Será que existe verdadeira adoração sem um novo nascimento, sem mudança interior?
Quando os cristãos não vivem aquilo que declaram, pregam ou cantam, estão utilizando a máscara
da adoração, vivendo na hipocrisia, como os fariseus; sendo aparentemente pessoas profundamente
espirituais, no entanto os seus corações não estão ligados com Deus, onde alguns irmãos falam sobre
Jesus como se fossem amicíssimos dele, contudo não o conhecem e não põem em prática os seus
ensinamentos.
Alguns chegam até a envergonhá-lo quando escolhem viver uma vida pecaminosa, apesar
de declararem que são filhos de Deus e de sustentarem uma bela aparência de “santos”.
Como podem ser considerados discípulos verdadeiros de Cristo se vivem totalmente
independentes de Deus e suas vidas espirituais são completamente vazias?
OS MAUS EXEMPLOS DE DETERMINADOS CANTORES E CANTORAS NAS IGREJAS:
Muitos apresentam adorações com corações falsos, cínicos e hipócritas que não se oferecem
sinceramente com corações contritos, humildes e sinceros a Deus, tentando se esconder perfeitamente
sob os usos e abusos do ministério de louvor que aparentemente traz alguns "benefícios" como elogios,
reconhecimento, respeito, admiração, veneração, mas que muitas vezes não são pessoas íntimas de
Deus, como se declaram ser e como todos imaginavam que sejam.
Muitos cantores e cantoras sustentam uma imagem de adoração, algo conhecido e exposto
ao público debaixo de uma aparência de adoração piedosa, mas trilhando o caminho do jugo da
hipocrisia; não estão dispostos a pôr em prática aquilo que cantam, pregam, oram e declaram;
cantam esplendorosamente sobre a presença de Deus sem conhecê-la, pregam inteligentemente
sobre o amor sem praticá-lo, falam habilmente sobre o Senhor, mas ainda não tiveram um
contato com Ele.
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Há uma terrível transgressão que faz parte da vida de muitos cantores: O orgulho; muitos são
altivos e soberbos, achando-se pertencerem à uma classe "superior" de cristãos na igreja, onde a falta
de modéstia ou insuficiência de coragem os impedem de assumirem seus pecados publicamente,
fazendo de muitos falsos adoradores.
É muito provável que muitos cantores se autodenominem seres quase perfeitos, intocáveis
e superiores aos demais, não querendo ferir suas reputações e passam a imagem de que quase
não são totalmente dependentes de Deus, devido à soberba.
Muitos destes artistas se separam dos outros irmãos, pois acham que têm uma imagem a zelar e
apesar de falarem palavras sábias e agirem aparentemente como pessoas justas, suas motivações não
partem do desejo sincero de obedecer e agradar a Deus e sim, de terem sucesso.
Sem dúvida alguma, a hipocrisia entristece profundamente a Deus, pois faz parte do pecado da
falsidade. Nos despojemos de toda e qualquer aparência falsa que sustentamos em nossa vida, para
que possamos render a Deus um culto verdadeiro e sincero.
ALGUMAS DESCULPAS PARA NÃO HAVER MUDANÇAS NA FORMA DE ADORAÇÃO:
- "A igreja está indo bem e as contas estão sendo pagas; por que complicar as coisas?";
- “Algumas das maiores igrejas não sabem nada sobre adoração e Deus está abençoando vidas e
crescendo cada vez mais." - Somente Deus sabe como vão realmente as coisas em qualquer igreja”...
CRESCIMENTO ESPIRITUAL OU INCHAÇÃO EMOCIONAL NOS TEMPLOS?
Algumas das igrejas ditas "bem-sucedidas" estão inchadas e não cheias “de Deus”, tendo
dificuldades em encontrarem "grandes pastores" para ocuparem os seus púlpitos., fazendo com
que em muitos lugares os crentes saltem de uma igreja para outra buscando muito mais
"pregações profundas e eloqüentes, louvores quentes e fervorosos e poder e poder" do que uma
vida cristã com compromisso prático com o Ide de Jesus.
A igreja que eles vão escolher depende de quem está no púlpito e de quem está tocando e
cantando, e hoje há uma grande variedade de celebridades evangélicas que com certeza arrastam
multidões, principalmente para arrecadar dinheiro para “os bolsos dos pastores”.
O fato de que algumas delas possam não ter o melhor desempenho em seus lares ou em
sua vida pessoal não parece ser importante para aqueles membros da igreja que estão buscando
somente um passatempo para um fim de tarde. Um "Show Gospel". Querem ir para ver o que
querem ver e o ouvir.
O PERIGO DE UM AVIVAMENTO: Um retorno à adoração poderia ser uma ameaça para:
* Aquele pregador que gosta de ser importante e de brincar de Deus nas vidas das pessoas
do seu rebanho;
* Aquele pregador que aperfeiçoou de tal modo um sistema de preparação de sermões que
sempre consegue um bom esboço e tema a cada semana;
* Aquele pregador que é tão bom no púlpito que consegue "se garantir" e manter a
congregação interessada e entretida;
* Aquele músico que prefere mais tocar do que ministrar, e que não tem nenhuma intenção
de alinhar a sua vida no dia a dia com a sua profissão domingueira;
* Aquele membro da igreja que não quer ser perturbado, mas que preenche com fidelidade o
seu lugar semanalmente na igreja, paga dízimos e de vez em quando realiza trabalho à igreja;
* Aquele quase-crente que gosta de ouvir música de crente, mas que acha que o que
acontece na igreja não tem nada a ver com o resto da sua vida, pois continua apenas assistindo
os “esfarrapados showzinhos religiosos e não vive Cristo no seu dia a dia;
* Aqueles que se inclinam mais e mais à exaltação própria, que usam os privilégios da igreja
com fins egolátricos, ou seja, o culto do eu.
* Aqueles que enfatizam apenas a adoração particular, enfraquecendo o papel importante
que adoração coletiva, achando que ir à igreja, serve para "ver o que está acontecendo";
* Aqueles que assistem aos cultos, que acham bonito quem canta, diz "amém", ouve um
sermão e acha bonito, diz "amém" e bate palmas depois de ter ouvido uma boa exibição de uma
bela música hinos e que durante a oração, solta um outro "amém", independente do que esteja
sendo falado;
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* Aqueles que não sabem orar de joelhos, vivendo um mero formalismo ôco perdendo
completamente a noção de adoração e a de buscar reformar esse estado decadente de culto.
O PROBLEMA DE “ASSISTIR O CULTO”:
Será que devemos assistir o Culto ou participar dele todos juntos?
Enquanto o solista canta algo com que você concorda, algo que você já presenciou, ou uma
esperança que é tua também, você ora a Deus com toda a tua alma e diz "obrigado por isso, Senhor",
em pensamento, ou então "amém", mas quando “desce o cajado” e a Palavra fere o Ego, haja
murmuração! Será que não deveria ser: Quando alguém louva, você faz o louvor dele seu também.
Enquanto alguém ora, você faz da oração dele a tua também. Enquanto alguém prega, você faz da
mensagem dele a mensagem de Deus para você e conversa com Deus em pensamento; todos
num só Espírito?
A "evolução" do culto tem feito dele cada vez mais um show, onde as almas são apenas
expectadoras.
As Escrituras ensinam que adoração é algo muito importante para Deus. (João 4:23).
Ao nascermos de novo somos introduzidos num reino de amor, que confere a cada um de nós uma
marca inconfundível: o amor e o louvor. (Colossenses 3:14-16)
Quando uma comunidade, família, cristão, tem essa experiência, com certeza o testemunho
torna-se incontestável e a decisão por Cristo, por parte dos incrédulos algo irresistível.
O Senhor nos tem chamado para essa realidade de vida; entretanto, nos deparamos com um
contexto histórico que nos remete a um sistema evangélico religioso que torna inviável a vida cristã
autêntica.
MONOTONIA NOS CULTOS:
Há muitos que apenas possuem uma vida religiosa, com culto de lábios, num coração
distante, promovendo um culto vão motivado por ensino de homens que agem num abandono
dos mandamentos, rejeitando e invalidando a Palavra de Deus.
É nesse ponto que se confunde tradição com adoração.
Por falta de experiência real com o Senhor muitos "fabricam" uma conversão e passam a
agir apenas esteticamente como cristãos, originando reuniões onde tudo é repetido e mecânico,
sem o vigor espiritual da igreja de Atos, cujo louvor resultava na conversão de muitos (At. 2:47).
MODERNIZAÇÃO OU MUNDANIZAÇÃO ELETRÔNICA?
Hoje em dia há uma necessidade gritante de exibição visual envolvendo o louvor e adoração:
Grandes palcos com vários cantores sorridentes em ambientes agradáveis à alma, com
potentes microfones, belas cerimônias, uniformes vistosos em prédios lindos e suntuosos.
Há em muitos locais, uma expressão corporal no culto semelhante a uma sessão de ginástica
aeróbica, com músicas e cânticos contínuos, mesclados com “exercícios espirituais” de aplaudir, bater
palmas e levantar as mãos, deixando o corpo “rebolar” extasiado ao som estridente e emocionante.
Há, ainda, a problemática da vendagens de CDs, onde músicos, produtores e gente de estúdio
analisam o repertório de certos cantores ou CDs recém-lançados, opinando sobre o que “não poderia
ou não vender muito, contendo muitas músicas comerciais”.
Não querem muitas vezes “fazer música com letra complicada, densa, de conteúdo”, pois
acreditam que mesmo sendo “legal, mas não paga a conta...” e assim, escolhem músicas com
“uma levada legal”, parecendo mantras de forma mecanizada, com letras repetitivas que ninguém
discute, tipo, “Deus é santo, é tremendo, Te entronizamos, Te louvamos, Te amamos”...
Há, também, os que buscam uma experiência místico/emocional, tendenciando a aceitarem um
largo espectro de experiências sobrenaturais como sendo de Deus em seus “encontros secretos”.
Isso sem falar nos “irmãos” que não respeitam os direitos de autoria ou de reprodução de músicas,
produzindo, ou utilizando cópias ilegais de CDs, com geralmente, baixa qualidade e preço irrisório.
Há os que usam melodias e ritmos mundanos, plagiando músicas populares de sucesso
mundano e as adaptam a uma letra gospel pobre, mas rimada artificialmente e colocam à venda
como se fosse um grande sucesso, objeto da inspiração divina e as pessoas passam a cantar
esses “hinos pré-fabricados”, mas inconscientemente se voltam às mundanas que as originaram.
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