terça-feira, 27 de agosto de 2013

MINISTÉRIO PROFÉTICO DA PALAVRA DE DEUS

INSTITUTO TEOLÓGICO GAMALIEL Matéria: BIBLIOLOGIA Evangélista Robério Oliveira- Pregador Conferêncista.(Tel.075-99536335-071-87981356) DOUTRINA DA BÍBLIA I. REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. É portanto, a operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (ICo.2:10). a) Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida a existência da revelação: "É assim que Deus disse?" (Gn.3:1). Mas a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos: 1) A Indestrutibilidade da Bíblia: Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo. 2) A Natureza da Bíblia: a) Ela é superior: Ela é superior a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bíblia. b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar. c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições. 3) A Influência da Bíblia: O Alcorão, o Livro dos Mórmons, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúncio, todos tiveram influência no mundo. Estes, porém, conduziram a uma idéia apagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência etc. 4) Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presença correspondente, existe comunicação direta de um para o outro, uma revelação de pensamentos e sentimentos. Consequentemente é de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais. 5) Argumento da Experiência: O homen é incapaz por sua própria força descobrir que: a) Precisa ser salvo. b) Pode ser salvo. c) Como pode ser salvo. d) Se há salvação. Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos. A experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza humana é degenerar-se e seu caminho ascendente se sustêm unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a revelação de Deus. 6) Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; IRs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6; Jr.25:9- 12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc. 7) Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação na seguintes expressões: "Disse o Senhor a Moisés" (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) "O Senhor é quem fala" (Is.1:2); "Disse o Senhor a Isaías" (Is.7:3); "Assim diz o Senhor" (Is.43:1). Outras expressões semelhantes são encontradas: "Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor" (Jr.11:1); "Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez.1:3); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias" (Os.1:1); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" (Jl.1:1), etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelação de Deus, e essa mesma reivindicação faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2). B) Natureza da Revelação: Deus se revelou de sete modos: 1) Através da Natureza: (Sl.19:1-6; Rm.l:19-23). 2) Através da Providência: A providência é a execução do programa de Deus das dispensações em todos os seus detalhes (Gn.48:15;50:20; Rm.8:28; Sm.57:2; Jr.30:11; Is.54:17). 3) Através da Preservação: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28). 4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9). 5) Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10). 6) Através da Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15). 7) Através das Escrituras: A Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos: a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que é doutrinário , devocional, histórico, profético e prático. b) Ela é parcial: (Dt.29:29). c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10); d) Ela é progressiva: (Mc.4:28). e) Ela é definitiva: (Jd.3). II. INSPIRAÇÃO: É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (ICo.10:13; IITm.3:16; IIPe.1:20,21). A) Autoria Dual: Com este termo indicamos dois fatos: 1) Autoria Divina: Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em IITm.3:16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada" (theopneustos = soprada ou expirada por Deus) . A referência aqui é ao escrito. 2) Autoria Humana: Do lado humano certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em IIPe.1:21 encontramos a referência aos homens: "Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos). A referência aqui é ao escritor. B) Inspiração ou Expiração? A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em IITm.3:16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (IISm.23:2). Em IIPe.1:21 este vocábulo se torna mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC. transmite a idéia de que os homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó.32:8; 33:4; com Ez.36:27; 37:9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em IITm.3:16, usa, com acerto, o verbo mover em IIPe.1:21, como tradução do vocábulo grego pherô, que significa exatamente mover ou conduzir. Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt.15:4 está escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moisés quem ordenou. E muitas outras passagens há semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11; Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem (At.5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44). C) O Termo Logos: Este termo grego foi utilizado no N.T. cerca de 200 vezes para indicar a Palavra de Deus Escrita, e 7 vezes para indicar o Filho de Deus (Jo.1:1,14; IJo.1:1;5:7; Ap.19:13). Eles são para Deus o que a expressão é para o pensamento e o que a fala é para a razão, portanto o Logos de Deus é a expressão de Deus, quer seja na forma escrita ou viva (Compare Jo.14:6 com Jo.17:17). 1) Cristo é a Palavra Viva: Cristo é o Logos, isto é, a fala, a expressão de Deus. 2) A Bíblia é a Palavra Escrita: A Bíblia também é o Logos de Deus, e assim como em Cristo há dois elementos (duas naturezas), divino e humano, igualmente na Palavra de Deus estes dois elementos aparecem unidos sobrenaturalmente. D) Provas da Inspiração: Somos acusados de provar a inspiração pela Bíblia e de provar a verdade da Bíblia pela inspiração, e, assim, de argumentar num círculo vicioso. Mas o processo parte de uma prova que todos aceitam: a evidência. Esta, primeiro prova a veracidade ou credibilidade da testemunha, e então aceita o seu testemunho. A veracidade das Escrituras é estabelecida de vários modos, e, tendo constatado a sua veracidade, ou a validade do seu testemunho, bem podemos aceitar o que elas dizem de si mesmas. As Escrituras afirmam que são inspiradas, e elas ou devem ser cridas neste particular ou rejeitadas em tudo mais. 1) O A.T. afirma sua Inspiração: (Dt.4:2,5; IISm.23:2; Is.1:10; Jr.1:2,9; Ez.3:1,4; Os.1:1; Jl.l:1; Am.1:3;3:1; Ob.1:1; Mq.1:1). 2) O N.T. afirma sua Inspiração: (Mt.10:19; Jo.14:26;15:26,27; Jo.16:13; At.2:33;15:28; ITs.1:5; ICo.2:13; IICo.13:3; IIPe.3:16; ITs.2:13; ICo.14:37). 3) O N.T. afirma a Inspiração do A.T.: (Lc.1:70; At.4:25; Hb.1:1, IItm.3:16; IPe.1:11; IIPe.1:21). 4) A Bíblia faz declarações científicas descobertas posteriormente: (Jó.26:7; Sl.135:7; Ec.1:7; Is.40:22). E) Teorias da Inspiração: Podemos ter revelação sem inspiração (Ap.10:3,4), e podemos ter inspiração sem revelação, como quando os escritores registram o que viram com seus próprios olhos e descobriram pela pesquisa (IJo.1:1-4; Lc.1:1-4). Aqui nós temos a forma e o resultado da inspiração. A forma é o método que Deus empregou na inspiração, enquanto que o resultado indica a conseqüência da inspiração. Portanto, as chamadas teorias da intuição, da iluminação, a dinâmica e a do ditado, todas descrevem a forma de inspiração, enquanto que a teoria verbal plenária indica o resultado. 1) Teoria da Inspiração Dinâmica: Afirma que Deus forneceu a capacidade necessária para a confiável transmissão da verdade que os escritores das Escrituras receberam ordem de comunicar. Isto os tornou infalíveis em questões de fé e prática, mas não nas coisas que não são de natureza imediatamente religiosa, isto é, a inspiração atinge apenas os ensinamentos e preceitos doutrinários, as verdades desconhecidas dos autores humanos. Esta teoria tem muitas falhas: Ela não explica como os escritores bíblicos poderiam mesclar seus conhecimentos sobrenaturais ao registrarem uma sentença, e serem rebaixados a um nível inferior ao relatarem um fato de modo natural. Ela não fornece a psicologia daquele estado de espírito que deveria envolver os escritores bíblicos ao se pronunciarem infalivelmente sobre matérias de doutrina, enquanto se desviam a respeito dos fatos mais simples da história. Ela não analisa a relação existente entre as mentes divina e humana, que produz tais resultados. Ela não distingue entre coisas que são essenciais à fé e à pratica e àquelas que não são. Erasmo, Grotius, Baxter, Paley, Doellinger e Strong compartilham desta teoria. 2) Teoria do Ditado ou Mecânica: Afirma que os escritores bíblicos foram meros instrumentos (amanuenses), não seres cujas personalidades foram preservadas. Se Deus tivesse ditado as Escrituras, o seu estilo seria uniforme. Teria a dicção e o vocabulário do divino Autor, livre das idiossincrasias dos homens (Rm.9:1-3; IIPe.3:15,16). Na verdade o autor humano recebeu plena liberdade de ação para a sua autoria, escrevendo com seus próprios sentimentos, estilo e vocabulário, mas garantiu a exatidão da mensagem suprema com tanta perfeição como se ela tivesse sido ditada por Deus. Não há nenhuma insinuação de que Deus tenha ditado qualquer mensagem a um homem além daquela que Moisés trasncreveu no monte santo, pois Deus usa e não anula as suas vontades. Esta teoria, portanto, enfatiza sobremaneira a autoria divina ao ponto de excluir a autoria humana. 3) Teoria da Inspiração Natural ou Intuição: Afirma que a inspiração é simplesmente um discernimento superior das verdades moral e religiosa por parte do homem natural. Assim como tem havido artistas, músicos e poetas excepcionais, que produziram obras de arte que nunca foram superadas, também em relação as Escrituras houve homens excepcionais com visão espiritual que, por causa de seus dons naturais, foram capazes de escrever as Escrituras. Esta é a noção mais baixa de inspiração, pois enfatiza a autoria humana a ponto de excluir a autoria divina. Esta teoria foi defendida pelos pelagianos e unitarianos. 4) Teoria da Inspiração Mística ou Iluminação: Afirma que inspiração é simplesmente uma intensificação e elevação das percepções religiosas do crente. Cada crente tem sua iluminação até certo ponto, mas alguns tem mais do que outros. Se esta teoria fosse verdadeira, qualquer cristão em qualquer tempo, através da energia divina especial, poderia escrever as Escrituras. Schleiermacher foi quem disseminou esta teoria. Para ele inspiração é "um despertamento e excitamento da consciência religiosa, diferente em grau e não em espécie da inspiração piedosa ou sentimentos intuitivos dos homens santos". Lutero, Neander, Tholuck, Cremer, F.W.Robertson, J.F.Clarke e G.T.Ladd defendiam esta teoria, segundo Strong. 5) Inspiração dos Conceitos e não das Palavras: Esta teoria pressupõe pensamentos à parte das palavras, através da qual Deus teria transmitido idéias mas deixou o autor humano livre para expressá-las em sua própria linguagem. Mas idéias não são transferíveis por nenhum outro modo além das palavras. Esta teoria ignora a importância das palavras em qualquer mensagem. Muitas passagens bíblicas dependem de uma das palavras usadas para a sua força e valor. O estudo exegético das Escrituras nas línguas originais é um estudo de palavras, para que o conceito possa ser alcançado através das palavras, e não para que palavras sem importância representem um conceito. A Bíblia sempre enfatiza suas palavras e não um simples conceito (ICo.2:13; Jo.6:63;17:8; Ex.20:1; Gl.3:16). 6) Graus de Inspiração: Afirma que há inspiração em três graus. Sugestão, direção, elevação, superintendência, orientação e revelação direta, são palavras usadas para classificar estes graus. Esta teoria alega que algumas partes da Bíblia são mais inspiradas do que outras. Embora ela reconheça as duas autorias, dá margem a especulação fantasiosa. 7) Inspiração Verbal Plenária: É o poder inexplicado do Espírito Santo agindo sobre os escritores das Sagradas Escrituras, para orientá-los (conduzí-los) na transcrição do registro bíblico, quer seja através de observações pessoais, fontes orais ou verbais, ou através de revelação divina direta, preservando-os de erros e omissões, abrangendo as palavras em gênero, número, tempo, modo e voz, preservando, desse modo, a inerrância das Escrituras, e dando à ela autoridade divina. a) Observação Pessoal: (IJo.1:1-4). b) Fonte Oral: (Lc.l:1-4). c) Fonte Verbal: (At.17:18; Tt.1:12; Hb.1:1). d) Revelação Divina Direta: ( Ap.1:1-ll; Gl.1:12). e) Gênero: (Gn.3:15). f) Número: (Gl.3:16). g) Tempo: (Ef.4:30; Cl.3:13). h) Modo: (Ef.4:30; Cl.3:13). i) Voz: (Ef.5:18) j) Explicação dos itens e,f,g,h,i: A inspiração verbal plenária fica assim estabelecida. Em Gn.3:15 o pronome hebraico está no gênero masculino, pois se refere exclusivamente a Cristo (Ele te ferirá a cabeça...). Em Gl.3:16 Paulo faz citação de um substantivo hebraico que está no singular, fazendo, também, referência exclusiva a Cristo. Em Ef.4:30 e Cl.3:13 o verbo perdoar encontra-se, no grego, no modo particípio e no tempo presente, o que significa que o perdão judicial de Deus realizado no passado, quando aceitamos a Cristo, estende-se por toda a nossa vida, abrangendo o perdão dos pecados do passado, do presente, e do futuro (IJo.1:9 trata do perdão do pecado doméstico e não do judicial). Jesus Cristo reconheceu a inspiração verbal plenária quando declarou que nem um til (a menor letra do alfabeto hebraico) seria omitido da lei(Mt.5:18 e Lc.16:l7). III. ILUMINAÇÃO: É a influência ou ministério do Espirito Santo que capacita todos os que estão num relacionamento correto com Deus para entender as Escrituras (I Cor.2:12; Lc.24:32,45; IJo.2:27). A iluminação não inclui a responsabilidade de acrescentar algo às Escrituras (revelação) e nem inclui uma transmissão infalível na linguagem (inspiração) daquele que o Espirito Santo ensina. A iluminação é diferenciada da revelação e da inspiração no fato de ser prometida a todos os crentes, pois não depende de escolha soberana, mas de ajustamento pessoal ao Espirito Santo. Além disso a iluminação admite graus podendo aumentar ou diminuir (Ef.1:16-18; 4:23; Cl.1:9). A iluminação não se limita a questões comuns, mas pode atingir as coisas profundas de Deus (ICo.2:10) porque o Mestre Divino está no coração do crente e, portanto, ele não houve uma voz falando de fora e em determinados momentos, mas a mente e o coração são sobrenaturalmente despertados de dentro (ICo.2:16). Este despertamento do Espírito pode ser prejudicado pelo pecado, pois é dito que o cristão que é espiritual discerne todas as coisas (ICo.2:15), ao passo que aquele que é carnal não pode receber as verdades mais profundas de Deus que são comparadas ao alimento sólido (ICo.2:15;3:1-3; Hb.5:12-14). A iluminação, a inspiração e a revelação estão estritamente ligadas, porém podem ser independentes, pois há inspiração sem revelação (Lc.1:1-3; IJo.1:1-4); inspiração com revelação (Ap.1:1-11); inspiração sem iluminação (IPe.1:10-12); iluminação sem inspiração (Ef.1:18) e sem revelação (ICo.2:12; Jd.3); revelação sem iluminação (IPe.1:10-12) e sem inspiração (Ap.10:3,4; Ex.20:1-22). E’ digno de nota que encontramos estes três ministérios do Espirito Santo mencionados em uma só passagem (ICo.2:9-13); a revelação no versículo 10; a iluminação no versículo 12 e a inspiração no versículo 13. IV. AUTORIDADE: Dizemos que a bíblia é um livro que tem autoridade porque ela tem influência, prestígio e credibilidade (quanto a pureza na transcrição ou tradução), por isso deve ser obedecida porque procede de fonte infalível e autorizada. A autoridade está vinculada a inspiração, canonicidade e credibilidade, sem os quais a autoridade da Bíblia não se estabeleceria. Assim, por ser inspirado, determinado trecho bíblico possui autoridade; por ser canônico, determinado livro bíblico possui autoridade, e por ter credibilidade, determinadas informações bíblicas possuem autoridade, sejam históricas, geográficas ou científicas. Entretanto, nem tudo aquilo que é inspirado é autorizado, pois a autoridade de um livro trata de sua procedência, de sua autoria, e, portanto, de sua veracidade. Deus é o Autor da Bíblia, e como tal ela possui autoridade, mas nem tudo que está registrado na Bíblia procedeu da boca de Deus. Por exemplo, o que Satanás disse para Eva foi registrado por inspiração, mas não é a verdade (Gn.3:4,5); o conselho que Pedro deu a Cristo (Mt.16:22); as acusações que Elifaz fez contra Jó (Jó.22:5-11), etc. Nenhuma dessas declarações representam o pensamento de Deus ou procedem dEle (procedem apenas por inspiração), e por isso não têm autoridade. Um texto também perde sua autoridade quando é retirado de seu contexto e lhe é atribuído um significado totalmente diferente daquele que tem quando inserido no contexto. As palavras ainda são inspiradas, mas o novo significado não tem autoridade. V. CREDIBILIDADE OU VERACIDADE: Um livro tem credibilidade se relatou veridicamente os assuntos como aconteceram ou como eles são; e quando seu texto atual concorda com o escrito original. Nesse caso credibilidade relaciona-se ao conteúdo do livro (original), e a pureza do texto atual (cópia ou tradução). Por exemplo, as palavras de Satanás em Gn.3:4,5 são inspiradas, mas não possuem autoridade, porque não é verdade, porém tem credibilidade ou veracidade (quanto a sua transcrição) porque foram registradas exatamente como Satanás disse. A veracidade das palavras de Satanás não se relacionam ao o que ele pronunciou, mas sim como ele as pronunciou. A) Credibilidade do A.T.: Estabelecida por três fatos: 1) Autenticado por Jesus Cristo: Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás (Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra (Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40). Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve, portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre religioso. 2) Prova Arqueológica e Histórica: a) Arqueológica: Através da arqueologia, a batalha dos reis registrada em Gn.14 não pode mais ser posta em dúvida, já que as inscrições no Vale do Eufrates "mostram indiscutivelmente que os quatro reis mencionados na Bíblia como tendo participado desta expedição não são, como era dito displicentemente, ‘invenções etnológicas’, mas sim personagens históricos reais. Anrafel é identificado como o Hamurábi cujo maravilhoso código de leis foi tão recentemente descoberto por De Morgan em Susa". (Geo. F. Wright, O Testemunho dos Monumentos à Verdade das Escrituras). As tábuas Nuzi esclarecem a ação de Sara e Raquel ao darem suas servas aos seus maridos (Jack Finegan, Ligth from the Ancient Past = Luz de um Passado Antigo). Os hieróglifos egípcios indicam que a escrita já era conhecida mais de 1.000 anos antes de Abraão (James Orr, The Problem of the Old Testament = O Problema do Velho Testamento). A arqueologia também confirma o fato de Israel ter vivido no Egito, como escravo, e ter sido liberto (Melvin G. Kyle, The Deciding Voice of the Monuments = A Voz Decisória dos Monumentos). Muitas outras confirmações da veracidade dos relatos das Escrituras poderiam ser apresentados, mas esses são suficientes e devem servir como aviso aos descrentes com relação às coisas para as quais ainda não temos confirmação; podemos encontrá-la a qualquer hora. b) Histórica: A história fornece muitas provas da exatidão das descrições bíblicas. Sabe-se que Salmanezer IV sitiou a cidade de Samaria, mas o rei da Assíria, que sabemos ter sido Sargom II, carregou o povo para a Síria (IIRs.17:3-6). A história mostra que ele reinou de 722-705 a.C. Ele é mencionado pelo nome apenas uma vez na Bíblia (Is.20:1). Nem Beltsazar (Dn.5), nem Dario, o Medo (Dn.6) são mais considerados como personagens fictícios. 3) As Escrituras possuem Integridade: a) Integridade Topográfica e Geográfica: As descobertas arqueológicas provam que os povos, línguas, os lugares e os eventos mencionados nas Escrituras são encontrados justamente onde as Escrituras os localizam, no local exato e sob as circunstâncias geográficas exatas descritas na Bíblia. b) Integridade Etnológica ou Racial: Todas as afirmações bíblicas sobre raças tem sido demonstrada como corretas com os fatos etnológicos revelados pela arqueologia. c) Integridade Cronológica: A identificação bíblica de povos, lugares e acontecimentos com o período de sua ocorrência é corroborada pela cronologia síria e pelos fatos revelados pela arqueologia. d) Integridade Histórica: O registro dos nomes e títulos dos reis está em harmonia perfeita com os registros seculares, conforme demonstrados por descobertas arqueológicas. e) Integridade Canônica: A aceitação pela igreja em toda a era cristã, dos livros incluídos nas Escrituras que hoje possuímos, representa o endosso de sua integridade. Exemplares do A.T. e do N.T. impressos em 1.488 e 1.516 d.C., concordam com os exemplares atuais. Portanto a Bíblia como a possuímos hoje, já existia há 400 anos passados. Quando essas Bíblias foram impressas, certo erudito tinha em seu poder mais de 2.000 manuscritos. Esse número é sem dúvida suficiente para estabelecer a genuinidade e credibilidade do texto sagrado, e tem servido para restaurar ao texto sua pureza original, e fornecem proteção contra corrupções futuras (Ap.22:18-19; Dt.4:2;12:32). Enquanto a integridade canônica da Bíblia se baseia em mais de 2.000 manuscritos, os escritos seculares, que geralmente são aceitos sem contestação, baseiam-se em apenas uma ou duas dezenas de exemplares. As quatro Bíblias mais antigas do mundo, datadas entre 300 e 400 d.C., correspondem exatamente a Bíblia como a possuímos atualmente. B) Credibilidade do N.T.: Estabelecida por cinco fatos: 1) Escritores Competentes: Possuíam as qualificações necessárias, receberam investidura do Espirito Santo e assim escreveram não somente guiados pela memória, apresentações de testemunho oral e escrito, e discernimento espiritual, mas como escritores qualificados pelo Espirito Santo. 2) Escritores Honestos: O tom moral de seus escritos, sua preocupação com a verdade, e a circunstância de seus registros indicam que não eram enganadores intencionais mais sim homens honestos. O seu testemunho pôs em perigo seus interesses materiais, posição social, e suas próprias vidas. Por quê razão inventariam uma estória que condena a hipocrisia e é contrária a suas crenças herdadas, pagando com suas próprias vidas? 3) Harmonia do N.T.: Os sinópticos não se contradizem mas suplementam um ao outro. Os vinte e sete livros do N.T. apresentam um quadro harmonioso de Jesus Cristo e Sua obra. 4) Prova Histórica e Arqueológica: a) Histórica: O recenseamento quando Quirino era Governador da Síria (Lc.2:2), os atos de Herodes o Grande (Mt.2:16-18), de Herodes Antipas (Mt.14:1-12), de Agripa I (At.12:1), de Gálio (At.18;12-17), de Agripa II (At.25:13-26:32) etc. b) Arqueológica: As descobertas arqueológicas confirmam a veracidade do N.T. Quirino (Lc.2:2) foi Governador da Síria duas vezes (16-12 e 6-4 a.C.), sendo que Lucas se refere ao segundo período. Lisânias, o Tetrarca é mencionado em uma inscrição no local de Abilene na época a que Lucas se refere. Uma inscrição em Listra registra a dedicação da estátua Zeus (Júpiter) e Hermes (Mercúrio), o que mostra que esses deuses eram colocados no mesmo nível, no culto local, conforme descrito em At.14:12. Uma inscrição de Pafos faz referência ao Proconsul Paulo, identificado como Sergio Paulo (At.13:7). VI. INERRÂNCIA OU INFALIBILIDADE: Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 13 de 19 Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras que, entendidas no sentido em que foram empregadas, entendidas no sentido que realmente se destinavam a ter, não expressam erro algum. A inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os escritores não tinham faltas na vida, mas que foram preservados de erros os seus ensinos. Eles podem ter tido concepções errôneas acerca de muitas coisas, mas não as ensinaram; por exemplo, quanto à terra, às estrelas, às leis naturais, à geografia, à vida política e social etc. Também não significa que não se possa interpretar erroneamente o texto ou que ele não possa ser mal compreendido. A inerrância não nega a flexibilidade da linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes difícil transmitir com exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa de possível variação no sentido das palavras. A Bíblia vem de Deus. Será que Deus nos deu um livro de instrução religiosa repleto de erros? Se ele possui erros sob a forma de uma pretensa revelação, perpetua os erros e as trevas que professa remover. Pode-se admitir que um Deus Santo adicione a sanção do seu nome a algo que não seja a expressão exata da verdade?. Diz-se que a Bíblia é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. Se é parcialmente falsa, como se explica que Deus tenha posto o seu selo sobre toda ela? Se ela é parcialmente verdadeira e parcialmente falsa, então a vida e a morte estão a depender de um processo de separação entre o certo e o errado, que o homem não pode realizar. Cristo declara que a incredulidade é ofensa digna de castigo. Isto implica na veracidade daquilo que tem de ser crido, porque Deus não pode castigar o homem por descrer no que não é verdadeiro (Sl.119:140,142; Mt.5:18; Jo.10:35; Jo.17:17). Aqueles que negam a infalibilidade da Bíblia, geralmente estão prontos a confiar na falibilidade de suas próprias opiniões. Como exemplo de opinião falível encontramos aqueles que atribuem erro à passagem de IRs.7:23 onde lemos que o mar de fundição tinha dez côvados de diâmetro de uma borda até a outra, ao passo que um cordão de trinta côvados o cingia em redor. Sendo assim, tem-se dito que a Bíblia faz o valor do Pi ser 3 em vez de 3,1416. Mas uma vez que não sabemos se a linha em redor era na extremidade da borda ou debaixo da mesma, como parece sugerir o versículo seguinte (v.24) não podemos chegar a uma conclusão definitiva, e devemos ser cautelosos ao atribuir erro ao escritor. Outro exemplo utilizado para contrariar a inerrância da Bíblia, encontra-se em ICo.10:8 onde lemos que 23.000 homens morreram no deserto, enquanto que Nm.25:9 diz que morreram 24.000. Acontece que em Números nós temos o número total dos mortos, ao passo que em I aos Coríntios nós temos o número parcial que somado ao restante dos homens relacionados nos versículos 9 e 10, deverá contabilizar o total de 24.000. A inerrância não abrange as cópias dos manuscritos, mas atinge somente os autógrafos, isto é, os originais. Desse modo encontramos os seguintes tipos de erros nos manuscritos: Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 14 de 19 A) Erros Involuntários: Cometidos pelos escribas do N.T. devido a sua falta ou defeito de visão, defeitos de audição ou falhas mentais. 1) Falhas de Visão: Em Rm.6:5 muitos manuscritos (MSS) tem ama (juntos), mas há alguns que trazem alla (porém). Os dois lambdas juntos deram ao copista a idéia de um mi. Em At.15:40 onde há eplexamenoc (tendo escolhido) aparece no Códice Beza epdexamenoc (tendo recebido) onde o lambda maiúsculo é confundido com um delta maiúsculo. Há também confusão de sílabas, como é o caso de ITm.3:16 onde o manuscrito D traz homologoumen ôs (nós confessamos que) em vez de homologoumenôs (sem dúvida). O erro visual chamado parablopse (um olhar ao lado) é facilitado pelo homoioteleuton, que é o final igual de duas linhas, levando o escriba a saltar uma delas, ou pelo homoioarchon, que são duas linhas com o mesmo início. O Códice Vaticano, em Jo.17:15, não contém as palavras entre parênteses: "Não rogo que os tires do (mundo, mas que os guardes do) maligno". Consultando o N.T. grego veremos que as duas linhas terminavam de maneira idêntica, em autos ek tou, no manuscrito que o escriba de B copiava. Lc.18:39 não aparece nos manuscritos 33, 57, 103 e b, devido a um final de frase igual na sentença anterior no manuscrito do qual eles se derivam. O Códice Laudiano tem um exemplo no versículo 4 do Capítulo 2 do livro de Atos: "Et repleti sunt et repleti sunt omnes spiritu sancto", sendo este em caso de adição, chamado ditografia, que é a repetição de uma letra, sílaba ou palavras. 2) Falhas de Audição: Era costume muitos escribas se reunirem numa sala enquanto um leitor lhes ditava o texto sagrado. Desse modo o ouvido traía o escriba até mesmo quando o copista solitário ditava a si próprio. Em Rm.5:1 encontramos um destes casos, onde as variantes echômen e echomen foram confundidas. IPe.2:3 também apresenta um caso semelhante com as variantes cristos (Cristo) e crestos (gentil), esta última encontrada nos manuscritos K e L. No grego coinê as vogais e ditongos pronunciavam-se de modo igual dentro das respectivas classes. É o caso de ICo.15:54 onde o termo nikos (vitória), foi confundido por neikos (conflito), sendo que aparece em P46 e B como "tragada foi a morte no conflito". Em Ap.15:6 onde se lê "vestidos de linho puro" a palavra grega linon é substituída por lithon nos manuscritos A e C "vestidos de pedra pura". Desse modo uma só letra que o ouvido menos apurado não entendeu direito e que produziu completa mudança de sentido, torna-se erro grosseiro e hilariante. 3) Falhas da Mente: Quando a mente do escriba o traía, chegava a cometer erros que variavam desde a substituição de sinônimos, como o caso da preposição ek por apo, até a transposição de letras dentro de uma palavra, como o caso de Jo.5:39, onde Jesus disse "porque elas dão testemunho de mim" (ai marturousai) e o escriba do manuscrito D escreveu "porque elas pecam a respeito de mim" (hamartanousai). B) Erros Intencionais: Erros que não se originaram de negligência ou distração dos escribas, mas antes de suspeita de alteração, principalmente doutrinária. 1) Harmonização: Ao copiar os sinópticos, o escriba era levado a harmonizar passagens paralelas. E’ o caso de Mt.12:13 onde se lê "...estende a tua mão. E ele estendeu; e ela foi restaurada como a outra". Em alguns manuscritos de Marcos o texto pára em "restaurada", sendo que em outros o escriba acrescentou as palavras "como a outra" para harmonizá-lo com Mateus. Outro tipo de harmonização ocorre quando os escribas faziam o texto do N.T. conformar-se com o A.T. Por exemplo, em Mc.1:1 os escribas do W e Bizantinos mudaram "no profeta Isaias" para "nos profetas" porque verificaram que a citação não é só de Isaias. 2) Correções Doutrinárias: Certo escriba, copiando Mt.24:36 omitiu as palavras "nem o Filho", pois o escriba sabia que Jesus era onisciente, e deduziu que alguém havia cometido erro (Alefe, W, Bizantino). Os manuscritos da Velha Latina e da Versão Gótica apresentam como acréscimo, em Lc.1:3, a frase "e ao Espírito Santo" como "empréstimo" de At.15:28. 3) Correções Exegéticas: Passagens de difícil interpretação eram alvo dos escribas que tentavam completar o seu sentido através de interpolação e supressões. Um caso de interpolação encontra-se em Mt.26:15 onde as palavras "trinta moedas de prata" foram alteradas para "trinta estateres" nos MSS D, a e b, afim de definir o tipo de moeda mencionada. Mais tarde outros escribas (dos manuscritos 1, 209 e h) que conheciam os dois textos, juntaram-no produzindo a frase "trinta estateres de prata". 4) Acréscimos Naturais ou de Notas Marginais: Determinado leitor do Códice 1518 anotou nas margens de Tg.1:5 a expressão êgeumatikês kai ouk anthrôpines (espiritual e não humana). Quando este Códice foi copiado, o escriba do manuscritos 603 incluiu esta expressão no texto: "Se alguém de vós tem falta de sabedoria espiritual e não humana, peça-a a Deus...". VII. AUTENTICIDADE OU GENUINIDADE: Dizemos que um livro é genuíno ou autêntico quando ele é escrito pela pessoa ou pessoas cujo nome ele leva, ou, se anônimo, pela pessoa ou pessoas a quem a tradição antiga o atribui, ou, se não for atribuído a algum autor ou autores específicos, à época que a tradição lhe atribui. O Credo Apostólico não é genuíno porque não foi composto pelos apóstolos. As Viagens de Gulliver é genuíno, tendo sido escrito por Dean Swift, embora seus relatos sejam fictícios. Atos de Paulo não é genuíno, pois foi escrito por um sacerdote contemporâneo de Tertuliano. Desse modo a autenticidade relaciona-se ao autor e à época do livro, e todos os livros da Bíblia possuem autenticidade comprovada pela tradição histórica e pela arqueologia (Gl.6:11; Cl.4:18). VIII. CANONICIDADE: Por canonicidade das Escrituras queremos dizer que, de acordo com "padrões" determinados e fixos, os livros incluídos nelas são considerados partes integrantes de uma revelação completa e divina, a qual, portanto, é autorizada e obrigatória em relação à fé e à prática. A palavra grega kanon derivou do hebraico kaneh que significa junco ou vara de medir (Ap.21:15); daí tomou o sentido de norma, padrão ou regra (Gl.6:16; Fp.3:16). A) A fonte da Canonização: A Canonização de um livro da Bíblia não significa que a nação judaica ou a igreja tenha dado a esse livro a sua autoridade canônica; antes significa que sua autoridade, já tendo sido estabelecida em outras bases suficientes, foi consequentemente reconhecida como pertencente ao cânon e assim declarado pela nação judaica e pela igreja cristã. B) O Critério Canônico (do Novo Testamento): Adotam-se 5 critérios canônicos. 1) Apostolicidade: O livro deveria ter sido escrito por um dos apóstolos ou por autor que tivesse relacionamento com um dos apóstolos (imprimatur apostólico). 2) Universalidade: Quando era impossível demonstrar a autenticidade apostólica, o critério de uso e circulação do livro na comunidade cristã universal era considerado para sua aferição canônica. O livro deveria ser aceito universalmente pela igreja para dela receber o seu imprimatur. 3) Conteúdo do Livro: O livro deveria possuir qualidades espirituais, e qualquer ficção que nele fosse encontrada tornava o escrito inaceitável. 4) Inspiração: O livro deveria possuir evidências de inspiração. 5) Leitura em Público: Nenhum livro seria admitido para leitura pública na igreja se não possuísse características próprias. Muitos livros eram bons e agradáveis para leitura particular, mas não podiam ser lidos e comentados publicamente, como se fazia com a lei e os profetas na sinagoga. É a esta leitura que Paulo exorta Timóteo a praticar (ITm.4:13). C) Conclusão da Canonização (do Novo Testamento) 1) Concílio Damasino de Roma em 382 d.C. 2) Concílio de Cartago em 397 d.C. IX. ANIMAÇÃO: É o poder inerente à Palavra de Deus para transmitir vitalidade ou vida ao ser humano. O Sl.19:7 diz que "a lei do Senhor é perfeita, e restaura a alma..." e no versículo 8 diz que "os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração..." Somente algo que tem vida pode transmitir vida, e por isso mesmo somente a Bíblia, e nenhum outro livro pode fazê-lo, pois a Bíblia sendo a Palavra de Deus é viva: "A Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"(Hb.4:12). A) A Palavra de Deus é Viva: O elemento da vida que aqui se declara é mais do que aquilo que agora tem autoridade em contraste com o que já se tornou letra morta; é mais do que alguma coisa que fornece nutrição. Mas as Escrituras são vivas porque é o hálito (espírito) do Deus Vivo (Jo.6:63; Jó 33:4). Assim tanto a Palavra Escrita (Logos) como a Palavra Falada (rêma) são possuidoras de vida. Não há diferença essencial entre elas, pois são apenas duas formas diferentes dela existir. O trecho de Hb.4:12 diz que a Palavra de Deus é viva, e eficaz, é cortante, penetra e discerne. Em IPe.1:23 lemos que a Palavra de Deus vive e permanece para sempre. Assim a Palavra de Deus possui vida eternamente (Sl.19:9;119:160). B) A Palavra de Deus é Eficaz: A palavra grega usada neste trecho é energês de onde temos a palavra energia. Trata-se da energia que a vida vital fornece. Por isso a Palavra de Deus é comparada a uma poderosa espada de dois gumes com poder para cortar, penetrar e discernir. Quando o Espirito Santo empunha a Sua espada(Ef.6:17) uma energia é liberada dela para animar e realizar o seu propósito (Is.55:10,11). E’ com este poder inerente à Palavra de Deus que o Espirito Santo convence os contradizentes (Jo.16:8; ICo.2:4) porque a Palavra de Deus é como uma dinamite com poder (dinamos, Rm.1:16) para salvar e destruir (IICo.10:4,5;IICo.2:14,17; IJo.2:14; Jr.23:24). A Palavra de Deus é como um nutriente alimento que fornece forças (IPe.2:2; Mt.4:4). Paulo escrevendo aos tessalonicenses, revela sua gratidão a Deus por haverem eles recebido a Palavra de Deus a qual estava operando (energizando) eficazmente neles (ITs.2:13). Paulo conhecia o poder da Palavra de Deus, por isso recomendou aos anciãos da igreja que a observassem porque ela "tem poder para edificar e dar herança entre todos os que são santificados" (At.20:32; Jo.5:39). 1) É eficaz na regeneração: Comparada com a "água" (Jo.3:5; Ef.5:26), a Palavra de Deus tem poder para regenerar, pois ela coopera com o E.S. na realização do novo nascimento (IPe.1:23; Tt.3:5; Jo.15:3; Ez.36:25-27; Jo.6:63; Tg.1:18,21; ICo.4:15; Rm.1:16). 2) É eficaz na santificação: A Palavra de Deus tem poder para santificar (Jo.17:17; Ef.5:26; Ez.36:25,27; IIPe.1:4; Sl.37:31;119:11). Com efeito, a santificação é pela fé (At.15:9 e 26:18) e a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm.10:17). 3) É eficaz na edificação: A Palavra de Deus tem poder para edificar (IPe.2:2; At.20:32; IIPe.3:18). X. PRESERVAÇÃO: É a operação divina que garante a permanência da Palavra Escrita, com base na aliança que Deus fez acerca de Sua Palavra Eterna (Sl.119:89,152; Mt.24:35; IPe.1:23; Jo.10:35). Os céus e a terra passarão (Hb.12:26,27; IIPe.3:10) mas a Palavra de Deus permanecerá (Mt.24:35; Hb.12:28; Is.40:8; IIPe.1:19). A preservação das Escrituras, como o cuidado divino para a sua criação e formação do cânon, não foi acidental, nem incidental, mas sim o cumprimento de uma promessa divina. A Bíblia é eterna, ela permanece porque nenhuma Palavra que Jeová tenha dito pode ser removida ou abalada; nem uma vírgula ou um ponto do testemunho divino pode passar até que seja cumprido. "Quando pensamos no fato da Bíblia ter sido objeto especial de infindável perseguição, a maravilha da sua sobrevivência se transforma em milagre... Por dois mil anos, o ódio do homem pela Bíblia tem sido persistente, determinado, incansável e assassino. Todo esforço possível tem sido feito para corroer a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, e inúmeras operações têm sido levadas a efeito para fazê-la desaparecer. Decretos imperiais têm sido passados ordenando que todas as cópias existentes da Bíblia fossem destruídas, e quando essa medida não conseguiu exterminar e aniquilar a Palavra de Deus, ordens foram dadas para que qualquer pessoa que fosse encontrada com uma cópia das Escrituras fosse morta." (Arthur W. Pink. The Divine Inspiration of the Bible = A Inspiração Divina da Bíblia). A Bíblia permanece até hoje porque o próprio Deus tem se empenhado em preservá-la. Quando o rei Jeoiaquim queimou um rolo das Escrituras, Deus mesmo determinou a Jeremias que rescrevesse as palavras que haviam sido queimadas (Jr.36:27,28), e ainda determinou maldições sobre o rei, por haver tentado destruir a Palavra de Deus (Jr.36:29,31). Ademais Deus acrescentou ao segundo rolo outras palavras que não se encontravam no primeiro (Jr.36:32), pois a Palavra de Deus sempre há de prevalecer sobre a palavra do homem (Jr.44:17,28; At.19:19,20). Deve ficar esclarecido que Deus tem preservado apenas a Sua Palavra inspirada, aquilo que deve ser considerado como revelação de Deus, e por isso mesmo não foi preservado e não faz parte do Cânon Sagrado (ICr.29:29; IICr.9:29;12:15;13:22;20:34; IICr.24:27;26:22;33:19). Em IICo.7:8 Paulo faz menção a uma segunda carta que não consta do Novo Testamento, sendo que a segunda carta de Coríntios que temos na nossa Bíblia, provavelmente deveria ser a terceira. Hoje a estratégia de Satanás sobre a Palavra de Deus é diferente, pois já que ele não consegue destruí-la, procura desacreditá-la (negando sua inspiração) e corrompê-la com interpretações pervertidas da verdade (ITm.4:1,2; IITs.2:9-12). A nós pois, como igreja, cabe a responsabilidade de defender e preservar a verdade (ITm.3:15) com o mesmo anseio que caracterizava a vida de Paulo (Fp.1:7,16). XI. INTERPRETAÇÃO: É a elucidação ou explicação do sentido das palavras ou frases de um texto, para torná-los compreensivos. A ciência da interpretação é designada hermenêutica, e, em razão de sua abrangência, requer um estudo especial separado da Bibliologia. No final do curso, após o estudo de todas as matérias, você fará uma prova ÚNICA de Conhecimentos Gerais. INSTITUTO TEOLÓGICO GAMALIEL Matéria: CRISTOLOGIA Evangélista Robério Oliveira (Pregador Conferêncista)Tel:075-99536335-071-87981356. INTRODUÇÃO Cristologia refere-se ao estudo referente a Jesus Cristo—sua pessoa e sua obra. Tratar-se-á as temáticas da teologia sistemática bem como passagens bíblicas essenciais referentes à temática, bem como o dilema do porquê da morte de Jesus na cruz. Lemos em Jo.1:14 que o Verbo se fez carne. Não devemos entender com isso que o Verbo foi transformado em carne ou misturado com carne, e sim que escolheu para Si mesmo um templo formado pelo ventre de uma virgem, no qual habitar; e que Aquele que era o Filho de Deus ficou sendo o Filho do Homem, não pela confusão da substância mas sim pela unidade de pessoa. 1. CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” No período compreendido entre 1774 a 1778, foi iniciada a procura do Jesus Histórico. Lessing publicou pós morte as anotações de Hermann Samuel Reimarus. Esse estudioso questionava a tradicional forma de apresentar Jesus na Igreja e no Novo Testamento. Para ele Jesus nunca fizera uma reivindicação messiânica, nunca institui qualquer sacramento, nunca predisse a sua morte e nem ressuscitou dentre os mortos. Dizia que Jesus era um engodo. Essa atitude instigou a busca do Jesus “verdadeiro”. A metodologia racionalista foi a predominante como método de pesquisa dessa busca, peculiar a primeira parte do século XIX. A polêmica desses estudos foi um terreno fértil para nascerem obras pró e contra Jesus. O interregno entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra Mundial foi a ocasião em que a busca do Jesus histórico foi abandonada, em função da falta de interesse pela procura e pelas dúvidas quanto a sua possibilidade. Entretanto, três fatores foram fundamentais para essa desistência: primeiro - a obra de Albert Schweitzer que revelou a idéia de que o Jesus liberal nunca existiu, pois ele foi criado e baseado nos desejos de liberais, não em fatos verídicos; segundo - a partir da obra de William Wrede e dos críticos da forma, houve o reconhecimento de que os evangelhos não eram meramente biografias objetivas que facilmente poderiam ser pesquisadas à procura de informações historicistas; por fim - Martin Kähler influenciou os estudiosos a reconhecerem que o objeto da fé da igreja no decurso de todos os séculos nunca tinha sido o Jesus histórico do liberalismo teológico, mas o cristo da fé, ou seja, o Cristo sobrenatural proclamado nas Sagradas Letras. Ernst käsemann, em 1953, reacendeu as chamas da busca do Jesus da história, propalando seu receio de que a lacuna entre o Jesus da história e o Cristo da fé era muito semelhante à heresia docética, que negava a humanidade do Filho de Deus. Como era de se esperar Käsemann decepcionou-se em seus intentos. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 3 de 38 O avanço da ciência histórica não tem modificado a opinião universal a cerca do Senhor Jesus. Prova disso é que, desde o mundo antigo à contemporaneidade, encontramos mesmo que em forma diversificada a historicidade da pessoa bendita de Jesus de Nazaré. 2. A OBJEÇÃO DA IGREJA CRISTÃ AO CHAMADO “JESUS HISTÓRICO” A igreja cristã ri do fascínio dos liberais pela busca do que eles chamam de “Jesus Histórico”. Isso se justifica pelo fato de que o Cristianismo é o que é, através da afirmação de que o homem Jesus de Nazaré, que foi chamado “o Cristo”, é de fato o Cristo, a saber, o Messias, o Ungido. Toda vez que é sustentada a asserção de que Jesus é o Cristo, ali existe a mensagem cristã; onde quer que essa asserção seja negada, é negada igualmente a mensagem cristã. A religião cristã nasceu não quando nasceu o homem chamado “Jesus”, mas sim, no momento que um de seus seguidores foi levado a dizer-lhe: “Tu é o Cristo”. E o Cristianismo ficará vivo enquanto existirem pessoas que repitam essa afirmação. Isso porque o evento sobre o qual o Cristianismo se baseia apresenta dois lados: o fato que é chamado “Jesus de Nazaré” e a recepção deste fato por aqueles que O receberam como o Cristo. Interessante que no momento que os discípulos O aceitam como o Cristo é também o momento que Ele é rejeitado pelos poderes da história. Então, Aquele que é o Cristo deve morrer por haver aceito o título de “Cristo. Jesus como o Cristo é tanto um fato histórico quanto um objeto de recepção pela fé. Não se pode afirmar a verdade sobre o evento no qual se baseia o Cristianismo sem afirmar ambos esses lados. Se Jesus não tivesse impactado os seus discípulos com o fato de ser o Cristo, e eles tivessem crido, bem como através deles a todas as gerações posteriores, o homem que é chamado Jesus de Nazaré talvez fosse recordado apenas como uma pessoa histórica e religiosamente importante. Mas se ele foi crido e provou de fato ser o Cristo. Nesse sentido, quem é o “Jesus Histórico”? Russel Norman Champlin responde tal questionamento em sua obra Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Para ele o Jesus histórico é igualmente o Jesus a quem adoramos e servimos. É o Jesus teológico naturalmente, podemos ter algumas noções falsas a cerca d’Ele, mas há tal identificação de pessoa. Jesus é uma figura cósmica, dotada de importância universal. Não foi meramente um homem bom, um excelente mestre. Ele é também o Senhor da Glória, no sentido mais literal possível. James Moffatt, em sua obra Jesus Christ The Same assevera: “Nada é mais provável do que aquele que viveu à face da Terra, por alguns poucos anos, seja o mesmo Cristo, a quem seus seguidores adoram como Senhor; nenhum novo Jesus foi criado por algum movimento sincretista do primeiro século cristão. Há certa unidade no ministério insolúvel de sua pessoa, que é, não apenas real, mas também é, a causa real que subjaz às diversas interpretações de sua vida e de sua obra, e as experiências posteriores Igreja subentendem, repetida e continuadamente, que deve haver comunhão com ele, como algo mais profundo que qualquer modificação interna ou externa da fé”. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 4 de 38 3. A PESQUISA EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO E O FRACASSO DE TAL INVESTIGAÇÃO Paul Tilllych, em sua obra Teologia Sistemática expõe o insucesso da capturação do chamado “Jesus Histórico”. Pude dividir a opinião de Tillych em cinco pontos, a saber: foi falsa a idéia de a crítica histórica ter destruído a própria fé; esse fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa; o Cristianismo se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus e não em uma novela histórica; os ensinos e as mensagens de Jesus não têm relação com a situação concreta na qual foram pronunciadas. Vejamos esses cinco aspectos do pensamento Tillychano. 3.1 A crítica histórica parecia haver destruído a própria fé. Desde o momento em que foi aplicado o método científico de pesquisa histórica à literatura bíblica, problemas teológicos que nunca estiveram completamente ausentes ficaram de tal forma aumentados, como nunca o estiveram em períodos anteriores da história da igreja. O método histórico une elementos analítico-críticos e construtivo-conjeturais . Para a consciência cristã normal, moldada pela doutrina ortodoxa da inspiração verbal, o primeiro elemento impressionou muito mais do que o segundo. Só foi sentido o elemento negativo no termo “crítica”, e esse empreendimento todo foi chamado de “crítica histórica” ou “alta crítica”` ou, com referência a um método recente, “critica da forma”. Em si mesmo, o termo “crítica histórica” significa nada mais do que pesquisa histórica. Toda pesquisa histórica crítica suas fontes, separando aquilo que apresenta mais probabilidade daquilo que apresenta menos ou é totalmente improvável. Ninguém duvida da validez desse método, já que ele é confirmado continuamente por seu sucesso; e ninguém protesta com seriedade se ele destrói belas lendas e preconceitos profundamente enraizados. Mas a pesquisa bíblica se tornou suspeita desde seu próprio começo. Ela parecia criticar não só as fontes históricas, mas também a revelação contida nessas fontes. Pesquisa histórica e rejeição da autoridade bíblica foram consideradas idênticas. Revelação, supunha-se, abarcava não só o conteúdo revelatório, mas também a forma histórica na qual apareceu. Isso parecia ser verdade especialmente com relação aos fatos referentes ao “Jesus histórico”. Já que a revelação bíblica é essencialmente histórica, parecia impossível separar o conteúdo revelatório dos relatos históricos tais quais apresentados nos registros bíblicos. A crítica histórica parecia haver destruído a própria fé. Mas a parte crítica da pesquisa histórica na literatura bíblica é a parte menos importante. Mais importante é a parte construtivo-conjetural, que foi a força motora em todo esse empreendimento. Os fatos que estão por três dos registros, foram buscados; especialmente se buscaram os fatos sobre Jesus. Havia um desejo urgente de descobrir a realidade desse homem, Jesus de Nazaré, por trás das tradições coloridas e ao mesmo tempo, camufladoras dessa realidade, que são tão antigas quanto ela própria. Desse modo, a pesquisa pelo assim chamado “Jesus histórico” teve início. Seus motivos eram ao mesmo tempo religiosos e científicos. Essa tentativa era corajosa, nobre e extremamente significativa em muitos aspectos. Suas conseqüências teológicas são inúmeras e bastante importantes. Mas, vista à luz de sua intenção básica, a tentativa da crítica histórica de encontrar a verdade Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 5 de 38 empírica sobre Jesus de Nazaré foi um fracasso. O Jesus histórico, a saber, o Jesus que está por trás dos símbolos de sua recepção como o Cristo, não só não apareceram, quanto se distanciavam cada vez mais g medida que se dava um novo passo. A história das tentativas de se escrever uma “vida de Jesus”, elaborada por Albert Schweitzer em sua primeira obra, “A busca do Jesus Histórico” ainda é válida. Sua própria tentativa construtiva foi corrigida. Eruditos, tanto conservadores quanto radicais, se tornaram mais cautelosos, mas a situação metodológica não mudou. Isso se tornou manifesto quando o programa ousado de “desmitologização do Novo Testamento”, feito por Bultmann, levantou uma tempestade em todos os campos teológicos, e a lentidão com que a escola de Barth considerava o problema histórico foi seguida por um impressionante despertamento. Mas o resultado do questionamento novo (e muito antigo) não é uma imagem do assim chamado Jesus histórico, mas o “insight” de que não existe uma imagem por trás da imagem bíblica que pudesse se tornar cientificamente provável. 3.2 O fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa A situação exposta acima não é questão de um defeito passageiro da pesquisa histórica que um dia seja superado. Ela é causada pela própria natureza das fontes. Os registros sobre Jesus de Nazaré são os de Jesus como o Cristo, dados por pessoas que o receberam como o Cristo. Portanto, se tentamos encontrar o Jesus real que está por trás da imagem de Jesus como o Cristo, é necessário separar criticamente os elementos que pertencem ao lado factual do evento, daqueles elementos que pertencem ao lado receptivo. Ao fazer isso, esboça-se uma “Vida de Jesus”; muitos desses esboços foram elaborados. Em muitos deles atuaram juntos: honestidade científica, devoção amorosa e interesse teológico. Em outros são visíveis o distanciamento crítico e até mesmo a rejeição malévola. Mas nenhum pode reivindicar ser uma imagem provável, que seja o resultado de um labor científico tremendo dedicado à essa tarefa durante duzentos anos. No máximo, eles são resultados mais ou menos prováveis, incapazes seja de fornecer uma base para a aceitação da fé cristã, seja para rejeitá-la. Tendo em vista essa situação, houve tentativas de reduzir a imagem do Jesus histórico aos seus traços “essenciais”; a elaborar uma Gestalt, ao mesmo tempo em que deixando abertos g dúvida seus traços particulares. Mas esse não é o processo correto. A pesquisa histórica não pode pintar uma imagem essencial depois de eliminar todos os traços particulares porque eles são questionáveis. Ela permanece dependente dos traços particulares. Conseqüentemente, as imagens do Jesus histórico nas quais é amplamente evitada uma “Vida de Jesus” diferem tanto umas das outras, quanto aquelas nas quais não é aplicada tal auto-restrição. A dependência da Gestalt na valoração dos traços particulares é evidente num exemplo tomado do complexo daquilo que Jesus ensinou sobre si mesmo. Para elaborar esse ponto, deve-se saber, além de muitas outras coisas, se ele aplicou o título “Filho do Homem” a si mesmo, e caso sim, em que sentido. Toda resposta dada a essa questão é uma hipótese mais ou menos provável, mas o caráter do quadro “essencial” do Jesus histórico depende decisivamente dessa hipótese. Esse exemplo mostra claramente a impossibilidade de substituir a tentativa de esboçar uma “Vida de Jesus” tentando pintar a “Gestalt de Jesus” Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 6 de 38 Esse exemplo mostra ao mesmo tempo outro ponto importante. Pessoas que não estão familiarizadas com o aspecto metodológico da pesquisa histórica temem suas conseqüências para a doutrina cristã e por isso gostam de atacar a pesquisa histórica em geral e a pesquisa na literatura bíblica em especial, acusando-as de preconceitos teológicos. Se elas forem consistentes, negarão que sua própria interpretação também é preconcebida ou, como elas diriam, dependente da verdade de sua fé. Mas elas negam que o método histórico tenha critérios científicos objetivos. Contudo, essa afirmação não pode ser sustentada em vista do imenso material histórico que foi descoberto e freqüentemente verificado de forma empírica por um método de pesquisa usado universalmente. E característico desse método que ele tenta manter uma auto-crítica permanente para libertar-se de preconceitos conscientes ou inconscientes. Isso nunca é plenamente bem sucedido, mas é uma arma poderosa e necessária para se obter conhecimento histórico. Um dos exemplos aludidos freqüentemente neste contexto é o tratamento dos milagres do Novo Testamento. O método histórico não aborda as histórias de milagres nem com o pressuposto de que aconteceram porque foram atribuídos aquele que é chamado o Cristo, nem com o pressuposto de que eles não aconteceram porque esses eventos contradiriam as leis da natureza. O método histórico pergunta, quão fidedignos são os relatos em cada caso particular, quão dependentes são eles de fontes mais antigas, como poderiam ter sido influenciados pela credulidade de um período, como são bem confirmados por outras fontes independentes, em que estilo são escritos, e para que finalmente são usados no contexto todo. Todas essas questões podem ser respondidas de forma “objetiva” sem a interferência desnecessária de preconceitos positivos ou negativos. O historiador nunca pode conseguir uma certeza dessa forma, mas pode chegar a um alto grau de probabilidade. Contudo, seria um salto a outro nível se ele transformasse a probabilidade histórica em uma certeza histórica positiva ou negativa mediante um juízo de fé (como será mostrado mais adiante). Essa distinção clara freqüentemente é confundida pelo fato óbvio de que a compreensão do sentido de um texto é parcialmente dependente das categorias de compreensão usadas no encontro com textos e registros. Mas não é totalmente dependente delas, já que existem aspectos filológicos e outros que estão abertos à uma abordagem objetiva. Compreensão exige participação do sujeito naquilo que compreende, e só podemos participar em termos daquilo que somos, incluindo nossas próprias categorias de compreensão. Mas essa compreensão “existencial” nunca deveria perverter o juízo do historiador com respeito aos fatos e relações. A pessoa cuja preocupação última é o conteúdo da mensagem bíblica está na mesma posição que aquela cujo conteúdo t indiferente, se discutem questões como as do desenvolvimento da tradição sinótica, ou os elementos mitológicos e lendários do Novo Testamento. Ambas têm os mesmos critérios de probabilidade histórica e devem usá-los com o mesmo rigor, embora ao fazer isso possam afetar suas próprias convicções religiosas ou filosóficas. Nesse processo pode acontecer que preconceitos que fecham os olhos para fatos particulares abrem-nos para outros. Mas esse “abrir os olhos” é uma experiência pessoal que não pode ser convertida num princípio metodológico. Só existe um procedimento metodológico, e esse consiste em olhar o objeto a ser investigado e não nossa maneira de olhar o objeto, já que nossa atitude se acha realmente determinada por muitos fatores psicológicos, sociológicos e históricos. Esses aspectos devem ser desconsiderados intencionalmente por quem Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 7 de 38 quer que aborde um fato objetivamente. Não se deve formular um juízo sobre a autoconsciência de Jesus a partir do fato de que se é um cristão - ou anti-cristão. O juízo deve ser inferido de um certo grau de plausibilidade, baseado em registros e em sua provável validez histórica. Isso, sem dúvida, pressupõe que o conteúdo da fé cristã seja dependente desse juízo. 3.3 O Cristianismo se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus A religião cristã se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus de Nazaré e não em uma novela histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus Histórico. A busca do Jesus histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de fatos confiáveis sobre o homem Jesus de Nazaré, para se obter um fundamento seguro à fé cristã. Essa tentativa foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu probabilidades sobre Jesus, em grau maior ou menor. A base dessas probabilidades, ela esboçou “Vidas de Jesus”. Mas essas se pareciam mais a novelas do que a biografias; elas com certeza não poderiam fornecer uma base segura para a fé cristã. O cristianismo não se baseia na aceitação de uma novela histórica; ele se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus por pessoas que não estavam absolutamente interessadas numa biografia do Messias. A intuição dessa situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa de construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora não todas) não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer contexto biográfico. Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam ou não ter sido ditas por ele. Nessa base o problema biográfico insolúvel não guarda a menor relação com a verdade das palavras correta ou erradamente registradas como palavras de Jesus. O fato de que a maioria das palavras de Jesus tem um paralelo na literatura judaica contemporânea não é um argumento contra sua validez. Esse também não é um argumento contra sua unicidade e poder, tais como aparecem em coleções como o Sermão da Montanha, as parábolas e as discussões com inimigos, bem como com seus seguidores. 3.4 Os ensinos e as mensagens de Jesus Cristo Uma teologia que tenta fazer das palavras de Jesus um fundamento histórico da fé cristã pode fazê-lo de duas maneiras. Pode tratar as palavras de Jesus como “ensinos de Jesus” ou como “mensagem de Jesus”. Como ensinos de Jesus, elas são entendidas como interpretações refinadas da lei natural ou como intuições originais da natureza do homem. Elas não tem relação com a situação concreta na qual foram pronunciadas. Como tal, pertencem à lei, profecia ou literatura sapiencial, da mesma maneira como no Antigo Testamento. Elas podem transcender todas essas três categorias em termos de profundidade e poder; mas não os transcendem em termos de caráter. Contudo, restringir a investigação histórica aos “ensinos de Jesus” é reduzir Jesus ao nível do Antigo Testamento e implicitamente negar sua reivindicação de superar o contexto vétero-testamentário . Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 8 de 38 A segunda forma pela qual a pesquisa histórica se restringe às palavras de Jesus C mais profunda que a primeira. Ele nega que as palavras de Jesus sejam regras gerais de comportamento humano, que elas sejam regras às quais a gente deva se sujeitar, ou que elas sejam universais e possam portanto ser abstraídas da situação na qual foram ditas. Em vez disso, enfatizam a mensagem de Jesus de que o Reino de Deus está “à mão” e que portanto aqueles que querem entrar nele devem se decidir a favor ou contra o Reino. Essas palavras de Jesus não são regras gerais, mas exigências concretas. Essa interpretação do Jesus histórico, sugerida especialmente por Rudolf Bultmann, identifica o sentido de Jesus com o sentido de sua mensagem. Ele exige uma decisão, a saber, a decisão por Deus. E essa decisão inclui a aceitação da Cruz, porque ele mesmo aceitou a sua. Aquilo que é historicamente impossível, a saber, o esboço de uma “vida” ou uma Gestalt de Jesus, é engenhosamente evitado usando aquilo que está imediatamente dado - a saber, sua mensagem sobre o Reino de Deus e suas condições e apegando-se cada vez mais ao “paradoxo da Cruz de Cristo” Mas até mesmo esse método de juízo histórico restrito não pode oferecer um fundamento à fé cristã. Ele não mostra como pode ser cumprida a exigência de decidir-se pelo Reino de Deus. A situação de ter que se decidir permanece sendo aquela sob a lei. Não transcende a situação do Antigo Testamento, a situação da busca por Cristo. Pode-se chamar a essa teologia de “liberalismo existencialista” em contraste com o “liberalismo legalista” do primeiro. Mas nenhum desses métodos responde à pergunta de onde reside o poder de obedecer aos ensinos de Jesus ou de decidir-se pelo Reino de Deus. Isso esses métodos não podem fazer porque a resposta deve vir de uma nova realidade que, de acordo com a mensagem cristã, é o Novo Ser em Jesus como o Cristo. A Cruz é o símbolo de um dom antes de ser o símbolo de uma exigência. Mas, se isso for aceito, é impossível retirar-se do ser de Cristo para refugiar-se em suas palavras. A via de acesso última da pesquisa e busca do Jesus histórico está barrada, e manifesta o fracasso da tentativa de apresentar um fundamento à fé cristã através da investigação histórica. 3.5 A confusão semântica em torno da expressão “Jesus Histórico” Esse resultado teria sido reconhecido com mais facilidade se não fosse pela confusão semântica a respeito do sentido do termo “Jesus histórico”. Esse termo foi usado predominantemente para os resultados da pesquisa histórica referente ao caráter e vida da pessoa que está por trás dos registros do Evangelho. Como todo conhecimento histórico, nosso conhecimento dessa pessoa é fragmentário e hipotético. A investigação histórica sujeita esse conhecimento ao ceticismo metodológico e à mudança contínua que ocorre nos traços particulares, bem como nos essenciais. Ela tem como alvo ideal atingir um alto grau de probabilidade, mas em muitos casos isso é impossível. O termo “Jesus histórico” também é usado para significar o evento “Jesus como Cristo” como um elemento factual. O termo nesse sentido levanta a questão da fé e não a questão da pesquisa histórica. Se o elemento factual no evento cristão fosse negado, seria negado também o fundamento do cristianismo. Ceticismo metodológico sobre o labor da pesquisa histórica não nega esse elemento. A fé não pode nem mesmo garantir o nome “Jesus” com respeito àquele que foi o Cristo. Ela deve deixar isso às incertezas de nosso conhecimento histórico. Mas a fé garante a Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 9 de 38 transformação factual da realidade naquela vida pessoal que o Novo Testamento expressa em sua imagem de Jesus como o Cristo. Se não se distinguirem esses dois sentidos do termo “Jesus histórico”, não é possível haver nenhuma discussão honesta e frutífera. II. A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS 1. CONCEITO DE CRISTIFICAÇÃO Christos em grego é “ungido”, de epichriô, “ungir, “untar”. A ilustração utilizada pelo Educador em Teologia Expedito Nogueira Marinho bem se adeqúa a essa etimologia: quando cai sobre uma folha de papel uma gota de azeite, esse papel ou qualquer outra substância porosa fica ungida ou permeada pelo óleo ao ponto de parecer ambos a mesma coisa, porque tanto o azeite está no papel como o papel está no azeite, de forma que ambos não podem serem vistos separadamente. Por “cristificação”, entende-se o ato ou efeito de o homem Jesus de Nazaré (de fato, pessoa humana) ser permeado pelo “Cristo”. Para isso ocorrer Jesus teve que ser efetivamente homem. Entretanto, é preciso ponderar que apesar de Jesus ter nascido, crescido, trabalhado, sofrido como ser humano, não viveu como todo indivíduo. O nosso Senhor não era o tipo de homem como os outros homens. Essa análise deve ser feita para não se cair nos extremismos: uns elevam Jesus, a tal ponto de perder a sua humanidade como faziam os docéticos do passado; outros diminuem Jesus a tal ponto de confundi-lo com um mero ser humano qualquer. 2. SER FILHO DO HOMEM: REQUISITO PARA SER CRISTIFICADO O primeiro requisito para Jesus de Nazaré ser cristificado foi o fato de ele não ser um homem do tipo que toda a raça humana é. Ele foi o único homem 100% humano, enquanto o restante dos seres humanos são apenas semi-humanos. Por isso mesmo, enquanto Se manifestou em carne aos homens, Ele preferia Se autoentitular “O Filho do Homem”. Nosso Senhor não se denominou como filho de homem, mas sim Filho do homem, o que significa ser ele filho de uma geração 100% hominal. Ele foi gerado de modo diferente do restante da humanidade. O título Filho do Homem freqüentemente é aplicado à pessoa de Cristo, lembra sua humanidade (Jo 1.14). Cerca de 79 vezes esta expressão ocorre somente no NT e com exclusividade, nos Evangelhos, e vinte e duas vezes no livro do Apocalipse. Em Ezequiel (por toda a extensão do livro), a frase é empregada por Deus 91 vezes. Segundo o Dr. Allmen, em seu Vocabulário Bíblico citado por Tasker a expressão “Filho do Homem” (Jo 3.13) havia se tornado uma figura messiânica mais corrente. Esse é o motivo porque um exame dos textos evangélicos permitem, quase sem possibilidade de erro, preferir que ao designar-se “Filho do homem” o Senhor Jesus escolheu esse título, evidentemente, menos comprometido pelo nacionalismo judaico e pelas esperanças bélicas. Havia também uma esperança judaica do “Homem dos últimos tempos”, conforme lemos em Rm 5.12-21; 1 Co Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 10 de 38 15.22, 45, 47; e 2. 5-11). R.V.G. Tasker Professor Emérito de Exegese do Novo Testamento na Universidade de Londres em sua obra Mateus - Introdução e Comentário defende a idéia de que Cristo apartou para si o título em foco porque o termo expressava melhor do que qualquer outro vocábulo os dois lados da sua natureza. Por um lado, chamava a atenção para as limitações e sofrimentos a que ele estava por necessidade sujeito durante a sua existência terrena; como homem real (sendo que o hebraico, “filho do homem: , equivale a “homem”) esteve abaixo dos anjos, conforme Hb 2.6,7. Por outro lado. Também sugeria a sua transcendência, que se veria em toda a sua glória quando os homens vissem o Filho do homem vindo para juízo nas nuvens do céu e reivindicando os seus direitos de propriedade sobre todos os reinos de acordo com o vaticínio do profeta Daniel (Dn 7.13,14). 3. JESUS DE NAZARÉ PÔDE SER CRISTIFICADO PORQUE TAMBÉM É O FILHO DE DEUS Para os teólogos católicos Juan Mateos e Juan Barreto, na obra Vocabulário Teológico do Evangelho de São João, a terminologia “Filho do homem” indica a condição humana realizada nele com excelência, plenitude e unicidade que o constitui em modelo de homem, o vértice da humanidade. Em outro momento da obra, apesar de os autores recomendarem cautela ao interpretar essa expressão. Admitem que “Homem” acompanhado do artigo definido “o” no Evangelho segundo escreveu João, ou seja, “O homem” (o Filho do homem) aparece no texto joanino doze vezes: 1.51; 3.13,14; 6.27,53,62; 8.28; 9.35; 12.12,34; 13.31. A passagem mais destacável é Jo 6.27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; pois neste, Deus, o Pai, imprimiu o seu selo” (grifo nosso). Aqui o Filho do homem, distingui-se dos outros homens por estar marcado com o selo de Deus. Este selo é O Espírito, que recebeu em plenitude, conforme Jo 1.32,33. Ora, a visão de João Batista que descreve a descida do Espírito Santo é a explicação em forma de narrativa da afirmação teológica de Jo 1.14: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. A glória identifica-se com o Espírito e sua comunicação se realiza e caracteriza o projeto de Deus feito homem (vemos que em Jo 1.1c “um” Deus era o projeto. O filho do Homem significa pois nos lábios de Jesus, sua própria humanidade que possui a plenitude do espírito, o projeto divino sobre o homem realizado nele, o modelo de homem, o ‘vértice humano. É a realidade de Jesus vista desde baixo, desde sua raiz humanam, que se ergue até à absoluta realização pela comunicação do Espírito. O seu correlativo é o título “o Filho de Deus”, que significa a mesma realidade vista de cima, desde de Deus, designado o que é totalmente semelhante a ele e possui a condição divina. Nessa linha de análise, a expressão “o Filho de Deus” designa Jesus como o que possui a plenitude do Espírito de Deus, denotando a relação particular e exclusiva que Jesus tem com o Pai. a expressão encontra-se pela primeira vez nos lábios de João Batista, expressando o efeito da descida do Espírito sobre Jesus, conforme Jo 1.32-34. A esta consagração com o Espírito o próprio Jesus associa a sua qualidade de Filho de Deus, consoante Jo 10.36. A condição de Filho de Deus, Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 11 de 38 unidade à de Messias, constitui a profissão de fé da comunidade cristã. Logo, Jesus de Nazaré pôde ser cristificado porque também é o Filho de Deus. O TIPO DE FECUNDAÇÃO QUE FORMOU O CORPO DO SENHOR JESUS CRISTO Como já discorri anteriormente Jesus de Nazaré não se auto-entitulou como filho de homem, mas sim Filho do homem, o que denota ser ele filho de uma geração 100% hominal. Para se entender isso é preciso distinguir a forma comum com que a espécie humana é gerada e o modo sobrenatural pelo qual “o Verbo se fez carne”. 1. GERAÇÃO NATURAL - HUMANA, A NOSSA Fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado - a penetração de um espermatozóide em um óvulo. Nesse sentido, fecundar é comunicar a (um germe) o princípio, a causa imediata do seu desenvolvimento; é conceber, gerar alguém. Poucas maravilhas da natureza podem ser comparadas ao mágico instante da concepção da vida humana. O encontro entre o óvulo e o espermatozóide e marcado na Trompa de Falópio. Lá o óvulo, em repouso, espera pacientemente a chegada de um espermatozóide para ser fecundado e posteriormente tornar-se um bebê. O milagre da criação natural deve ocorrer dentro de 24 horas, caso contrário como declara a escritora Déborah Fonseca “tudo se resumirá a um rio de sangue”, com a chegada da menstruação. De outro lado, bem próximo, no momento do orgasmo masculino cerca de 400 milhões de espermatozóides são liberados e partem em ritmo alucinado para fazer cumprir sua missão de criar um novo ser humano,. Alguns podem levar horas até percorrerem os 18 centímetros entre a vagina e as trompas. Os mais afoitos, porém, conseguem chegar em questão de segundos. Há ainda outros, sem a mesma sorte, que acabam ficando pelo caminho presos nas cavidades do útero. Apenas um pequeno grupo vence todos os obstáculos e chega próximo ao óvulo. Sem hesitar um só instante, um dos espermatozóides se adianta aos outros e penetra o óvulo. Imediatamente, a composição química do óvulo se altera e impede a passagem de outros. É o fim desta incrível jornada e o início de uma nova vida. Glória ao Criador! A forma pela qual a raça humana é fecundada é a hiloplasmática. O prefixo “hilo” vem do vocábulo “hily” que significa matéria; e “plasmática” origina-se de “plasmar” que quer dizer “formar”. Essa análise etimológica nos leva a concluir que um corpo “hilo-gerado” é um corpo gerado pela matéria. Entende-se por matéria nesse contexto substância física, ou com mais aprofundamento, pelo ponto de vista filosófico da expressão, o que dá realidade concreta a uma coisa individual, que é o objeto de intuição no espaço e dotado de uma massa mecânica. Como vimos acima a forma com que uma pessoa é gerada é um estupendo milagre. Mas, por mais maravilhoso ( e não deixa de ser um milagre) que seja nosso Senhor Jesus teve uma geração muito mais maravilhosa que essa, como veremos adiante. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 12 de 38 2. GERAÇÃO SOBRENATURAL - DIVINA, A DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Se a produção de um ser humano natural já é estupenda e miraculosa, muito mais nos deixa estupefatos a forma com que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. É o chamado milagre da regressão, que o Apóstolo Paulo bem descreveu de um modo até poético aos crentes em Filipos, quando expôs a profunda doutrina da necessidade de o cristão manter-se humildade em seu coração a semelhança de “Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. (Fp 2.5-8). Como expus anteriormente a fecundação é o ato e o efeito pelo qual um ser humano é gerado - no caso natural ocorre com a penetração de um espermatozóide em um óvulo, comunicando-lhe a causa imediata do seu desenvolvimento. Mas o nosso Senhor Jesus não foi fecundado pelo modo hiloplasmático como comentei anteriormente. Sua geração foi bioplasmática. Analisemos a etimologia do termo “bioplasmática”. A palavra “bios” em grego é “vida” e relembrando o sufixo “plasmática” vem de “plasmar” que quer dizer “formar”. Significa dizer que um corpo “bioplasmático” é um corpo formado pela vida. Logo, Jesus foi gerado pela vida. A geração bioplasmática por certo fora a maneira com qual Deus planejara a procriação da espécie humana a partir de Adão, entretanto, tal plano foi frustrado pelo fato de o primeiro homem não ser aprovado no teste de fidelidade aplicado pelo Senhor. O pecado interrompeu o projeto de procriação pela vida planejado pelo Criador. Em contra partida, Jeová pôde executar o seu plano de geração do ser através da encarnação do Verbo divino. O Filho de Deus não foi gerado pela matéria, por isso, pôde se auto-entitular de Filho do Homem. Jesus de Nazaré foi o maior homem que já pisou a face da Terra. Talvez a idéia acima fique estranha ao leitor apressado da Bíblia que lendo o Santo Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu São Lucas vê a própria declaração de Jesus acerca de um profeta “... entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista” (Lc 7.28). Jesus sabia que Ele próprio era o maior ser humano da face da terra (o único 100% homem), mas também tinha consciência que não tinha provindo a carne de Maria e muito menos de José. Conforme vemos em Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus”. Falando de modo reverente, Gabriel diz que o Espírito Santo descerá sobre Maria e que o poder do Altíssimo a envolvera. Alguns exegetas esclarecem essa passagem bíblica de modo peculiar. Leon Morris ensina que esta expressão delicada exclui idéias grosseiras de uma “união” entre o Espírito Santo com Maria. Gabriel deixa claro que a concepção de Maria será o resultado de uma atividade divina. Por causa disso, o filho a ser nascido seria “santo... o Filho de Deus”. A nota de rodapé da Bíblia de Jerusalém esclarece que a expressão “o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra” evoca, seja nuvem luminosa de Jeová, conforme Ex 13.22, 19.16, 24.16), seja as asas do pássaro que Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 13 de 38 simbolizam o poder protetor (Sl 17.8; 57.2; 140.8) e criador (Gn 1.2) de Deus. Merril Tenney assevera que em contraste com as lendas pagãs da antigüidade relacionadas com reputada descendência de deuses homens, não houve nenhuma intervenção física. O Espírito Santo, por meio de uma ato criador no corpo de Maria, providenciou os meios físicos para a encarnação. O teólogo E. F. Kevan ensina que o Espírito Santo desceu sobre a virgem Maria em Sua capacidade como poder criativo de Deus, conforme Gn 1.2, a encarnação foi o começo de uma nova criação. O “poder do Altíssimo” cobriu-a livre de toda a mancha do pecado. Ainda que verdadeiramente da raça de Adão, Jesus no entanto nasceu como Cabeça, sem pecado, de uma nova raça. As palavras de Gabriel: “Será chamado Filho de Deus”, dão base à filiação divina do filho de Maria quando de Sua concepção pelo Espírito divino. Isso não implica, nem tão pouco exclui a sua preexistência. Seu resultado é visto na consciência da paternidade de Deus que Jesus possuía desde Seus anos primordiais. Portanto, o homem Jesus não fora gerado pela matéria, mas sim, pela vida. Não foi contaminado com o elemento pecaminoso que havia em Maria. Por outro lado, os homens naturais são “gerados pela carne e pelo sangue”, por isso são mortais como todo animal, mas, o Senhor Jesus possuía em si a imortalidade. Prova disso foi o que Ele mesmo revelou acerca dessa verdade: “...dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). Somente tem legitimidade para falar dessa maneira quem possui em si a imortalidade. Isso corrobora a verdade de que Jesus foi gerado de um modo 100% humano e 0% animal, em função disso, ele intitula a si mesmo de “O filho do Homem”. A NATUREZA HUMANA DE CRISTO A) NATUREZA HUMANA 1) Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8). 2) Feito da Semente de Davi: a) Sem (Gn.9:27). b) Abraão (Gn.12:1-3). c) Isaque (Gn.26:2-5). d) Jacó (Gn.28:13-15). e) Judá (Gn.49:10). f) Davi (IISm.7:12-16). B) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NATURAIS: 1) Vigor Físico (Lc.2:52). 2) Faculdades Mentais (Lc.2:40). C) APARÊNCIA PESSOAL (JO.4:9). D) NATUREZA HUMANA COMPLETA: Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 14 de 38 1) Corpo (Mt.26:12). 2) Alma (Mt.26:38). 3) Espirito (Lc.23:46). E) LIMITAÇÕES HUMANAS: 1) Limitações Físicas: a) Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28). b) Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5). c) Fome (Mt.21:18). d) Sede (Jo.19:28). e) Sofrimento e Dor (Lc.22:44). f) Sujeição à Morte (ICo.15:3). 2) Limitações Intelectuais: a) Precisava Crescer em Conhecimento (Lc.2:52). b) Precisava Adquirir Conhecimento pela Observação (Mc.11:13). c) Possuía Conhecimento Limitado (Mc.13:32). 3) Limitações Morais (Hb.2:18;4:15). 4) Limitações Espirituais: a) Dependia das Oraçes (Mc.1:35). b) Dependia do Espirito Santo (At.10:38; Mt.12:28). F) NOMES HUMANOS: 1) Jesus (Mt.1:21). 2) Filho do Homem (Lc.19:10). 3) O Nazareno (At.2:22). 4) O Profeta (Mt.21:11). 5) O Carpinteiro (Mc.6:3). 6) O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5). G) RELAÇÃO HUMANA COM DEUS: 1) Como Mediador e Sacerdote; Como representante da humanidade Jesus falava com Deus (Mc.15:34). 2) Kenosis: Auto esvaziamento de Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributos divinos. Jesus pôs de lado a forma de Deus, mas ao fazê-lo não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espirito Santo. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 15 de 38 A NATUREZA DIVINA DE CRISTO A) NOMES DIVINOS: 1) Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA); Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8). 2) Filho de Deus (Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36; 3) Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13; Is.44:6). 4) O Santo (At.3:14; Is.41:14; Os.11:9). 5) Pai da Eternidade e Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18). 6) Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21). 7) Senhor da Glória (ICo.2:8; Tg.1:21; Sl.24:8-10). 8) Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em grego é Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados deuses, e somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de divindade (At.2:36; IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16). B) PELO CULTO DIVINO QUE LHE É ATRIBUIDO: 1) Somente Deus pode ser adorado (Mt.4:10). 2) Jesus aceitou e não impediu Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52). 3) O Pai deseja que o Filho seja adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21-23 com Fp.2:10,11). 4) A Igreja primitiva o adorou e orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8-10). C) PELOS OFÍCIOS DIVINOS QUE LHE FORAM ATRIBUÍDOS: 1) Criador (Jo.1:3; Hb.1:8-10; Cl.1:16). 2) Preservador (Cl.1:17). 3) Perdoador de pecados (Mc.2:5,7,11; Lc.7:49). 4) Jesus é Jeová Encarnado (Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe.2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9(ARA = Senhor; ARC = Cristo; no grego = Criston); Sl.102:22-27 com Hb.1:10-12; Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2). D) PELA ASSOCIAÇÃO DE JESUS, O FILHO, COM O NOME DE DEUS PAI IICo.13:14; ICo.12:4-6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1; IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19 Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 16 de 38 E) ATRIBUTOS DIVINOS LHE SÃO ATRIBUÍDOS: 1) Atributos Naturais: a)Onisciência (Jo.1:47-51;4:16-19,29;6:64;16:30;8:55; Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3). b) Onipresença (Jo.3:13;14:23 Mt.18:20;28:20; Ef.1:23). c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28; Hb.1:3; Ap.1:8). d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24; Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2). e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6). f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8; Sl.102:26,27). g) Auto-Existência (Jo.1:1,2). h) Espiritualidade (IICo.3:17,18). 2) Atributos Morais: a) Santidade (At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24). b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3; IICo.10:1). c) Verdade (Mt.22:16; Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20). F) TÍTULOS DADOS IGUALMENTE A DEUS PAI E A JESUS CRISTO: 1) Deus: Deus Pai (Dt.4:39; IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9; Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20). 2) Único Deus Verdadeiro: Deus Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20). 3) Deus Forte: Deus Pai (Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6). 4) Deus Salvador: Deus Pai (Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25). 5) Jeová: Deus Pai (Ex.3:15), Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23). 6) Jeová dos Exércitos: (ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10 e Is.6:1-5 com Jo.12:41; Is.54:5). 7) Senhor: Deus Pai (Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo (Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5). Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 17 de 38 8) Único Senhor: Deus Pai (Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5). 9) Jeová e Salvador, Senhor e Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo (IIPe.1:11;2:20;3:18). 10) Salvador: Deus Pai (Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo (Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6). 11) Único Salvador: Deus Pai (Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6). 12) Salvador de todos os homens e do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14). 13) O Santo de Israel: Deus Pai (Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5). 14) Rei dos reis, Senhor dos senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16). 15) Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14), Jesus Cristo (Jo.8:58). 16) O Primeiro e O Último: Deus Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13). 17) O Esposo de Israel e da Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9; IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9). 18) O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1), Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20). G) OBRAS ATRIBUÍDAS IGUALMENTE A DEUS E A JESUS CRISTO: 1) Criou o mundo e todas as coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10). 2) Sustenta e preserva todas as coisas: Deus Pai (Sl.104:5-9; Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1) 3) Ressuscitou Cristo: Deus Pai (At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18). 4) Ressuscitou mortos: Deus Pai (Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25; Fp.3:20,21). 5) É o Autor da regeneração: Deus Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29). Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 18 de 38 A UNIPERSONALIDADE DE JESUS CRISTO Ficou provado que Jesus Cristo possui duas naturezas, a divina e a humana. No entanto, embora tenha duas naturezas, Ele não possui duas personalidades ou Pessoas, sendo uma Pessoa divina e outra humana, mas uma só e apenas uma. Jesus Cristo é uma só Pessoa em duas naturezas distintas, porém unidas. Aspectos Médicos da Crucificação de Jesus Cristo João 3:16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna. Hebreus 12:2 - " Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus." Nas ultimas horas da vida de Jesus o que ele suportou, e que vergonha ele sofreu? EXCRUCIAR: causar grande agonia, atormentar, torturar Latim : ex : sobre, por causa de / cruciar : cruz "por causa da cruz" O tom dessa apresentação poderá ser melhor resumida dentro da palavra "excruciar", (a raiz da palavra "cruciante") a qual se refere a algo que causa grande agonia ou tormento. As raízes em Latim da palavra são :"ex", que significa por causa de ou sobre, e "cruciar", que significa cruz. A palavra "excruciar" vem do Latim para "por causa de , ou sobre, a cruz". (Websters) VISÃO GERAL Jesus passou as suas últimas horas antes da crucificação em diversos lugares em Jerusalém. Ele começou a noite no Cenáculo, no sudoeste de Jerusalém. Na última ceia, Ele disse aos discípulos que Seu corpo e Seu sangue deviam ser dados por eles. (Mateus 26: 26- 29) Saindo Ele da cidade indo ao jardim de Getsêmane. Ele foi então preso e levado de volta para o palácio do sumo sacerdote. Onde Ele foi questionado por Anás, antigo sumo sacerdote, e Caifás, genro de Anás. Posteriormente, Ele foi julgado pelo sinédrio, e foi declarado culpado de blasfêmia ao se proclamar Filho de Deus. Ele foi sentenciado a pena de morte. Sendo que apenas aos romanos era dado o direito de executar criminosos, Ele foi mandado a Pôncio Pilatos na fortaleza Antonia. Pilatos, não encontrando nada de errado, Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 19 de 38 mandou-o para o rei Herodes, que devolveu-o a Pilatos. Pilatos, submetendo-se a pressão da multidão, então ordenou que Jesus fosse chicoteado e crucificado. Ele foi finalmente conduzido para fora dos muros da cidade para ser crucificado no Calvário. A SAÚDE DE JESUS E A DEMANDA DO SOFRIMENTO É razoável supor que Jesus estava com a saúde boa antes do sofrimento que Ele enfrentou nas horas que antecederam a sua morte. Ter sido um carpinteiro e viajando por toda a região durante Seu ministério requeria que Ele estivesse em boas condições físicas. Antes da crucificação, entretanto, Ele foi forçado a andar 4 quilômetros depois de uma noite sem dormir, durante a qual Ele sofreu grande angustia por seus seis julgamentos, foi escarnecido, ridicularizado e severamente golpeado, e foi abandonado por seus amigos e seu Pai. (Edwards) O CENÁCULO OU QUARTO SUPERIOR O sofrimento começou no Cenáculo de uma casa que nós chamamos agora de a Ultima Ceia, Aonde Jesus, deu a primeira comunhão, profetizando que Seu corpo e sangue seria dado.(Mateus. 26:17-29) Hoje em Jerusalém, qualquer pessoa pode visitar o Cenáculo ou Cenaculum (latim para sala de jantar), um quarto que esta construído sobre onde acredita-se ser o local do Cenáculo, (Kollek) que está localizado no sudoeste na direção da velha cidade. GETSÊMANE: prensa de óleo Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue, que caíam sobre o chão. "o Espirito de Deus....esmagado" Do Cenáculo, Jesus foi para fora dos muros da cidade aonde passou algum tempo em oração no Jardim de Getsêmane. Hoje em dia o jardim tem muitas antigas árvores de oliva, algumas delas podem ter crescido das raízes das árvores que estavam presentes na época de Jesus. (Todas as árvores em volta de Jerusalém foram cortadas quando os Romanos conquistaram a cidade em 70 D.C. Árvores de oliva podem regenerar-se de suas raízes e viver por milhares de anos.) O nome "Getsêmane", vem do Hebreu Gat Shmanim, significa "prensa de óleo" (Kollek). Desde que "óleo" é usado na Bíblia para simbolizar o Espirito Santo, pode-se dizer então que o jardim é onde "o Espirito de Deus foi esmagado". (Missler). Era aqui que Jesus agonizou em oração sobre o que deveria ocorrer. É importante saber que este é o único lugar na Bíblia, (segundo a versão de KJV), onde a palavra "agonia" é mencionada. (Strong's Concordance) A palavra Grega para agonia significa "empenhado em combate" (Pink) Jesus agonizou sobre o que Ele teria que passar, sentindo que Ele está ao ponto de morrer (Marcos14:34). Contudo Ele orava, "Não se faça a minha vontade, mas a tua." De importância medica, é que Lucas menciona Ele tendo suado sangue. O termo médico para isto, "hemohidrosis" ou "hematidrosis" tem sido visto em pacientes que experimentaram, extremo stress ou choque nos seus sistemas. (Edwards) Os capilares em volta dos poros Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 20 de 38 suados tornam-se frágeis e começam a pingar sangue no suor. Um caso na história é descrito em que uma menina que tinha medo de ataques aéreo, na Primeira guerra mundial, desenvolveu estas condições depois que ocorreu uma explosão de gás na casa vizinha a dela. (Scott) Outro relatório menciona uma freira que, ao estar ameaçada de morte pelas espadas dos soldados inimigos, "estava tão aterrorizada que ela sangrava por toda parte do seu corpo e morreu de hemorragia na presença de seus atacantes."(Grafenberg) Em memorial ao sofrimento de Jesus, a igreja que agora está em Getsêmane é conhecida como a Igreja da Agonia. (também chamada de Igreja das Nações porque muitas nações doaram dinheiro para sua construção).(Kollek) ABANDONADO PELOS HOMENS Mateus 26:56b: "Então todos os discípulos, deixando-o fugiram." Salmos 22:11: "Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda." Enquanto estava em Getsêmane, Jesus é traído por Judas e preso pelos Judeus. Todos os seus discípulos o abandonaram, até mesmo ao custo de ter que correr nu (Marcos 14:51-52). Ele é preso (João 18:12) então levado de volta para a cidade e para corte do Sumo Sacerdote, aonde é localizada perto do Cenáculo. ASPECTOS ILEGAIS DO JULGAMENTO DE JESUS A seguir estão alguns dos aspectos ilegais do julgamento de Jesus: - Os julgamentos poderiam ocorrer somente nos lugares de reunião regular do Sinédrio (não no palácio do Sumo Sacerdote) - Os julgamentos não podiam ocorrer na véspera do Sabat ou de Festas e nem a noite - Uma sentença de "culpado" somente poderia ser pronunciada no dia seguinte ao julgamento A INTRODUÇÃO DAS TESTEMUNHAS Deut 19:15: "Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de três testemunhas se estabelecerá o fato." Deut 17:6: "Pela boca de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; pela boca duma só testemunha não morrerá." Marcos 14:56: "Porque contra ele muitos depunham falsamente, mas os testemunhos não concordavam." Enquanto na corte do Sumo Sacerdote, Ele foi questionado por Anás (João 18:13) e golpeado por um soldado (João 18: 22). Ele foi trazido então a Caifás e ao Sinédrio, que procuravam Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 21 de 38 por Jesus à morte pelo testemunho falso de muitas testemunhas. As testemunhas trazidas contra Ele não concordavam. Pela lei, ninguém poderia ser posto a morte sem a concordância de duas ou três testemunhas nos seus testemunhos. Embora as testemunhas não concordassem, Ele foi considerado culpado de blasfêmia quando Ele lhes disse de Sua identidade como Filho de Deus. Ele foi sentenciado a morte. Jesus sofreu escarnecimento dos guardas do palácio, que cuspiram nEle, bateram nEle e esbofetearam Sua cara. (Marcos 14:65.) Durante o julgamento, Pedro nega-Lhe três vezes. Os procedimentos do julgamento de Jesus violaram muitas das leis da Sua sociedade. Entre algumas das outras leis violadas estão: (Bucklin) 1. Nenhuma aprisionamento poderia ser feito a noite. 2. A hora e a data do julgamento eram ilegais porque ocorreu a noite e na véspera do Sabat. Neste momento impossibilitando alguma chance para o requerimento da suspensão da pena no dia seguinte ao evento da condenação. 3. O Sinédrio era sem autoridade para incitar acusações. Era somente suposto para investigar acusações trazidas perante ele. No julgamento de Jesus, a própria corte formulou as acusações. 4. As acusações contra Jesus foram mudadas durante o julgamento. Ele foi inicialmente acusado de blasfêmia baseado na sua declaração de que poderia destruir e reconstruir o Templo de Deus dentro de três dias, e também de ser Filho de Deus. Quando Ele foi trazido perante Pilatos, a acusação era que Jesus era um Rei e não defendia o pagamento de impostos aos Romanos. 5. Como indicado acima, a exigência de duas testemunhas de acordo para condenar a pena de morte não foi cumprida.. 6. A corte não se reuniu no regular local de reuniões do Sinédrio, como é requerido pela lei Judia. 7. A Cristo não foi permitido uma defesa. Pela a lei judia, deveria ter ocorrido uma busca exaustiva nos fatos apresentados pelas testemunhas. 8. O Sinédrio pronunciou a sentença de morte. Pela a lei, ao Sinédrio não era permitido condenar e colocar a pena de morte em efetivo. (João 18:31) Hoje, se pode visitar o palácio do Sumo Sacerdote. Aonde se pode estar no meio das ruínas do pátio. E está disponível um modelo das estruturas do palácio no tempo de Jesus. VEREDICTO DE PILATOS Marcos 15:15 - "Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e tendo mandado Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 22 de 38 açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado." O Sinédrio reuniu-se cedo na manhã seguinte e sentenciou-O a morte.(Mateus 27:1) Jesus foi levado perante a Pilatos, porque aos judeus não era dado como aos romanos o direito de realizar execuções. A acusação foi agora mudada para a alegação que Jesus reivindicava ser Rei e proibia a nação de pagar impostos a César. (Lucas 23:5) Apesar de todas as acusações, Pilatos não encontrou nada errado. Ele mandou Jesus a Herodes. Jesus ficou calado perante Herodes, exceto para afirmar que Ele é o Rei dos Judeus. Herodes mandou-O devolta a Pilatos. Pilatos é incapaz de convencer a multidão da inocência de Jesus e ordena Jesus a ser posto a morte. Algumas fontes indicam que era lei romana, que um criminoso que estava para ser crucificado teria que primeiro ser chicoteado.(McDowell) Outros acreditam que Jesus foi primeiramente chicoteado por Pilatos na esperança de livra-Lo através de uma punição mais leve.(Davis) Apesar do seu esforços, os Judeus permitiram que Barrabás fosse liberado e exigiram que Jesus fosse crucificado, ainda gritando que, "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mateus 27:25) Pilatos entrega Jesus para ser chicoteado e crucificado. É neste momento que Jesus sofre um violento espancamento físico. (Edwards) Durante as chicotadas, a vitima era amarrada a um poste, deixando suas costas inteiramente exposta. Os Romanos usavam um chicote, chamado flagrum ou flagellum o qual consiste em pequenas partes de osso e metal unidos a vários cordões de couro. O número de chicotadas não é registrado nos evangelhos. O número de golpes na lei judia foi estabelecido em Deuteronômio 25:3 em quarenta, mas mais tarde reduzido a 39 para prevenir golpes excessivos por um erro de contagem. (Holmans). A vítima frequentemente morria por causa do espancamento. (39 golpes acreditava-se trazer o criminoso a " um da morte".) A lei romana não colocava nenhum limite sobre o número de golpes a se dar. (McDowell) Durante as chicotadas, a pele era arrancada das costas, expondo uma massa ensanguentada de músculo e osso ("hambúrguer " : Metherall). Ocorria extrema perda de sangue pelo espancamento, enfraquecendo a vítima ,as vezes, ao ponto de ficar inconsciente. SOLDADOS ROMANOS ESCARNECEM E BATEM EM JESUS Mateus 27:28-30 (Os soldados) despiram-No e colocaram-No um manto escarlate então trançaram uma coroa de espinhos e fixaram em sua cabeça. Eles colocaram uma cajado na Sua mão direita e ajoelharam-se na Sua frente e O escarnecia dizendo: "Salve, rei dos judeus!". Eles cuspiram nEle, e pegaram o cajado e golpearam-O na cabeça várias vezes. Jesus foi então espancado pelos soldados romanos. No escarnecimento, eles vestiram-No no que era provavelmente a capa de um oficial romano, o qual era de cor roxo escuro ou escarlate. (Bíblia Amplificada) Ele também usava a coroa de espinhos. Ao contrário da coroa tradicional a qual é descrita por um anel aberto, a verdadeira coroa de espinhos pode ter coberto o escalpo inteiro.(Lumpkin) Os espinhos podem ter tido 2.54 a 5.08 centímetros de comprimento. Os evangelhos indicam que os soldados romanos continuamente bateram na cabeça de Jesus. Os golpes dirigiram os espinhos para dentro do escalpo (uma das áreas mais vascular do corpo) e na testa, causando sangramento severo. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 23 de 38 A COROA DE ESPINHOS E O MANTO Gênesis 3:17b-18: "Maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e abrolhos; e comerás das ervas do campo. "Isaías 1:18 "Vinde, pois, e arrazoemos," diz o SENHOR. "Ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelho como o carmesim, tornar-se-ão como lã." O significado do manto escarlate e a coroa de espinhos é para enfatizar Jesus tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. A Bíblia descreve o pecado pela cor escarlata (Isaías 1:18) e aqueles espinhos que apareceram logo depois da queda do homem, como um sinal da maldição. Assim, os artigos que Ele usou são símbolos para mostrar que Jesus tomou os pecados (e maldições) do mundo sobre Ele mesmo. Não é claro se Ele usou a coroa de espinhos na cruz. Mateus descreve que os romanos removeram Suas roupas depois do espancamento, e então colocaram Suas próprias roupas de novo nEle. (Mateus 27:31) A SEVERIDADE DO ESPANCAMENTO Isaías 50:6: "Ofereci as minhas costas aos que me feriam, e as minhas faces aos que me arrancavam a barba; não escondi o meu rosto dos que me afrontavam e me cuspiam." Isaías 52:14: "..... Como pasmaram muitos à vista dele -- pois o seu aspecto estava tão desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens --" A severidade do espancamento não é detalhada nos evangelhos. Entretanto , no livro de Isaías, ele sugere que os romanos arrancaram Sua barba.(Isaías 50:8) Também é mencionado que Jesus foi espancado tão severamente que seu aspecto não parecia como "a dos filhos dos homens" i.e. como uma pessoa. "O seu aspecto estava tão desfigurado que não era o de um homem, e a sua figura não era a dos filhos dos homens." As pessoa ficavam horrorizadas ao olhar para Ele (Isaías 52:13). Seu desfiguramento talvez possa explicar porque Ele não foi reconhecido facilmente em Suas aparições pós ressurreição.(Missler) Hoje, se pode visitar o local conhecido como Lithostrotos, aonde acredita-se ser o chão da Fortaleza de Antônio.(todavia recente escavações talvez ponha em dúvida esta teoria (Gonen)) O chão está marcado para jogos uma vez jogados por soldados romanos. Do espancamento, Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa, para ser crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em 595 metros. (Edwards). Uma rua estreita de pedra, era provavelmente cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi conduzido através das ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz (chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal provavelmente pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda dos soldados romanos, o qual Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 24 de 38 carregava uma placa que anunciava Seu crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em Latim e em Grego. No caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que Ele talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Uma queda com o pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado uma contusão do coração, predispondo Seu coração a ruptura na cruz. (Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da África (Tripoli)), que aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar. A presente Via Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi conduzido a Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a verdadeira localização da Via Dolorosa é disputada. Muita da tradição a respeito do que aconteceu a Jesus é encontrada na Via Dolorosa hoje em dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram e 9 igrejas no caminho hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. (Magi) Hoje em dia, há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que foram usadas durante a época de Jesus. SOFRIMENTO NA CRUZ Salmo 22:16-17: " Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me." O evento da crucificação é profetizado em diversos lugares por todo o Velho Testamento. Um dos mais impressionantes é narrado em Isaías 52:13, aonde ele diz que, "Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime." Em João 3, Jesus fala sobre o cumprimento dessa profecia quando Ele diz, "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna." Ele refere aos eventos narrado em Números 21:6-9. O Senhor tinha mandado uma praga de serpentes impetuosas no povo de Israel e morderam o povo de modo que muitas pessoas morreram. Depois que o povo confessou seus pecados a Moisés, o Senhor perdoou eles tendo feito uma serpente de bronze. O bronze é um símbolo do julgamento e a serpente é um símbolo da maldição. Quem quer que fosse mordido por uma serpente e então olhasse a serpente de bronze, era salvo da morte. Estes versos são profecias que apontam a crucificação, em que Jesus seria (levantado) na cruz para julgamento do pecado, para que todo aquele que nele crê não pereça, (a morte eterna) mas tenha a vida eterna.II Cor 5 :21 Amplifica este ponto, nisso "Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus."(Pink) É interessante que o símbolo de Aesculapius que é o símbolo da profissão médica hoje em dia, teve suas raízes da fabricação da serpente de bronze.(Metherall) Certamente, Jesus é quem cura a todos! Jesus é conduzido ao lugar da caveira (Latim: Calvário, Aramaico: Golgota) para ser crucificado. A atual localização do Calvário está também em disputa. No fim da Via Dolorosa, há uma "T bifurcação ". Se virarmos a esquerda, nós iremos a Basílica do Santo Sepulcro. Se virarmos para direita, nós iremos ao Calvário de Gordon. A Basílica do Santo Sepulcro tem se acreditado por muito tempo ser o local tradicional da crucificação. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 25 de 38 Calvário de Gordon possivelmente tem uma razão profética para ser o lugar da crucificação. Em Gênesis 22, Abraão é testado por Deus para sacrificar Isaque no topo da montanha. Percebendo que ele estava agindo fora da profecia, que "Deus proverá para si o Cordeiro", Abraão chama o lugar do evento de "Jeová-Jiré", "No monte do senhor se proverá." Se nós pegarmos isso como evento profético da morte de Jesus, então Jesus morreu no terreno mais elevado de Jerusalém. Calvário de Gordon é o ponto mais elevado de Jerusalém, 777 metros acima do nível do mar. (Missler: Map from Israel tour book) Hoje em dia, no Calvário de Gordon, as cavernas na rocha estão situadas de tal maneira que dão ao local a aparência de uma caveira. Jesus foi então crucificado. Crucificação era uma prática que se originou com os Persas e foi mais tarde passado para os Carthaginians e os fenícios. Os romanos aperfeiçoaram como um método de execução o qual causava máxima dor e sofrimento em um período de tempo. Aos crucificados incluíam escravos, provincianos e os tipos mais baixos de criminosos. Cidadãos romanos, exceto talvez para soldados que desertavam, não eram sujeitados a esse tratamento. (McDowell) O local da crucificação "era escolhido propositadamente para ser fora dos muros da cidade porque a Lei proibia tais de ser dentro dos muros da cidade... por razões sanitárias... o corpo crucificado era as vezes deixado para apodrecer na cruz e servir como uma desonra, um convincente aviso e dissuasivo para os que ali passavam." (Johnson) Às vezes, o subordinado era comido quando vivo e ainda na cruz por bestas selvagens. (Lipsius) O Procedimento da crucificação pode ser resumido conforme o seguinte. O patibulum era colocado sobre a terra e a vitima colocada em cima dele. Os pregos, com aproximadamente 18 centímetros de comprimento e com 1 cm de diâmetro eram cravados nos pulsos. Os pregos entrariam na proximidade do nervo mediano, causando que choques de dor fosse irradiado por todo o braço. Era possível colocar os pregos entre os ossos de modo que nenhuma fratura (ou ossos quebrados) ocorressem. Estudos tem mostrado que os pregos provavelmente estiveram cravados através dos ossos pequenos do pulso, desde que pregos na palma da mão não suportariam o peso de um corpo. Em terminologia antiga, o pulso era considerado ser parte da mão. (Davis) Posicionado no local da crucificação estariam postes em pé, tendo aproximadamente 2.15 metros de altura.(Edwards) No centro dos postes estava um ordinário assento, chamado sedile ou sedulum, no qual servia como suporte para a vítima. O patibulum era então levantado sobre os postes. Os pés eram então pregados aos postes. Para permitir isto, os joelhos teriam que ser dobrados e girados lateralmente, deixando numa posição muito desconfortável. O titulo era pendurado sobre a cabeça da vitima. Havia diversos tipos diferentes de cruzes usadas nas crucificações. Na época de Jesus, era mais provável que a cruz usada fosse no formato de T (ou "tau" cruz,), não a popular cruz no formato t a qual é aceita nos dias de hoje.(Lumpkin) Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 26 de 38 SOFRIMENTO FÍSICO NA CRUZ Salmos 22:14-15: "Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas. A minha força secou-se como um caco e a língua se me pega ao paladar; tu me puseste no pó da morte." Tendo sofrido pelo espancamento e pelas chicotadas, Jesus sofreu de severa hipovolemia pela perda de sangue. Os versos acima descrevem Seu estado desidratado e a perda de Sua força. Quando a cruz era erguida verticalmente, havia uma tremenda tensão posta sobre os pulsos, braços e ombros, resultando num deslocamento dos ombros e juntas dos cotovelos.(Metherall) Os braços, sendo preso para cima e para fora, prendendo a caixa torácica numa fixa posição final inspiratória na qual dificulta extremamente o exalar, e impossibilitava ter completa inspiração do ar. A vítima poderia apenas ter pequenas respiradas.(Isto talvez explique o porque Jesus fez pequenas declarações enquanto estava na cruz). Enquanto o tempo passava, os músculos, pela perda de sangue, falta de oxigênio e posição fixa do corpo, passariam por severas cãibras e contrações espasmódicas. ABANDONADO POR DEUS -- MORTE ESPIRITUAL Mateus 27:46: "Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Com o pecado do mundo sobre Ele, Jesus sofreu a morte espiritual (separação do Pai).Isaías 59:2 diz que o pecado causa separação de Deus, e que Ele esconde Sua face de vós de modo que Ele não ouça. O Pai teve que virar a face de Seu Filho Amado quando estava na cruz. Pela primeira vez, Jesus não dirige a Deus como Seu Pai.(Courson) MORTE POR CRUCIFICAÇÃO: LENTA SUFOCAÇÃO Respiração superficial causando colapso em pequenas áreas do pulmão. Diminuição do oxigênio e aumento de gás carbônico causando acides nos tecidos. Líquido formado nos pulmões. Piorando a situação citada na 2ª etapa. O coração é estressado e eventualmente para. O lento processo do sofrimento e consequência da morte durante a crucificação pode ser sumariado como segue: "... aparentemente parece que o mecanismo da morte na crucificação era asfixia. A corrente de eventos no qual conduziram finalmente a asfixia são as seguintes: Com o peso do corpo Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 27 de 38 que está sendo suportado pelo sedulum, os braços eram puxados para cima. Causando o intercostal e o músculo peitoral a ser esticado. Além disso, o movimento destes músculos era oposto pelo peso do corpo. Com os músculos respiratórios esticados assim, a respiração torna-se relativamente fixa. Enquanto dispnea desenvolve e dor nos pulsos e braços aumentam, a vítima era forçada a levantar o corpo do sedulum, transferindo desse modo o peso do corpo aos pés. A respiração tornam-se mais fácil, mas com o peso do corpo sendo exercido pelos pés, a dor nos pés e pernas aumentava. Quando a dor se tornava insuportável, a vítima repentinamente abaixava outra vez para o sedulum com o peso do corpo puxando os pulsos e outra vez esticando os músculos intercostal. Dessa maneira, a vítima alterna entre levantar seu corpo do sedulum a fim de respirar e repentinamente abaixando no sedulum para aliviar a dor nos pés. Eventualmente, ele torna-se esgotado ou fica inconsciente de modo que não poderia mais levantar seu corpo do sedulum. Nesta posição, com os músculos respiratórios essencialmente paralisados, a vitima sufocava e morria.(DePasquale and Burch) Devido a defeituosa respiração, os pulmões da vitima começavam a ter colapsos em pequenas áreas causando hipoxia e hipercarbia. Uma acides respiratória, com a falta de compensação pelos rins devido a perda de sangue decorrentes das numerosas surras, resultou em um aumento da pressão cardíaca, que bate mais rápido para compensar. Acumulam líquidos nos pulmões. Sob o stress da hipoxia e acides o coração eventualmente falha. Há diversas teorias diferentes na real causa da morte. Uma teoria declara que houve um enchimento do pericárdio com liquido, que pôs uma pressão fatal na habilidade do coração de bombear sangue (Lumpkin). Uma outra teoria declara que Jesus morreu de ruptura cardíaca." (Bergsma) A real causa da morte de Jesus , entretanto, " pode ter sido por múltiplos fatores e relacionado primeiramente a choques hipovolemicos, exaustante asfixia e talvez aguda falha cardíaca. "(Edwards) Uma fatal arritmia cardíaca pode ter causado o evento terminal. (Johnson, Edwards) UMA ÚLTIMA BEBIDA DO VINAGRE João 19:29-30: "Estava ali um vaso cheio de vinagre. Puseram, pois, numa cana de hissopo uma esponja ensopada de vinagre, e lha chegaram à boca. Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espirito. Tendo sofrido severa perda de sangue de suas numerosos espancamentos e desta forma em um estado desidratado, Jesus, em uma das suas últimas declarações, diz "Tenho sede." Foi 2 vezes oferecido bebida a Ele na cruz. A primeira, na qual Ele recusou, era vinho veja Vinho nos tempos de Jesusdrogado (misturado com mirra) veja também Aspéctos Médicos da Morte de Jesus. Ele escolheu enfrentar a morte sem uma mente turvada. Edersheim escreve: "Era uma prática de misericórdia Judaica dar aqueles conduzidos a execução uma poção de um forte vinho veja Vinho nos tempos de Jesusmisturado com mirra para entorpecer a consciência" (Mass Sem 2.9; Bemid. R. 10). Esta função caritativa era realizada à custa de, se Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 28 de 38 não por, uma associação de mulheres em Jerusalém (Sanh. 43a). A poção foi oferecido a Jesus quando Ele alcançou Gólgota. Mas tendo provado....Ele não beberia....Ele encontraria com a Morte, mesmo no seu mais severo e violento modo, e conquistar submetendo-se ao todo....(p.880). A segunda bebida, a qual Ele aceita momentos antes da Sua morte, é descrita como um vinagre de vinho - veja . É importante notar Dois pontos. A bebida foi dada em "cana da planta de hissopo". Lembre-se que estes eventos ocorreram na festa da Páscoa. Durante esta festa, (Êxodo 12:22) hissopo foi usado para aplicar o sangue do cordeiro da Páscoa nos umbrais de madeira dos judeus. É interessante o final desta cana de hissopo apontando para o sangue do cordeiro perfeito o qual era aplicado na cruz de madeira para salvação de toda a humanidade. (Barclay) Em adicional, o vinagre é um produto da fermentação, o qual é feito de suco de uva e fermento. A palavra literalmente significa "aquilo o qual é azedado" e é relacionado com o termo em Hebreu para "aquilo o qual é levedado". (Holmans) Fermento ou levedo, é um símbolo Bíblico do pecado. Quando Jesus tomou esta bebida, (i.e. a bebida no qual era "levedada") assim sendo simbólico Dele tomando os pecados do mundo sobre Seu corpo. CELEBRAÇÃO DA OPOSIÇÃO GUERRA ESPIRITUAL Salmos 22:12-13: " Muitos touros me cercam; fortes touros de Basã me rodeiam. Abrem contra mim sua boca, como um leão que despedaça e que ruge." Enquanto Ele estava na cruz, trevas cobriram a terra (do meio-dia às três da tarde). Jesus, emLucas 22:53, assocía aqueles que o prenderam com o poder das trevas. Aonde estavam as forcas do mal enquanto Jesus estava na cruz? Os versos acima do Salmo 22 parece fora do lugar quando primeiramente se lê. Ali não aparenta ter menção de "touros" e "leões" em volta da cruz. Os versos, entretanto, tem um profundo significado.(Courson) Basã era uma área ao leste do Rio Jordão a qual era famosa por sua fertilidade. O gado era criado lá o qual cresciam a tamanhos enormes. As pessoas lá adoravam espíritos demoníacos (associados a Baal) dentro do rebanho. Em1 Pedro 5:8, Satanás e descrito como " rugindo como leão... procurando a quem possa tragar" Estes versos são desta forma sugestivos da atividade espiritual de Satanás e seus demônios, celebrando enquanto Jesus estava sofrendo na cruz. JESUS DEU SUA VIDA João 10:17-18: " Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." Lucas 23:46: "Jesus, clamando com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.". O tempo médio de sofrimento antes da morte por crucificação é indicada aproximadamente de 2 a 4 dias (Tenney), embora a casos relatados aonde a vitima viveu por 9 dias. (Lipsius) As Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 29 de 38 causas reais da morte por crucificação eram de múltiplos fatores, um dos mais significantes seria a severidade dos açoites. (Edwards) Jesus teve uma morte física rápida (Pilatos ficou surpreso que Ele tinha morrido assim tão rápido.) (Marcos 15:44). Embora muitos dos sinais físicos precedentes a morte estavam presentes, uma possibilidade é que Jesus não morreu por fatores físicos o qual acabaria com Sua capacidade de viver, mas que Ele deu Sua vida de acordo com Sua vontade. Sua ultima declaração, "nas tuas mãos entrego o meu espírito" parece mostrar que a morte de Jesus ocorreu por Ele se entregando. Em João 10, Ele declara que apenas Ele tem o poder dar Sua vida. Ele provou Seu poder sobre a morte por Sua ressurreição. Verdadeiramente, Deus é o que tem poder sobre a vida e a morte. MORTE POR CRUCIFICAÇÃO: ACELERADA quebrando as pernas, de modo que a vítima não podia levantar para ter uma boa respiração. João 19:32-33: "Foram então os soldados e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; " CONFIRMADA por uma lança enfiada no lado direito do coração. João 19:34: "contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água." Morte na crucificação era acelerada quebrando as pernas da vitima. Este procedimento, chamado crurifratura, previne a capacidade da vitima de respirar bem. A morte ocorreria rapidamente por asfixia. No caso de Jesus, Ele morreu rápido e não teve Suas pernas quebradas. Jesus cumpriu um dos requerimentos proféticos do cordeiro da Páscoa, que nenhum osso deveria ter sido quebrado.(Êxodo 12:46,João 19:36) Para confirmar que a vitima estava morta, os romanos aplicavam uma lança atravessando o lado direito do coração. Quando perfurado, um fluxo repentino de sangue e água saíram do corpo de Jesus. O significado medico do sangue e água tem sido assunto de debate. Uma teoria declara que Jesus morreu de enfarte maciço do miocárdio, no qual a um rompimento do coração (Bergsma) no qual talvez tenha resultado na Sua queda enquanto carregava a cruz. (Ball) Outra teoria declara que o coração de Jesus estava rodeado por fluidos do pericárdio, o qual constringe o coração causando morte.(Davis) O stress físico da crucificação talvez tenha produzido uma fatal arritmia cardíaca. (Johnson) A ordem indicada "sangue e água" talvez não indique necessariamente a ordem do aparecimento, mas antes a relativa importância de cada fluido. Neste caso, uma lança através do lado direito do coração deixaria o fluido pleural (fluido formado nos pulmões) sair primeiro, seguido por fluxo de sangue da parede do ventrículo direito.(Edwards) O fato importante é que evidencias medicas suportam que Jesus teve uma morte física. Mas claro, que a história, não termina aqui. O grandioso evento que separa Jesus de todos os outros é o fato que Ele ressuscitou e hoje vive. Ele intercede a direita do Pai por aqueles que O seguem.(Hebreus 7:25) Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 30 de 38 APARÊNCIA NO CÉU Apocalipse 5:6: " Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus, enviados por toda a terra." Pela eternidade, Jesus irá levar as marcas da Sua crucificação.Apocalipse 5:6 sugere que Ele aparece no céu com as marcas como o Cordeiro " como havendo sido morto ". Nós sabemos que quando Ele apareceu a Tomé que ele carregava as marcas dos pregos e da lança no seu lado.(João 20:26-28) Vale a pena também considerar as razões do porque Ele não foi imediatamente reconhecido depois da Sua ressurreição. Em João 21:12, é declarado que nenhum dos discípulos "ousava perguntar-lhe: Quem és tu? sabendo que era o Senhor" É possível que Seu corpo ressurrecto continuasse a ter as marcas dos Seus espancamentos. "O corpo da Sua glorificação será o corpo da Sua humilhação." (Missler) Nós estamos preparados para encontrar com Ele? O que nós estamos fazendo com o que Ele tem nos dado? Hoje, Ele nos encoraja a considerar o custo da cruz e aplicar em nossas próprias vidas. SEGUINDO A JESUS CRISTO Lucas 9:23: " Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me." Quando Ele estava na terra, Jesus declarou que, " Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lucas 9:23) Como nós vimos, nos tempos de Jesus significou ir a sua morte, entregando e separando você de tudo que você tinha.......seus direitos, seus amigos, seu corpo e sangue e até seus "deuses", para seguir a Ele. Nós somos desafiados pelo exemplo de Simão, cireneu. As Escrituras mencionam ele sendo o pai de Alexandre e Rufo.(Marcos 15:21) Rufo ("um homem eleito no Senhor ") e a mulher de Simão ambos são mencionados por Paulo em sua carta a igreja Romana. (Romanos 16:13) Aqui estava um homem, que de fato carregou a cruz ...e causou um impacto para Cristo na eternidade. Que compromisso você esta disposto a fazer agora com Ele? A Bíblia, a Palavra de Deus (II Timóteo 3:16-17), relata como Deus uma vez teve um relacionamento pessoal com o homem. Deus falava e relacionava com o homem, exatamente como você pode se relacionar com seu melhor amigo. Deus criou o homem para dar a ele uma vida significante e cheia de propósito. Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 31 de 38 O homem escolheu seguir seu próprio caminho por ter desobedecido a Deus. (Isto aplica a todos os homens como emRomanos 3:23). Esta desobediência, chamado pecado, causou uma quebra no relacionamento entre homem e Deus. Se o homem eventualmente procura um relacionamento com Deus por seus próprios esforços (religião), ele não irá achar nada, porque o pecado quebrou a comunicação. (Isaías 59:2) Cristianismo é a historia de Deus sacrificando Seu Filho para restaurar o relacionamento que estava quebrado. Como indicado no texto acima, Jesus deu Sua vida para pagar pelos pecados da humanidade e recebeu a punição pelo pecado sobre Ele. Porque Ele deu Sua vida na cruz, qualquer um que acredite Nele terá restaurado o relacionamento pessoal com Deus. Ele mesmo, Jesus, alegou ser o único caminho a Deus. (João 14:6) e apenas pelo conhecimento de Deus através de Jesus Cristo o homem pode ter uma vida significante e cheia de propósito.(João 10:10). A vida de Cristo de A a Z e de Gênesis a Apocalipse Jesus “o Senhor é salvação” Jesus Cristo é retratado no Novo Testamento como Salvador do mundo, e o nome Jesus em si significa "Salvador". Conforme escreveu João no final de seu evangelho, "estes [sinais], porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome'. Infância A mãe de Jesus, Maria, deitou o bebê Jesus numa manjedoura quando ele nasceu em Belém, onde os pastores o visitaram. Jesus foi apresentado no templo, e depois Maria e José, padrasto de Jesus, fugiram para o Egito com Jesus após a visita dos magos. Eles retomaram posteriormente a Nazaré, onde José trabalhou como carpinteiro. Além da visita de Jesus ao templo quando tinha doze anos, quando ele ouviu os mestres e lhes fez perguntas, nada mais é conhecido à respeito da sua infância. Três anos de ministério Quando Jesus tinha cerca de 30 anos, João Batista o batizou no rio Jordão, antes de Jesus ir para o deserto a fim de ser tentado por Satanás. Após isto, Jesus iniciou seu ministério público, escolhendo doze apóstolos para estarem com ele. Jesus fez muitos milagres, como transformar a água em vinho em Caná, e muitas curas, como a ressurreição da filha de Jairo. Ele também pregou freqüentemente, como no Sermão do Monte, e contou numerosas parábolas memoráveis, como a do bom samaritano e do filho pródigo. A última semana Os autores dos quatro evangelhos se concentram nos últimos sete dias da vida de Jesus. No domingo que precedeu sua morte, Jesus entrou em Jerusalém num jumento, aplaudido pelas Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 32 de 38 multidões. Na quinta-feira seguinte, Jesus tomou a íntima Ceia com seus discípulos, antes de se dirigir ao jardim de Getsêmani para orar, onde Judas o traiu. Jesus foi preso, injustamente julgado, injustamente condenado à morte, crucificado como um criminoso comum e sepultado. Más no domingo seu túmulo foi encontrado vazio, pois ele havia ressurgido dos mortos. Quarenta dias depois Jesus subiu ao céu, após ter aparecido ressurreto muitas vezes, prometendo que ele voltaria um dia. O Antigo Testamento predisse a vinda de grande e maravilhoso Rei da Linhagem da família de Davi, o qual governaria e abençoaria o mundo inteiro. Muito antes de aparecer, esse rei foi chamado “Messias” (hebraico), ou “Cristo” (grego). As duas palavras significam “Ungido”: “O Ungido de Deus” para realizar a obra mundial de que falaram os profetas. “Jesus” que significa: “O Senhor é Salvação” era seu nome pessoal. “Messias” ou “Cristo” expressavam o ofício que ele veio exercer. Mas Jesus, apesar de ser narrada sua aparição só no Novo Testamento, é o tema central da Bíblia. No Antigo Testamento Ele é aquele que havia de vir para salvar o mundo, e no Novo Testamento Ele é o que veio para morrer para nos salvar e é O que virá outra vez para trazer julgamento aos que não creram nele e levar para o Pai os que se fizeram Seus seguidores. Em cada Livro da Bíblia encontramos Jesus tipificado ou profetizado, como segue: Gênesis - Ele é a semente de Eva Êxodo - Ele livra o seu povo do Cativeiro Levítico - Ele é o Sumo Sacerdote Números - É o que conduz o Seu povo à Terra Prometida Deuteronômio - Ele é a lei da nossa Salvação Josué - Ele é o que Luta pelo Seu Povo Juízes - Ele é O que governa Rute - Ele é aquele que nos resgata I e II Samuel - Ele nos unge a cabeça com óleo I e II Reis - Ele é o que Divide I e II Crônicas - Ele é o Senhor da Vitória Esdras - Ele é o Restaurador Neemias - Ele é o que reedifica os muros Ester - Ele livra o seu povo da Destruição Jó - É o nosso sofredor Salmos - Ele é o Bom Pastor Provérbios - Ele é a Sabedoria Eclesiastes - Ele é o Pregador sem vaidades Cantares de Salomão - Ele é o Noivo que Ama a sua Igreja (Noiva) Isaías - Ele é o Messias que havia de vir, o servo sofredor Jeremias - Ele é o profeta que chora Lamentações de Jeremias - Ele é o Senhor que chora pelo seu povo Ezequiel - Ele é o Maravilhoso Ser das Quatro Faces Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 33 de 38 Daniel - É o quarto homem da fornalha ardente Oséias - Ele é o que se afasta da iniquidade do Povo Joel - Ele nos batiza com o Espírito Santo Amós - Ele é o Grande Governador do Universo Obadias - Ele é o Senhor que destrói os nossos inimigos Jonas - Ele é o grande missionário que leva a Palavra de Deus ao Mundo Miquéias - Ele é o Mensageiro Dos Pés Formosos Naum - Ele é o Senhor que persegue os iníquos Habacuque - Ele é o Justo Sofonias - Ele é o Senhor de linhagem pura Ageu - Ele é o Templo de Deus Zacarias - Ele é o Pastor ferido, das mãos traspassadas, o Edificador do templo do Senhor Malaquias - Ele é o Mensageiro da Aliança No velho Testamento Ele é o que viria, no Novo Ele veio e Voltará... Mateus - Ele é Jesus, o Messias Marcos - Ele é Jesus, Maravilhoso Lucas - Ele é Jesus, o Filho do Homem João - Ele é Jesus, o Filho de Deus Atos - Justo, Senhor de todos, Senhor que nos salva Romanos - Ele é o Pacificador I Coríntios - Ele é O Destruidor da Morte, Senhor da Glória, O único Fundamento, O Cordeiro do Sacrifício II Coríntios - Ele é a Imagem de Deus Gálatas - Ele é o Senhor da Graça Efésios - Ele é o Exemplo Supremo da Maturidade Filipenses - Ele é o prêmio supremo na luta da vida Colossenses - Ele é Deus, o Cabeça da Igreja I e II Tessalonisenses - Ele virá outra vez! I Timóteo - Ele é o bem aventurado e único Soberano II Timóteo - Ele é o Juiz de Todos os Homens Tito - Ele é o Redentor Filemon - É o Senhor que nos Liberta Hebreus - Jesus é a Aliança entre nós e Deus, Autor da Nossa Salvação, O Grande Sumo Sacerdote, Autor e Consumador da nossa Fé. Tiago - É o Senhor das Boas Obras I e II Pedro - Ele é o Filho do Deus Vivente, A única Fonte de Verdade, O Pastor e Bispo das Almas I, II e III João - Ele é o Amor Judas - É o Senhor que nos alerta Apocalipse - Ele é a Fiel testemunha, O Alfa e o Ômega, O Leão da Tribo de Judá, O Cordeiro, O Verbo de Deus e o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Além disso, encontramos em toda Bíblia vários títulos atribuídos a Ele, Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 34 de 38 O Senhor da Nossa Salvação – Jesus. AAutor de Eterna Salvação - Hb. 5:9 Autor da vida - At. 3:15 Apóstolo da nossa confissão - Hb.3:1 Amém - Ap. 3:14 Advogado - IJo 2:1 Adão - ICo 15:45 A ressurreição e a vida - Jo.11:25 Alfa e Ômega - Ap. 1:8 Autor da Salvação - Hb.2:10 Autor e Consumador da Fé - Hb.12:2 BBom Pastor - Jo.10:11 Braço do Senhor - Is. 51:9 CCabeça da Igreja - Ef.1:22 Chefe - Is.55:4 Conselheiro - Is.9:6 Consolação de Israel - Lc. 2:25 Cordeiro de Deus - Jo.1:29 Cordeiro - Ap. 13:8 Criador - Jo.1:3 Cristo de Deus - Lc.9:20 DDesejado de Todas as Nações - Ag.2:7 Deus Bendito - Rm. 9:5 Deus Forte - Is. 9:6 Deus Unigênito - Jo. 1:18 Deus - Is. 40:3 EEmanuel - Is.7:14 Eu Sou - Jo.8:58 Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 35 de 38 FFilho Amado - Mt.12:18 Filho de Davi - Mt.1:1 Filho de Deus - Mt. 2:15 Filho do Altíssimo - Lc.1:32 Filho do Homem - Mt. 8:20 Filho do Deus Bendito - Mc. 14:61 GGlória do Senhor - Is. 40:5 Grande Sumo Sacerdote - Hb.4:14 Guia - Mt. 2:6 HHerdeiro de Todas as Coisas - Hb. 1:2 Homem de dores - Is. 53:3 IImagem de Deus - IICo. 4:4 JJesus de Nazaré - Mt. 21:11 Jesus - Mt. 1:21 Juíz de Israel - Mq. 5:1 Justiça Nossa - Jr.23:6 Justo - At. 7:52 LLeão da Tribo de Judá - Ap.5:5 Legislador - Is.33:22 Libertador - Rm.11:26 Lírio dos Vales - Cant. 2:1 Luz do Mundo - Jo.8:12 Luz Verdadeira - Jo.1:9 Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 36 de 38 MMediador - ITm. 2:5 Mensageiro da Aliança - Ml.3:1 Messias, ou Ungido - Dn. 9:25 NNazareno - Mt.2:23 Nossa Páscoa - ICo. 5:7 OO Escolhido de Deus - Is. 42:1 O primeiro e o último - Ap. 1:17 PPão da Vida - Jo. 6:35 Pai Eterno - Is.9:6 Pastor e Bispo das Almas - IPe. 2:25 Pedra Angular - Sl.118:22 Poderoso de Jacó - Is. 60 :16 Poderoso Salvador - Lc.1:69 Precursor - Hb.6:20 Primogênito - Ap.1:5 Príncipe da Paz - Is.9:6 Príncipe dos Pastores - IPe. 5:4 Princípio da Criação de Deus - Ap. 3:14 Profeta - Lc.24:19 QQuerido pelos seus servos RRaiz de Davi - Ap. 22:16 Redentor - Jo. 19:25 Rei dos Reis - Itm. 6:15 Rei dos santos - Ap. 15:3 Rei dos Judeus - Mt.2:2 Rei dos séculos - ITm.1:17 Rei - Zc. 9:9 Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 37 de 38 Renovo - Is.4:2 Resplandescente estrela da manhã - Ap.22:16 Rocha - ICo.10:4 Rosa de Sarom - Cant. 2:1 SSalvador - Lc.2:11 Santo de Deus - Mc.1:24 Santo de Israel - Is.41:14 Santo Servo - At. 4:27 Santo - At.3:14 Semente da Mulher - Gn.3:15 Senhor da Glória - ICo. 2:8 Senhor de Todos - At.10:36 Senhor Deus - Is.26:4 Senhor dos Senhores - ITm.6:15 Siló - Gn. 49:10 Soberano dos Reis - Ap. 1:5 Sol da Justiça - Ml. 4:2 Sol nascente - Lc. 1:68 TTestemunha fiel - Ap. 1:5 Testemunho - Is. 55:4 Todo-Poderoso - Ap. 1:8 UÚnico VVerbo de Deus - Ap. 19:13 Verbo - Jo. 1:1 Verdade - Jo.1:14 Vida - Jo.14:6 Videira verdadeira - Jo.15:1 ZZeloso Pr. Flávio Nunes. Instituto Teológico Gamaliel instgamaliel@gmail.com www.institutogamaliel.com Página 38 de 38 No final do curso, após o estudo de todas as matérias, você fará uma prova ÚNICA de Conhecimentos Gerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário